Tópicos | violência contra a mulher

O programa de TV americano, Entertainment Tonight, publicou uma matéria em que o ator Morgan Freeman aparece fazendo comentários constrangedores a duas mulheres que o entrevistaram em diferentes ocasiões. Freeman está sendo acusado, por oito ex-colegas de trabalho, de assédio sexual e comportamento inapropriado. 

Nos vídeos, o ator faz comentários a suas entrevistadoras sem parecer se incomodar com as câmeras ligadas. Em uma gravação de 2016, com a jornalista Ashley Crossan, Morgan perguntou se ela era casada e se sairia com homens mais velhos. Ao fim da conversa, Freeman a acompanha com o olhar até que ela saia da sala. 

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 Já a Janet Mock, o ator disse, durante entrevista de 2015: “Como vocês conseguem fazer isso o tempo todo? Você tem um vestido que está no meio do caminho entre seus joelhos e sua... Seus quadris. E você senta bem na minha frente. E você cruza as pernas”. Questionada pela reportagem do Entertainment Tonight sobre o fato, Janet respondeu: "Fiquei profundamente desapontada por uma pessoa que era vista como o avô da América pudesse ter um comportamento tão perturbador de maneira tão confortável em frente às câmeras".

 

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Em 1968, Martha Maria Cordeiro Vasconcellos, estava de casamento marcado e se considerava apenas uma moça comum. Uma quase "antimiss". Acontece que estava em seu destino, não apenas levar o título de mulher mais bonita do seu Estado, mas também, duas semanas depois, ser coroada a mais bela no concurso nacional e, em seguida, no Miss Universo daquele ano. A baiana foi a última brasileira a conquistar o título que, em 2018, completa 50 anos. Martha esteve no Recife nesta sexta (23) para participar do júri do Miss Pernambuco deste ano e conversou com o LeiaJá sobre sua militância feminista.

Aos 69 anos, Martha ostenta cabelos brancos, muito bem cuidados, e uma beleza surpreendente, a mesma que a fez ser eleita a mulher mais bela do planeta meio século atrás, porém, com um belíssimo toque de maturidade. Após o título, que veio como uma baita surpresa, Martha formou-se em psicologia e hoje é mestre em saúde mental. Enquanto miss, ela se dedicou à militância feminista e, nos Estados Unidos, onde morou por muito tempo, dedicou-se à defesa de mulheres vítimas de violência doméstica.

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A miss se dedicou a um programa que ajudava vítimas de violência desde o seu começo. “Comecei como ‘peão’ e acabei como supervisora, com três funcionárias empregadas”. Ela relembra a dificuldade do trabalho mas se orgulha de ter feito parte do projeto: “É uma luta muito árdua, é difícil as pessoas prestarem queixa. Mas foi lindo”. Atualmente, Martha participa de conferências sobre o tema sempre que é chamada. Ela diz sentir falta de ir “à campo”, mas tem se dedicado mais às questões burocráticas. “Não podemos ficar paradas”.

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) divulgou um levantamento feito com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) que aponta um crescimento de 62% no número de assassinatos de mulheres motivados por questões de gênero. Em 2017 foram registradas 88 mortes violentas de mulheres ante 54 casos em 2016. Foram contabilizados pelo TJRJ os casos que se tornaram processos judiciais.

Além dos assassinatos, o Instituto de Segurança Pública do estado (ISP) também registrou 225 tentativas de feminicídio entre os meses de janeiro e novembro de 2017. O Observatório Judicial da Violência contra a Mulher, órgão vinculado ao TJRJ, revelou que houve um aumento no número de prisões por crimes de ódio ligados às causas de feminicídio, foram 531 detenções no primeiro semestre de 2017. Entre 2011 e 2016 o aumento foi de 173%, passando de 550 para 1.504 prisões.

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O feminicídio passou a ser classificado como homicídio qualificado em 2015 pelo Código Penal. Os dados sobre os casos registrados no Rio de Janeiro são divulgados por conta de uma Lei estadual (7.448/2016) que obriga os órgãos de Segurança Pública a divulgá-los.

Uma história que se repete, uma tragédia já anunciada. Assim pode se resumir o caso envolvendo a estudante Remís Carla, morta pelo próprio namorado, o pedreiro Paulo César de Oliveira. Como diversas mulheres, Remís havia prestado queixa do namorado exatamente há um mês e um dia, no dia 23 de novembro, por agressão física, injúria e dano por ele ter destruído o seu celular. 

Essa primeira briga, na casa dele, teria acontecido um dia antes, 22 de novembro, mas ela só decidiu prestar a queixa um dia depois na Delegacia da Mulher. Remís também fez um requerimento de medida protetiva de afastamento, ou seja, nem ela nem ele deveriam se aproximar. Essa medida foi deferida pela Justiça no dia 6 de dezembro, mas Paulo César não foi notificado porque, de acordo com o que contou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral, ele não foi encontrado. Foram duas tentativas sem êxito. 

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No último dia 15, uma sexta, os dois voltam a se encontrar e ela vai para a casa de Paulo, onde fica até o dia 17, no último domingo, onde foi morta asfixiada. Familiares, amigos e a população se perguntam: caso Paulo tivesse sido notificado pela polícia, teria se sentido coagido a não encontrar-se com Remís? Teria sido evitado a briga, que resultou em morte? Ou eles se encontrariam de qualquer forma? 

A estudante de pedagogia foi enterrada no Cemitério Campo Santo São José, em Paulista, neste domingo (24). Centenas de pessoas deram o último adeus para a jovem em um momento de muita comoção.  

Chegam os peritos. Maurílio José acompanha tudo no quintal da casa. Botam a cabeça no chão, em pé, em direção a Maurílio. Ele encara. Alguns segundos depois, a cabeça deita. Ele continua encarando. Ainda não havia conseguido parar para processar tudo, que era sua mãe ali.

O crime ocorreu na madrugada do dia 10 de dezembro, na comunidade popularmente conhecida como Suvaco da Cobra, em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Maria Aparecida dos Santos Fidelis, conhecida como Dona Cida, de 52 anos, três filhos e dez netos, foi brutalmente assassinada em sua casa. Ela foi decapitada e teve a cabeça exposta no muro da residência.  

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Mais de uma semana depois, a família da vítima está desconfiada. Teme que o caso acabe impune porque até o momento ninguém foi preso. O incômodo é maior porque eles garantem já saber quem foi o responsável pelo crime. Apesar do caso ter sido divulgado na imprensa e possuir fortes indícios de feminicídio, ganhou uma tímida repercussão, longe do que aconteceu, por exemplo, após a morte da fisioterapeuta Tássia Mirella em um flat de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A morte de Mirella, quase degolada pelo vizinho, causou grande impacto e resultou em manifestação, na circulação do termo #somostodosmirella, ágil ação policial, além da data do crime virar o Dia do Combate ao Feminicídio em Pernambuco.

No vídeo abaixo, filhos da vítima contam um pouco do drama de descobrirem a mãe morta de forma brutal:

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Cerca de dois meses atrás, o suspeito do caso de Dona Cida começou a frequentar o Suvaco da Cobra, onde a mãe morava há mais tempo. Na noite anterior ao crime, ele foi visto entrando na casa de Dona Cida, ambos bêbados – a vítima era alcoólatra. No dia seguinte, ele desapareceu. Quando a filha de Dona Cida, Cícera Fidelis, foi procurar a mãe do suspeito, ambas choraram. “Ela disse que ele confessou. Disse que estava lá no momento, mas não foi ele quem cortou a cabeça”, lembra Cícera. A versão de que ele não agiu sozinho é tratada como mentira pelos familiares da assassinada.  A mãe do suspeito, temendo uma reação da comunidade, também se mudou.  

A linha do tempo traçada pela família indica que o suspeito entrou com Maria Aparecida na casa dela por volta das 22h do sábado (9), mas saiu pouco depois, quando possivelmente deixou o cadeado aberto. Ele teria ido à casa da mãe, onde pediu dinheiro ao padrasto e pegou uma muda de roupa – esse seria o momento em que pegara também o objeto cortante.  O homem, então, voltou. Maria Aparecida estava em sua cama. Teve a boca tapada com um pano enquanto era cortada no pescoço. Vizinhos contam que ainda escutaram um ganido. “Minha mãe era uma mulher que não queria ter relacionamento sério. Ela pode ter se recusado a deitar com ele, que não aceitou”, arrisca Maurílio.

O filho da vítima tem telefonado para o delegado responsável pelo caso, Osias Tibúrcio, com freqüência, cobra celeridade e respostas. Diz que os peritos pareciam desinteressados e com má-vontade. “Faltou interesse porque a gente é humilde. Se fosse alguém com dinheiro, eles teriam vasculhado tudo. A gente já tem tudo, nome do cara, foto, sabe os locais onde ele poderia estar. Por que ainda não foi preso?”. 

A coordenadora da Associação de Moradores de Novo Horizonte, onde a comunidade está inserida, Dayse Medeiros, suspeita que a diferença de intensidade na repercussão de casos semelhantes está relacionada com o poder aquisitivo. “A gente mora numa comunidade carente, historicamente esquecida, com poder público ausente. Acredita-se que nas comunidades a banalização da violência é comum, como se essas vidas que estão nas comunidades carentes, na periferia, não importassem”, avalia Dayse. 

O LeiaJa.com procurou o delegado Osias Tibúrcio para saber sobre o andamento do caso. Ele evitou dar detalhes para não atrapalhar as investigações, mas contou que está tudo encaminhado e que novidades devem surgir nos próximos dias. 

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Policiais militares do 3º Batalhão da Polícia Militar (BPM) prenderam em flagrante, na manhã desta terça-feira (5), um homem acusado de incendiar a própria residência e ameaçar matar a companheira e os filhos do casal.  A prisão foi feita em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco.

A mulher disse à polícia que o companheiro tentou matar a família ateando fogo em um colchão e arremessando dentro da residência. Ele ainda tentou agredi-la com um pedaço de madeira.

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O suspeito retornou quando a polícia estava no local. Uma embalagem de maconha estava no bolso da bermuda do homem. Ele foi autuado em flagrante. 

 

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Um homem esfaqueou a ex-esposa no bairro de Parque Capibaribe, em São Lourenço da Mata, na manhã desta quarta-feira (30) e fugiu em seguida. Um vídeo mostra o momento que o agressor, Marcel Ribeiro, foge. O filho do casal, de seis anos, que presenciou o crime, também aparece segurando uma faca e correndo atrás do pai para agredi-lo.

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Segundo familiares, Marcel cometeu o crime por ciúmes. Eles estavam separados, mas o homem não aceitava o fim do relacionamento, além de suspeitar que a antiga companheira, identificada como Mayara Priscila, de 25 anos, estava namorando. A vítima levou uma facada no pescoço e outra no braço, local em que a faca ficou alojada. A mulher foi socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, no Recife, onde passou por cirurgia e apresenta quadro estável.

A família da vítima também contou que já existe um histórico de violência de Marcel contra Mayara. Até o momento, ele permanece foragido. A polícia chegou a fazer rondas no local, mas o acusado não foi encontrado. Já o menino está na casa da avó paterna. 

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O Instituto de Estatísticas Europeu (Eurostat) divulgou um levantamento que mostra os registros de crimes sexuais contra mulheres no continente. De acordo com os dados, 215 mil mulheres foram vítimas de violência sexual em 2016, sendo que 80 mil foram estupros. A União Europeia divulgou a pesquisa por conta das ações que serão adotadas por conta do Dia Internacional da Eliminação da Violência conta as Mulheres, celebrado no dia 25 de novembro.

O País de Gales é o que registra o pior resultado: 64.500 casos de violência sexual, dos quais 55% (35.800) eram estupros. Em seguida aparecem a Alemanha (34.300 casos) e a França (32.900). Proporcionalmente, a Suécia é quem registra a pior marca, 178 casos de violência sexual para cada 100 mil habitantes. Escócia e Irlanda vêm na sequência, com 163 casos e 156 para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

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O documento termina fazendo uma ressalva: a de que os números não refletem exatamente a realidade, e sim os dados obtidos em registros policiais. Os casos podem ser mais numerosos do que indica a pesquisa, se levados em conta aqueles não registrados por órgãos oficiais.

Após votação realizada na última quarta (8), na Câmara dos Deputados, em que foi aprovada a PEC 181/2015 que criminaliza o aborto legal em qualquer caso no país, mulheres anônimas e famosas usaram as redes sociais para protestar. Nomes como Cléo Pires, Fernanda Paes Leme, Glória Pires e Leandra Leal usaram a hashtag #MexeuComUmaMexeuComTodas para declarar o seu repúdio ao resultado.

A cantora Daniela Mercury publicou, no Twitter, uma imagem com os nomes dos 18 deputados que votaram a favor da PEC. Na legenda, a artista escreveu: "Eles não podem decidir por mim. Eles não me representam". As atrizes Camila Pitanga, Leandra Leal, Fernanda Paes Leme, Paolla Oliveira, Ana Furtado e Taís Araújo lembraram, na mesma rede social, que a cada 11 minutos, uma  mulher sofre estrupro no Brasil. A também atriz Deborah Secco postou um desabafo: "Quantas vezes já tive medo?". E Fabíula Nascimento postou: "A história de cada vítima é a história de todas nós".

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O microblog também ficou cheio de declarações de mulheres anônimas que engrossaram o coro pela campanha. A usuária @Itsmbiancaelloy comentou: "Falar que mexeu com todas é dizer que não queremos que aconteça com mais ninguém, basta de assédio, basta de violência, basta de abuso". E Nanda Costa postou: "Fortalecer a uma é fortalecer a todas".

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Ao ser abordado por policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar do município de Garanhuns, que atendiam a um chamado por tentativa de feminicídio, o suspeito Wilamis Ferreira Borges, de 45 anos, mordeu o antebraço de um policial e agrediu outro com uma porta. 

A ocorrência foi registrada no bairro da Cohab II, quando a polícia chegou ao endereço do acusado após a vítima, uma mulher de 38 anos que é ex-companheira de Wilamis, afirmar que sofreu uma tentativa de assassinato na última quarta-feira (1º) e que ele voltou a procurá-la no dia seguinte. 

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De acordo com relatos da vítima, ela conseguiu se trancar dentro de casa mas teria ouvido o acusado dizer que voltaria para matá-la, e então chamou a polícia. Quando viu os policiais se aproximando, Wilamis Ferreira tentou se esconder dentro de sua casa e foi encontrado pelos policiais atrás da porta de um quarto armado com uma faca. 

Durante a abordagem dos policiais que tentaram dominá-lo enquanto ele reagia à prisão, o acusado feriu dois policiais, um com uma mordida e outro com a porta. Depois de ser detido a faca foi apreendida e Wilamis foi levado à 18ª Delegacia Seccional de Polícia, que também fica em Garanhuns. 

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--> Texto prevê extinção do termo feminicídio do Código Penal

--> Na maioria dos casos de feminicídio, vítima é mãe

--> 'Humilhada,violada,espancada':mulher denuncia companheiro

As cenas de violência contra a mulher estarão cada vez mais pesadas na novela O outro lado do paraíso. Após vários tapas e até uma cena de estupro, Gael deve espancar a esposa Clara com uma cadeira.

Segundo o colunista Daniel Castro, a cena será exibida na próxima quarta (8). Na sequência, Gael agride Clara após descobrir que ela recebeu Renato em casa. Depois de tapas e empurrões, o marido pega uma cadeira e bate na esposa. Ele a socorre, desfalecida e sangrando, pedindo-lhe perdão, aos prantos. Após as agressões, Clara descobrirá estar grávida.

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A violência entre o casal da nova novela das 21h tem repercutido bastante entre o público. Além de causarem espanto, as sequências de agressões e maus tratos têm causado revolta nos telespectadores. Os comentários, nas redes sociais, colocam o personagem Gael como "doente" e “psicopata".

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Uma postagem que chama atenção no Facebook. Nela, uma mulher cheia de marcas de agressão no rosto e como ela mesma descreve “humilhada, violada, espancada”. Luiza Carvalho utilizou a sua rede social para denunciar as agressões cometidas pelo companheiro, com o qual viveu um relacionamento de seis anos. 

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A vítima conversou com o LeiaJá e explicou que o caso aconteceu no sábado (28), após o casal ter ido a um show realizado no Recife Antigo. “Pela manhã estava tudo bem. Ele disse que me amava e resolvemos ir ao show mesmo estando apertados financeiramente. Mas quando saímos ele estava mais distante. Quando chegamos lá ele não me abraçava nem parecíamos um casal”, detalhou, afirmando que eles viviam uma má fase no relacionamento. 

Ela continuou contando que dois amigos do companheiro e uma moça se encontraram com eles em meio à festa e todos se retiraram do local onde estavam, deixando as duas mulheres sozinhas. “Fiquei chateada e quando o show acabou fui ao banheiro e quando eu saí ele estava me esperando. Eu dei dois tapas no braço dele como forma de advertí-lo, 'agradeci' pela palhaçada, disse que o nosso casamento tinha chegado ao fim e avisei que estava indo embora”. Luiza conta que pegou um táxi, seguiu para casa e chegou lá às 2h30, porém, o marido chegou por volta das 4h30 – como informou a portaria – e já foi logo agredindo a companheira. 

“Eu não lembro do momento exato que ele chegou. Eu estava no sofá da sala e só me lembro de pedir desculpas por não tê-lo esperado, nisso eu já estava apanhando. Ele dizia que não era palhaço, que ficou lá me procurando e que os amigos dele me viram com o taxista. Ele estava transtornado achando que eu o tinha traído. Eu corri para o quarto tentei segurar a porta e gritei por socorro, mas em vão. Ele entrou e me bateu ainda mais por eu ter pedido socorro. Eu senti tanta dor ao ponto de urinar no chão”, detalhou Luiza.

Ainda, como forma de se livrar das agressões, ela contou que “como vi que ele não pararia, eu me ajoelhei e pedi perdão. Disse que ele estava certo e que eu merecia tudo aquilo. Foi quando ele foi acalmando. Fiz isso porque achei que fosse morrer e permiti que ele fizesse tudo o que quisesse para não apanhar mais”. A vítima contou que ele nunca havia sido agressivo antes, mas já ouviu o companheiro pronunciando frases como “se você me trair...”. 

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Ela contou ter esperado ele dormir, vestiu uma camisola, afastou a cômoda que estava bloqueando a porta e fugiu para a portaria. Lá o porteiro ligou para a sua família e a polícia. “Quando os policiais chegaram, perguntaram se eu tinha certeza que queria que eles subissem, pq se ele fosse pego iria para o Cotel. Disseram que seria melhor eu esperar meus pais e a mãe dele. Eu estava sentindo muita dor e só queria sair dali. Nisso os policiais foram embora e disseram que qualquer coisa eu chamasse outra viatura. De lá fui para a delegacia da mulher, em Santo Amaro, e o agente aconselhou que eu fosse para o hospital primeiro. Fiz uma tomografia computadorizada do crânio e exames ginecológicos, recebi medicação para dor e quando tive alta voltei para a delegacia”. 

Luiza prestou queixa e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela contou ainda que está sob medida protetiva temporária, mas o companheiro ainda não se apresentou à polícia e não tem prisão preventiva decretada contra ele. Seu paradeiro é desconhecido e o flagrante já foi livrado. Apesar de estar em choque com a agressão, ela detalha: “Eu não quero que ninguém sofra retaliações. Só existe um culpado nessa história”, apontando a isenção de culpa dos familiares do rapaz.

Diante dos fatos, a vítima desabafou contando que “O Feminicidio é maior do que eu. Quando achei que fosse morrer pensei em Mirela. E agora vendo quantos relatos de mulheres que passaram e passam por agressões, fica claro que não posso me calar!”. 

De acordo com uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU), das 128 milhões de pessoas que precisarão de ajuda humanitária no mundo até o fim de 2017, 75% são mulheres e meninas. Uma das práticas mais comuns de violência contra as menores é o casamento infantil ilegal. Segundo a diretora-executiva do Fundo de População da ONU, Natalia Kanem “Uma em cada quatro garotas estará casada antes de completar 18 anos, e uma em cada cinco adolescentes de 15 a 19 anos já terá dado à luz”.

No cenário das epidemias, o relatório afirma que apenas uma em cada três meninas infectadas pelo HIV tem informação suficiente sobre prevenção. Isso explica o contágio semanal de 6,9 mil adolescentes e jovens, entre 15 e 24 anos, pela doença. Na porção mais carente do continente africano, a chamada África Subsaariana, 75% dos novos casos de HIV/AIDS são de mulheres entre 15 e 19 anos.

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Para frear o avanço da doença a ONU criou uma agenda em que os países membros que assinaram o documento se comprometem a adotar políticas efetivas de combate à violência contra as mulheres. A entidade esperar acabar com a epidemia de AIDS até 2030.

De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgados pela Agência Brasil, existem 896 mil processos em tramitação na Justiça brasileira com a mesma temática: a violência contra a mulher. Entre os dias 21 e 25 de agosto, o CNJ fez uma espécie de mutirão para tentar diminuir o número de processos em espera. A iniciativa, intitulada “Semana da Paz em Casa” conseguiu expedir 19.706 decisões judiciais e 6.214 medidas protetivas, o que corresponde a menos de 5% da fila.

Em 2016, uma em cada três mulheres sofreu algum tipo de violência. Entre as maiores de dezesseis anos, 40% sofreram assédio e, destas, 36% (20,4 milhões) ouviram algum tipo de comentário desrespeitoso enquanto andavam na rua. Outro dado mostra que 10,4% das brasileiras adultas (5,2 milhões) foram vítimas de assédio dentro do transporte público. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Datafolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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Há dois anos, o CNJ publicou uma portaria com uma série de recomendações aos tribunais para acelerar o julgamento destes casos. Em agosto, a entidade também solicitou que os magistrados apliquem técnicas do que é chamado de Justiça restaurativa, que busca recuperar a relação entre vítima e agressor, um dos pontos polêmicos da resolução. A procuradora Deborah Duprat declarou em uma reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados que a medida “pretende neutralizar mais uma vez essa violência em prol da chamada unidade familiar, que é um histórico do patriarcado no Brasil”.

O número de mulheres que relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência passou de 18% para 29% nos últimos dois anos. O índice se mantinha entre 15% e 19% e deu um salto no último biênio. Os dados são do Instituto DataSenado, que realizou o levantamento em conjunto com o Observatório da Mulher Contra a Violência, que são dois órgãos vinculados ao Senado para elaboração de pesquisas e planos de ação.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse no plenário que é preciso uma pesquisa para saber o real motivo da mudança no cenário. “Nós não sabemos ainda se o que aconteceu foi o aumento da violência contra a mulher ou se elas estão se sentindo mais seguras para denunciar os abusos que sofrem”, disse a parlamentar.

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A pesquisa ouviu 1.116 mulheres em todo o território nacional e constatou que a violência doméstica foi o que mais aumentou entre as brasileiras. O índice passou de 56%, em 2015, para 71%, em 2017. As agressões físicas foram mencionadas por 67% das entrevistadas, sendo que destas, 74% negras e 57% brancas. Em 74% dos casos de violência contra a mulher o agressor era conhecido da vítima. Para 97% das mulheres que responderam à pesquisa, o agressor deve ser processado, independente de denúncia por parte da vítima.

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) disse que é preciso votar projetos de lei que defendam os interesses da mulher. “Uma em cada três brasileiras sofreu, sofre ou sofrerá algum tipo de violência em sua vida, de acordo com uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Eu quero acreditar que o que mudou é que agora elas têm coragem de denunciar os agressores”.

O Dossiê Mulher, que é um relatório elaborado pelos órgãos de Segurança Pública do Rio de Janeiro, mostrou que metade dos casos de estupro são praticados contra menores, por parentes. Os dados são coletados com base nos registros de boletins de ocorrência da Polícia Civil carioca e o relatório é feito com base nos cinco crimes tipificados pela Lei Maria da Penha e delitos caracterizados como violência doméstica.

A divulgação do documento mostra que o crime mais registrado nas delegacias do Rio é o de lesão corporal dolosa, com 70.063 vítimas em 2016, entre elas 44.693 (63,8%) mulheres. Além destes, os que têm a maior taxa de proporção de vítimas femininas são o de assédio sexual, com 93,3% (126 vítimas), importunação ofensiva ao pudor, com 91% (588), e tentativa de estupro, com 90,8% (387). Violência moral e violência psicológica também mostram dados expressivos, com 33.028 e 42.954 vítimas do sexo feminino, respectivamente 72,5% e 66% dos casos registrados.

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Essa é a 12ª edição do dossiê e, pela primeira vez, traz o número de casos de estupro divididos por mês, mostrando que 2016 teve uma média de 334 casos mensais. De acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, responsável pela divulgação do documento, os avanços proporcionados pela Lei Maria da Penha e as medidas protetivas adotadas desde então pelos juízes podem melhorar o panorama. “É muito importante salientar que o rol de medidas mencionadas na lei não é exaustivo, mas tão somente exemplificativo. Portanto, o julgador não fica restrito à concessão daquelas que estão expressamente na Lei Maria da Penha”, afirma o relatório.

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Mais um caso de homem ejaculando em mulher foi registrado na última quinta-feira (31), em Guaratiba, Rio de Janeiro. Conforme informações da imprensa local, um homem ejaculou na perna de uma passageira na estação Mato Alto do BRT. O agressor foi detido em flagrante, mas foi liberado após prestar depoimento.

Segundo foi detalhado, ao perceber a agressão a mulher procurou policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e denunciou que o homem havia ejaculado nela. Os agentes, que trabalham no BRT, prenderam o suspeito e o encaminharam à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande para prestar depoimento. 

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Após ser ouvido, a Polícia Civil o liberou e ele assinou termo circunstanciado, mas responderá por importunação ofensiva ao pudor. Sobre o caso, o jornal Extra entrou em contato com o Consórcio BRT que afirmou que repudia "qualquer tipo de assédio, desenvolve campanhas de conscientização e firma parcerias para combate à violência contra a mulher".

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Um caso de violência contra a mulher foi registrado na Inglaterra. Uma jovem de 15 anos foi violentada sexualmente duas vezes no mesmo dia por homens distintos. O caso aconteceu na estação de Witton, em Birmingham, nas proximidades do estádio do clube de futebol Aston Vila. 

De acordo com a imprensa europeia, a jovem estava acompanhada de uma amiga quando foi levada por um homem. Elas estavam em uma área isolada do local e o crime teria acontecido em uma área mais escondida da estação. Após o ataque, ela saiu da estação e abordou um carro para pedir ajuda quando foi atacada pela segunda vez. 

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Conforme a polícia britânica, os crimes teriam acontecido no fim da terça-feira (25) e madrugada do dia seguinte. Ainda não há identidade dos autores, no entanto, pelas informações fornecidas à polícia, ambos têm origem asiática e aparentemente 20 anos.

As imagens das câmeras já foram recolhidas e estão sendo analisadas. Além disso, a polícia pede que quem trafegou pelo local e avistou as jovens e o homem, entre em contato com as autoridades. O mesmo pedido é em relação ao outro agressor no carro, por volta das 2h da quarta-feira (26), nas proximidades da estação de Witton.         

O município de Floresta, no Sertão de Pernambuco, foi cenário de violência contra a mulher. Um homem de 43 anos foi detido após ser flagrado agredindo uma jovem de 20 anos na Avenida Audomar Ferraz. Transeuntes viram o episódio e acionaram a polícia. 

Na ocasião, o homem foi preso e possuía uma peixeira suja de sangue presa na cintura, de acordo com a Polícia Militar. Ainda, segundo as autoridades, a mulher relatou ter sofrido violência física, ameaça e abuso. Ele foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil e teve a faca apreendida. 

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Em Petrolina, no sertão pernambucano, um homem foi preso em flagrante após confessar a morte de um homem, no domingo (5). Cícero Rogério dos Santos Oliveira teria matado Edilson Inácio da Silva, de 43 anos, por abusar sexualmente da sua mãe, uma idosa tetraplégica. Conforme a Polícia Civil, o filho já foi encaminhado à audiência de custódia. 

Ainda segundo informações, o Cícero teria matado o agressor da sua mãe e ocultado o cadáver nos fundos da casa, porém, o crime foi confessado à polícia. Ele informou que o assassinato aconteceu no dia 27 de maio quando ele presenciou Edilson abusando sexualmente da sua mãe. O corpo estava em avançado estado de decomposição no momento em que foi encontrado pelo Instituto de Criminalística (IC). 

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