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O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, chamado de "vagabundo" e de "macaco" pelo ex-deputado Roberto Jefferson usou o Twitter, nesta sexta-feira (13), para celebrar a prisão do presidente nacional do PTB. Apesar de não citar o nome de Jefferson, ele publicou emojis de palmas e escreveu: "lindo dia para todos!!!".

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No mês passado, Roberto Jefferson publicou um vídeo no Twitter com a bandeira do Brasil ao fundo e portando duas pistolas nas mãos. Na ocasião, ele disparou xingamentos contra Yang Wanming.

Nesta sexta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu a prisão preventiva de Roberto Jefferson. Além da determinação, Moraes ordenou também o cumprimento de busca e apreensão contra o político, que é suspeito de participar em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia.

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, confirmou nesta quinta-feira (20) que o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), insumo fundamental para a produção de vacinas, chegará ao Brasil nos próximos dias. As remessas serão destinadas tanto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina da AstraZeneca, quanto ao Instituto Butantan, que fabrica a CoronaVac. O anúncio foi feito durante videoconferência do embaixador com membros do Fórum dos Governadores.

"Na conversa com o Fórum dos Governadores informei a liberação dos novos lotes de IFA pra produzir no total 16,6 milhões de doses da CoronaVac e vacina AstraZeneca, que chegarão no Brasil nos próximos dias. A China, fraterna com o povo brasileiro, está comprometida em parceria de vacinas", postou Wanming em suas redes sociais.

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A Fiocruz prevê receber no sábado (22) um carregamento de IFA suficiente para produzir 12 milhões de doses de vacinas, o que vai assegurar as entregas ao Sistema Único de Saúde (SUS) até a terceira semana de junho. A entrega incluirá duas remessas de IFA, já que um carregamento que estava previsto para o próximo dia 29 teve seu envio antecipado.

Enquanto produz as doses do acordo de encomenda tecnológica com a AstraZeneca, que prevê a importação do IFA, a fundação também trabalha no processo de transferência de tecnologia para produzir o insumo no Brasil. Segundo a Fiocruz, todas as informações técnicas necessárias à transferência de tecnologia já foram repassadas pela AstraZeneca à fundação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já concedeu a certificação das condições técnico-operacionais das instalações (CTO) que produzirão o IFA, após vistoria realizada neste mês.

Desde fevereiro, a Fiocruz já produziu 50 milhões de doses da vacina, cerca de metade das 100,4 milhões de doses previstas no acordo de encomenda tecnológica assinado com a farmacêutica europeia AstraZeneca.

Já na terça-feira (25), deve chegar ao país uma remessa de 3 mil litros de IFA destinada ao Butantan, volume suficiente para a produção de cerca de 5 milhões de doses de vacinas. O Instituto Butantan tem dois contratos assinados com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas para a população brasileira por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O primeiro contrato, para fornecimento de 46 milhões de doses, já foi cumprido. Falta ainda um contrato de 54 milhões de doses, previsto para ser entregue em agosto. Até este momento, o Butantan entregou 47,2 milhões de doses de vacinas ao governo federal.

Produção

Por falta de insumos, a produção de vacinas contra a covid-19, no Butantan, está paralisada desde a última sexta-feira (14). Segundo o instituto, a falta de matéria-prima ocorreu por problemas burocráticos, provocados por declarações de membros do governo brasileiro sobre a China. O governo brasileiro nega que estejam ocorrendo problemas diplomáticos e credita a falta de insumos a um problema mundial.

Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção da vacina Oxford/AstraZeneca, suspendeu hoje a produção de vacinas contra a covid-19, de forma temporária. “Com a chegada da nova remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), prevista para sábado (22), a expectativa é de que, já na próxima terça-feira (25), a produção seja retomada normalmente”, disse a Fiocruz. Essa quantidade de insumos que vai chegar no sábado, segundo a Fiocruz, será suficiente para a produção de 12 milhões de doses da vacina.

Durante a reunião com o embaixador, o governador Flávio Dino, do Maranhão, disse que ataques à China não representam a opinião dos governadores. Já o governador de São Paulo, João Doria, chegou a propor que a compra de vacinas chinesas seja feita diretamente pelo Fórum dos Governadores, sem intermediação do governo federal.

Participaram da reunião por videoconferência, além dos governadores do Maranhão e de São Paulo, Wellington Dias (Piauí), Waldez Góes (Amapá) e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Ministério da Saúde

Em reunião, na tarde de hoje, da Comissão Externa da Câmara dos Deputados de Enfrentamento da Covid-19, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que o governo federal está atuando para articular junto ao governo chinês a liberação dos IFAs para abastecer a produção de imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca no Brasil.

“Temos conversas permanentes com a embaixada brasileira na China. Conversamos com o embaixador e pedimos que estejam sempre próximos para fazer gestões a fim de conseguir este IFA tão logo que possível. O ministro aqui está próximo do embaixador da China no Brasil. Eles [autoridades chinesas] dizem que existe esforço grande para a imunização da população chinesa, e isso é um desafio”, afirmou o secretário executivo.

 

Após se reunir com o embaixador chinês, Yang Wanming, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), descartou possíveis obstáculos políticos como motivo para o atraso do envio de insumos para a produção da vacina contra a Covid-19 no Brasil. Segundo ele, houve compromisso do representante da China para acelerar os trâmites para a importação das matérias-primas. Maia afirmou ainda ter informações de que não houve diálogo entre o governo brasileiro e a embaixada, apesar da iminência de paralisação da vacinação contra Covid-19 no País por falta de insumos.

"Ele (Wanming) abriu a conversa já tratando que de forma nenhuma haveria obstáculos políticos para exportação dos insumos da China. Falou da importância da relação do Brasil com a China, do governo de São Paulo. Parabenizou o governador João Doria e o Instituto Butantan, da vacina que já começou a ser utilizada", disse Maia em entrevista a GloboNews. "O embaixador me disse que não havia obstáculo político, havia problema técnico."

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Maia pediu a audiência com o embaixador após o Instituto Butantan alertar sobre a possibilidade de paralisação da vacinação contra a Covid-19 no País por falta de matéria-prima. A campanha de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China.

A iniciativa de Maia ocorre também após integrantes do governo brasileiro entrarem em conflito com os chineses em outras ocasiões. Em novembro do ano passado, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores saiu em defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) e classificou como "ofensiva" e "desrepeitosa" a reação da embaixada da China a declarações do filho "Zero Três" do presidente Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, Eduardo havia vinculado o governo chinês à "espionagem" por meio da tecnologia 5G, o que provocou protesto dos chineses. Para o Itamaraty, chefiado por Ernesto Araújo, a réplica chinesa criou "fricções desnecessárias" e prejudicou a boa relação entre os países.

Maia admitiu a existência dos ruídos provocados pelo governo brasileiro em relação à China, mas afastou uma possibilidade de retaliação por causa disso. "Não acredito de forma nenhuma que China vai retaliar produção de vacinas no Brasil", disse. "Sabemos das críticas exageradas e equivocadas do governo brasileiro à China, mas não cabe focarmos nesse problema. Governos são transitórios, o que se espera é que esse governo dure quatro anos no máximo", afirmou. Para Maia, a maioria dos brasileiros sabe da importância da reunião bilateral com China.

O presidente da Câmara disse que os dois conversaram também sobre os insumos para a vacina em produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas disse que não tratou sobre datas específicas para o envio dos insumos ao Brasil.

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, disse nesta terça-feira (4) que seu país facilitará a retirada dos brasileiros que estão em Wuhan, a região mais afetada pelo coronavírus. Ele se encontrou nesta terça-feira, em Brasília, com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Agricultura, Tereza Cristina.

Wanming informou que seu país respeitará a decisão do governo brasileiro de trazer de volta os brasileiros que se encontram na região, e que Brasil e China têm mantido canais de comunicação. Segundo o embaixador, "um mecanismo de troca de informações já foi estabelecido”.

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“Vamos prestar nosso apoio aos brasileiros que moram na China, facilitar, prestar as ajuda dos trâmites na cidade de Wuhan”, disse Wanming ao ressaltar que a China tem feito “todos os esforços” para combater o coronavírus.

Agronegócio

O embaixador Wanming acrescentou que, no âmbito do agronegócio, as parcerias comerciais entre Brasil e China não serão prejudicadas por causa da doença. “Temos toda confiança de que as relações comerciais do agronegócio não serão prejudicadas, uma vez que o Brasil prometeu não impor qualquer restrição a nosso comércio. Espero que nossa relação de agronegócio esteja a cada dia mais consolidada”.

Segundo ele, o governo chinês se comprometeu a tomar medidas rigorosas para conter a propagação do coronavírus, tanto internamente como para outros países, “com base no espírito de responsabilidade”.

“O governo chinês se dedica a manter essa relação de longo prazo e estável com o governo brasileiro. Os produtos agrícolas são bem-vindos. Não acredito que a relação sino-brasileira será prejudicada (pelo surto)”, completou.

 

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