Tópicos | Congo

Dois jornalistas italianos que tinham sido detidos no Congo retornaram para a Itália nesta segunda-feira (20), de acordo com fontes locais.

Luca Chianca e Paolo Palermo, enviados especiais do jornal "Report", haviam sido presos na última quarta-feira (15), mas a notícia da detenção foi mantida em segredo para favorecer o trabalho diplomático. Eles estavam no Congo para fazer uma reportagem sobre as operações da estatal italiana de energia ENEL na Nigéria e foram presos logo após realizarem uma entrevista com o empresário Fabio Ottonelo.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

As autoridades congolesas alegaram que a dupla não tinha visto de jornalista. Em troca de libertação dos repórteres, o Congo apreendeu as câmeras, chips de celular, telefones e materiais recolhidos no país pelos italianos. 

A sede do principal partido opositor da República Democrática do Congo estava em chamas nesta terça-feira (20) em Kinshasa, um dia depois de uma jornada de violência que deixou dezenas de vítimas.

Na sede do partido União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS) um correspondente da AFP viu dois corpos carbonizados e outras duas pessoas com queimaduras de terceiro grau. Uma terceira pessoas estava deitada no chão com um ferimento grave na cabeça.

Nas proximidades da sede da UDPS foram encontrados recipientes de combustível vazios, o que demonstra o caráter criminoso do incêndio. Ao mesmo tempo, incêndios destruíram as sedes das Forças para a União e a Solidariedade (FONUS) e do Movimento Lumubista Progressista (MLP), ao norte da capital do país.

A oposição afirma que pelo menos 50 pessoas morreram na repressão policial durante os protestos que exigem a saída do poder do presidente Joseph Kabila. O ministério do Interior informou a morte de 17 pessoas, 14 civis e três policiais, um deles queimado.

Os protestos de segunda-feira tinham como objetivo dar uma "advertência" a Kabila, três meses antes do fim de seu mandato, previsto para 20 de dezembro, e exigir a convocação de eleições presidenciais.

Kabila, no poder desde 2001, não pode, segundo a Constituição, disputar um novo mandato, mas ele não deu sinais de que pretende deixar a presidência.

Dezessete pessoas morreram nesta segunda-feira em Kinshasa em atos de violência antes de uma manifestação opositora para pedir a saída do presidente do Congo, Joseph Kabila, informou o ministro do Interior, Évariste Boshab, ao afirmar que este balanço é "provisório".

Foram registrados "17 mortos", dos quais 14 são civis. As outras três vítimas são policiais, e um deles foi "queimado vivo", acrescentou Boshab em uma coletiva de imprensa. Esses são os piores tumultos registrados em Kinshasa desde os protestos contra o governo em janeiro de 2015, onde dezenas de pessoas morreram.

"A cidade de Kinshasa acaba de enfrentar um movimento de insurreição que fracassou", afirmou o ministro, que acusou os manifestantes de terem decidido deliberadamente não respeitar o itinerário definido pelas autoridades. No início do dia, jovens que gritavam palavras de ordem contra Kabila atiraram pedras contra a polícia em uma das principais avenidas da cidade.

Os manifestantes montaram barricadas com pneus e uma densa nuvem de fumaça deixou vários veículos queimados. Os protestos desta segunda-feira, convocadas pela oposição, tinham como objetivo dar um "pré-aviso" a Kabila, três meses antes do final de seu mandato, previsto para o dia 20 de dezembro, e para exigir a convocação das eleições presidenciais.

A Organização das Nações Unidas (ONU) está investigando denuncias de abusos sexuais envolvendo agentes de missões de paz da Tanzânia, no nordeste do Congo. Segundo declaração da ONU, há evidências de que os atos tenham sido cometidos contra menores de idade e há, inclusive, reivindicações de paternidade.

A ONU acrescentou ainda que as autoridades tanzanianas e congoleses foram informados e, se as alegações forem fundamentadas, será tomada uma ação imediata. Os supostos autores foram detidos em seus acampamentos. A organização disse que irá fornecer apoio médico e psicológico às vítimas. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Rebeldes no nordeste do Congo mataram seis civis e sequestraram outras 14 pessoas, informou um grupo local ativista neste sábado (13). Este é o mais recente ataque na região onde a segurança está se deteriorando rapidamente, segundo avaliação da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Centro de Estudos para a Promoção da Paz, Democracia e Direitos Humanos, baseado na cidade de Goma, no leste do Congo, afirmou que o ataque foi realizado na noite de sexta-feira em uma vila que fica 7 quilômetros ao leste da cidade de Eringeti.

##RECOMENDA##

O comunicado do grupo afirma que o ataque foi de autoria das Forças Aliadas Democráticas, um grupo rebelde originalmente criado em Uganda. As Forças Aliadas Democráticas mataram pelo menos 500 pessoas desde a escalada dos ataques na região, em outubro de 2014, de acordo com estimativas da ONU. O grupo, altamente escondido, é formado principalmente por extremistas islâmicos que tentam estabelecer a Shariah em Uganda, de acordo com a missão da ONU no Congo.

O exército do Congo e a ONU lançaram uma operação contra o grupo, mas enviados das Nações Unidas ao país afirmaram ao Conselho de Segurança no mês passado que houve uma "significativa deterioração" na situação de segurança no leste do Congo, particularmente nas áreas de Beni e Lubero na província de Kivu do Norte. Fonte: Associated Press.

Seis pessoas ficaram feridas na segunda maior cidade da República do Congo em confrontos entre a polícia e opositores de um referendo que poderia tornar o presidente elegível para um novo mandato.

Alexandre Honoré Paka, um administrador de Pointe-Noire, disse em um comunicado que os seis jovens feridos na onda de violência de sábado estão recebendo tratamento e "passam bem". A declaração contradiz os relatórios do líder da oposição, Andre Okombi Salissa, de que 13 pessoas foram hospitalizadas.

##RECOMENDA##

A República do Congo deve realizar um referendo em 25 de outubro sobre elevar o mandato constitucional e a idade limite que atualmente barram o presidente, Denis Sassou Nguesso, de buscar a reeleição no próximo ano. Os líderes da oposição pediram que seus simpatizantes tentem impedir o referendo. Fonte: Associated Press.

A força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Congo e o Exército local vão lançar uma ofensiva militar contra um grupo rebelde que não se rendeu até o prazo de 02 de janeiro definido por dois grupos regionais, afirmou a ONU, nesta segunda-feira.

O porta-voz da organização, Stephane Dujarric, disse que ambas as forças estão se preparando para a operação contra as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda, conhecidas como FDLR, formadas por extremistas Hutus de Ruanda que participaram do genocídio de 1994 e, em seguida, fugiram pela fronteira para o Congo.

##RECOMENDA##

Ele disse que o Exército do Congo e a missão da ONU, conhecida como MONUSCO, desenvolveram um plano militar conjunto para a operação que a MONUSCA já posicionou parte das tropas e dos equipamentos.

Dujarric disse que o principal enviado da ONU no Congo, Martin Kobler, atualizou o Conselho de Segurança da organização nesta segunda-feira sobre o FDLR e a situação de segurança no país. Ele não disse quando a ofensiva militar vai começar. De acordo com Kobler, a chave para a paz no leste do Congo é desarmar os cerca de 1.500 combatentes que ainda lutam pela FDLR.

O leste do país abriga diversos grupos armados e milícias, muitos disputando controle de vastos recursos minerais da região. Apesar de o conflito ser principalmente um transbordamento de Ruanda, ele inclui grupos rebeldes do Burundi e de Uganda.

Em fevereiro de 2013, o governo do Congo e outras dez nações africanas, incluindo Ruanda e Uganda, assinaram um acordo de não interferência nos assuntos internos dos outros países, além de não hospedar grupos armados. Em seguida, o Conselho de Segurança reforçou a missão da ONU no Congo com uma Brigada de Intervenção para realizar operações ofensivas contra grupos armados e autorizou o uso de drones desarmados no leste do país. Fonte: Associated Press.

Mais de cem pessoas morreram depois que um barco afundou em um lago de uma região remota do Congo, informaram autoridades do país neste domingo. Segundo o ministro dos Transportes da província de Katanga, Laurent Kahozi Sumba, o número exato de vítimas do acidente ainda é desconhecido.

Até o momento, 129 corpos foram recuperados e há conhecimento de 232 sobreviventes do naufrágio. De acordo com Sumba, as causas do acidente ainda estão sendo investigadas. No Congo, muitas navegações costumam levar uma quantidade de pessoas e de carga acima das capacidades máximas permitidas.

##RECOMENDA##

Acredita-se que o desastre tenha acontecido na última sexta-feira. A embarcação era particular e fazia o trajeto entre Katanga e Kivu, províncias localizadas no sul do país. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Uma coalizão de grupos da sociedade civil no leste do Congo informou que ao menos 34 civis foram mortos por um grupo rebelde nesse sábado (6). Este foi o último de uma série de ataques que têm ocorrido na área.

A coalizão da província de Kivu disse neste domingo (7) que membros das forças rebeldes atacaram três aldeias nas cercanias da cidade de Beni. Os grupos informaram que mais de 250 pessoas foram mortas em ataques nos arredores de Beni, nos últimos dois meses.

##RECOMENDA##

O porta-voz da missão de paz da ONU na República Democrática do Congo (RDC), o tenente-coronel Felix Prosper Basse, afirmou que uma ressurgência das ações dos rebeldes no nordeste do país provocou a morte de seis pessoas e o sequestro de outras 47 na semana passada.

A região é um foco de atividade rebelde separatista e o Exército de Resistência do Senhor é um dos grupos mais conhecidos por sequestrar crianças para transformá-las em combatentes. A ONU tem dialogado com o exército do Congo e com a União de Estados Africanos sobre a possibilidade de cooperação para conter os rebeldes no país. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

O Ministério da Fazenda autorizou a celebração de contratos de reestruturação de dívida da República do Congo com o Brasil. Trata-se de um valor total de US$ 352,6 milhões, que compreende um contrato de US$ 344,4 milhões para créditos do Banco do Brasil/Proex e outro para créditos do IRB no valor de US$ 8,2 milhões. O despacho com a decisão é assinado pelo ministro Guido Mantega e está publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o documento, a decisão de Mantega tem como base manifestação da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, pareceres da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, todos fundamentados em resoluções do Senado Federal.

##RECOMENDA##

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira que um surto de ebola no Congo matou 35 dos 62 infectados no país. Segundo a agência, o surto está concentrado em um condado e todas as pessoas infectadas até agora foram ligadas ao caso inicial.

A OMS informou que unidades de isolamento foram instaladas nos quatro vilarejos afetados, em uma área remota do país, que fica no nordeste da África Central.

##RECOMENDA##

O Congo, local do primeiro surto de ebola no mundo, registrou vários surtos da doença. Autoridades dizem que o atual surto não está relacionado com o que acontece no oeste da África, responsável pela morte de mais de 2.200 pessoas. Fonte: Associated Press.

Kinshasa, 24/08/2014 - O ministro da Saúde do Congo, Felix Kabange Numbi, confirmou neste domingo que duas mortes por Ebola foram registradas no país. Segundo ele, dois de oito casos analisados na província de Equateur, no noroeste do Congo, deram positivo.

As autoridades acreditam, no entanto, que o número de vítimas seja maior, com 13 mortes pela doença, incluindo cinco trabalhadores das equipes de saúde. O ministro informou que outras 11 pessoas apresentam sintomas suspeitos e estão isoladas, sendo que 80 possíveis contaminados estão sendo rastreados.

##RECOMENDA##

O Congo já registrou outros sete surtos de Ebola ao longo das últimas décadas, mas esta é a primeira vez com mortes confirmadas. Mesmo assim, o ministro afirma que as infecções são de uma cepa diferente do vírus registrado no oeste do continente, que já deixou mais de 1,4 mil mortos. Numbi argumenta que os casos foram registrados em uma região na qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que um surto de gastroenterite hemorrágica já matou 70 pessoas nas últimas semanas.

Segundo os dados mais recentes da OMS, o atual surto de Ebola no oeste da África já matou 1.427 pessoas e contaminou um total de 2.615. Serra Leoa é o país mais atingido, com pelo menos 910 doentes e 392 mortes. Já foram registrados casos também na Guiné, Libéria e Nigéria. O Congo fica no centro do continente, mas próximo da região afetada. Fonte: Associated Press.

Autoridades do Congo informaram que um trem de carga descarrilou no sudeste do país, matando ao menos 30 pessoas. O porta-voz do governo, Lambert Mende, disse nesta quarta-feira (23) que o número de mortos pode ser muito maior. É comum no Congo que as pessoas embarquem em trens de carga para um passeio clandestino.

Fernandez Tshibondo, um dos representantes do sindicato, disse que o trem saiu descarrilou nesta terça-feira próximo da estação de Katongola, uma cidade na província de Katanga, no Congo. As causas do acidente ainda não foram descobertas. Mende disse que uma investigação foi aberta. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Tropas congolesas mataram, nesta segunda-feira (30), pelo menos 40 homens durante confrontos para repelir ataques coordenados na capital do país, Kinshasa, no que parece ter sido um levante de partidários do ex-candidato presidencial Joseph Mukungubila.

Mais de 70 homens armados lançaram ataques simultâneos contra o principal aeroporto do país, sedes das Forças Armadas e aos escritórios da emissora nacional de televisão, informou o ministro da Informação Lambert Mende.

##RECOMENDA##

Inicialmente, os homens tomaram o controle da emissora de televisão após dominarem policiais e se instalarem no interior do prédio com dezenas de reféns. Antes de o Exército retomar a emissora, os homens afirmaram que estavam no local para liberar o "povo congolês de (presidente Joseph) Kabila" e que "Mukungubila chegou para libertá-los da escravidão de Ruanda". Reforços da Guarda Republicana ajudaram os militares a retomar o controle da televisão após mais de uma hora de confronto, disse Mende.

Ataques contra o aeroporto e a sedes militares também foram repelidos. O governo não divulgou o número de mortos e feridos nas Forças Armadas. Investigadores tentam descobrir se há alguma ligação entre os homens que participaram do ataque e Mukungubila, afirmou Mende. Eddy Mbuyi, conselheiro de segurança do grupo Oxfam, disse que o ataque parece ter sido realizado por uma nova facção armada leal a Mukungubila.

Mukungubila concorreu nas eleições de 2006 contra Kabila, mas obteve menos de 1% dos votos. Desde então, ele tem acusado Kabila de prejudicar os interesses do país em troca de favores de governos estrangeiros.

O vasto país africano abriga as maiores reservas do mundo de cobalto e de tântalo, um metal cinza azulado usado na manufatura de smartphones e computadores pessoais, mas enfrenta uma série de episódios de insurgência desde o final da década de 1990.

Uma força de paz da ONU de 21 mil homens ajudou o Exército congolês a derrotar, em novembro, uma rebelião de 20 meses contra o grupo rebelde M23. Mukungubila criticou o governo por assinar o acordo de paz e acusou Kabila de "curvar-se aos interesses de Ruanda".

Investigadores da ONU acusam Ruanda e Uganda de apoiar a rebelião do M23, mas os dois países negam. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os rebeldes do M23 que foram forçados a recuar da maioria de seus redutos no leste do Congo agora estão pedindo um cessar-fogo ao governo. Em um comunicado divulgado neste domingo (3), o presidente do M23, Bertrand Bisimwa, exortou os militares congoleses a cessar todas as hostilidades, de modo a permitir que as negociações de paz sigam em frente.

Após uma rebelião de 18 meses em que os rebeldes brevemente tomaram o controle da cidade de Goma no ano passado, os militares congoleses intensificaram suas ofensivas em outubro, retomando o controle de diversas cidades e obrigando os combatentes do M23 a fugir para as montanhas. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Na praça do centro de Limete, um bairro popular de Kinshasa, a capoeira encontrou praticantes inesperados: as crianças de rua.

A capital da República Democrática do Congo, com seus 12 milhões de habitantes, é a segunda cidade do mundo, logo atrás do Rio de Janeiro, em número de crianças abandonadas.

As estimativas variam de uma fonte à outra, mas a ONG francesa Médecins du Monde (Médicos do Mundo, MDM) estima que são cerca de 20.000. Algumas largaram as famílias, outras foram abandonadas.

Estas crianças são chamadas de "shégués" (crianças de rua em lingala), um nome que é sinônimo de "ladrão", já que elas vivem essencialmente de roubos e furtos. Elas recusam a ajuda de dezenas de ONG e acabam muitas vezes caindo na prostituição, na desnutrição e na violência.

Algumas, porém, deram sentido às suas vidas graças à disciplina e a energia da capoeira.

As crianças praticam na rua com Yannick N'Salambo, um técnico em computação congolês de cerca de 30 anos de idade que se apaixonou por esta luta misturada com dança ensinada por um viajante brasileiro. Três vezes por semana, ele vai a Limete e encontra um lugar no meio dos comerciantes de carvão e de legumes, dos engraxates e dos vendedores de crédito para celular.

Munidos de um berimbau e de um reco-reco, Yannick e seus assistentes começam o aquecimento. Em seguida, dois de cada vez, eles começam. Fortes e atléticos, eles exibem seus movimentos plásticos.

Às vezes, um dos participantes acaba entrando no ritmo do adversário e o atinge. "Malembe!" (cuidado!), avisa o mestre, que toma seu lugar e mostra como se deve agir sem machucar o companheiro.

Em volta, cerca de dez crianças, entre 5 a 13 anos, assistem com atenção.

Descalços, vestindo roupas comuns como camisetas e calças largas, os dois param após alguns minutos, sendo imediatamente substituídos por outros dois parceiros que tentam mostrar que aprenderam como se faz.

A aula dura duas horas e termina com a lembrança do que se espera dos jovens alunos: seguir as obrigações escolares, ter um comportamento digno, respeitar as funções de cada um perante o grupo e ser pontual.

"Eu vi uma grande evolução", diz Yannick. "Eu tinha crianças que não obedeciam, eram agressivas, mal-educadas. A capoeira reestruturou seus lados psicológicos".

A capoeira ensina os jovens de rua o que nem a escola, nem a família conseguiu ensinar.

Um dos assistentes, Ninja, de 30 anos, saiu das ruas graças à esta prática. Fechado, tímido, ele viveu sem lar por 20 anos.

"A capoeira permitiu a ele se expressar", explica Yannick, que ganha um pouco de dinheiro dando aulas aos estrangeiros.

"É um esporte que nos ensina a amizade", diz Jérémie Tchibenda, de 14 anos. Francis, de 9 anos, "se sente bem" quando pratica capoeira.

Nem todos vem da rua, alguns têm família e moram por perto. Alex Karibu, de 25 anos, tinha quinze anos e já era órfão quando começou.

O jovem embaixador do Brasil no país, Paulo Uchoa, se sente orgulhoso de ver esta atividade brasileira encontrando público no Congo e ajudando estas crianças.

"Vou fazer de tudo para ajudar", garantiu o diplomata, lembrando que o Brasil e a África vêm se aproximando. Em des anos, as trocas comerciais do Brasil com o continente africano saltaram de 5 para 26 bilhões de dólares, e o número de embaixadas brasileiras em solo africano subiu de 15 para 38.

É praticamente uma volta para casa, já que a capoeira, mesmo tendo sido criada no Brasil, tem as raízes na África.

Metade dança, metade luta, a capoeira se desenvolveu no século XIX na clandestinidade, em meio às populações escravas vindas da África. Como eram proibidos de lutar, os escravos escondiam sua luta com a dança.

Uma autoridade do governo do Congo informou hoje que uma operação de desarmamento está sendo executada no leste do país, como parte da exigência feita pela missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) de estabelecer uma "zona de segurança".

A medida visa a garantir que apenas as forças de segurança congolesas estejam armadas na região, que tem sido ameaçada por rebeldes do movimento M23. Bahati Luhunga, autoridade na cidade de Sake, quase 27 quilômetros distante de Goma, afirmou neste sábado (3) que as tropas do governo conduziram uma busca de casa em casa.

##RECOMENDA##

Foram encontradas 32 pessoas com armas e munições, de acordo com Luhunga. Ele disse que outros moradores armados escaparam porque foram avisados por amigos do exército de Congo. A chamada zona de segurança da ONU entrou em vigor na quinta-feira passada, mas a organização ainda não divulgou o número total de pessoas desarmadas no país.

O Senado Federal autorizou a União a firmar contrato de reestruturação de créditos com a República do Congo, que deve ao Brasil um montante de US$ 352,676 milhões. Com a decisão, publicada em resolução no Diário Oficial da União, o valor a ser efetivamente pago pelo Congo será de US$ 74,588 milhões, o equivalente a 21% da dívida total. O valor perdoado, portanto, foi de US$ 278,088 milhões.

O pagamento começará a ser feito com uma parcela inicial de US$ 6,158 milhões. O restante do valor, US$ 68,430 milhões, será pago em cinco anos, em até 20 parcelas trimestrais.

##RECOMENDA##

O exército da República Democrática do Congo (RDC) alegou nesta segunda-feira ter matado 120 rebeldes da milícia M23 em confrontos ocorridos no leste do país. Além dos 120 rebeldes, 20 soldados da RDC perderam a vida na ofensiva. As informações sobre o número de mortos foram divulgadas em Kinshasa por Lambert Mende, porta-voz do exército congolês.

Os rebeldes teriam sido mortos na captura do povoado de Kibati. Moradores confirmaram nesta segunda-feira que o exército congolês capturou a cidade.

##RECOMENDA##

Os novos confrontos entre o exército e os rebeldes do M23 tiveram início ontem à tarde, quando mais de cem rebeldes disfarçados de mulheres entraram no Congo pela fronteira com Ruanda, relataram moradores de Kibati. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando