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A epidemia de ebola na região nordeste da República Democrática do Congo provocou 100 mortes em menos de três semanas e mais de 700 desde que foi declarada em agosto do ano passado, informa o balanço atualizado do ministério da Saúde.

"Desde o começo da epidemia, o número de casos chega a 1.117, dos quais 1.051 confirmados e 66 prováveis. No total aconteceram 702 falecimentos (636 confirmados e 66 prováveis) e 339 pessoas curadas", afirma um comunicado divulgado pelo ministério.

O governo também investiga 295 casos suspeitos.

Esta é a 10ª epidemia de febre hemorrágica no país desde 1976 e a mais grave na história da doença desde a que matou mais de 10.000 pessoas na África ocidental (Guiné, Libéria, Serra Leoa) em 2014.

Pela primeira vez a população está vacinada em grande escala. Mais de 95.000 pessoas receberam uma dose de rVSV-Zebov dos laboratórios Merck, segundo ministério da Saúde. O governo afirma que a campanha salvou milhares de vidas.

A rainha Diambi Kabatusuila, da etnia bantu Bena Tshiyamba de Bakwa Indu, se encontrou hoje (11) com ativistas do movimento negro, indígenas e brasileiros descendentes de africanos em um evento no Rio de Janeiro.

A rainha foi coroada governante em 2016 e lidera uma população que vive na República Democrática do Congo. Em sua visita ao Brasil, que começou em 27 de fevereiro, ela já passou por Salvador e Belo Horizonte e também irá a São Paulo.

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"O Brasil tem uma cultura que trouxe o melhor da Europa, o melhor da África, e o melhor dos povos indígenas, donos dessa terra. E embora não tenha sido feito do jeito certo, porque houve muita violência e desrespeito pelas populações que estavam aqui e contra os africanos que vieram forçados, mesmo assim vocês conseguiram fazer algo incrível", disse ela, que defendeu que é preciso reconhecer toda a ancestralidade do país inclusive no sistema educacional. "Imagine professores que ensinem a história do povo africano e diga o quão grande somos. Não somos apenas os criadores da humanidade, mas os fundadores das civilizações", disse a rainha. 

Diambi Kabatusuila destacou também que é preciso aprender com os povos indígenas a vida em harmonia com a natureza e ensinar as crianças e jovens a buscar esse equilíbrio. Ao encerrar o discurso, ela defendeu que a população cobre os governantes e disse que cada pessoa faz parte dos recursos de uma nação. 

"Ouça a música das favelas, como é bonita. Sim, tem muito sofrimento, mas ela brilha a melhor luz quando fazem o que amam fazer. Elas também são nossos recursos, as pessoas que vocês não consideram porque consideram que são pobres por não terem bens materiais. Eles têm tanto mais acontecendo aqui (na cabeça) e aqui (no coração)".

O secretário estadual de cultura e economia criativa, Ruan Fernandes Lira, deu boas vindas à rainha e disse que é preciso usar o setor cultural para gerar emprego e renda no estado. "As portas da secretaria estão abertas para qualquer parceria vindoura". 

Ao menos sete profissionais da saúde contraíram o vírus ebola na República Democrática do Congo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), está sendo investigado um outro caso de profissional que foi afetado pela doença.

"Precisamos proteger todos os profissionais de saúde em áreas de alto risco por meio da vacinação e do uso de equipamento de proteção pessoal”, afirmou o vice-diretor-geral de Prontidão e Emergência da OMS, Peter Salama, em sua conta na rede social Twitter.Organi

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Segundo informações da organização, foram confirmadas 40 mortes e 30 casos da doença: há ainda 27 casos a serem confirmados.

“Estamos em um precipício epidemiológico”, expressou Salama. “Temos uma janela de oportunidade crítica e limitada para impedir que esse surto de ebola na República Democrática do Congo se instale em áreas que são muito mais difíceis de acessar por causa da insegurança. Não há um segundo a perder”, completou.

A República Democrática do Congo iniciou a campanha de vacinação conhecida como anel – para a população considerada de alto risco – para o surto de ebola, na província de Kivu do Norte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 17 casos da doença foram confirmados no país.

“Vacinas são uma ferramenta importante na luta contra o ebola. É por isso que tem sido prioridade agilizar e organizar essas vacinas para proteger nossos trabalhadores da saúde e a população afetada”, afirmou o ministro da Saúde do país, Oly Ilunga.

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A OMS também comunicou que 3.220 doses da vacina estão disponíveis no país e que doses extras foram pedidas.

“O ebola é agressivo. Precisamos responder agressivamente. Iniciar a vacinação tão rápido é um passo-chave”, emitiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Guebreyesus. 

A vacinação em anel baseia-se em buscar e imunizar todas as pessoas que tiverem contato com pessoas afetadas pelo ebola.

Pouco tempo após decretar o fim do nono surto de ebola na República Democrática do Congo, a Organização das Mundial da Saúde (OMS) alertou que 300 mil crianças morrem todos os anos no país vítimas de doenças passíveis de prevenção. De acordo com a entidade, a região sofre com surtos de poliomielite e cólera, que podem ser combatidas por meio de vacinação e melhorias no sistema de saneamento básico.

Em retrospectiva, a entidade avaliou que fatores como acionar o alarme o mais cedo possível; trabalhar diretamente com comunidades em risco; e identificar pessoas, em áreas remotas, que tiveram contato direto com pacientes infectados foram fatores preponderantes para que o mais recente surto de ebola no Congo chegasse ao fim. Além disso, uma nova vacina, ainda em fase experimental, foi utilizada para combater o vírus no país – mais de 3 mil foram imunizados.

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“Essa resposta efetiva ao ebola deve tornar governo e parceiros confiantes de que outros grandes surtos que afetam o país, como cólera e pólio, também podem ser alvo de ações”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Precisamos continuar a trabalhar juntos, investindo no reforço da vigilância e no acesso a cuidados de saúde para os mais vulneráveis”, concluiu.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou o fim do surto de ebola na República Democrática do Congo. A organização felicitou o governo do país por controlar o surto da doença, além de requererem a mesma atenção para outros vírus que assolam o local.

“O surto foi contido graças aos esforços incansáveis das equipes locais, ao apoio de parceiros, à generosidade de doadores e à liderança efetiva do Ministério da Saúde. Esse tipo de liderança, associada à forte colaboração entre parceiros, salva vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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A OMS ainda lembrou que forneceu US$ 2 milhões do Fundo de Contingenciamento para Emergências, além de encaminhar uma equipe para ampliar a capacidade de agentes em campo e impulsionar um sistema de gerenciamento de incidentes de emergência. “Essa resposta efetiva ao ebola deve tornar governo e parceiros confiantes de que outros grandes surtos que afetam o país, como cólera e pólio, também podem ser alvo de ações”, expressou Tedros. “Precisamos continuar a trabalhar juntos, investindo no reforço da vigilância e no acesso a cuidados de saúde para os mais vulneráveis”, concluiu.

A República Democrática do Congo (RDC) registrou mais dois óbitos por ebola, elevando para 27 o número de mortos em um mês - anunciaram autoridades sanitárias nesta quarta-feira (6).

O Ministério da Saúde anunciou o falecimento de um paciente, cujo caso já estava confirmado, em Bikoro, e um outro em Iboko. Até 4 de junho, "foram registrados na região 58 casos de febre hemorrágica, 37 deles confirmados, 14 prováveis e sete suspeitos", acrescentou o Ministério da Saúde.

A epidemia de ebola na RDC, a nona desse país africano, começou em 8 de maio em Bikoro, na fronteira Congo-Brazzaville.

Nessa segunda-feira (21), o Sport anunciou uma parceria com a ONG Visão Mundial em torno da campanha 'A Grande Jogada'. A ação tem como objetivo principal arrecadar fundos para os refugiados da República Democrática do Congo, que fogem de uma guerra civil em seu país e buscam abrigo na fronteira com a vizinha Angola.

Com o texto "De cabeça e coração, faça dua doação; A grande jogada é salvar vidas", o volante Fellipe Bastos e os atacantes Rafael Marques e Michel Bastos protagonizaram os vídeos da campanha. Para realizar a doação basta apenas entrar no link disponibilizado no próprio site da ONG Visão Mundial

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Confira o vídeo da campanha:

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Mais de 7.500 doses da vacina experimental contra o ebola foram enviadas à República Democrática do Congo, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país já registrou pelo menos 46 casos da doença e 26 mortes. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “a vacinação será a chave para controlar o surto”.

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Segundo o Ministério da Saúde local, todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado de ebola serão rastreadas e receberão a dose. Profissionais da área da saúde também serão imunizados contra a doença.

O Ministério da Saúde do Congo confirmou nova morte por Ebola, elevando para 26 o número de vítimas fatais do surto na província de Equateur, no noroeste do país. Em nota, o ministério disse que quatro novos casos foram confirmados. Um total de 46 casos da febre hemorrágica foram relatados na região, incluindo 21 casos confirmados de Ebola, 21 prováveis e quatro suspeitos.

O Congo começará a administrar uma vacina experimental contra o Ebola na segunda-feira em Mbandaka, cidade de 1,2 milhão de habitantes. "A campanha de vacinação começa amanhã, segunda-feira, em Mbandaka, capital da província. O alvo será, primeiro, a equipe de saúde, os contatos dos doentes e os contatos dos contatos", disse o ministro da Saúde do país, Oly Ilunga.

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Inicialmente, a campanha terá como alvo 600 pessoas, principalmente equipes médicas, contatos de casos suspeitos e aqueles que estiveram em contato com os contatos, disse Ilunga. Autoridades estão trabalhando urgentemente para evitar que a doença se espalhe além de Mbandaka. Mais de 4 mil doses já estão no Congo e outras estão a caminho, de acordo com autoridades. A vacina ainda está em fase de testes, mas foi eficaz no surto da África Ocidental há alguns anos.

O presidente do Congo, Joseph Kabila, e seu gabinete concordaram no sábado em aumentar os recursos para a emergência do Ebola para mais de US$ 4 milhões. O gabinete também endossou a decisão de fornecer assistência médica gratuita nas áreas afetadas e prestar cuidados especiais a todas as vítimas do Ebola e seus familiares.

A disseminação do Ebola de uma área rural para Mbandaka deixou o país em alerta, já que o Ebola pode se espalhar mais rapidamente nos centros urbanos. A febre pode causar hemorragia interna grave, muitas vezes fatal. Fonte: Associated Press.

A República Democrática do Congo vive seu nono surto de ebola desde a descoberta do vírus, em 1976. O número de casos confirmados em laboratório chegou a 14, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De 4 de abril a 17 de maio, 45 casos de ebola foram reportados no Congo, Foram notificadas ainda 25 mortes.

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Na última sexta-feira (18), a OMS optou por não declarar emergência internacional em saúde pública, mas alertou que a situação na região africana desperta preocupação e que países vizinhos foram avisados da possibilidade de disseminação do vírus.

Durante coletiva de imprensa, o chefe do comitê internacional que analisou o cenário na República Democrática do Congo, Robert Steffen, orientou que o governo local, a própria OMS e seus parceiros, incluindo Médicos sem Fronteiras e Cruz Vermelha Internacional, mantenham uma atuação conjunta e coordenada. Segundo ele, caso o surto do vírus se amplie significativamente ou registre transmissão internacional, o comitê fará uma nova reunião para reavaliar a situação.

Confira abaixo as principais perguntas e respostas sobre ebola divulgadas pela OMS:

O que é a doença do vírus Ebola?

Comumente conhecida como febre hemorrágica do ebola, é uma enfermidade severa e geralmente mortal, com taxa de óbito de até 90%. A doença é causada pelo vírus Ebola, membro da família filovírus, identificado pela primeira vez em 1976, quando dois surtos simultâneos aconteceram – um em Yambuku, vilarejo próximo ao Rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro numa área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas evidências atuais sugerem que morcegos comedores de frutas podem ter sido os hospedeiros originais.

Como as pessoas são infectadas pelo vírus?

A infecção em humanos ocorre por meio do contato com animais infectados (normalmente após o manuseio da carne) ou pelo contato com fluidos corporais de pessoas infectadas. A maioria dos casos em humanos é provocada pela transmissão pessoa a pessoa, que acontece quando o sangue ou outras secreções (fezes, urina, saliva e sêmen) de pacientes infectados entram em contato com o corpo de uma pessoa sadia por meio de lesões na pele ou pelas membranas mucosas.

A infecção também pode acontecer caso a pessoa entre em contato com itens ou ambientes contaminados por fluidos corporais de pacientes infectados, o que inclui roupa suja, roupa de cama, luvas, equipamentos de proteção e resíduos médicos como seringas.

Quem está sob maior risco?

Durante um surto de ebola, as pessoas sob maior risco de contrair a infecção são: trabalhadores de saúde; membros da família e demais pessoas que tiveram contato direto com pacientes contaminados; pessoas em luto que manuseiem corpos em rituais de enterro.

Por que pessoas que participam de rituais de enterro podem contrair a doença?

Os níveis do vírus ebola permanecem altos mesmo após a morte do paciente. Desta forma, os corpos de pessoas que morreram após serem infectadas devem ser manuseados por pessoas que utilizam equipamento protetivo e enterrados imediatamente. A OMS aconselha que os corpos de pacientes mortos pelo ebola sejam manuseados apenas por equipes treinadas e equipadas propriamente para enterrar mortos de forma segura e digna.

Por que trabalhadores da saúde estão sob risco de infecção?

O risco se dá caso os profissionais não utilizem equipamento de proteção correto ou não coloquem em prática medidas de prevenção e controle de infecções no momento em que estiverem cuidando de pacientes. Trabalhadores de todos os níveis do sistema de saúde – hospitais, clínicas e postos de saúde – devem ser informados sobre a doença e seu modo de transmissão e devem seguir firmemente as regras de precaução.

O ebola pode ser transmitido por via sexual?

A transmissão sexual do ebola, do homem para a mulher, é uma possibilidade muito forte, mas ainda não comprovada. Menos provável, mas ainda possível, é a transmissão da mulher para o homem. Mais dados de vigilância e pesquisa sobre a transmissão sexual do vírus se fazem necessários, particularmente sobre a prevalência de transmissão viável pelo sêmen ao longo do tempo.

Quais os sinais e sintomas típicos do ebola?

Os sintomas do ebola variam, mas febre de início súbito, fraqueza intensa, dor muscular, dor de cabeça e dor na garganta são comumente sentidos logo no começo da doença – período conhecido como fase seca. À medida em que a infecção avança, os pacientes costumam desenvolver vômito e diarreia (fase molhada), erupção cutânea, insuficiência renal e hepática e, em alguns casos, hemorragias internas e externas.

Quanto tempo demora para que as pessoas desenvolvam sintomas após a infecção?

O período de incubação ou intervalo de tempo entre a infecção e o início de sintomas varia de dois a 21 dias. O paciente só transmite a doença depois de apresentar sintomas. A infecção por ebola só pode ser confirmada por meio de exame laboratorial.

Quando é preciso procurar ajuda médica?

A pessoa com sintomas similares aos do ebola (febre, dor de cabeça, dor muscular, vômito e diarreia) e que esteve em contato com pacientes possivelmente infectados pelo vírus ou que viajou a localidades onde foram registrados casos da doença deve procurar assistência médica imediatamente.

Há tratamento para o ebola?

Cuidados de apoio, sobretudo terapia de reposição de fluidos, cuidadosamente gerenciada e monitorada por profissionais de saúde treinados melhoram as chances de sobrevivência. Outros tratamentos utilizados para ajudar pacientes a combater o ebola incluem, quando disponível, diálise, transfusões de sangue e terapia de reposição de plasma.

Pacientes infectados pelo ebola podem ser tratados em casa?

A OMS não aconselha que famílias e comunidades cuidem de pessoas com sintomas do ebola em casa. Pacientes com sinais da doença devem procurar atendimento em hospitais ou clínicas onde médicos e enfermeiras estão equipados para prestar esse tipo de serviço.

O ebola pode ser prevenido?

As pessoas podem se proteger da infecção pelo vírus seguindo medidas específicas de prevenção e controle que incluem: lavar as mãos; evitar contato com fluidos corporais de pessoas que podem ter sido infectadas; evitar manusear ou preparar corpos de pessoas que morreram com suspeita ou diagnóstico da doença.

Existe vacina contra o ebola?

Uma vacina experimental contra o ebola se mostrou altamente protetiva contra o vírus na Guiné. A dose foi utilizada em estudos clínicos envolvendo quase 12 mil voluntários em 2015 e será adotada novamente pela OMS como tentativa de conter o surto registrado na República Democrática do Congo. A estratégia, este ano, é a chamada vacinação em anel, onde todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado são rastreadas e recebem a dose, no intuito de frear a transmissão do vírus.

O ministro de Saúde Pública do Congo, Dr. Oly Ilunga Kalenga, confirmou que há três novos casos de Ebola em Mbandaka, cidade portuária com mais de 1 milhão de habitantes.

Até então, apenas um caso havia sido confirmado na região. Agora, há 17 casos confirmados no atual surto do vírus, incluindo uma morte, além de 21 casos considerados prováveis e cinco em que há suspeita de contração da doença.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu na sexta-feira não declarar o surto uma emergência global de saúde, mas classificou o risco de a febre se espalhar pelo Congo como "muito alto" e colocou em alerta a situação para nove países vizinhos, com risco "alto".

Os novos casos serão um teste para uma nova vacina experimental que se provou efetiva para combater um surto na África Ocidental alguns anos atrás. As vacinações devem começar no início da semana que vem, com mais de 4 mil doses já no Congo. (Associated Press)

A República Democrática do Congo confirmou nesta terça-feira (8) que enfrenta uma nova epidemia de ebola, a qual já causou a morte de pelo menos 17 pessoas na província de Equateur, no noroeste do país.

    De acordo com dados do Ministério da Saúde local, nas últimas cinco semanas, já foram notificados 21 casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 80%. Uma equipe do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia.

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    Segundo o grupo, "a prioridade é trabalhar para reduzir a perda de vidas e sofrimento associados a este novo surto de ebola".

    Este é o nono surto da doença desde a descoberta do vírus em 1976. O governo do Congo não especificou a data de início da epidemia, mas considerou a situação "uma emergência de saúde pública internacional". Estes novos casos surgem cerca de um ano após o último surto, no qual oito pessoas foram infetadas e quatro morreram.

Da Ansa

No leste da República Democrática do Congo, mais de 800 mil crianças foram forçadas a saírem de suas casas por conta da violência e dos confrontos armados. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) é quem divulga o número e aponta esse fato como "uma das piores crises de deslocamento forçado no mundo". A UNICEF divulgou que, juntamente com os seus parceiros, já identificaram mais de 800 casos de abuso sexual contra os menores, acreditando ainda que esse número contra as crianças pode ser bem maior.

Muitas das crianças estão sendo recrutadas para lutar na guerra instaurada na região. Os dados recentes da entidade mostram que mais de 3 mil crianças já foram recrutadas por milícias e grupos armados no ano passado (2017). No entanto, não apenas a guerra e os abusos sexuais é o que impera na localidade. "Centenas de milhares de crianças na região já não têm acesso a cuidados de saúde e educação, enquanto muitos sofreram atrocidades nas mãos de combatentes", acrescentou Tajudeen Oyewale, chefe interino da UNICEF.

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O órgão averiguou que a violência acabou impedindo também que muitas pessoas trabalhassem nos campos de plantações, "o que aumenta o risco de insegurança alimentar e a possibilidade de milhares de crianças sofrerem de desnutrição, devido à falta de comida", aponta. 

Em apoio, a agência da ONU informou que presta ajuda à população, imunizando os menores contra o sarampo; fazendo prevenção e tratamento da cólera; apoio psicossocial, dentre outras coisas. Mas, para continuar nessa assistência, a agência apela por US$ 65 milhões em apoio à sua resposta nos próximos seis meses.

*Com informações do UN News Centre

Há dois anos, Isabel Antonio teve que deixar para trás seu país e sua infância por causa de uma das guerras mais sangrentas da África, mas a refugiada congolesa acabou conquistando o coração de milhões de brasileiros com suas apresentações no programa "The Voice Brasil".

Depois de dois meses no concurso, a jovem de apenas 16 anos foi eliminada esta semana, mas suas conquistas foram muito além.

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"Ter participado desse programa foi muito importante para mim e tenho certeza que vai ser importante também para outras meninas como eu, outras refugiadas, trazendo a emoção da música e servindo de exemplo para muitas pessoas", contou à AFP, falando em português.

Em sua última visita aos estúdios da TV Globo, Isabel aproveitou sua estada no Rio para ver o mar pela primeira vez.

No calçadão da praia de Ipanema, os fãs paravam a cada dez metros a adolescente de sorriso radiante e nascida na República Democrática do Congo (RDC) para pedir uma selfie com ela.

"Parabéns, você canta muito. Já é uma vencedora, mesmo com a eliminação", diz Rafael, vendedor de gelo de 26 anos.

Desde que cantou no programa "Heal the World", sucesso de Michael Jackson contra o sofrimento de crianças em todo o mundo, Isabel virou um símbolo da causa dos refugiados no Brasil.

- Três dias escondida -

Originária de Kinshasa, Isabel sofreu uma reviravolta em sua vida em 2015, quando a violência da guerra civil a separou de sua família.

"Tive que fugir com minha irmã, não achamos minha mãe e ficamos escondidas na mata durante três dias", contou, tocando nervosamente em suas longas tranças.

As duas jovens acabaram sendo encontradas por missionários brasileiros, que as levaram a Angola e, depois, para o Rio.

"Não queria ir embora porque queria encontrar minha mãe, mas acabei aceitando porque senão corria o risco de morrer", explicou.

A guerra civil que castiga há anos a RDC forçou centenas de milhares de pessoas a se deslocar, entre elas as mais de 500.000 que vivem como refugiadas em países vizinhos.

Chegadas ao Brasil, as duas irmãs descobriram, graças a um registro feito pela organização católica Cáritas, que tanto sua mãe quanto seus outros quatro irmãos tinham feito o mesmo caminho semanas antes e estavam em São Paulo.

Pouco depois, seu pai acabaria se unindo à família no fim de 2015. Agora, trabalha como gari em São Paulo, enquanto sua mãe é faxineira.

- Sonho -

Foi precisamente em São Paulo que Isabel descobriu seu talento para a música, graças ao coral "Somos Iguais".

O projeto, fundado pela voluntária Daniela Guimarães, pretendia apenas ser um passatempo para os filhos dos refugiados, enquanto suas mães eram sensibilizadas sobre os riscos do câncer de mama.

"Eles cantavam tão bonitinho que percebi que tinha que levar esse projeto adiante", explicou Daniela, que chamou o maestro João Carlos Martins para inspirar sua paixão pela música nas crianças vindas de RDC, Angola, Síria e Haiti.

O coral ganhou, assim, certo renome com apresentações em várias cidades brasileiras, o que levou a TV Globo a convidar cinco de seus membros a participar de "The Voice Kids", a versão infantil do programa.

Isabel foi uma das selecionadas, mas como acabara de completar 16 anos, preferiram que disputasse com os concorrentes adultos, mais experientes.

Sua bela voz encantou tanto o público quanto o júri e permitiu que ela continuasse no programa até a etapa da Batalha dos Técnicos.

"Isabel representa a voz dos demais membros do coral. Ela soube aproveitar a oportunidade para carregar os sonhos dos outros refugiados", comenta Guimarães, enquanto caminha ao lado da adolescente na praia.

De volta a São Paulo, após sua experiencia na TV, Isabel, que sonhava em ser médica quando criança, espera aproveitar a fama para seguir com uma carreira musical.

"Quando canto, eu me sinto outra pessoa, não me sinto mais a Isabel triste, que sofreu, que pensava que iria morrer", confessa a menina.

A luta para separar duas irmãs gêmeas siamesas foi colocada à prova em uma saga de 15 horas em estrada, selva e várias dificuldades. Essa história aconteceu em uma família de um vilarejo, cujo nome é Muzombo, na República Democrática do Congo. As meninas de nove dias seguiram nos braços da mãe por um trajeto de 1,4 mil quilômetros até Kinshasa. 

O caso chamou atenção no vilarejo onde nasceram, isto porque vieram ao mundo unidas pelo umbigo. Com medo de que o pior acontecesse a elas, a mãe, após o parto normal, subiu em uma motocicleta e foi pedir ajuda, seguindo um percurso de 249 quilômetros até o hospital localizado em Vanga. O medo da família era de que as crianças compartilhassem órgãos vitais.

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No hospital os médicos perceberam o risco e enviaram a mãe e as filhas de avião. Com o auxílio da Mission Aviation Fellowship (MAF), uma organização que realiza o transporte aéreo em locais remotos, elas foram encaminhadas a um hospital que realizou a cirurgia de separação. Elas – que nasceram de uma gestação de 37 semanas, em agosto – já passaram pelo procedimento e devem ir para casa em três semanas.

Segundo a BBC, o médico Junior Mudji, que cuida das bebês no hospital de Vanga, contou que as gêmeas passam bem. Além disso, ele acredita que a separação das siamesas foi a primeira cirurgia deste tipo na República Democrática do Congo.

 

Autoridades congoleses disseram que ao menos 10 pessoas foram mortas no norte do Congo por rebeldes ugandenses que pertencem a um grupo conhecido como ADF. O administrador local Amisi Kalonda disse que a ação ocorreu durante a noite, a cerca de 20 quilômetros da cidade de Beni.

O porta-voz das Forças Armadas, capitão Mak Hazukay Mongba, informou que houve uma operação na área como parte dos esforços para neutralizar o grupo rebelde, mas não deu detalhes sobre o número de mortos.

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A organização internacional Human Rights Watch disse que rebeldes da ADF já mataram cerca de 1 mil pessoas na região de Beni ao longo dos últimos três anos. O exército congolês capturou dezenas de rebeldes, incluindo uma dúzia que foi sentenciada à morte. Fonte: Associated Press

O Egito está, enfim, de volta a uma Copa do Mundo. E a classificação veio neste domingo, após vitória emocionante sobre o Congo por 2 a 1, em casa, pelas Eliminatórias Africanas do Mundial de 2018, na Rússia. Os gols que garantiram a vaga vieram de um dos principais jogadores da seleção: o atacante Mohamed Salah, do Liverpool. E o último deles saiu apenas aos 50 minutos do segundo tempo.

Faltando uma rodada para o término da disputa, o Egito assegurou a liderança do Grupo E ao chegar aos 12 pontos, quatro na frente de Uganda. A chave contém também a forte seleção de Gana, que tem apenas seis e está fora do Mundial. Apenas o primeiro se garante na Copa da Rússia.

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O sofrido triunfo deste domingo, que veio após os gols de Salah, colocou fim a uma longa ausência do Egito em uma Copa do Mundo. Esta, aliás, será apenas a terceira participação da seleção em um Mundial. Embora seja o maior campeão da Copa Africana de Nações, com sete títulos, o Egito não disputa uma Copa desde 1990, na Itália. Curiosamente, a sua primeira participação havia sido no mesmo país, em 1934.

E o Egito jamais venceu uma partida na Copa do Mundo. Em 1934, em seu único jogo na competição, foi derrotado pela Hungria por 4 a 2. E, em 1990, empatou com Holanda e Irlanda, além de ter sido vencido pela Inglaterra.

Abalado por uma crise política que perdura nas últimas décadas, o Egito viu a turbulência assolar os gramados em 2012, quando torcedores do Al Masry massacraram 74 pessoas durante uma partida de futebol. O triste evento ficou conhecido como "Tragédia de Port Said" e resultou na condenação à morte de 10 torcedores.

Mas, neste domingo, o passado trágico finalmente ficou para trás. Mohamed Salah abriu o placar aos 18 minutos do segundo tempo, mas viu Arnold Bouka Moutou empatar já aos 43. Por fim, no último lance do jogo, o atacante do Liverpool converteu cobrança de pênalti e assegurou uma grande festa à torcida egípcia.

A seleção se tornou, assim, a 15.ª classificada na Copa do Mundo da Rússia. Além do Egito, estão classificados o Brasil, na América do Sul; a Nigéria, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Pelo menos 40 pessoas morreram e outras 4 ficaram feridas em um deslizamento de terra no povoado de Tora na região leste da República Democrática do Congo, nesta quinta-feira (17).

As chuvas fortes fizeram com que partes de um morro caíssem sobre a vila, o que deixou muitas casas soterradas. A Cruz Vermelha local e outras organizações humanitárias trabalham no resgate dos feridos.  

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O povoado de Tora fica na vertente ocidental do lago Alberto na província de Ituri, a 1.190 quilômetros da capital democrática-congolesa Kinshasa. Os moradores da região vivem da pesca do lago Alberto e o local é conhecido pelo confronto entre a Força Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) e o Exército da RDC.     

As atividades sísmicas e vulcânicas são responsáveis por uma série de deslizamentos de terra na região nos últimos anos. Em 2010, 19 pessoas morreram e 27 foram dadas por desaparecidas em Kibiriga, na região leste do país. Em 2002, cerca de 50 morreram em Uvira, também no leste.

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) divulgou um relatório, nesta terça-feira (20), em que o número de refugiados reconhecidos no país aumentou 12% em 2016, chegando a 9.552 pessoas de 82 nacionalidades.

Desse total de refugiados no Brasil, 8.522 foram reconhecidas por vias tradicionais de elegibilidade, 713 chegaram ao Brasil por meio de acolhimento jurídico e físico (reassentamento) e 317 se refugiaram na casa de algum familiar. Os países que obtém o maior número de refugiados reconhecidos no Brasil em 2016 foram Síria, com 326 pessoas, República Democrática do Congo, com 189 pessoas, Paquistão, com 98 pessoas, Palestina, com 57 pessoas, e Angola, com 26 pessoas.

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Segundo o Conare, os pedidos de refúgio caíram 64% em 2016, em comparação com 2015, sobretudo em decorrência da diminuição das solicitações de haitianos. Os países com maior número de solicitantes de refúgio no Brasil em 2016 foram Venezuela, com 3.375 solicitações, Cuba, com 1.370 solicitações, Angola, com 1.353 solicitações, Haiti, com 646 solicitações, e Síria, com 391 solicitações. 

Apesar da diminuição no número de solicitantes de refúgio no ano passado, houve um aumento expressivo de solicitações de venezuelanos (307%) em relação a 2015. De acordo com o relatório, 3.375 venezuelanos solicitaram refúgio no Brasil, cerca de 33% das solicitações registradas no país em 2016.

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