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Durante o debate entre os presidenciáveis, na noite desse domingo (16), Jair Bolsonaro (PL) pediu que os espectadores comparassem o índice de desmatamento do seu governo com o do ex-presidente Lula (PT). Os números do Prodes, o projeto de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com apoio do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, apontam que o petista conseguiu reduzir o nível de desmatamento em 61%, enquanto o atual presidente aumentou em 73%.

Com um governo mais sensível à proteção do ambiental, em números absolutos, Lula desmatou mais do que Bolsonaro em seus três primeiros anos. Quando assumiu a Presidência, em 2003, a área desmatada foi de 25.396 km². No ano seguinte, a degradação da Amazônia Legal subiu para 27.772 km² mas, a partir daí, veio em queda e, em 2005, atingiu 19.014 km².

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No contexto geral, o petista herdou a Amazônia de FHC (PSDB) com um índice de desmatamento em 21.650 km² e concluiu o mandato com a menor série histórica até então, com 7.000 km² desmatados. Os números dos seus oito anos na Presidência passam pelo fortalecimento de órgãos de fiscalização, investimento estrangeiro e abertura para a atuação de ONGs ambientalistas.

De acordo com o Prodes, os números do governo do PT seguiram em queda e, em 2012, a ex-presidente Dilma Rousseff conseguiu fechar o ano em que a Amazônia foi menos desmatada desde 1998 com o patamar de 4.571 km².

Bolsonaro optou por uma política menos rígida quanto a fiscalização de áreas preservadas e, inclusive, facilitou a atividade do garimpo ilegal. Ele herdou a Amazônia de Michel Temer (MDB) com 7.536 km² de área desmatada e concluiu 2021 com 13.038 km².

Líder de uma gestão com altas consecutivas, o atual presidente fechou 2019 com 10.129 km² de área desmatada e aumentou no ano seguinte com 10.851 km².

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser questionado sobre como governar sem a "compra de apoio legislativo", afirmou há pouco que é necessário "lidar com o Congresso que foi eleito", representantes colocados lá pelo povo brasileiro, pontuou. Lula também declarou que tentará combater o orçamento secreto com um orçamento participativo, em uma tentativa de "diminuir o sequestro" que os partidos de centro fizeram da peça, como classificou.

"Se os deputados são bons ou não, o povo brasileiro tem responsabilidade por quem indicou, e é com quem tem mandato que o governo se relaciona", disse o petista, durante o debate promovido pela Band nesta noite. Em sua resposta, o petista esquivou-se de responder sobre o mensalão.

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Sobre o orçamento secreto, ferramenta criada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) para garantir apoio legislativo, o petista disse que com o mecanismo participativo vai tentar "confrontar essa história".

O petista também disse que o Orçamento de 2023 já está pronto, mas ele ainda não sabe, caso eleito, se irá mudá-lo ou não. "Mas eu vou pegar o Orçamento e vamos mandar para o povo dar opinião para saber o que ele quer, efetivamente, para ver se a gente consegue diminuir o poder de sequestro que o Centrão fez (do Orçamento)", finalizou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) após ter sido acusado de mentir, durante o debate da Band nesta noite. Ao falar sobre a pandemia, em que o petista criticou a demora na compra de vacinas, Bolsonaro, além de defender as ações do governo, respondeu o petista, dizendo: "Não continue mentindo, pega mal até para sua idade. Pelo seu passado não vou dizer, porque o seu passado é lamentável. Como resposta, o petista chamou o adversário de "rei das fake news" e "da estupidez".

"Mentira é você, porque os números estão ali na imprensa todo dia. Você é o rei das fake news, rei da estupidez, de mentir para a sociedade brasileira, e você mentiu sobre a vacina o tempo inteiro, negligenciou a vacina, e o Brasil hoje carrega a pecha que tem mais morte pela covid. É lamentável", disse o petista, que voltou a criticar o presidente por não visitar vítimas da doença, mas ter ido ao funeral da rainha Elizabeth II. Lula também criticou as constantes falas do presidente contra a vacinação infantil.

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"Fez discurso em cima do caixão da esposa e está se comovendo pela sogra",. respondeu Bolsonaro, sobre uma fala do ex-presidente que citou ter perdido uma sogra para a doença. Sobre as visitas a vítimas da covid, Bolsonaro justificou que nem familiares poderiam comparecer e afirmou que foi a hospitais. "Não preciso fazer propaganda do que faço", disse. "Me comovi, me preocupei com cada morte do Brasil", disse o presidente.

Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travaram uma queda de braço no debate desta noite em torno da condução da pandemia pelo governo federal. O petista acusou o candidato à reeleição de atraso na compra de vacinas e citou a CPI, enquanto o chefe do Executivo defendeu sua gestão e voltou a falar em tratamento precoce, comprovadamente ineficaz para o novo coronavírus.

"Vergonha é você carregar morte de 400 mil pessoas que poderiam ter sido evitadas se tivesse comprado vacina no tempo correto. A ciência fala isso todo dia. O senhor recebeu proposta de vacina muito cedo e não quis comprar porque não acreditava", declarou Lula no debate. "O senhor não se dignou a visitar uma família que morreu de covid", acrescentou.

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Bolsonaro respondeu que se preocupou com cada morte no Brasil. "Todas as vacinas foram compradas pelo governo federal. Nos orgulhamos desse trabalho e salvamos vidas", declarou o candidato à reeleição.

Lula lembrou o episódio em que o adversário imitou pacientes com covid morrendo de falta de ar. "O senhor debochou, riu", afirmou o petista, que também lembrou a vacinação contra o H1N1 em seu governo.

Ao reagir, o chefe do Executivo afirmou que foi contra o "protocolo Mandetta". "A vacina não é para quem está contaminado, é para quem ainda não foi contaminado. A questão do tratamento precoce, tendo ou não comprovação cientifica, tirou-se a autonomia do médico. A história mostrará quem está com a razão", defendeu Bolsonaro.

Os candidatos que disputam a corrida pelo Palácio do Planalto se encontram pela primeira vez no segundo turno das eleições 2022 na noite deste domingo, 16. Em parceria com pool de veículos de comunicação, a Band TV realiza a partir das 20 horas debate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As regras foram definidas em comum acordo entre as coordenações das campanhas e os organizadores.

O debate terá uma hora e 40 minutos de duração. No primeiro e terceiro blocos, Lula e Bolsonaro farão perguntas um ao outro, com direito a réplica e tréplica. No segundo bloco, os candidatos responderão a perguntas dos jornalistas representantes do pool de veículos de comunicação.

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O debate é realizado pelo Grupo Bandeirantes em parceria com a TV Cultura, o portal UOL e o jornal Folha de S. Paulo. Veja o que analistas consultados pelo Estadão dizem sobre o que esperar do confronto.

Ao contrário de debates anteriores, que reuniram até sete concorrentes, o modelo do segundo turno deixa os adversários mais livres para circular no palco enquanto se pronunciam.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022.

Veja as regras de cada bloco:

1º bloco

No início do debate, os candidatos responderão a uma pergunta de um dos mediadores, os jornalistas Eduardo Oinegue e Adriana Araújo, da Band. Por ordem definida em sorteio, Bolsonaro será o primeiro a responder.

Em seguida, eles farão perguntas um ao outro. O candidato do PT será o primeiro a perguntar. Ambos terão de administrar o tempo disponível, que é de 15 minutos, para resposta, réplica e tréplica.

2º bloco

Lula e Bolsonaro responderão a perguntas de jornalistas dos veículos que compõem o pool. O presidente e candidato à reeleição será o primeiro a responder. Ambos responderão às mesmas questões, sendo que cada um terá 1 minuto e meio para a resposta, sem direito a comentários ou réplicas.

3º bloco

No último bloco, ambos os candidatos responderão a uma mesma pergunta de um dos mediadores do debate. Lula responderá primeiro. Em seguida, voltarão ao confronto direto, iniciando por Bolsonaro, com 15 minutos para resposta, réplica e tréplica. Por fim, cada um terá um minuto e meio para suas considerações finais, Bolsonaro primeiro.

O Feed Dog Brasil 2022 – Festival Internacional de Documentários de Moda ocorre de 13 a 19 de outubro, de forma presencial, no Espaço Itaú de Cinema Augusta – Anexo, totalmente gratuito. São 15 títulos de importantes nomes do mundo fashion como Salvatore Ferragamo, Lorenzo Riva (Balenciaga), a estilista Mary Quant, William Klein e também filmes de impacto sobre o incêndio numa fábrica de roupas em Bangladesh, os estereótipos da mulher negra na moda.  

O inédito ‘Salvatore: Shoemaker of Dreams’, do aclamado diretor Luca Guadagnino (“Me Chame Pelo Seu Nome”), ganhador do Oscar de melhor roteiro, entre diversos prêmios, abre o festival no dia 13 de outubro às 20h para os convidados. O filme será exibido no dia 19 de outubro para o público. Para assistir o trailer, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=uxebX9kvwJ0.

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O festival traz uma série de debates em instituições de ensino e aberto ao público, sobre sustentabilidade, inclusão e diversidade, além da masterclass com o estilista e ativista Isaac Silva, um encontro com o estilista e figurinista João Pimenta, e a 1ª Mostra Estudantil Fashion Film realizadas por estudantes.  

“No Feed Dog buscamos um olhar amplo, que vai além do estilo, do modelo e da vitrine. A indústria da moda é uma das mais complexas do mundo porque inclui criatividade, glamour e investimentos altíssimos, mas também para questões cruciais para a sociedade atual como a sustentabilidade, a diversidade dos corpos e a inclusão social, por exemplo”, disse a curadora do festival, Flavia Guerra. Para conferir a programação completa, basta acessar o site: http://www.feeddog.com.br/.

"Vivemos em um Estado que não trata bem quem é investidor. Nosso compromisso é melhorar o ambiente de negócios em Pernambuco e essa melhoria passa pela solução das problemáticas de cada região, que vão desde a saúde precária, as péssimas estradas e educação pública estadual sem qualidade". Foi com esse compromisso que a candidata ao Governo do Estado, Marília Arraes, iniciou o debate na Associação Comercial e Empresarial de Caruaru. 

 Realizada por diversas entidades, como a ACIC, Fiepe, Facep, SindLoja Caruaru e OAB Caruaru, o debate durou cerca de uma hora e meia e foi importante para Marília reafirmar seus compromissos com o setor de investimentos pernambucano.

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"Uma de nossas metas, por exemplo, é desburocratizar o Estado. Para começar, o Estado terá um prazo máximo para concessão de licenças e alvarás. O Estado terá um prazo para fazer essa análise e caso não cumpra, a licença será dada em favor do requerente. Vamos tornar o Estado menos fiscalista para melhorar o ambiente de negócios", afirma Marília.

  A candidata também falou o que pensa sobre o distrito industrial de Caruaru. "Passei por lá mais cedo e vi a situação terrível da via principal. Não dá para falar do distrito industrial sem falar de estradas e aviação. O aeroporto de Caruaru, por exemplo, tem um potencial enorme, mas precisa ser valorizado. Meu compromisso é melhorar a infraestrutura e dar condições para que o distrito tenha capacidade de receber grandes investimentos." 

Também participaram do evento os deputados federal e estadual, respectivamente, Wolney Queiroz e José Queiroz; o vereador de Caruaru, Jorge Quintino; Aline Mariano, vereadora do Recife; Raffiê Dellon, liderança de Caruaru; Helloysa Ferreira, liderança de Toritama; e vários outros apoiadores da candidata.

*Da assessoria

As campanhas do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro segue com agenda intensa rodando todas as regiões do Brasil em busca de ampliar o número de votos e apoios para vencer no segundo turno que está marcado para o próximo dia 30. 

Para levar suas propostas ao eleitores de maneira geral e conforntarem suas ideias, o ex-presidente e o presidente vão ter cinco oportunidades na TV. O esperado é que eles participem daqueles que estiveram no primeiro turno. O primeiro está marcado para o próximo domingo (16). Já o último e tradicionalmente mais assitido pelo eleitorado, o da Globo, comandado pelo jornalista William Bonner, será no dia 28, dois dias antes do segundo turno. 

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Confira as datas dos debates do segundo turno:

16 de outubro (domingo) – Band, Folha, UOL e TV Cultura

17 de outubro (segunda-feira) – Rede TV!/Metrópoles

21 de outubro (sábado) – CNN Brasil, SBT, Estadão/Eldorado, Veja, Terra e NovaBrasilFM

23 de outubro (domingo) – Record TV

28 de outubro (sexta-feira) – TV Globo  

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) apresentou projeto que cria uma cláusula de barreira para a participação em debates eleitorais promovidos por TVs e rádios (PL 2.564/2022). Para o senador, o processo eleitoral de 2022 evidenciou que a atual regra precisa ser mudada, "visando dar uma maior seriedade a estes eventos". 

Pelo projeto, emissoras de TV e rádios só seriam obrigadas a chamar candidatos de partidos ou federações que atingissem a cláusula de barreira para que tenham acesso ao fundo partidário e ao horário eleitoral. Em 2022, a cláusula de barreira exigiu que cada partido ou federação de partidos tivesse ao menos 2% dos votos válidos na eleição para a Câmara dos Deputados, com um mínimo de 1% em 9 estados. Ou que elegesse ao menos 11 deputados federais em um terço dos estados. 

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Essa cláusula de barreira não impede que as emissoras chamem candidatos de partidos que não a atingiram, apenas torna facultativo esse convite. Hoje as emissoras que realizam debates são obrigadas a chamarem candidatos de partidos que tenham ao menos 5 deputados federais. Mas para Kajuru, os debates realizados tanto para a presidência da República, quanto para governos estaduais na reta final do 1º turno em 2022, explicitaram que as emissoras precisam ter mais autonomia jornalística na definição de quem deve participar destes debates, em nome do interesse público. 

*Da Agência Senado

Na disputa do 2º turno com Raquel Lyra (PSDB), a candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) disse, durante coletiva na noite deste domingo (2), que, diferentemente do 1º turno, vai comparecer aos debates com a tucana. 

Marília evidenciou que a ausência aos debates no 1º turno foi meramente estratégia política. Ela criticou o “bate-boca” das discussões. “A nossa estratégia de não ir a debate foi política, até porque tinham dois candidatos laranjas que cumpriam tarefa para dois candidatos e quatro estavam ali se degladiando para chegar no 2º turno e todos mirando em mim. Eu não ia para estar participando de ringue. A política e a eleição não é espaço para isso”, disse. 

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“A gente não estava ali para bater boca. Agora, no segundo turno é diferente. Eu vou participar dos debates sem problema nenhum, diferente da minha candidata adversária que em 2020 não participou de nenhum debate”, salientou. “A gente vai participar dos debates e vai ser de um para um. De minha parte, o nível vai ser muito elevado”, detalhou. 

Arraes fez questão de destacar que a gestação não a impediu de fazer a campanha na rua e nem tampouco de ir a debates. “O fato de eu estar gestante nunca me impediu de fazer uma agenda tão ou mais puxada do que os outros candidatos tiveram. Eu tive que correr atrás do tempo que não tive. Tem gente que eu vou estar tirando licença maternidade, isso não me impediu de ser mãe e nem de ser candidata a governo”. 

Após uma participação pouco produtiva, conforme avaliação de cientistas políticos ouvidos pelo Estadão/Broadcast, por ter se concentrado em atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em vez de explicar suas propostas durante o último debate presidencial na TV antes do primeiro turno, na noite desta quinta-feira (29), Ciro Gomes (PDT) usou as redes sociais para se defender daqueles que o chamam de "destemperado".

"Não me cabe fazer apologia ou julgamento sobre desempenho (s) no debate. Mas não posso evitar duas perguntas: o tal destemperado sou eu? Por que fui o único que não precisou pedir nem conceder nenhum direito de resposta?", escreveu o candidato no Twitter na manhã desta sexta-feira (30).

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Respondendo a si mesmo, o ex-governador do Ceará disse que não conseguiria deixar de responder o último questionamento, afirmando que não pediu nenhum direito de resposta "simplesmente porque não puderam me acusar de absolutamente nada. De nenhum tipo de desvio moral ou político". "Mais um atestado de honestidade que consigo na vida pública", completou.

Durante o debate desta quinta-feira, além dos momentos de confronto mais intensos entre a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) e o candidato do PTB, Padre Kelmon, que chegou a ser chamado pela presidenciável de "padre de festa junina", o evento foi marcado por uma sequência de pedidos de direito de resposta protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula.

Durante o debate da TV Globo na noite dessa quinta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PL) mencionou as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, de apoio à cultura, como feitos de seu governo. O chefe do Executivo afirmou que os dispositivos atendem "aos artistas no início de suas carreiras". Contudo, o presidente vetou ambos os projetos, e as leis entraram em vigor após o Congresso Nacional derrubar os vetos.

O Congresso derrubou em julho os vetos do presidente Bolsonaro às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, que direcionam, em conjunto, R$ 6,9 bilhões para o setor de cultura no País. O acordo foi feito com o aval do então líder do governo na Casa, senador Eduardo Gomes (PL-TO).

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A proposta de Lei Complementar 73/21, apelidada de Lei Paulo Gustavo, foi aprovada pelo Senado em 15 de março desse ano e enviada para sanção presidencial. Na época, o ex-secretário especial da Cultura e atual candidato a deputado federal Mário Frias (PL) disse em suas redes sociais que o projeto era inconstitucional e "absurdo".

Em abril, o governo soltou nota afirmando que a proposta "enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência". O presidente também vetou integralmente a Lei Aldir Blanc 2, alegando que o projeto era "inconstitucional e contraria o interesse público".

Reações

A declaração de Bolsonaro repercutiu nas redes sociais. O ator Bruno Gagliasso, apoiador do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse ser "inacreditável" que o presidente cite leis que ele vetou.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) também relembrou o veto do presidente. "Bolsonaro citou as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc como feitos do seu governo na área da cultura. Só esqueceu de uma coisa: ele vetou as duas leis", publicou.

A influenciadora Babi Magalhães disse ter considerado "asquerosa" a menção de Bolsonaro ao humorista Paulo Gustavo.

O ator e humorista Paulo Gustavo morreu em maio de 2021, em decorrência de covid-19. À época, o presidente Bolsonaro lamentou a morte do artista. "Que Deus o receba com alegria", disse, na ocasião.

Um dos destaques do debate por protagonizar os principais bate-bocas entre os candidatos, padre Kelmon (PTB) conversou com Jair Bolsonaro (PL) durante os intervalos. Nessa quinta-feira (30), os postulantes com representação no Congresso tiveram a última oportunidade de apresentar suas propostas para o Brasil, no entanto, provocações e xingamentos baixaram o nível do debate. 

Chamado por Lula (PT) e Soraya Thronicke (União) de "candidato laranja", "cabo eleitoral" e até "padre de festa junina", Kelmon serviu como linha auxiliar de Bolsonaro no debate. O religioso atuou mais como uma escada para reforçar a corrente ideológica do atual presidente e para lhe garantir mais munição nos ataques contra o petista. 

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Sem apresentar nenhuma proposta concreta, como fez Simonet Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e a própria Thronicke, nos bastidores do debate, o religioso chegou a trocar risos com Bolsonaro enquanto era instruído por sua assessoria, o que fundamentou a denúncia feita pelos demais presidenciáveis presentes de que sua participação foi combinada para potencializar a campanha de Bolsonaro na reta final. 

Com a inelegibilidade do presidente de honra do PTB, o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson, preso por atentados contra a democracia por meio de milícias digitais e por ameaça armada a ministros do Supremo Tribunal Federal, padre Kelmon surgiu de última hora como a opção para representar o partido nas eleições. 

Também seguir do Bolsonaro, em março, o padre publicou em suas redes sociais um poema escrito em homenagem ao presidente.

Após o debate ao vivo, o religioso se irritou em uma coletiva com jornalistas quando perguntado sobre ser um "cabo eleitoral" para atrair eleitores para Jair Bolsonaro. "Nós não somos cabo eleitoral do presidente Bolsonaro, você está me acusando. A esquerda está ali toda junta e reunida com o PT. Você não enxergam isso? Todos os partidos são mais do mesmo. Todos defendem as mesmas pautas, o aborto, a ideologia de gênero. Roupas diferentes, mas todos têm o mesmo objetivo", rebateu.

Integrantes da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), comemoraram os vários direitos de resposta concedidos a ele no debate da TV Globo, o que consideraram "erros" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar de uma avaliação geral positiva do QG da campanha, que acompanhou o chefe do Executivo em peso, no Rio de Janeiro, não há grandes expectativas de que as mais de três horas de embates tenham ajudado a virar votos. "Mas não perdemos. O presidente não perdeu a linha, ao contrário do Lula. Se alguém perdeu hoje, foi ele", afirmou um aliado.

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Depois de um primeiro bloco que consideraram "animado", quando houve inúmera concessões de direitos de resposta - e até mesmo pedidos do apresentador William Bonner para que Lula e Bolsonaro mantivessem "o nível" em respeito aos telespectadores -, a avaliação é que o clima "deu uma esfriada". "Se para nós que estamos aqui ficou mais morno, a esta hora, para quem está em casa, com certeza já está bem pouco interessante", disse um integrante do QG bolsonarista.

Descondenado

Um dos momentos mais exaltados pelos bolsonaristas foi o enfrentamento entre Lula e o candidato pelo PTB, Padre Kelmon, que chamou o petista de "descondenado". Kelmon disse que o petista era "chefe do esquema", citando o ex-ministro Antonio Palocci. Em seguida, interrompeu o adversário por diversas vezes, enquanto era respondido, chegando a ser advertido por Bonner. Como o Broadcast Político mostrou, a campanha do PT avaliou que Lula "mordeu a isca", mas não acredita que o episódio tenha potencial de virar votos.

A campanha de Bolsonaro vinha apostando no debate global, com alta audiência, para segurar a tendência de subida demonstrada por Lula nas últimas semanas e garantir a ida para o segundo turno. Datafolha divulgado na noite de quinta mostrou uma oscilação do petista de 47% para 48% e do presidente de 33% para 34%. Considerando votos válidos, o ex-presidente bate 50% e o chefe do Executivo, 36%.

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destinou seu tempo nas considerações finais no debate da Globo para ressaltar as conquistas sociais de seus governos, sem fazer qualquer apelo ao voto útil que possa liquidar a eleição em primeiro turno.

A ofensiva pelo voto útil tem sido adotada pelo PT e foi levada à rede nacional de rádio e televisão na noite de quinta-feira (29), ao longo da última inserção no horário eleitoral gratuito.

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"Eu queria dizer que tem três, quatro tipos de propostas diferentes: aquele que tem a vida provada nesse país e que tem resultado, as pessoas sabem o que aconteceu nesse país; aqueles que fazem promessas; e aquele que está governando", declarou o petista.

Em mais uma tentativa de furar a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou na madrugada desta sexta-feira (30), nas considerações finais do debate da Rede Globo, que quer ser o candidato para reconciliar o Brasil.

Ciro pediu uma "oportunidade" para governar o Brasil e reforçou a tese de que há um sistema a ser combatido no País. "Não deixe o sistema entrar na sua cabeça. Eles montam uma máquina de propaganda", argumentou Ciro. "Imagina que lindo fazermos história", acrescentou.

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Os candidatos à Presidência da República deixaram em segundo plano as propostas de governo e deram mais atenção às ofensas mútuas e aos embates agressivos no último debate antes da votação em primeiro turno. O encontro promovido pela TV Globo, que avançou pela madrugada de hoje e reuniu sete postulantes, foi uma oportunidade para embates diretos entre os dois candidatos que lideram a disputa pelo Planalto.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) estiveram frente a frente no primeiro bloco do debate e reproduziram o clima mais acirrado da disputa presidencial.

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Também participaram do evento Ciro Gomes (PDT), Felipe d’Avila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). Conforme pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, Lula lidera a disputa ao Palácio do Planalto com 50% dos votos válidos. Bolsonaro tem 36%.

Entre acusações e direitos de resposta concedidos pela organização do debate, os rivais se acusaram da prática de corrupção. "Nós não podemos continuar no País da roubalheira", afirmou Bolsonaro, que repetiu uma dobradinha com Padre Kelmon, do PTB, e em referência aos governos do PT. O chefe do Executivo federal disse que Lula montou uma "quadrilha" quando governou e que o País vivia uma "cleptocracia".

No primeiro direito de resposta, o petista pediu "o mínimo de honestidade e de seriedade" do candidato à reeleição e citou acusações de prática de rachadinha pela família Bolsonaro, os sigilos de 100 anos decretados pelo presidente para documentos do governo e o "gabinete paralelo" no Ministério da Educação, como a propina em ouro cobrada por pastores - caso revelado pelo Estadão.

"Mentiroso, ex-presidiário, traidor da Pátria. Que rachadinha? Rachadinha é os teus filhos roubando milhões", respondeu Bolsonaro. "Tome vergonha na cara, Lula", emendou o presidente. Em novo direito de resposta, o petista disse que faria um decreto para acabar com os sigilos de cem anos decretados por Bolsonaro. "Não minta que é feio o presidente da República mentir", criticou o petista.

A troca de agressões entre os dois candidatos que, segundo as pesquisas, disputam na prática a eleição, simbolizou um encontro eleitoral marcado também pela indisciplina dos postulantes. Por diversas vezes, o mediador, William Bonner, precisou repreender os candidatos - principalmente Padre Kelmon - para que respeitassem as regras.

Reformas

Embora coadjuvante no encontro eleitoral, propostas para o País foram pinceladas em determinados momentos. Soraya Thronicke e Ciro, por exemplo, discutiram ideias para uma reforma fiscal, caso vençam as eleições. Soraya afirmou que sua proposta é substituir os impostos existentes por um único imposto sobre operações financeiras. "Também vamos desonerar a folha de pagamento e promover um programa de refinanciamento de dívida ativa. Esse pacote econômico que propomos é a maior questão do Brasil", relatou Thronicke.

Ciro Gomes concordou com a candidata sobre a necessidade de uma reforma fiscal e apresentou que, em seu governo, também pretende renegociar as dívidas das famílias e promover um massivo programa de emprego, retomando 14 milhões de obras paradas.

Nome da chamada terceira via Simone Tebet (MDB) procurou manter uma postura de independência, mas concentrou suas críticas à gestão do atual governo no meio ambiente e afirmou que Jair Bolsonaro "foi o pior presidente da história do Brasil nesse aspecto", ao falar sobre as queimadas no Pantanal e na Amazônia durante o atual governo. Em resposta, Bolsonaro disse que as queimadas ocorreram por conta das secas nos últimos anos. Simone Tebet disse, na sequência, que Bolsonaro "mente tanto que acredita na própria mentira", e voltou a defender medidas de preservação do meio ambiente.

Orçamento secreto

Em outro momento, Bolsonaro tentou fazer uma dobradinha com Luiz Felipe d’Avila, mas o candidato do Novo citou o orçamento secreto, esquema pelo qual o governo destina emendas parlamentares sem critérios e transparência, para garantir apoio de parlamentares no Congresso.

O presidente afirmou que colocou um ponto final no "toma lá, dá cá" ao assumir o governo, sem mencionar sua aliança com o Centrão. Disse que colocou quadros técnicos nos ministérios e perguntou a d’Avila se esse estilo de governar deveria continuar. O candidato do Novo, então, disse que o orçamento secreto está "acabando" com a política e "corroendo" a credibilidade do Congresso e da própria democracia.

"O orçamento secreto não é meu, eu vetei", respondeu Bolsonaro. "Não existe da minha parte nenhuma conivência com esse Orçamento", emendou. O presidente, contudo, voltou atrás no veto e acabou sancionando o esquema das emendas de relator para este ano. No enfrentamento, d’Avila também disse que nos últimos anos houve irresponsabilidade fiscal e descumprimento do teto de gastos.

Corrupção

O tema corrupção também confrontou, no terceiro bloco do debate, Ciro e Bolsonaro - que vinham se poupando de ataques. O pedetista disse que a atual gestão tem tantos casos de corrupção como os governos petistas. O presidente voltou a repetir que não existem casos de delitos durante sua passagem pela Presidência. "Me aponte uma fonte de corrupção, não tem", afirmou. "Não ataque dessa maneira que o senhor deslustra a sua presença nesse programa", concluiu o candidato à reeleição, após o pedetista listar acusações contra o presidente. (Colaboraram Iander Porcella, Matheus de Souza, Giordanna Neves, Eduardo Gayer, João Scheller, Lais Adriana e Jessica Brasil Skroch)

Os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) concordaram, ao longo do debate promovido pela Rede Globo, sobre a necessidade de reprimir o desmatamento ilegal no País.

"Uma das coisas que estou dizendo que vou fazer é que não haverá ocupação ilegal e garimpo", prometeu Lula, para um eventual governo. "Precisamos ensinar povo que extrair da floresta em pé gera muito mais riquezas do que da floresta deitada", emendou Ciro.

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O pedetista, contudo, aproveitou a tréplica, quando Lula não mais falaria, para criticar o ex-presidente. Afirmou que o petista fez "conchavos" ao comandar o País e que o Brasil, hoje, tem uma situação "completamente diferente" da encontrada por Lula em 2003.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em resposta à senadora Soraya Thronicke (União Brasil), afirmou na madrugada desta sexta-feira, 30, que a candidata seria dócil se ele tivesse atendido a todos os cargos pedidos por ela via ofício. "A senhora gosta de cargos, deitar e rolar. Como não conseguiu, virou basicamente uma inimiga nossa", cutucou, no último debate antes do primeiro turno, na TV Globo.

Na ocasião, a temática sorteada foi sobre segurança pública, e Soraya havia questionado o presidente se, caso fosse eleito, ele respeitaria as eleições "apenas se forem limpas" e se pretende dar golpe de Estado. O chefe do Executivo desviou da pergunta e voltou a dizer que não há corrupção no seu governo. "Teria se eu atendesse a esse pedidos de cargos(...) que eu neguei para a senhora", emendou.

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Soraya também questionou se Bolsonaro tomou a vacina contra covid-19 e quantas doses. O presidente voltou a repetir que comprou 500 milhões de doses e "vacinou quem quis". "A senhora sabe o que é liberdade? Quem quiser não tomar vacina que não tome", emendou, sem responder a pergunta.

As candidatas ao Palácio do Planalto Soraya Thronicke (União Brasil) e Simone Tebet (MDB) criticaram na madrugada desta sexta-feira, 30, durante debate realizado pela TV Globo, a política educacional do governo Bolsonaro. As senadoras citaram a falta de merenda para crianças nas escolas e escândalos no Ministério da Educação.

"Enquanto tem gente que come picanha e se lambuza com leite condensado, crianças comem bolacha seca", afirmou Soraya, ao ressaltar que alguns alunos estão sem água e merenda. "O País foi abandonado", declarou a senadora.

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Tebet, por sua vez, disse que o maior desafio é manter os jovens na escola. A candidata prometeu uma nova reforma do Ensino Médio e dar R$ 5 mil para cada jovem que terminar a escola. A emedebista comparou a falta de recursos para a Educação com as verbas destinadas ao orçamento secreto, esquema por meio do qual o governo destina emendas a parlamentares, sem critérios e transparência, em troca de apoio no Congresso.

Em uma dobradinha, Soraya ressaltou que o governo Bolsonaro já teve cinco ministros da Educação e criticou o que chamou de "campanha antecipada" feita para o mandatário pela EBC, sistema público de TV do governo. Apesar de se dizer "privatista", contudo, a candidata do União Brasil disse que não privatizaria a EBC pelo potencial educador da televisão.

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