Tópicos | João Lyra Neto

O ex-vice-governador de Eduardo Campos, João Lyra Neto, também compareceu ao ato "Pernambuco Quer Mais", que aconteceu neste sábado (3), em Caruaru. Lyra se mostrou confiante ao falar que o próximo governador do estado será um dos parlamentares que compõe o bloco da oposição. "Cada dia que passa, esse movimento cresce e daqui sairá o próximo governador de Pernambuco", disse enfático.

Joao Lyra Neto também falou que o grupo "Pernambuco Quer Mais" não tem projetos pessoais e que por isso a decisão é que apenas um seja o candidato que irá disputar contra o governador Paulo Câmara na próxima eleição. Ele também fez críticas dizendo que está acontecendo "uma grande mentira" na publicidade do Governo. "E também pela falta de liderança é que, no próximo dia 7 de abril, vamos anunciar o candidato. Tenho certeza que, após esse anúncio, vamos compor o projeto ao candidato".

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O também ex-prefeito de Caruaru recordou que foi no mesmo local no qual discursou em prol do grupo "Pernambuco Quer Mais", hoje Arena Caruaru, em 2006, que iniciou um trabalho ao lado de Eduardo Campos. "Começamos e chegamos vitoriosos. Começamos esse novo movimento com a certeza que o povo vai eleger um novo candidato para Pernambuco voltar a ter uma eficiente gestão e reconquistar a posição de liderança de Pernambuco. Só tenho uma palavra: muito obrigado e até a vitória em Outubro de 2018".

O grupo de partidos que faz oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) e forma a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ encerra, neste sábado (3), o primeiro ciclo de encontros pelo estado. O evento será em Caruaru, no Agreste, a partir das 9h30. 

Depois desta reunião pública pré-eleitoral, o bloco, que tem as pré-candidaturas a governador dos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), pretende aguardar o fim da janela partidária, em 7 de abril, para fechar o formato que disputará o pleito, se com uma candidatura ou duas. 

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“Vamos encerrar este primeiro ciclo com um força política muito grande e continuo defendendo que este movimento deva ter dois candidatos a governador para poder abrigar a quantidade de lideranças que estão neste seguimento. Agora vamos aguardar o fim da janela partidária e a definição de quem vai liderar o MDB de Pernambuco. Durante o mês de abril deveremos estar definindo quem serão os candidatos”, detalhou o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), que é anfitrião do encontro em Caruaru. 

Segundo João Lyra, a campanha deste ano é muito curta e nesta fase de pré-campanha eles vão investir no diálogo para a montagem do programa de governo e angariar novos apoios de partidos e lideranças políticas. 

“Temos que conversar com todas as lideranças para que possamos apresentar um programa de governo. Um coisa tenho certeza, a vontade do povo de mudar é latente e se agrava ainda mais pela falta de liderança e ineficiência da gestão que agora passou a fazer propaganda mentirosa, dizer que nunca se fez tanto investimento”, observou, citando as áreas da segurança pública e hídrica. 

Além de Armando, Fernando Bezerra e João Lyra, os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), e da Educação, Mendonça Filho (DEM); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) também encabeçam o grupo, juntamente com membros do Podemos, PV, PRB e PRTB. 

A tese de que o bloco político que compõe a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ deve lançar duas chapas para a disputa em outubro vem ganhando força entre os aliados dos pré-candidatos a governador e senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB). O ex-governador João Lyra Neto (PSDB) acredita que este é o “caminho possível” para que as forças de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) sejam aglutinadas. 

“Nós da oposição deveremos ter duas candidaturas. Tem espaço para isso e esse é o caminho possível para aglutinar todas as forças. Sou defensor desse cenário. A oposição está se fortalecendo, o povo pernambucano vem constatando a falta de liderança política e de capacidades de gestão do atual governador", criticou o tucano.

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A possibilidade das duas candidaturas, inclusive, já foi exposta por Fernando Bezerra Coelho. “Estamos trabalhando para manter essa frente unida, mas possa ser que lá na frente, final de abril início de maio, [o cenário] aponte que seja importante a apresentação de duas candidaturas com a mesma estratégia de mudar o que está posto aí em Pernambuco”, salientou. Além dele outros líderes políticos do estado, como o deputado federal Silvio Costa (Avante), que apesar de não integrar a frente defende que Armando também postule o comando do Palácio do Campo das Princesas.

Nos bastidores, a expectativa é de que a tendência de dois palanques fique ainda mais evidente, ou até mesmo seja confirmada, durante o próximo encontro da frente opositora. João Lyra Neto será o anfitrião do evento, que acontecerá em Caruaru, no Agreste, no dia 3 de março. 

"Caruaru vai consolidar o sucesso dos encontros realizados em Recife e Petrolina e esse movimento de mudança para Pernambuco. O povo quer mudar e tenho certeza de que esse sentimento se confirmará nas urnas desse ano", disse, fazendo referência as duas últimas movimentações de grande porte do grupo.

Durante uma nova discussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o crescimento da violência no estado, nesta quarta-feira (1º), o deputado Tony Gel (PMDB) acusou o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) de se omitir diante das ações do Pacto Pela Vida quando assumiu a gestão em abril de 2014. Segundo o peemedebista, Lyra Neto “lavou as mãos” diante do combate a violência e fez com que o programa desandasse e fosse destruído.  

O argumento foi exposto por Tony Gel em aparte ao discurso do líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho (PRB), que criticava a atuação do governador Paulo Câmara (PSB) diante dos altos índices de homicídios. De acordo com Costa Filho, “depois que Paulo Câmara assumiu o governo a violência só fez aumentar”. Dados apresentados pelo oposicionista apontam que na gestão do pessebista já são mais de 12.500 assassinados. 

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“Não poderia me omitir diante de uma injustiça. Essas colocações omitem uma verdade. É que quando o governador Paulo Câmara assumiu os destinos de Pernambuco o Pacto Pela Vida já estava desarrumado. É muito mais fácil destruir qualquer coisa do que construir”, sentenciou Tony Gel. “Quando Eduardo Campos se desincompatibilizou [em abril de 2014], ele passou com tudo andando bem e o sucessor dele e antecessor de Paulo só foi para uma reunião do Pacto Pela Vida. A partir daí a coisa desandou”, complementou. 

Segundo o peemedebista, “o comandante do Estado já não se interessava mais, não cobrava”. “Simplesmente lavou as mãos e se omitiu. É lamentável dizer isso. Paulo Câmara quando assumiu encontrou o Pacto Pela Vida batendo cabeças, sem o resultado que deveria ter. É muito duro alguém ser acusado de algo que não merece. O Pacto Pela Vida desandou antes de Paulo Câmara assumir”, cravou Tony Gel.

O ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (8), que “não tem o objetivo” de disputar um cargo eletivo em 2018. Apesar de nos bastidores já surgirem especulações de que o tucano poderia concorrer ao cargo de senador ou deputado federal, Lyra Neto disse que a sua principal pretensão para o próximo pleito é de compor a equipe que, segundo ele, construirá um projeto alternativo ao PSB para o comando do Governo do Estado. Entretanto, mesmo com o desejo pessoal, ele não descartou totalmente uma candidatura.

“Não tem nada definido [sobre candidatura], nós dependemos das alianças nacionais que só vão se definir depois da reforma política. Mas pessoalmente não tenho esse objetivo, poderei ser, mas o que quero mesmo é participar da construção de um projeto alternativo para Pernambuco”, declarou, em conversa com o LeiaJá.  

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Indagado se comungava com os argumentos do senador Armando Monteiro (PTB) de haver múltiplas candidaturas da oposição para o Palácio do Campo das Princesas, Lyra frisou que acima de “derrubar o PSB” a intenção dos grupos opositores será de resgatar a qualidade de vida para os pernambucanos. 

“Não é apenas tirar um partido que está há 12 anos, é apresentar uma proposta que ofereça qualidade de vida. Pernambuco está aquém de uma gestão eficiente, o governador já demonstrou que não corresponde à expectativa da população e isso é independente da crise política e econômica que o país vive. O que temos que fazer é aprofundar a discussão para que busquemos uma nova perspectiva para Pernambuco”, salientou, lembrando da necessidade de o país firmar um novo pacto federativo para sanar o déficit econômico da União e dos demais entes. 

Já sobre as articulações que vem capitaneando entre o PSDB, DEM e PTB, o ex-governador informou que no primeiro semestre deste ano elas foram estacionadas pelo desenrolar do cenário nacional. 

“Neste primeiro semestre conversamos, mas não com a intensidade que imaginávamos por conta do cenário que tomou conta das nossas preocupações políticas. Agora estamos esperando a reforma política, que vai definir as regras das eleições de 2018. Estamos acompanhando e conversando, temos o prazo para setembro para a reforma, depois disso vamos afinar o diálogo”, explicou.

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Os seis ex-governadores de Pernambuco fizeram, nesta sexta-feira (26), um comunicado à nação defendendo o respeito e cumprimento da Constituição Federal diante do cenário político nacional e o “rigor da punição a corruptos e corruptores”. Na carta, capitaneada por João Lyra Neto (PSDB), os ex-gestores do Executivo estadual dizem que as investigações devem ser levadas “às últimas consequências”. 

Além disso, eles ponderam também que “só uma ação integrada e harmônica entre os três poderes constituídos garantirá uma solução para o impasse político que o País enfrenta neste grave momento da nacionalidade”.

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Em conversa com o LeiaJá, Lyra Neto disse que as propostas expostas pelos ex-governadores podem ajudar o país a recuperar a estabilidade. “Tive esta iniciativa exatamente por causa do quadro que vive o país e em relação a nossa participação na história brasileira, vivemos um momento de instabilidade e grande crise econômica, ética e política, temos que em primeiro lugar obedecer a Constituição, trabalhar pela punição dos corruptos e restabelecer o entendimento entre os poderes”, declarou.

Segundo o tucano, as articulações para a construção do manifesto iniciaram na última segunda-feira (22). A carta será encaminhada ao Congresso Nacional, ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao Poder Judiciário. 

Apesar de já terem sido citados nas investigações da Lava Jato, maior esquema de corrupção do país, os ex-governadores Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, atuais deputado federal e ministro da Educação, respectivamente, também assinaram a carta. 

Jarbas está na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, por ter recebido doações da Odebrecht para a campanha, mas ele afirma que tudo aconteceu “dentro da lei”. Enquanto Mendonça, teve o pedido de abertura de inquérito negado pelo então ministro Teori Zavascki. Ele era acusado de receber propinas da UTC. 

Mesmo com estas ressalvas, nos bastidores, os ex-governadores consideram que compõem o único grupo de ex-gestores dos estados do país sem acusações formais de corrupção e com legitimidade para se posicionar sobre o assunto. 

Alguns, inclusive, acreditam que o Brasil precisa passar por uma operação igual a Mãos Limpas que aconteceu na Itália e reorganizou a política no país, dissolvendo até os partidos políticos. 

Veja a carta na íntegra:

Aos Brasileiros

Pernambuco deu, ao longo de sua história, notáveis exemplos de compromissos com as lutas pela liberdade, pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos.

Desde a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador de 1824 e a Revolução Praieira de 1848 que estamos na vanguarda das melhores causas nacionais.

Nós, ex-governadores de Pernambuco, firmamos posição - neste momento de grave crise política, ética e econômica - em defesa dos princípios democráticos e do mais absoluto respeito à Constituição em vigor, fruto da luta de milhões de brasileiros.

Defendemos irrestrito apoio as ações desenvolvidas pelo Ministério Público e o Poder Judiciário no sentido que seja aplicado o rigor da punição a corruptos e corruptores. As investigações de desvios de recursos públicos devem ser levadas às últimas consequências.

Só uma ação integrada e harmônica entre os três poderes constituídos garantirá uma solução para o impasse político que o País enfrenta neste grave momento da nacionalidade.

A Nação clama por respeito à Constituição, aos princípios democráticos, punição aos corruptos e corruptores, como premissa básica para estabilidade da economia e retomada da geração de empregos.

Gustavo Krause

Jarbas Vasconcelos

João Lyra Neto

Joaquim Francisco

Mendonça Filho

Roberto Magalhães

Na linha de frente de articulação dos partidos de oposição para a disputa eleitoral de 2018, o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (6), que o governador Paulo Câmara (PSB) “não atendeu a expectativa do povo pernambucano”. Em conversa com o LeiaJá, o tucano fez uma avaliação da atual administração e não poupou críticas ao ex-aliado. Sob a ótica de Lyra, Câmara não cumpriu nem 20% das promessas feitas na campanha e a causa disso, segundo ele, é “a falta de liderança política" do gestor. 

“[Paulo Câmara] não atendeu a expectativa do povo pernambucano em várias áreas. Se você pegar as propostas que foram feitas na campanha de 2014, elas não se realizaram nem 20%. Isso é muito grave. Não adianta justificar apenas a crise econômica, ela é um fato real que nós entendemos, interfere, mas também falta uma questão muito importante: a liderança política. Isso tem feito com que o pernambucano não alcance os índices pretendidos e apresentados em 2014”, disparou, após participar da cerimônia em comemoração ao Bicentenário da Revolução de 1817, no Palácio do Campo das Princesas. 

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De acordo com Lyra, este é um dos motivos pelos quais se iniciou uma articulação entre os principais cotados para concorrer ao cargo de governador em 2018: Bruno Araújo (PSDB), Armando Monteiro (PTB) e Mendonça Filho (DEM). “Lideranças que querem construir uma agenda para a eleição de 2018 com este foco e visão, para melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Na hora que se apresenta uma nova agenda é um fortalecimento da oposição. Este movimento está crescendo rapidamente e talvez antes do meio do ano de 2017 possa ser consolidado e possa apresentar as propostas para o estado de Pernambuco”, projetou. 

Para o ex-governador, Pernambuco, além da crise institucional, ética e econômica que todo o país vive, também enfrenta “grandes dificuldades em termos de gestão”. Ainda segundo ele, o teor político das propostas que serão apresentadas pelo movimento vão ser pautadas pelo cenário de 2017, ou seja, as reformas em análise no Congresso Nacional e a atuação do governo federal para conter as crises. 

A carreira profissional dos pais é espelho para muitos filhos que optam por seguir o mesmo caminho. Na política isto não é diferente e as eleições municipais sempre reforçam o ditado de que “filho de peixe, peixinho é”. Neste ano, em diversas cidades pernambucanas, estão sendo apresentadas candidaturas de filhos de políticos que já administraram os municípios e hoje concorrem ao mesmo cargo. 

Algumas delas, inclusive, são resultados de projeções feitas pelos próprios pais para perpetuar a passagem de uma família pela administração municipal, onde avós, pais, tios, filhos ou primos deixam nas prefeituras um legado genético, tal como a direção de empresas privadas. Outras, entretanto, são frutos de uma construção política e de candidaturas posteriores que podem ter enfrentado o contragosto paterno. 

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No Recife, um exemplo disso é a candidatura de Priscila Krause (DEM). Filha do ex-prefeito da capital (entre 1979 e 1982) e ex-governador Gustavo Krause (DEM), a democrata afirmou ao Portal LeiaJá que a chegada à disputa não é resultado de algum tipo de projeção feita há 10 anos quando ingressou na política. Priscila disputa pela primeira vez um cargo executivo 22 anos após o pai deixar a vida pública. 

“Não existia um projeto traçado, mas avalio de uma maneira super positiva [ser filha de um ex-prefeito] porque meu pai deixou uma marca muito grande [no Recife]. Onde eu ando tem uma referência muito forte em relação a gestão dele, embora faça muito tempo. As pessoas dizem ‘ você tem que ser 10% do que seu pai foi’. Então traz uma responsabilidade e um comprometimento maior. Acho isso muito bom, gosto desta responsabilidade. Ando a cidade inteira levada pelo legado que ele deixou na vida pública. Não vejo isso, de forma negativa. Pelo contrário, tenho isso a meu favor”, disse. 

Segundo a democrata, quando decidiu disputar pela primeira vez um cargo público ela se deparou com “ponderações” feitas por Gustavo Krause, mas agora, com a disputa pela prefeitura, ouviu muitos conselhos. “A gente conversou muito, muito, muito. Aí ele me disse: ‘se eu posso lhe dar um conselho e se minha gestão deu certo foi porque eu governei da cidade para a rua, seja fiscal de você mesmo’. E é isso que vou fazer”, completou.

Priscila Krause, no entanto, não é a única. Na Região Metropolitana, outros dois exemplos se enquadram neste perfil. Um em São Lourenço da Mata, onde o DNA rege constantemente as disputas, o filho do ex-prefeito Jairo Pereira, Bruno Pereira (PTB) é o principal adversário do atual gestor e postulante à reeleição, Gino Albanez (PSB). Outro no Cabo de Santo Agostinho, onde Betinho Gomes (PSDB) tenta mais uma vez ocupar o cargo de prefeito que o pai e atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, já exerceu por dois mandatos (1982 a 1985 e de 1996 a 2000). 

“Elias nunca projetou minha candidatura aqui no Cabo. Na realidade surgiu de forma muito natural, fui me inserindo na política aos poucos, claro que estimulado pela admiração que sempre tive pelo trabalho dele. Mas ao contrário [do que pensam] ele sempre me pediu para que eu não entrasse na política. Hoje disputo a eleição independente do desejo de Elias como líder político. Somos aliados, debatemos as questões da cidade do Cabo, mas há uma autonomia em relação aos meus posicionamentos”, esclareceu o tucano. 

Na análise de Betinho, não existe um peso maior na postulação dele, mas sim algo que amplia suas credenciais ao cargo. “Na verdade tem uma referência positiva do governo que ele realizou, o que nos ajuda, pois aumenta minhas credenciais. Fico apenas me sentindo estimulado a superar os desafios que ele teve que enfrentar no passado com a condição financeira até mais adversa”, salientou.

No Sertão, onde as disputas familiares e a hereditariedade política são mais latentes, um novo retrato disso pode ser visto em Petrolina com a candidatura de Miguel Coelho (PSB) que é filho do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), prefeito da cidade sertaneja entre 1993 e 1996. “Concorrer ao cargo que ele já ocupou na verdade não traz um peso a mais, mas faz uma boa referência do que foi feito no passado. Petrolina tinha um ritmo de desenvolvimento há 10 anos que hoje não tem mais. A comparação das ações dele e as nossas propostas é inevitável, ele é uma base e uma referência que fico feliz em tê-la”, afirmou o socialista. 

“Meu pai sempre apoiou as nossas decisões. No momento que decidi ser candidato ele viu que era o melhor nome para sair vitorioso. Nosso projeto é um projeto da cidade”, acrescentou, rebatendo as críticas de que a postulação seria um projeto familiar. Miguel é o exemplo atual, mas o filho mais velho de FBC, como é conhecido no meio político o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), também já concorreu ao Executivo Municipal, chegando quase a assumir o posto com a cassação do mandato do atual gestor Julio Lossio (PMDB). 

Já na capital do Agreste, Caruaru, a filha do ex-prefeito e ex-governador João Lyra Neto (PSDB), Raquel Lyra (PSDB) também concorre ao comando do Executivo municipal. Para a disputa, inclusive, os dois deixaram o PSB e ingressaram na legenda tucana pelo nome de Raquel ter sido preterido pelos socialistas. João Lyra comandou Caruaru em duas oportunidades, de 1989 a 1993 e de 1997 a 2001. Entramos em contato com Raquel Lyra e Bruno Pereira, mas não obtemos êxito até o fechamento desta matéria.

As contas do último ano de gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB) foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta quarta-feira (27), seguindo a recomendação da relatora, a conselheira Teresa Duere. A qualificação positiva, entretanto, aconteceu com críticas a alguns itens como o excesso de contratações temporárias, o saldo pendente da prestação de contas de valores repassados as Gerencias Regionais de Educação (GREs) e a terceirização do serviço de saúde.

As questões foram pontuadas pela própria relatora e seu voto contou com o acompanhamento de quatro dos cinco conselheiros do TCE, Dirceu Rodolfo, Ranilson Ramos, Marcos Nóbrega (substituto de João Campos) e Ricardo Rios (substituto de Valdecir Pascoal). Apenas a conselheira substituta, Alda Magalhães apresentou um voto diferente, recomendado a aprovação com ressalvas. 

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Ao detalhar os recursos repassados às GREs, Duere afirmou ter sido verificada a “falta de controle” e um montante de R$ 24,03 milhões “pendente na prestação de contas”, o que representa mais de 50%. “As gerencias têm R$ 43,2 milhões para agir nos municípios [com a educação fundamental] melhorando esta qualidade. Você vê que uma parcela não foi gasta e nem prestado contas. Tem que se repensar. Estou pedindo uma auditoria especial para saber: gastaram com o quê? E se não gastou, porque não devolveu? Todo dinheiro público tem que se prestar contas na época em que a lei determina”, observou.  

Outra crítica feita à área de educação foi o número de contratações temporárias. Em 2014, foram efetuadas 17.964 admissões deste tipo, representando 60% dos cargos da pasta e um total de 68,49% das contratações feitas pelo Estado. “Merece atenção”, salientou Teresa. 

Considerada como atividade fim do governo, a conselheira chamou a atenção para o que ela classificou de “terceirização” da saúde, observando a ampliação dos repasses financeiros às Organizações Sociais (OSS). Segundo o relatório, em 2010, o montante era de R$ 144,37 milhões. Já em 2014, passou para R$ 709,22 milhões.  

“Os repasses mais que quadriplicaram no período. São três gastos com a saúde, quando chega em subvenção social você tem o IMIP, nas OS está lá a saúde e na secretaria do estado também. Então a saúde deveria estar afinadíssima”, ironizou Duere. “É o serviço básico do estado. Qual o dever do estado: educação, saúde e segurança. A gente tem que prestar bastante atenção nestas áreas. Há uma tendência à terceirização na área de saúde”, acrescentou. 

Controle orçamentário

Em 2014, o Governo de Pernambuco arrecadou R$ 26,2 bilhões e as receitas de capital contabilizaram R$2,44 bilhões. As despesas chegaram a R$ 29,66 bilhões, apresentando um déficit de R$1,03 bilhão. 

Com isso, a relatora ainda registrou que o exercício fiscal teve uma redução de 8,57% nos investimentos e um comprometimento de 16,7% dos recursos com juros e encargos da dívida, se comparado a 2013. Comprometeu-se R$ 1,08 bilhão com a amortização, juros e encargos da dívida, o que representa 5,84% da Receita Corrente Líquida.

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Apesar dos destaques, a conselheira disse que a gestão “cumpriu os limites constitucionais e legais estabelecidos”. Questionada se tantas críticas deveriam ser sinônimo de reprovação, a relatora negou. “Não é a questão de reprovar, mas de dizer essas coisas e ressalvar elas. O que é importante no momento é que eu não encontrei o dolo. Por exemplo, houve pedalada? Não. Houveram desatenções. Estamos recomendando”, frisou.  

Naquele ano, Eduardo Campos foi responsável pela administração estadual de janeiro a abril, quando renunciou ao mandato para se candidatar à Presidência da República. Ele foi sucedido, pelo então vice-governador João Lyra Neto (PSDB). 

O julgamento foi o primeiro desde a implantação do sistema eletrônico para a prestação de contas e foi acompanhado por uma apresentação detalhada. O método foi elogiado pelos conselheiros e, segundo Teresa Duere, facilita o entendimento do cidadão. Com a aprovação no Pleno do TCE, as contas agora seguem para a análise da Assembleia Legislativa de Pernambuco. As considerações serão encaminhadas ao governo e serão instaladas auditorias, já autorizadas pelo presidente Carlos Porto. 

A relatora da prestação de contas do Governo de Pernambuco, conselheira Teresa Duere, recomendou a aprovação do exercício fiscal de 2014, quando a administração ficou a cargo dos ex-governadores Eduardo Campos (PSB), de janeiro a abril, e João Lyra Neto (PSDB), de abril a dezembro.

No voto, a relatora diz que "os limites de endividamento, realização de operações de crédito, pagamento da dívida e concessões de garantias, previstas na LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], foram cumpridos".

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De acordo com ela, naquele ano, o Estado arrecadou R$ 26,2 bilhões e as receitas de capital contabilizaram R$2,44 bilhões. Além disso, as despesas chegaram a R$ 29,66 bilhões, com um déficit de R$1,03 bilhão.

Apesar disso, a conselheira também fez encaminhamentos à gestão, entre eles, a ampliação do quadro efetivo de servidores através de concursos públicos - um dos pontos mais criticados, principalmente pelas constantes contratações temporárias - e a implantação definitiva do controle por fonte de recursos, como recomenda a Secretaria do Tesouro Nacional.

Neste momento os conselheiros proferem seus votos.

Após o PSB pedir mais tempo para definir o imbróglio de Caruaru, o ex-governador João Lyra Neto, cuja filha, a deputada Raquel Lyra é pré-candidata a prefeitura da capital do Agreste em 2016, ficou uma arara com o Palácio do Campo das Princesas. Isso porque João e Raquel gostariam de continuar no PSB para viabilizar o projeto da deputada no ano que vem, e não estão nem um pouco interessados em esperar até abril pra tomar uma decisão definitiva.

O processo foi deflagrado porque o Palácio teria sinalizado, em off, uma preferência em manter Jorge Gomes, vice-prefeito de Caruaru, no comando do partido na executiva municipal. Mas queria esticar o máximo a corda. Já é evidente que João Lyra e o atual prefeito José Queiroz não se bicam há muito tempo, e Queiroz pretende não só seguir com a Frente Popular como também apoiar a candidatura de Jorge Gomes no ano que vem.

A situação de João Lyra e Raquel ficou complicada não só no PSB como também na Frente Popular por uma série de fatores, dentre eles a articulação malsucedida que contou com o aval de João Lyra em tirar Paulo Câmara do posto de candidato a governador após a morte de Eduardo Campos, e o rolo compressor realizado pelo então governador João Lyra em prol da deputada Raquel Lyra, tratorando as bases de vários deputados estaduais da própria Frente Popular.

João Lyra não é uma figura querida no meio político porque não sabe ternurar aliados, e tem por hábito fazer política com o fígado. Por isso não há interesse do governador Paulo Câmara e dos seus aliados em manter qualquer aliança que seja com o ex-governador. O Palácio age não só para retirar João e Raquel do PSB como também para isolá-los no processo político de Caruaru.

João Lyra se deu conta disso e teria confessado a interlocutores que deverá mesmo oficializar sua saída do PSB com destino ao PSDB e também estaria disposto a sair atirando contra o governador Paulo Câmara e toda a cúpula estadual do PSB.

Osvaldo Coelho – Morreu no último domingo o ex-deputado federal Osvaldo Coelho (DEM), vítima de um infarto, aos 84 anos. Natural de Petrolina, Osvaldo exerceu onze mandatos consecutivos como deputado, dos quais oito foram representando Pernambuco na Câmara Federal. A sua trajetória politica foi marcada pela defesa incansável dos interesses do sertão. Dr. Osvaldo era tio do senador Fernando Bezerra Coelho.

Homenagem – Ontem, dia de finados, o governador Paulo Câmara foi pessoalmente ao túmulo do ex-governador Eduardo Campos no cemitério de Santo Amaro para prestar homenagem ao seu padrinho político, morto em agosto do ano passado num acidente de avião em Santos. Além da presença do governador, vários populares foram ao túmulo de Eduardo prestar homenagens.

Reunião – O conselho de ética da Câmara dos Deputados se reúne hoje para instalar o processo que pede a cassação do mandato do presidente Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar. O pedido foi feito conjuntamente pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade após Cunha ter dito na CPI da Petrobras que não tinha dinheiro no exterior e depois apareceram as suas contas na Suíça.

Mendonça Filho – Cotado para ser candidato a senador em 2018, o deputado federal Mendonça Filho sabe que ainda não é o momento de tentar um voo majoritário. O caminho só volta a ficar mais livre pra Mendonça se um aliado seu virar presidente da República em 2018 e ele venha a ser alçado ao posto de ministro. Até lá, pra Mendonça o melhor é continuar sendo deputado federal pra não trocar o certo pelo duvidoso.

RÁPIDAS

Terezinha Nunes – A presidente da Jucepe Terezinha Nunes voltou a ter seu nome comentado para disputar um mandato de vereadora do Recife nas eleições do ano que vem. Mas Terezinha deve declinar por dois motivos: está muito bem na Jucepe pra se aventurar em eleição proporcional e trocar o certo pelo duvidoso e porque também possui grandes chances de reassumir o seu mandato na Alepe como suplente a partir de janeiro de 2017.

Rodrigo Novaes – Pré-candidato a prefeito de Floresta, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) ganhou forte evidência após colocar na pauta da Alepe uma CPI para investigar as faculdades que não são reconhecidas pelo MEC e se proliferaram pelo interior de Pernambuco.

Inocente quer saber – Lula é inocente e não sabia de nada novamente?

Um flerte. Este foi o clima que pairou durante o ato festivo de filiação do ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, ao PSDB nesta sexta-feira (2). A paquera foi direcionada a outros dois socialistas, a deputada estadual Raquel Lyra e o ex-governador João Lyra Neto, que participaram do evento e mostraram integração ao discurso tucano. 

Durante as falas de boas vindas a Francisco, vez ou outra os líderes do PSDB em Pernambuco esboçavam o desejo de que os caruaruenses migrassem para a sigla. “Tenho até o sentimento que vamos ganhar mais [filiados]. Não sei ainda de onde. Tem dois quadros que devem vir em breve. Por mim amanhã, mas vamos respeitar e esperar”, soltou o deputado federal Daniel Coelho, referindo-se a Raquel e João Lyra como “futuros tucanos”.  

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“Dois ex-governadores valem por um. Quem sabe não teremos?”, brincou o deputado federal Bruno Araújo ao responder um argumento do também parlamentar Betinho Gomes que pontuou a necessidade de todos os partidos fortes terem “um governador e um ex-governador”. O mesmo foi endossado pelo presidente estadual da legenda, deputado Antônio Moraes, e o vereador André Régis.

Após a cerimônia, questionado sobre o possível ingresso ao PSDB, João Lyra confirmou e disse estar conversando com as lideranças tucanas e a cúpula local do PSB. “Minha prioridade é ficar no PSB, mas existe a possibilidade também, dentro dessas conversas e dialogo, de nos integrarmos ao PSDB. Temos um prazo jurídico, mas não quer dizer o que político vai se estender. Mais brevemente possível estaremos dando o nosso posicionamento”, informou. Na semana passada, inclusive, ele esteve em Brasília para um encontro como senador Aécio Neves (PSDB)e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

Com a nova legislação, Raquel e João Lyra têm até março para mudar de partido caso queiram postular algum cargo eletivo em 2016. “Estou pacientemente aguardando uma definição do quadro do PSB. Temos que ter paciência, pois o dialogo é o instrumento principal para que nós possamos ter uma saída política que atenda o interessa da população. Não estamos fazendo isso por interesse pessoal, mas por defender um projeto a nível nacional, regional, estadual e municipal. Não existe a política sem essas escalas. Temos que integrar tudo isso para ter resultado”, argumentou o ex-governador.

Em Caruaru, o PSB tem duas frentes distintas. Uma ocupada pelos Lyras e outra pelo vice-prefeito da cidade, Jorge Gomes. O imbróglio local no momento é sobre o comando da legenda, a partir disso serão escolhidos os candidatos para a prefeitura da cidade em 2016. Nas últimas semanas, os políticos caruaruenses têm conversado com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e o governador Paulo Câmara (PSB), no entanto ainda não houve uma definição. 

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Instituto de PSDB- PE será presidido por Joaquim Francisco

Filiado oficialmente ao PSDB desde a última semana, Joaquim Francisco reuniu ex-governadores, deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos de diversos partidos, nesta sexta, para festejar a mudança de partido. Apesar de recém-chegado ao PSDB, o ex-governador já chega para presidir o Instituto Teotônio Vilela (ITV) em Pernambuco. Órgão do PSDB é responsável pelas formações e cursos dos integrantes da agremiação e simpatizantes. 

“Chego à casa nova como se fosse antiga. Não recebo nem o tratamento de novato. No ITV vamos mostrar ao jovem e ao militante que eles têm uma base e uma bandeira atual. Chego mais maduro, pelo calor de muitos sóis. Criei uma convicção de que o equilíbrio fiscal da voto e ninguém mais equilibrou este país como o Plano Real do PSDB”, argumentou contextualizando. “O papel da oposição é ser cri-cri. Quero estar aqui nesta trincheira para amolar ainda mais a foice”, acrescentou o ex-prefeito do Recife.  

Além de João Lyra, participaram do evento os ex-governadores Gustavo Krause e Roberto Magalhães. Os deputados estaduais Priscila Krause (DEM), Rodrigo Novaes (PSD), Eriberto Medeiros, José Humberto Cavalcanti (PTB) e Raquel Lyra. Ainda estive presente, a vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT). 

 

Com os dilemas pré-eleitorais vindo à tona no PSB de Pernambuco, o secretário-geral da legenda, Adilson Gomes, defendeu, nesta quarta-feira (9), que as lideranças prezem pela unidade do partido e da Frente Popular, não foquem em projetos pessoais e cumpram o calendário eleitoral estabelecido pelo partido.

“A caminhada para o cumprimento desses prazos exige de nós uma profunda reflexão para as nossas decisões. Não podemos permitir que joguemos para fora da legenda lideranças expressivas, fundadores deste projeto”, pregou, em um texto publicado em seu perfil no Facebook. 

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A defesa acontece em meio às discussões entre a direção estadual do PSB com o ex-governador João Lyra (PSB) e a filha, deputada estadual Raquel Lyra (PSB). Ela pretende disputar o comando da Prefeitura de Caruaru, no Agreste, no entanto enfrenta resistência no partido. Caso a postulação de Raquel não seja consenso, os Lyras podem deixar PSB.

“Não é hora para projetos pessoais, mas sim de mantermos vivo o legado deixado pelas nossas duas maiores lideranças”, alerta Adilson Gomes ainda na publicação.

Veja o texto na íntegra:

Reflexão:

Entendo que devemos manter a unidade das nossas lideranças socialistas, bem como as da Frente Popular de PE, criada por Miguel Arraes e mantida por Eduardo Campos. Durante todos esses anos, construímos um projeto político partidário focado no desenvolvimento do estado com inclusão social.

O PSB de Pernambuco vem cumprindo o calendário estabelecido pela legislação eleitoral, que tem os seguintes passos:

A- Prazo de filiação partidária (um ano antes da eleição);

B- Articulação para atrair partidos que comunguem de um mesmo projeto, construído por todos que o aprovam (entre o prazo de filiação e a convenção);

C- Escolha dos candidatos para difundirem o projeto (convenções, entre 10 e 30/6/16).

A caminhada para o cumprimento desses prazos exige de nós uma profunda reflexão para as nossas decisões. Não podemos permitir que joguemos para fora da legenda lideranças expressivas, fundadores deste projeto.

Recordo-me neste momento de uma frase dita pelo saudoso ex-governador Arraes: "Não vamos destruir com os pés o que construímos com as mãos".

Não é hora para projetos pessoais, mas sim de mantermos vivo o legado deixado pelas nossas duas maiores lideranças.

Adilson Gomes,

 

Secretário Geral do PSB/PE

A ausência do prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), no tradicional forró promovido pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB), sábado passado, na fazenda Macambira, só serviu para ratificar que não há de fato a menor chance de entendimento nas eleições para prefeito do ano que vem entre os dois grupos.

Já o deputado Tony Gel (PMDB) roubou a cena, deixando de lado as indiferenças. Sua presença sinalizou que deseja e pode fazer uma aliança com João Lyra. Adversários históricos e figadais, Gel e Lyra contam com a torcida do governador Paulo Câmara, que aprovou o gesto do parlamentar peemedebista. “Ele (Gel) deu uma demonstração de grandeza”, disse Câmara.

Antes de seguir para a fazenda Macambira, o governador foi recebido pelo prefeito, que com ele circulou pela cidade para mostrar três grandes obras que vem tocando na área urbana. Mas ao final da última visita Queiroz se despediu e disse, secamente, que não poderia acompanhá-lo até o forró de Lyra. “Eu pensei que Queiroz viria”, lamentou Câmara.

Enquanto o prefeito optou pela radicalização no confronto com Lyra, no plano estadual o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) quebrou o gelo com o governador, cumprimentando-o em sua mesa repleta de aliados, entre os quais o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT).

Antes dele já havia chegado o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, que circulou bem à vontade no convescote. A ausência do prefeito, assunto mais comentado, já era esperada pelos correligionários do ex-governador, que chegou a ligar pessoalmente para convidá-lo.

“Ele me disse que viria”, chegou a comentar João Lyra após confirmar o telefonema. Há quem diga que o prefeito tenha se ausentado para não contrariar Wolney Queiroz, seu filho, deputado federal, que segundo uma fonte ouvida pelo blogueiro, além de não atender a ligação de João Lyra não teve a delicadeza de retornar a ligação, mostrando que de sua parte o grau de radicalização é maior.

Mesmo assim, Lyra conseguiu fazer uma grande festa, atraindo cerca de 800 convidados, a maioria políticos, que os recebeu ao lado da filha, a deputada estadual Raquel Lyra. Pela desenvoltura do ex-governador, que fez questão de circular ainda por quase todas as mesas, ficou a impressão de que será ele e não a filha o candidato do grupo a prefeito.

MÃO ESTENDIDA Muito bem à vontade na fazenda de João Lyra, o deputado Tony Gel (PMDB) disse que não foi a primeira vez que ali esteve. “No jantar do seminário Todos por Pernambuco eu também estive aqui”, lembrou o parlamentar, dando a entender que pode discutir uma aliança com o ex-governador. “Tudo é possível na política”, disse Gel, que é pré-candidato a prefeito e se uniria a Lyra com o único objetivo de acabar com a hegemonia de Queiroz.

Quebrando o gelo– Já sem conseguir dissimular desconforto na fazenda de João Lyra, o ministro Armando Monteiro deu um abraço muito rápido no governador e reclamou dos jornalistas. “Não é a primeira vez que estive com Câmara. Na inauguração da Fiat, em Goiana, também nos encontramos”, justificou. Mas foi o próprio Armando que reclamou que o governador não o procurava em Brasília para cuidar dos interesses do Estado depois de afirmar que sua articulação política era falha.

Bateu, levou! – O deputado Aluísio Lessa (PSB) também foi escalado pelo Palácio para rebater o ministro Armando Monteiro, que afirmou que o PSB fez um desajuste nas contas estaduais. “Ele foi desrespeitoso com os 27 governadores e 5,5 mil prefeitos do País, que por causa da desastrosa política econômica do PT estão enfrentando dificuldades e aguardando a boa vontade da equipe econômica para fazer os ajustes fiscais”, afirmou.

Unindo forças – Na tentativa de fortalecer politicamente o Estado na busca do Hub da Latam, o governador Paulo Câmara (PSB) reúne, hoje, toda a bancada federal, às 11 horas, no Salão das Bandeiras do Palácio do Campo das Princesas. Pernambuco tem 25 deputados federais e três senadores, entre os quais Humberto Costa, líder do PT no Senado, que pode ter papel importante pelo trânsito fácil com a presidente Dilma.

O dedo petista– O que se diz em Brasília é que se a decisão da Lan e da Tam, que juntas abrirão uma Hub (central de operações de voos internacionais) no Nordeste, se der no campo da política ganha Fortaleza. “Dilma tende a arrastar a sarda para a sua brasa”, diz uma fonte candanga ao se referir ao fato de o governador do Ceará, Camilo Santana, ser do PT, partido da presidente, tendo sido fiel escudeiro na campanha presidencial.

CURTAS  

CAPACITAÇÃO– Secretários, fiscais de obras e consultores de 28 prefeituras do Agreste participam hoje do 1º Ciclo de Capacitação promovido pela Secretaria de Planejamento. As aulas serão ministradas na Universidade Maurício de Nassau, em Caruaru, como forma de o Estado fortalecer as parcerias com os municípios.

BANDIDAGEM- Do líder nas Minorias na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo(PSDB), ao endurecer o discurso contra o Governo Dilma: “Mais do que nunca o Brasil precisa de uma organização para se opor a esse grupo de mentirosos e bandidos que tomou o Brasil de assalto”.

Perguntar não ofende: José Queiroz não foi ao forró de João Lyra temendo levar mais um coice?

Despedindo-se das atribuições de gestor estadual, o ex-governador João Lyra Neto (PSB) desejou, nesta quinta-feira (1°), "boa sorte" aos novos comandantes do Governo de Pernambuco. Após transmitir o cargo para Paulo Câmara (PSB) e seu vice, Raul Henry (PMDB), Lyra Neto afirmou acreditar que os aliados deem início a um "novo ciclo" e "honrem" o legado deixado por Eduardo Campos (PSB). 

"Tenho certeza que ele vai honrar os compromissos com o povo pernambucano, ele tem competência e é bem formado tecnicamente. Desejo boa sorte a Paulo e Raul. Ele (Paulo Câmara) deve dar continuidade ao nosso governo, iniciando um novo ciclo”, declarou ao conversar com jornalistas, antes de seguir os trâmites formais da cerimônia de transmição do cargo e se retirar do local. 

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João Lyra também se colocou à disposição do novo gestor. "Contribuo com a gestão de Pernambuco desde 2006, agora mesmo, lá atrás, me coloquei a disposição para que ele possa contar com a a minha colaboração naquilo que for preciso", afirmou.

Gerindo o estado desde 4 de abril, quando o ex-governador Eduardo Campos renunciou ao mandato para concorrer à Presidência da República, Lyra Neto se disse feliz pela parceria que pode ter com Campos. "Estou concluindo um período muito exitoso de um planejamento feito sob a liderança de Eduardo Campos, que concluí ontem. Quero dizer que me sinto muito feliz e honrado e, acima de tudo, contemplado como homem público de fazer parte dessa história, de um dos governos mais reconhecidos nacional e internacionalmente", frisou o socalista.

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Galeria de ex-governadores

 

Pouco antes da cerimônia, um quadro do socialista foi posto na galeria dos ex-governadores de Pernambuco. A obra, assinada pelo artista plástico recifense Edson Menezes, foi confeccionada com a técnica de óleo sobre tela. Lyra Neto afirmou que o artista foi "muito feliz" na composição da imagem e destacou a "grande honra" que sente ao fazer parte de uma galeria que reúne "ilustres governadores que fizeram a nossa história".

Veja a entrevista completa:

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Mais uma unidade do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe) foi entregue reformada, nesta sexta-feira (26), em Caruaru, Agreste pernambucano. Com um investimento de R$ 14 milhões, o novo prédio recebeu o nome do ex-prefeito João Lyra Filho, pai do governador João Lyra Neto, que estava na inauguração do local. 

A estimativa é de que a unidade, com 1.600 metros quadradados de área construída, dê suporte a 70 mil servidores da região, com um aumento de 35% nos atendimentos diários. O prédio anterior tinha apenas 250 metros quadrados e era alvo de críticas dos próprios servidores. De acordo com o governo, a gestão investiu em todas as unidades do Sassepe no Estado, como o Hospital dos Servidores do Estado. 

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Depois de participar da entrega do novo bloco do Sassepe de Caruaru, o governador João Lyra Neto visitou as instalações da Farmácia de Medicamentos Especiais. O espaço, também localizado em Caruaru, foi reformado; ao lado do gestor, a secretária estadual de Saúde, Ana Maria Albuquerque, também visitou as instalações. 

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Nos momentos finais de João Lyra Neto à frente do Executivo de Pernambuco, duas instituições foram privilegiadas com doações do Governo do Estado. Nesta terça-feira (23), em  solenidade realizada no Palácio do Campo das Princesas, Lyra oficializou a entrega de um cheque, no valor de R$1 milhão, para a reconstrução da sede do Movimento Pró-Criança. A instituição sem fins lucrativos, com sede no bairro dos Coelhos, foi acometida por um incêndio, em agosto deste ano, e os investimentos para a reestruturação da nova sede deve chegar a, aproximadamente, R$ 4 milhões.

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De acordo com o governador de Pernambuco, a instituição tem papel relevante no processo de inclusão social e formação da cidadania. “O Movimento Pró-Criança tem uma missão importante, atendendo hoje cerca de 1600 crianças que se formam em diferentes áreas. A doação irá contribuir para que a nova sede seja reconstruída o mais breve possível e possa dar andamento ao seu trabalho”, afirmou Lyra, ressaltando que o Governo também articulou o engajamento da empresa de engenharia que realizou o projeto sem custo para a entidade. 

O Acerbispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido acompanhou o trâmite da cerimônia. Segundo o religioso, a quantia doada foi uma surpresa, pois a expectativa era que o Governo contribuísse com R$500 mil. "O valor total da obra está orçado em quase R$ 4 milhões, mas já conseguimos uma parcela importante para o início dessa reconstrução", explicou. 

Outra ato foi a solenidade de concessão dos prédios da antiga sede do Diário de Pernambuco e do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas) para o Porto Digital, pelo prazo de 10 anos, com o propósito de estimular a Economia Criativa. De acordo com o diretor presidente do C.E.S.A.R, Silvio Meira a iniciativa reforça a parceria entre o governo e o Porto Digital. “As assinaturas de hoje, associadas a outras ideias, como os Armazéns da Criatividade em Petrolina e Caruaru, que também vieram do próprio do governador, sacramentam o seu compromisso e transformam o governo atual no que mais investiu no Porto Digital em todos os tempos”, pontuou. 

Segundo o governador, as novas instalações do Porto digital além de contribuir com o desenvolvimento tecnológico do estado irá contribuir com o comércio e revitalização do bairro de Santo Antônio. “Inicia-se não só a ampliação do Porto Digital, mas a renovação do bairro de Santo Antônio, que será fortalecido pela inovação tecnológica e com certeza irá ajudar na recuperação daquele varejo, que por muitos anos sustentou milhares de famílias em Pernambuco. O Porto Digital sai fortalecido para continuar o seu crescimento e desenvolvimento em nome da nova tecnologia do Brasil inteiro”, concluiu Lyra.

Como desabafo, é compreensível a entrevista que o governador João Lyra Neto (PSB) concedeu aos jornais no fim de semana, mas em termos de novidade nada de bombástico. Lyra foi sincero e afirmativo. Quanto à escolha do seu nome para disputar o Governo duvido que tenha, sinceramente, alimentado alguma expectativa.

Ninguém conhecia melhor a figura e a personalidade do ex-governador Eduardo Campos do que o próprio Lyra. Em nenhum momento, ao longo do processo que precedeu a escolha de Paulo Câmara, Eduardo emitiu qualquer sinal de que poderia escolhê-lo. Pelo contrário, quando falava em nova política, dava o recado da renovação de quadros e ideias.

Sendo assim, por exclusão, João Lyra estava excluído do processo. A escolha do governador como vice na reeleição de Eduardo em 2010 já foi um grande parto. Atrás de uma alternativa, o então governador só veio bater o martelo em torno de Lyra depois de fortes pressões de setores da Frente Popular no apagar das luzes do processo.

Na época, o ex-ministro Fernando Lyra, irmão do atual governador, chegou a ameaçar em levar o PDT para a oposição, num telefonema dado da casa do ex-prefeito Pelópidas Silveira, caso Eduardo insistisse na troca do vice em sua chapa. Razões para desconfiar, João Lyra, portanto, as tinham de sobra.

Como não vive de sonhos nem tem a ilusão da política, que é pior do que a do amor, João Lyra só deve ter imaginado que viria a ser o candidato no lugar de Paulo Câmara por algum momento de alucinação. Política, na verdade, se faz com gestos e Eduardo não era afável nos gestos com Lyra.

SEM MARCA – Numa das entrevistas, João Lyra diz que não há ou não houve Governo Lyra. Nunca vi tamanha sinceridade! O governador fecha, na verdade, o ciclo de oito anos de Eduardo, de quem recebeu um Estado extremamente endividado e teve como única e exclusiva missão a de fechar as contas, porque não teve um vintém para investimentos em obras que pudessem marcar a sua gestão.

Atrás de uma sinecura – Depois da tentativa infrutífera de voltar ao Lafepe, o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, se pendura nos braços, hoje, do governador eleito Paulo Câmara para implorar espaço em seu governo. Quer agora comandar a poderosa Copergás. Ninguém está impedido de sonhar!

Posse concorrida – O senador Armando Monteiro, que já se despediu do Senado, terá uma das posses mais concorridas na Esplanada dos Ministérios. Empresários da indústria e do comércio de todo o País estão sendo convidados para a solenidade de posse dele no Ministério do Desenvolvimento. A cerimônia está marcada para 7 de janeiro, depois do feriadão de Ano Novo.

Crescimento – Na primeira reunião do secretariado, no último fim de semana, o governador eleito Paulo Câmara disse que 2015 não será tão amargo como estão pintando e chegou a prever um crescimento do PIB estadual em 2%, acima da média nacional, que não passa de 1%. "O Brasil não vai crescer, mas Pernambuco cresce se for mantido atual ritmo”, afirmou.

Gordurinha a queimar – A economista Tânia Bacelar anda na mesma linha otimista do governador eleito. "É um ano difícil, embora ache que vá ser menos difícil para Pernambuco, porque a gente vai ter a entrada da refinaria Abreu e Lima e o início da operação da Fiat. Superamos o pessimismo porque o Estado acumula uma gordurinha", disse.

CURTAS

GARANTIDO – Tem lugar certo no segundo escalão do governador eleito Paulo Câmara o atual secretário de Agricultura, Aldo Santos. Na semana passada, Câmara fez questão de receber o secretário para uma conversa preliminar. Aldo é competente e um bom camarada!

MUDANÇA – São poucos os auxiliares do atual Governo que serão mantidos em cargos que ocupam no segundo escalão. Com exceção do presidente da Compesa, Roberto Tavares, já convidado a permanecer, a tendência é a substituição ou revezamento.

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O governo do estado apresentou, esta sexta-feira (12), o projeto Pernambuco 2035. A proposta é estruturar um Plano Estratégico de Desenvolvimento de Longo Prazo, com iniciativas que possam orientar os governos e a sociedade, nos próximos 20 anos, para construir um futuro próspero para o estado. O Pernambuco 2035 é uma parceria do Governo do Estado com o Movimento Brasil Competitivo, com trabalhos técnicos do Consórcio Pernambuco do Amanhã, que foi responsável pela elaboração do Plano Estratégico, e acompanhamento do Instituto de Gestão, da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco. 

O programa foi estruturado ainda sob o comando do ex-governador, Eduardo Campo, e uma prévia foi apresentada em Junho de 2013. O projeto delimita cinco eixos estratégicos, subdividido em educação e conhecimento, instituições de qualidade, prosperidade, coesão social e qualidade de vida. De acordo com o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, o projeto irá facilitar a administração dos futuros gestores do estado. “Esse projeto que estamos entregando hoje não é um patrimônio apenas do governo de Pernambuco, mas fundamentalmente da população pernambucana, que poderá contribuir para o aperfeiçoamento e atualização do projeto de forma permanente”, pontuou o governador.  

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De acordo com um dos consultores do projeto, Alexandre Mattos, Pernambuco foi o estado que mais avançou nos indicadores que avalia os 26 estados da federação e do Distrito Federal. No entanto, reconheceu que Pernambuco ainda precisa avançar. “Estar no topo do ranking não significa quer estamos no nível de desenvolvimento desejável. Temos casos de sucesso, como o Porto de Suape, que prenunciam o desenvolvimento, mas precisamos estruturar as áreas para construir resultados sólidos”, afirmou.  

O secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Frederico Amâncio, ponderou os argumentos de Alexandre Mattos. Segundo o secretário para o estado avançar, precisa seguir uma estratégia contínua. “Não basta ser o primeiro lugar, tem que avançar com solidez. Essa é a proposta do projeto Pernambuco 2035, é dotar o estado para o planejamento estratégico de longo prazo, mas com metas atingíveis e avaliadas a cada cinco anos, para  que em 2035  o estado esteja num patamar ainda melhor de qualidade de vida da população pernambucana”, declarou.

Ainda de acordo com secretário, apesar do planejamento estratégico  estar traçado, as prioridades serão definidas pelos gestores em exercício durante cada período. Logo, os mesmos adequarão as metas à disponibilidade financeira atual, não só do poder público, mas também do privado, pois alguns projetos contam com a coparticipação do empresariado.  Mas Amâncio ressaltou que a educação dever ter papel prioritário. “O estado só vai conseguir se desenvolver se começar a vislumbrar num desenvolvimento de longo prazo.  Queremos deixar de ter projetos do governo e passar a ter projetos de estado. O grande mérito do projeto é não se preocupar com o ano de 2015, mas com os próximos  20 anos. Mas posso adiantar que nenhum país se  desenvolve sem avançar na  educação, por isso colocamos como ponto prioritário. O documento traz essa área como elemento central”, concluiu Frederico Amâncio.

A apresentação do projeto Pernambuco 2035 também deixou um clima de despedida, pois o governador João Lyra Neto, que passou nove meses à frente do Executivo estadual, em breve será sucedido pelo Governador Eleito, Paulo Câmara. "Fico muito feliz em entregar esse projeto à sociedade, encerrando um ciclo que foi iniciado por Eduardo Campos em 2007, e entregá-lo a sociedade pernambucana para que ela possa permanentemente aperfeiçoá-lo e ampliá-lo", disse o governador, aproveitando para dizer que nas próximas eleições os futuros governantes não precisarão se preocupar com o programa de governo. “Este ano a gente viu um empurra-empurra com relação ao programa de governo. Como muitos não tinham, aproveitavam a campanha para apontar os defeitos dos outros. Agora não precisa mais disso, pois já está tudo aqui”, brincou Lyra.

O projeto na íntegra está disponível no site da Secretaria de Planejamento de Pernambuco (SEPLAG) 

O governador João Lyra Neto (PSB) tem uma velha birra com o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), que de vez em quando aflora. Na campanha da reeleição de Queiroz, em 2012, Lyra radicalizou a briga. Chegou a publicar uma nota oficial nos jornais informando que não subiria no palanque do prefeito.

Por várias vezes, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) tentou evitar que a briga se acirrasse, obteve êxito em algumas investidas, mas neste episódio não conseguiu dobrar o seu então vice. Em mais um capítulo da velha e renhida queda de braço, Queiroz acusou, ontem, no Frente a Frente, o governador de não fazer nada por Caruaru.

“A única obra dele aqui é uma sala onde funciona o Expresso Cidadão”, desabafou. Quando tomou posse em abril, o primeiro prefeito que João Lyra recebeu em audiência foi o próprio Queiroz, que a ele entregou um pacote sugerindo a execução de 14 grandes projetos no município.

Lyra, segundo Queiroz, não tirou nenhuma das 14 obras sugeridas nem fez algo por sua conta, passando assim à história de forma negativa como um governante que fechou os olhos à sua terra natal. Muito ruim para quem está na vida pública com início de carreira marcada por Caruaru, que governou por dois mandatos.

Mas Lyra não fez nada por Caruaru, como diz Queiroz, pelo simples fato de não querer? Em absoluto! Sua intenção era fazer e muito, mas faltou caixa, faltaram as condições materiais. O Estado que herdou está com um déficit de R$ 8 bilhões, segundo levantamento feito pela mídia nacional.

A grande e única obra de Lyra, na verdade, será fechar as contas dos oitos anos de Eduardo e entregar um Estado aparentemente ajustado do ponto de vista fiscal. Ao deixar o Governo em janeiro, passando para Paulo Câmara, Lyra estará de volta a sua aldeia.

Lá, dará continuidade a este embate sem fim com José Queiroz. Em 2016, teremos ali uma disputa bastante emocionante. De um lado, o candidato de Queiroz contra o de Lyra, que tende a ser a sua filha, a deputada estadual reeleita Raquel Lyra (PSB). Medem forças com outro personagem: Tony Gel (PMDB), candidato fortíssimo a prefeito. E que, certamente, vai tirar proveito da divisão histórica e insanável dos seus históricos adversários.

DESPEDIDANo almoço de fim de ano com jornalistas, ontem, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, já fez o balanço da sua gestão em tom de despedida. O que se diz é que seu nome está cotado para a Secretaria da Fazenda ou para Infraestrutura no lugar de João Bosco, que seria remanejado para outra área.

Demitido, mas poderoso– Na ida a João Pessoa, ontem, para o encontro dos governadores eleitos do Nordeste, Paulo Câmara (PSB) chegou acompanhado do ex-procurador-geral do Estado, Thiago Norões. Demitido recentemente por João Lyra, Norões dá provas de que será poderoso na gestão de Câmara.

Só beijosO deputado federal eleito Sebastião Oliveira garante que fumou, definitivamente, o cachimbo da paz com o deputado estadual Alberto Feitosa. “Antes, vivíamos entre tapas e beijos, hoje só tem beijos”, brinca, adiantando que o adversário comum deles no PR é o deputado federal Anderson Ferreira. “Este, combateremos”, reforça.

Bem-feitor– Na entrevista que concedeu, ontem, ao Frente a Frente, o prefeito José Queiroz (PDT) disse que só está mudando o local da feira da sulanca graças ao ex-governador Eduardo Campos, que ao apagar das luzes do seu segundo mandato liberou R$ 10 milhões. “De todos os tempos, Eduardo foi o maior bem-feitor de Caruaru”, assinalou.

Crise braba– Depois de demitir, ontem, todos os seus 11 secretários e afastar 130 cargos comissionados, o prefeito de Taquaritinga do Norte, Evilázio Araújo (PSB), disse que ainda não conseguiu arrecadar o valor total para pagar o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores. “Nunca vi uma crise tão aguda em toda a vida”, lamentou.

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VIDEO– Na confraternização de fim de ano hoje com jornalistas, o governador João Lyra Neto (PSB) vai assistir com os seus convidados a um vídeo produzido pela equipe do secretário de Imprensa, Ivan Maurício, sobre bastidores vividos por ex-porta-vozes do Governo.

O BANHO– Entre os depoimentos no vídeo, o deste blogueiro contando os bastidores do banho que o ex-governador Joaquim Francisco teve que tomar na praia de Boa Viagem, em 1991, para mostrar aos banhistas que cólera não se transmitia no contato com a água do mar.

Perguntar não ofende: João Lyra não fez nada por Caruaru por falta de caixa ou por causa da sua briga com Queiroz?

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