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A antropóloga Catarina Morawska Vianna estudou as relações de grupos sociais com os meninos de rua do Recife e Olinda assistidos por eles. Desta pesquisa nasceu o livro Os enleios da tarrafa: etnografia de uma relação transnacional entre ONGs. Entre outros objetivos, a pesquisadora procurou compreender os efeitos que a presença das organizações gera no mundo. 

A obra introduz o conceito de emaranhados institucionais de combate à pobreza para explorar a disseminação de saberes e políticas entre os envolvidos. A pesquisa que originou o livro se valeu do deslocamento pelos canais institucionais que ligam doadores no Reino Unido a beneficiários no Brasil e apresenta um debate teórico-metodológico que pode interessar tanto a antropólogos quanto pesquisadores em ciências humanas cujas pesquisas envolvam relações institucionais entre órgãos estatais, organizações não governamentais e empresas privadas.

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Catarina Morawska é professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Sâo Carlos e coordenadora do Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E). Doutorou-se em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e atua principalmente na área de cooperação internacional, antropologia política, antropologia da globalização, antropologia do desenvolvimento e metodologia de pesquisa.

Um ranking publicado no domingo, 25, pela entidade Global Geneva revela que, das 100 organizações não governamentais (ONGs) mais relevantes no mundo, quatro são brasileiras. O ranking global é liderado pela organização Médicos Sem Fronteira, por sua ação contra o Ebola.

A brasileira Saúde Criança aparece na 21ª posição - criada há pouco mais de 20 anos, a entidade conseguiu reduzir em 85% as hospitalizações de crianças, assiste a milhares de menores e sua metodologia foi incorporada em políticas de várias cidades. A Viva Rio aparece na 57ª posição, seguida pelo Instituto da Criança, em 84º lugar, e o Centro de Inclusão Digital, em 94º.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à pressão de Estados e municípios, a presidente Dilma Rousseff encaminhou nesta quinta-feira, 30, ao Congresso Nacional uma medida provisória que prorroga em 360 dias a entrada em vigor do marco regulatório das organizações da sociedade civil. A lei, que torna mais rígidas as regras para a celebração de contratos entre ONGs e governos na esfera federal, estadual e municipal, deveria entrar em vigor nesta quinta, mas com o adiamento, só valerá a partir do dia 27 de julho.

Inicialmente, a legislação fixava 90 dias para a adaptação às novas regras, contados a partir da publicação do texto no Diário Oficial da União, o que ocorreu em 1º de agosto.

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Entre os principais pontos do marco regulatório estão a obrigatoriedade da realização de chamamentos públicos para a seleção das organizações da sociedade civil. As ONGs deverão ter, no mínimo, três anos de existência e comprovar experiência prévia na área de atuação. A lei proíbe a celebração de qualquer modalidade de parceria com ONGs que tenham dirigentes "ficha suja".

A legislação também prevê o estabelecimento de mecanismos que ampliem a gestão de informação, transparência e publicidade. Governo federal, Estados e municípios deverão divulgar na internet a relação das parcerias celebradas e a situação da prestação de contas. Para o Palácio do Planalto, a lei traz segurança jurídica e institucional.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República alegou que, sem a alteração do prazo, "haveria impactos significativos nos ciclos orçamentários", já que a maioria das previsões para o exercício de 2015 foi encaminhada para assembleias Legislativas, Câmara Distrital e Câmaras de Vereadores ao longo deste ano, "sem a devida adequação à nova lei".

A prorrogação do prazo permitirá a promoção de "planejamento e a estruturação adequada no orçamento", segundo a Secretaria-Geral. O governo destacou que 70% dos municípios brasileiros são de pequeno porte, com menos de 20 mil habitantes, e enfrentam "pouca capacidade institucional para promover rápidas adaptações às mudanças necessárias no curto prazo anteriormente estabelecido pela lei".

O pedido de prorrogação foi feito por entidades como a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (Fonseas), Associação Paulista de Fundações (APF) e o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci).

Para a diretora-executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Vera Masagão, a prorrogação era necessária já que a matéria é complexa e mexe com o cotidiano das administrações. Vera, no entanto, vê excesso no tempo extra concedido pelo governo para a adaptação - ela esperava um adiamento para janeiro ou março de 2015, não julho.

"Infelizmente, tem essa lógica de que as pessoas só se movimentam quando estão com a água no pescoço", comentou. "A prorrogação pode criar o efeito contrário: chegar julho de 2015 e a gente não ter nada preparado. A lei é importante porque ajuda a recuperar a credibilidade das organizações e a afirmar o papel positivo delas na luta por direitos."

Diálogo

Ao sancionar a lei, em cerimônia no dia 31 de julho deste ano no Palácio do Planalto, Dilma destacou que o texto foi fruto de "muito diálogo" entre Executivo, Legislativo e sociedade civil.

"Essa legislação cria, portanto, um ambiente muito mais adequado para a atuação das organizações da sociedade e reconhecem, nessas organizações, parceiras fundamentais do estado na implementação de políticas", discursou a presidente. "Vai permitir, sem dúvida, ganhos; tanto as organizações, vai evitar erros de alguns, porque muitas vezes erros de uns poucos contaminam o trabalho de milhares. Então, vai evitar isto."

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As Organizações não governamentais (ONGs) são criadas por membros da sociedade civil para auxiliar o Estado na garantia do exercício da cidadania e democracia. Elas representam o terceiro setor, aquelas que têm o caráter público. Esse segmento vem crescendo e se destacando no mercado de trabalho, não pelo fato financeiro, mas pelas oportunidades de mudanças e formas de trabalhar. As ONGs, atualmente, se enquadram como uma boa opção de desenvolvimento profissional.

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Boa parte dos profissionais que trabalham nesses centros não é ligadas diretamente à parte financeira, mas a realizações pessoais. A assistente social do Coletivo Mulher Vida, Rosana França, explica que trabalhar em um local com o conceito de mudança é especial. “Eu amo o que faço aqui no Coletivo. Esse projeto, que ajuda famílias vítimas de violência sexual, trouxe para minha vida benefícios que dinheiro nenhum pode me dar”, afirma. Ela complementa relatando que o projeto esteve em sua vida desde cedo. “Meu primeiro contato foi quando tinha 11 anos e meio. Foi por conta desse trabalho que mudei minha vida, pude fazer os cursos e me especializar. Hoje faço parte da equipe do projeto e considero esse lugar a minha segunda casa”, complementa.

O Coletivo Mulher Vida é uma entidade civil sem fins lucrativos que existe há 23 anos. Sua sede é localizada na beira mar de Olinda. A entidade tem como missão desconstruir a violência doméstica, sexual e sexista em crianças, adolescentes, jovens, mulheres e famílias. O projeto oferece cursos de prevenção primária , secundária e terciária, formação e capacitação, observatório da exploração sexual e geração de renda.

A coordenadora do programa de mobilização, Adriana Duarte, declara que se sente realizada naquilo que faz. “Apesar de a gestão ser muito cansativa e nós, muitas vezes, precisamos nos desdobrar para pagar as contas, esse é um trabalho que vale a pena. Somos todas mulheres apaixonadas pelo que fazemos e por ajudar o próximo”, afirma. “Apesar de estarmos sem aumento salarial à quatro anos, não pensamos em desistir das nossas funções. Acreditamos num bem maior, que é a felicidade das pessoas que participam do projeto ", diz.

Sentimento de dever cumprido

A Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor (ADECCON) foi fundada em 1999 com o intuito de auxiliar juridicamente pessoas e comunidades carentes que precisam de ajuda. A associação, formada por sete advogados, oferece a sociedade civil serviços como orientação jurídica, notificação extrajudicial, petição inicial, parecer jurídico, ações civis públicas, acompanhamento judicial de ações individuais, além de palestras e cursos gratuitos.

A coordenadora executiva e cofundadora da associação, Rosana Grinberg, explica que o principal motivo dela e seu sócio terem iniciado a parceria: “Queríamos fazer um trabalho que beneficiasse a toda sociedade. Quando começamos, fizemos projetos nas comunidades carentes para que eles se conscientizassem com relação aos seus direitos e que, se precisassem, nós poderíamos ajudar. Não me sentia mais satisfeita no meu trabalho, pois eu não conseguia chegar a população mais carente. Sentia que não estava ajudando o bastante ou, simplesmente, seguindo o que meu coração queria”, afirma.  

Para o coordenador de projetos da ADECCON, Geraldo Guerra Júnior, ajudar ao próximo sempre foi uma de suas metas na vida. “Comecei a trabalhar aqui como estagiário e hoje faço parte e coordeno uma equipe. Ajudar a sociedade civil e aqueles que não têm condições de solucionarem seus casos, não tem preço”, conta.

Ele complementa revelando que boa parte da equipe não recebe dinheiro pelo que trabalho que faz. “Aqui na ADECCON nós não ganhamos nada. O dinheiro que entra só dá para pagar alguns funcionários. Praticamente todos aqui têm uma atividade fora da Associação”, declara.

 

 

O governo está preparando a regulamentação do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, sancionado em julho pela presidenta Dilma Rousseff. As regras para implementação da lei, que regula as parcerias e o repasse de dinheiro da União para organizações não governamentais (ONGs), serão apresentadas em novembro.

“Todas as parcerias em que são usados recursos públicos vão seguir novas regras, muito mais rigorosas do ponto de vista da aplicação dos recursos públicos e que, de outro lado, valorizam a atuação da sociedade”, explicou o secretárioexecutivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Sant’Ana, em debate sobre o tema, nesta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto.

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Entre outras regras, a lei prevê a substituição dos convênios por dois novos instrumentos: os termos de colaboração e fomento. A lei também estabelece que o governo terá que realizar chamamento público, uma espécie de edital de concorrência, para selecionar organizações parceiras.

Para a regulamentação, o governo abriu consulta pública na internet, que pode ser acessada na página da Secretaria-Geral da Presidência, e quer ouvir os gestores dos ministérios responsáveis pelas políticas públicas que demandam parcerias para identificar necessidades específicas para implementação da nova lei.

“As áreas finalísticas [os ministérios] têm de nos dizer quais são suas necessidades. De nada adianta ter uma lei muito boa se a regulamentação não vier contribuir para que possamos dar um passo à frente”, disse o secretário executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

Um dos desafios da regulamentação, segundo a assessora especial da Secretaria Geral, Laís de Figueirêdo Lopes, é definir processos de prestação de contas simplificados para parcerias que envolvam menores volumes de recursos públicos. “Já parcerias com maior volume de recursos têm que ser olhadas de maneira mais rígida”, avaliou.

De acordo com Laís, os contratos com valores abaixo de R$ 600 mil representam 80% das parcerias, mas apenas 20% do dinheiro disponível para parcerias com organizações da sociedade civil.

Com as novas regras, o governo pretende reduzir casos de desvios de recursos públicos na relação entre o governo e organizações da sociedade civil. Segundo Alencar, da CGU, cerca de 3% dos contratos apresentam problemas, percentual considerado “normal”, mas as exceções acabam generalizando a má impressão sobre as parcerias e repasses.

“Vivemos uma tentativa muito forte de criminalizar essa relação com organizações da sociedade civil, de que, a princípio, não seriam sérias, profícuas, quando é justamente o contrário. Algumas políticas públicas têm muito mais efetividade se feitas em parceria com a sociedade civil”, defendeu. “Há milhares de organizações que lidam com situações em que o Poder Público dificilmente poderia fazer tão bem-feito”, acrescentou.

Desta terça (14) até sexta-feira (17), donos de cachorros e gatos podem cadastrar seus animais no mutirão de castração realizado em Gravatá. Com o objetivo de controlar as taxas de reprodução, a ação é organizada pela Associação dos Amigos dos Animais de Rua de Gravatá (AARG) e pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O horário das atividades será sempre das 8h às 18h. 

Segundo a coordenadora do mutirão, Maria Guiomar Krause, da AARG, há uma lista de espera, pois a procura tem sido muito grande. “Como alguns animais são reprovados nos exames de saúde e não podem fazer a cirurgia, continuamos a aceitar os cadastros”, explicou a responsável pela organização. Interessados podem entrar em contato pelos telefones (81) 8753-6571 ou (81) 9431-9947. 

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A maratona é destinada a animais de pequeno porte, porém os donos de animais de médio e grande porte podem agendar uma avaliação pelo telefone. O mutirão acontece ao lado do Telecentro Comunitário de Gravatá, onde uma equipe de mais de 30 pessoas (profissionais e estudantes da Rural) ficam responsáveis pelos exames. 

Serviço

Mutirão de Castração de Animais

Local: Telecentro Comunitário de Gravatá (Rua São Pedro, bairro Boa Vista)

Horários: 8h às 18h

Quando: de 14 a 17 de janeiro

Agendamento: (81) 8753-6571 ou (81) 9431-9947.

A cidade de Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, sedia nesta quarta (13) e quinta-feira (14) a Oficina Regional da Região Metropolitana do Recife (RMR), Mata Sul e Litoral. O evento pretende reunir representantes dos movimentos sociais, ONGs, grupos de mulheres, representantes da CPMR/PE, representação dos organismos de mulheres do município e coordenadoras regionais da SecMulher - Mata Norte e Mata Sul.

A oficina faz parte das atividades previstas no plano de ação da Comissão Permanente de Mulheres Rurais CPMR/PE e pretende dar continuidade ao processo de socialização e apropriação do I Plano de Políticas Públicas para as Mulheres Rurais de Pernambuco - I PPPMR-PE.

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Além disso, o encontro vai discutir as problemáticas que afetam a vida das mulheres em cada região e o acesso às políticas públicas e proporcionar o diálogo com o poder público local e a articulação com os organismos de mulheres. A oficina é uma iniciativa da Secretaria Estadual da Mulher junto com a CPMR-PE em parceria com o Centro de Desenvolvimento e Cidadania – CDC.

Serviço

Oficina Regional da Região Metropolitana do Recife, Mata Sul e Litoral

Quando: Nesta quarta (13) e quinta-feira (14)

Onde: Centro de Treinamento da Fetape, no bairro do Cajá, em Carpina

Com informações da assessoria

A organização não governamental (ONG) Habitat para a Humanidade Brasil (HPH Brasil) promove neste sábado (10), uma mobilização para recuperar áreas públicas do bairro Bomba do Cemitério, Zona Oeste do Recife. A ONG que tem como causa o direito universal à moradia adequada está convidando voluntários para participar da iniciativa.

Além de prover aos moradores da comunidade espaços públicos de melhor qualidade, a ONG também tem como objetivo, chamar atenção do poder público para a necessidade de ações que assegurem à população o direito a moradias adequadas. As atividades fazem parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude - celebrado em 12 de agosto.

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O diretor nacional da organização Demóstenes Moraes, explica que o evento vai promover melhorias na escadaria do Maracatu Estrela Brilhante, uma das vias de acesso e locomoção mais importantes do bairro. "Os voluntários serão divididos em dois grupos. O primeiro deles será responsável pela decoração da escadaria com um grande mosaico. O outro grupo será responsável pela pintura das paredes laterais das casas vizinhas à escadaria".  

As pessoas ou empresas interessadas em participar do evento, como voluntárias podem se inscrever por meio do e-mail habitat@habitatbrasil.org.br ou pelo telefone (81) 3221-3137. O ponto de encontro dos voluntários será Pastor Benobir - Largo da Bomba, próximo à Igreja Batista.

A Secretaria Estadual de Saúde lançou nesta sexta-feira (9) um edital público referente ao financiamento de projetos comunitários que visam a prevenção e o tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Para esta iniciativa, foram destinados R$ 1 milhão, sendo R$ 50 mil para cada projeto, que deve ter duração de 1 ano.

As Organizações não governamentais (ONGs) que desejarem se inscrever, terão até o dia 19 de agosto. O Coordenador estadual do programa dst/aids, françois figueiroa, destacando o total de projetos que serão contemplados. “Serão 20 projetos financiados, ao custo de 50 mil cada. O edital público é destinado as organizações da sociedade civil que trabalham com DSTs – HIV, AIDS e Hepatite viral.”

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De acordo com o edital, Organizações não governamentais e outras instituições da sociedade organizada podem participar. Elas devem elaborar projetos e submeter ao comitê externo criado pelo secretário e que ao serem selecionados terão a duração de um ano.

Em sua segunda edição, a Conferência do Meio Ambiente abordará uma das questões que mais afeta o Brasil e no mundo: o tratamento e a destinação do lixo. Nesta terça-feira (30), os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, convidaram moradores, ONGs, instituições de ensino, empresários e observadores, para participar das discussões e elaborar propostas com vista à consolidação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em Jaboatão, o tema foi escolhido para que haja um maior aprofundamento por parte da sociedade, já que o chorume do antigo lixão da Muribeca está sendo levado para o Tratamento de Resíduos (CTR Candeias). O evento acontecerá no Portal do Mar Recepção, no bairro de Piedade, das 8h às 18h. 

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Na capital pernambucana, o evento será aberto às 9h, e ocorrerá no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena, Zona Oeste do Recife. O evento também visa elaborar estratégias de mitigação dos impactos ambientais; identificar soluções para diminuir a geração de resíduos e mudar padrão de consumo.

O secretário Executivo de Meio Ambiente, Habitação e Saneamento de Jaboatão, Edvaldo Rufino, ressaltou a importância do tema para sua cidade. “Resíduos sólidos é um tema que envolve todos os municípios do Brasil. E Jaboatão vem implementando ações para ampliar os investimentos sobre este assunto, a exemplo da própria Conferência. Além disso, estamos criando um Plano Municipal de Resíduos Sólidos, que está em fase de preparação para licitação”.

A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, afirmou que não há como conseguir bons resultados na área de resíduos sólidos, sem o envolvimento da sociedade. “A conferência é um instrumento que aproxima o poder público da população, e ela nos ajudará a direcionar as ações do governo”, pontuou.

Em ambas as cidades, os participantes irão definir vinte ações prioritárias para o município e sugerir outras para serem debatidas na etapa estadual do evento. Em Março deste ano, por exemplo, a PCR aderiu ao Plano de Resíduos Sólidos do

Governo de Pernambuco, que contém as principais diretrizes sobre políticas públicas para a área. Uma alternativa moderna que inclui tratamento e reciclagem de resíduos; e faz os municípios da Região Metropolitana atuarem de forma integrada.

Neste sábado (6), o Parque de Exposições do Cordeiro, localizado na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, sedia o 17º evento de Adoção de Cães e Gatos, promovido pelo Projeto Adote um Vira-lata da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento contará com a participação de ONGs e protetores independentes que levarão animais saudáveis, castrados, vacinados e desverminados para adoções responsáveis. 

Para adotar, os candidatos precisam ser maiores de 18 anos, documento com foto levar xerox do e comprovante de residência. Eles passarão por entrevista e, se aprovados, deverão assinar o termo de responsabilidade. A iniciativa é fruto de parceria entre CVA/Recife, Projeto Patinhas de Aldeia e ONG Brala. 

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Serviço

Evento de Adoção Responsável

Local:  Parque de Exposições do Cordeiro (Av. Caxangá)

Data:  06/07

Horário: 9h - 16h

Soldados israelenses invadiram as sedes de três organizações não-governamentais (ONGs) palestinas durante a madrugada e confiscaram computadores e outros materiais, acusou nesta terça-feira a ONG Addameer. O exército de Israel informou que está apurando a denúncia.

"Às 3h da manhã deste 11 de dezembro de 2012, o escritório de Direitos Humanos e Apoio a Prisioneiros da Addameer foi invadido pelas forças de ocupação de Israel", denuncia a entidade em sua página na internet.

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"Quatro laptops, um disco rígido e uma câmera foram levados, entre outros materiais. As forças de ocupação de Israel destruíram o escritório", prossegue o grupo. Segundo o comunicado, mesas e outros móveis foram deixados pelo chão depois da invasão e ainda não se sabe ao certo o que os soldados procuravam.

De acordo com a Addameer, os escritórios dos Comitês da União de Mulheres Palestinas e da Rede Palestina de ONGs também foram invadidos por soldados israelenses de ontem para hoje. Todos os escritórios situam-se em Ramallah, na Cisjordânia. As informações são da Dow Jones.

Na próxima quarta-feira (28) a Microsoft Brasil, em parceria com a Associação Telecentro de Informação e Negócios (ATN) e o Instituto Empreender irá promover o encontro Conexão Digital. Na ocasião, representantes das instituições e convidados estarão reunidos discutindo o tema “Sustentabilidade a Geração de Renda às ONGs por meio de novas tecnologias”. Organizações governamentais e telecentros que tenham interesse em participar devem preencher a ficha de inscrição no link (www.atn.org.br), clicando no banner Conexão Digital.

A Microsoft já apoiou no Brasil mais de 940 ONGs e 6,3 mil centro comunitários. Segundo a empresa, nos últimos oito anos, em todo o Nordeste mais de 100 ONGs já foram beneficiadas com doações que superam R$ 10 milhões. Só no Estado de Pernambuco, 27 ONGs foram apoiadas com investimento de mais de R$ 1,9 milhões e no último ano, a companhia investiu cerca de R$ 16,2 milhões em doações de softwares para quase 150 ONGs, beneficiando 1,8 milhão de jovens e adultos.

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Além de autoridades do Governo do Estado, o evento ainda terá a participação do diretor geral da ATN, José Avando Souza Sales, do diretor de assuntos corporativos da Microsoft Brasil, Rodolfo Fucher, do presidente do Instituto Empreender, Josicleide de Moraes e de vários representantes de ONGs e Telecentros do estado de Pernambuco.

O evento é gratuito e possui vagas limitadas, mediante aprovação no ato de inscrição.

Serviço:

Conexão Digital
Dia 28 de novembro de 2012, das 8h30 às 17h
Auditório do Hotel Atlante Plaza
Av. Boa Viagem, 5426 - Boa Viagem/Recife

 

Agenda do Evento

8:30 – Abertura

- Rodolfo Fucher – Diretor de Assuntos Corporativos da Microsoft

- Josicleide de Moraes – Presidente do Instituto Empreender

- José Avando Souza Sales – Diretor Geral ATN

 

9:00 – Palestra 1: Tecnologia aplicada à empregabilidade de jovens – Mariza Soares – Diretora do Instituto Empreender

9:30 – Palestra 2: Boas ideias + Oportunidades = Imagine Cup, uma união que gera resultado – Lucas Mello – Diretor de Marketing e Comunicação da Proativa

10:15 – Coffee-break

10:30 – Palestra 3: Tendências e Impactos das Novas Tecnologias – Fernando Lemos – Gerente de Tecnologias para a Educação Microsoft

12:00 – Almoço 

 

13:30 – Palestra 4: Programa TechSoup – Valter Cegal – Diretor de Operações da ATN

14:00 – Palestra 5: As Tecnologias Microsoft que fortalecem as ONGs

15:15 – Coffee-break

15:30 – Palestra 6: Comunicação para a Captação de Recursos para o Terceiro Setor no Brasil – Márcio Zeppelini – Diretor Executivo do Instituto Filantropia

17:00 – Encerramento

A Secretaria da Mulher realiza nesta terça-feira (20) a cerimônia de encerramento do projeto Chapéu de Palha Mulher da Pesca Artesanal 2012. O evento será realizado no Teatro Tabocas, no Centro de Convenções, a partir das 10h30. Participam da cerimônia a Secretária Estadual da Mulher, Cristina Buarque, representantes de Organizações não Governamentais envolvidas no projeto, pescadoras e marisqueiras.

Os cursos de formação cidadã e profissional capacitaram durante quatro meses dessa primeira edição do projeto, cerca de 2.800 pescadoras pernambucanas do litoral e interior.

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A ação tem por finalidade formar a rede de agentes de políticas públicas para mulheres de Pernambuco. O projeto envolveu 156 profissionais que compõe a rede educadoras e recreadoras sociopolíticas para atender as mulheres pescadoras. Nesta edição foram formadas 78 turmas de cidadania, políticas públicas e empreendedorismo e atendidas 1.950 crianças em atividades de recreação.

Organizações não governamentais (ONGs) reagiram com indignação à portaria do governo federal sobre territórios indígenas, publicada no Diário Oficial da União na terça-feira. "A intenção do governo é estancar de vez os procedimentos de reconhecimento e demarcação de terras indígenas. Mais uma vez dobra os joelhos, rezando a cartilha do capital ditada pelo agronegócio", afirma em nota oficial o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). "Essa norma deve paralisar a ampliação de terras indígenas no País", acrescenta o Instituto Socioambiental (ISA). As ONGs já anunciaram que vão brigar para demonstrar a ilegalidade da nova norma.

Assinada pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a portaria 303 transforma em norma as 19 condicionantes utilizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em março de 2009. A mais polêmica das condicionantes, a 17, proíbe a revisão de terras já regularizadas. Também provoca reações a que permite ao governo realizar obras como hidrelétricas e estradas sem consultar os povos indígenas.

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Impacto

No início de 2011 existiam, segundo o relatório Povos Indígenas do Brasil, cerca de 80 pedidos de ampliação de terras indígenas. Paralelamente, outros 54 casos de revisão de limites estavam em andamento (a maioria, no Mato Grosso do Sul). Mas a portaria recebeu também aplausos - por exemplo, do senador Delcídio Amaral (PT-MS), para quem a decisão pode pôr fim aos conflitos.

"A portaria é mera reprodução da decisão (do STF). A corte foi categórica e absolutamente clara", disse o advogado-geral Adams. Ele nega que os índios não possam ser consultados: "A portaria não põe em xeque procedimentos de consulta prévia. (...) Ela estabelece procedimentos, ações, a partir de uma jurisprudência fixada pela Corte." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Organizações não-governamentais (ONGs) que participam da Rio+20 divulgam na tarde desta quinta-feira uma carta de repúdio aos resultados diplomáticos da conferência. O texto é assinado por ícones do movimento ambientalista, como o cientista Thomas Lovejoy e a ex-ministra Marina Silva.

O documento acordado entre os países para ser aprovado na plenária final da conferência na sexta-feira, intitulado "O Futuro que Queremos", é classificado como "fraco e muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92".

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Na quarta-feira, lideranças da sociedade civil pediram que a expressão "com plena participação da sociedade civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento.

Leia abaixo a íntegra da carta e a lista de signatários:

A RIO+20 QUE NÃO QUEREMOS

"O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20.

O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter as crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos.

Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos.

A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.

Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento."

SIGNATÁRIOS:

Ashok Khosha

Bill Mackbidden

Camila Tulmin

Fabio Feldman

Juan Carlos Jintrack

Kumi Naidoo

Marina Silva

Mathis Wackernagel

Ricardo Young

Thomas Lovejoy

William Kees

Roberto Klabin

Sergio Mindlin

Yolanda Kakabadse

A diretoria alvirrubra vai apresentar, após o treino da manhã desta sexta-feira (23), um projeto de construção de quadras esportivas em comunidades carentes, em parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) americana Love.Fútbol.

Será a primeira vez que um clube de futebol vai unir-se a uma ONG americana para desenvolver um trabalho de mobilização comunitária e inclusão social, utilizando a paixão pelo futebol.

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Participarão da entrevista coletiva, na sala de imprensa dos Aflitos, Drew Chafetz (CEO da Love.Fútbol), Toninho Monteiro (vice-presidente executivo do Náutico), Manoel Silva (diretor de operações no Brasil da Love.Fútbol) e Marcelo Furtado (Superintendente de marketing do Náutico).

A Comissão do Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude (CEPPJ/PE) divulgou nesta segunda-feira (05) a lista das organizações não governamentais habilitadas e não habilitadas a concorrer às eleições. No processo, serão eleitos os 14 representantes da sociedade civil do CEPPJ/PE, para o biênio 2012/2014. As entidades que não estão habilitadas podem apresentar recurso nesta próxima quinta-feira (8) e sexta-feira (9).

Em nota divulgada a imprensa, o Conselho reitera que as organizações não habilitadas foram informadas através de ofício encaminhado para os endereços de e-mails indicados nas fichas de inscrição, na última sexta-feira (2), e por telefone, nesta segunda-feira (5).

Veja abaixo a lista das entidades habilitadas para o processo eleitoral:

Associação Pernambucana de Escoteiros
Central Única dos Trabalhadores - CUT/PE
Comunidade Semeando o Futuro - Comsef
Federação dos Trabalhadores na Agricultura - Fetape
Fórum de Juventude Negra
Geração Futuro
Grupo de Informática, Comunicação e Ação Local - Giral
Movimento de Luta Popular e Comunitário de Pernambuco
Serviço de Tecnologia Alternativa - Serta
União Brasileira de Mulheres - UBM

Confira a lista das entidades não habilitadas para o processo eleitoral:

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Acreditar - Capital Humano e Transformação Social
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTTB
Fórum das Juventudes de Pernambuco - Fojupe
Instituto Circuito Universitário de Cultura e Arte
Maracatu Leão do Norte da Várzea
Rede de Jovens do Nordeste
União da Juventude Socialista - UJS
União de Negros Pela Igualdade de Pernambuco
União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco - Uesp
União Metropolitana de Estudantes Secundaristas - Umes

Convicto de que houve veto ao filme dirigido ao público gay programado para ser exibido durante a campanha de aids do carnaval, o Fórum de ONGs de Aids do Estado de São Paulo decidiu apresentar uma denúncia formal contra o governo brasileiro em instâncias internacionais de direitos humanos. O Fórum, que congrega 92 entidades filiadas, anunciou também que vai apresentar uma representação no Ministério Público para que seja investigada discriminação e desperdício de recursos públicos, por causa do cancelamento da produção do vídeo.

"Já está tudo acertado. Só há uma possibilidade de revermos nossa posição: a veiculação na TV domingo do filme originalmente programado", afirmou o presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro. Apresentado semana passada numa festa organizada no Rio, o filme dirigido ao público gay foi retirado da internet por determinação do Ministério da Saúde. A justificativa era a de que o material havia sido feito para apresentação em locais fechados, não na internet ou na TV. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o vídeo dirigido ao público está em fase de produção.

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"Mais uma vez, ele joga para plateia. Faz festa, tenta agradar e, por fim, retrocede", afirma o presidente do grupo Pela Vidda, Mário Scheffer. Para o movimento social, há quatro evidências que demonstram o veto do governo.

O filme tirado do ar já havia sido apresentado no lançamento da campanha. "Se não pode na TV, porque poderia numa festa? E o discurso do ministro na ocasião, todo o clima indicava que aquele vídeo é o que seria veiculado", relata Pinheiro. A descrição do filme dirigido para TV em texto divulgado pelo Ministério da Saúde coincide com o material que foi retirado do ar e tem formato de 30 segundos e linguagem para grande público, avalia o movimento. Por fim, essa retirada foi feita sem nenhum tipo de pelo Ministério da Saúde.

O retrocesso é atribuído ao receio do governo - e de setores dentro do próprio ministério - de contrariar grupos religiosos, sobretudo em ano eleitoral. O governo quer evitar desgastes como o ocorrido ano passado - e que rende dor de cabeça até agora - com a distribuição de material contra homofobia, programado para ser feito pelo Ministério da Educação. "É uma grande decepção. O governo mostra estar totalmente rendido neste tema a grupos fundamentalistas e a base aliada. Um passo atrás e, agora, numa área que o Brasil sempre foi internacionalmente reconhecido pela ousadia e pela liderança, o combate à aids. Mais do que uma oportunidade perdida, é uma mancha", disse o presidente do grupo Pela Vidda.

Scheffer lembra que problema semelhante foi registrado na campanha do Dia Mundial de Aids. Era esperada uma campanha dirigida ao público gay. Durante o lançamento, movimento social foi surpreendido com uma campanha feita sobre preconceito. A escolha de jovens gays como público alvo da campanha não é à toa: a incidência da aids entre essa população aumentou de forma expressiva na última década. "E a campanha tem de ser dirigida ao público em geral. Não adianta veicular em ambientes fechados. Além disso, é piada imaginar que numa boate todo mundo vai parar para ver a peça", disse Pinheiro.

O ministério informou ontem, por meio de sua assessoria, que o calendário da apresentação de um novo filme está mantido: domingo. De acordo com a pasta, o filme encontra-se em fase final de produção. O ministério ao longo dos últimos dois dias recebeu manifestações e pedidos de explicações sobre o episódio. Nenhuma resposta formal foi apresentada até agora, informou a assessoria de imprensa. O ministério, ainda por meio da assessoria, disse que até o fim da tarde de ontem não havia recebido nenhum comunicado do Fórum de ONGs de Aids de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Personagens coadjuvantes na queda de três ministros no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, as entidades privadas sem fins lucrativos foram autorizadas a receber quase R$ 1 bilhão extra no Orçamento de 2012, ano eleitoral. A proposta orçamentária original chegou ao Congresso prevendo repasses de R$ 2,4 bilhões às organizações não governamentais (ONGs), mas, inflados pelas emendas parlamentares, os gastos poderão alcançar R$ 3,4 bilhões.

A lei orçamentária será sancionada pela presidente nos próximos dias. O aumento do dinheiro destinado a essas entidades acontece no momento em que o governo tenta conter as irregularidades no repasse de verbas para as ONGs, estimuladas por uma dificuldade crônica de fiscalizar as prestações de contas desses contratos.

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O aumento dos repasses surpreende sobretudo pelo valor. No Orçamento de 2011, o aumento de verbas aprovado pelo Congresso para as ONGs foi de R$ 25 milhões. No de 2012, o volume é 38 vezes maior: R$ 967,3 milhões. Os gastos extras estão concentrados nos ministérios da Saúde, do Trabalho e da Cultura,

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o atraso médio na apresentação das prestações de contas cresceu em 2010 e alcançou 2,9 anos. Já a demora na análise das contas diminuiu, mas ainda é de inacreditáveis 6,8 anos, em média.

Os problemas não se resumem à falta de fiscalização. A Controladoria-Geral da União (CGU) já apontou o desvio de verbas em entidades contratadas em pelo menos cinco ministérios diferentes.

Pente-fino

No final de outubro, em meio a denúncias de desvios na aplicação de verbas dos ministérios do Trabalho, do Turismo e do Esporte, a presidente Dilma Rousseff determinou uma devassa nos contratos, que só poderiam ter pagamentos retomados com o aval do ministro e sob sua responsabilidade direta.

Quase três meses depois, o governo não informou ainda o número de entidades que poderão ser obrigadas a devolver o dinheiro que receberam e não poderão celebrar novos contratos. Não se sabe quantas entidades tiveram os recursos liberados, depois do bloqueio inicial. O prazo para resolver as pendências termina no final do mês. Esse trabalho tem como objetivo separar entidades eficientes daquelas que desviam dinheiro.

O aumento dos repasses a ONGs aprovado pelo Congresso vai na contramão das restrições impostas pelo governo, ao exigir que as entidades beneficiadas tenham de passar por seleção prévia e mostrar experiência na área para as quais foram contratadas.

Nos últimos anos multiplicaram-se as entidades de fachada e sem qualificação, pois, a pretexto de evitar a burocracia, bastava a apresentação de três declarações atestando a existência da ONG para que ela fosse contratada para prestar serviços à União.

"O governo estabeleceu travas importantes para que os problemas não se repitam", avalia a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Corrupção

Investigações de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, da CGU e do TCU identificaram reiteradas irregularidades em entidades. Desde 2002, pelo menos, o relatório final da CPI das ONGs já alertava para a proliferação de entidades "sem que haja qualquer mecanismo institucional de controle sobre as atividades que desenvolvem".

Depois disso, em 2006, a CPI dos Sanguessugas revelou esquema de 53 entidades que haviam desviado dinheiro de convênios para a compra de ambulâncias.

Campeão

Em 2012, é o Fundo Nacional de Saúde (FNS) o destino da maior parcela de gastos extras autorizados pelo Congresso: foram R$ 726 milhões extras, que elevam as autorizações de gastos para R$ 1,2 bilhão.

O Ministério do Trabalho vem logo em seguida no ranking dos principais destinos do dinheiro extra. O Orçamento das ONGs aumentou R$ 49 milhões, para R$ 187 milhões. No final do ano passado, o TCU mandou suspender convênios do Ministério do Trabalho com entidades privadas sem fins lucrativos ao detectar 500 prestações de contas com análises pendentes. Suspeitas de corrupção envolvendo ONGs derrubaram o então ministro Carlos Lupi.

No ano passado, ONGs receberam R$ 2,8 bilhões dos cofres públicos - considerando os pagamentos efetivamente feitos. O Ministério da Ciência e Tecnologia concentrou a maior parcela dos pagamentos, com R$ 873 milhões de gastos. Os ministérios da Educação e da Saúde aparecem na sequência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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