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O movimento de Organizações Não-Governamentais (ONGs) contra a construção de grandes hidrelétricas foi duramente criticado ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão."Somos atropelados a cada dia por gênios que querem nos impedir, a todo custo, de construir as hidrelétricas, que são a energia mais limpa e renovável do mundo", afirmou Lobão, na abertura do seminário "A Lei do Gás e o Planejamento da Expansão da Malha de Transporte", realizado ontem no Ministério de Minas e Energia.

O ministro destacou que a construção de hidrelétricas, com a usina de Belo Monte, evita o uso de outras fontes energéticas mais poluentes, como o carvão e o óleo, e que há "desinformação a respeito do assunto". Segundo Lobão, há representantes de ONGs que "se infiltram" entre os estudantes universitários para "denegrir" a imagem desses empreendimentos.

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O ministro estima que, das cerca de 340 mil ONGs que atuam no mundo, 300 mil "não defendem nossos interesses". As críticas às grandes hidrelétricas brasileiras, segundo Lobão, também são fruto da "inveja" que muitos países lá fora têm do Brasil, que hoje ocupa a posição de sétima economia mundial e "caminha rapidamente" para subir para a quarta ou quinta posição. "Essa gente lá fora odeia isso, mas nós chegaremos lá", afirmou Lobão.

Brasília – O presidente do México, Felipe Calderón, deverá ser denunciado hoje (25) por organizações não governamentais por crimes de guerra e de lesa-humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI). As denúncias se referem ao aumento da violência no país envolvendo ações de integrantes dos cartéis, grupos paramilitares e as Forças Armadas. Apenas ontem (24) foram encontrados 26 corpos na região de Guadalajara – a segunda maior do país.

O TPI tem competência para julgar os responsáveis por crimes de guerra e contra a humanidade, além de genocídios, se os tribunais nacionais não puderem ou não quiserem processar os criminosos.

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Criada em 2002, a Corte Internacional conta com a participação de 108 países. Recentemente, o procurador-chefe do tribunal, Luis Moreno Ocampo, foi à Líbia para verificar as condições de julgamento que serão dadas a Saif Al Islam, filho do ex-presidente líbio Muammar Khadafi.

As organizações não governamentais mexicanas denunciam assassinatos, torturas, mutilações e ataques contra civis. A denúncia contra Calderón e traficantes em geral envolve os grupos Associação de Advogados Democráticos e o Centro de Direitos Humanos Pro Juárez, entre outros. A região de Juárez, no México, é conhecida pelos casos de desaparecimento e assassinatos de mulheres.

Ontem (24) o secretário-geral do governo de Jalisco, Fernando Guzman Perez Pelaez, disse que as 26 vítimas encontradas mortas em Guadalajara tinha entre 25 e 35 anos de idade. Os corpos foram encontrados no interior de três vans na cidade e alguns estavam de mãos atadas.

Pelaez disse que as mortes têm ligação com grupos criminosos. Mas acrescentou que as  investigações ainda estão em curso e detalhes não podem ser fornecidos. No México, dez cartéis de narcotráfico, tráfico de armas e pessoas disputam espaço para ampliar poderes.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje que há um processo de "criminalização" de organizações não governamentais (ONGs) e criticou a "tentativa generalizada" de condenar todas as entidades por casos que seriam isolados, numa referência a irregularidades constatadas em alguns ministérios.

"Aproveito para reafirmar a posição (do governo) neste momento crítico em que se tenta fazer um processo de criminalização das entidades sociais da sociedade civil. Quero reafirmar a posição do governo da presidente Dilma, de total apoio, nenhum milímetro de recuo, pelo contrário, um desejo de aprofundamento dessa fecunda relação governo-sociedade civil", discursou Carvalho, durante seminário, hoje, sobre a Rio+20 no Palácio do Planalto.

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Carvalho lembrou que a presidente determinou a criação de um grupo de trabalho para a construção de um marco regulatório que, segundo ele, vai conferir "segurança jurídica" e ajudar na "desburocratização" do processo de convênios.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem o atual modelo de relacionamento entre governo e ONGs, recomendando que "tem que tomar muito cuidado para que elas não sejam apenas uma extensão do partido".

Repasses de dinheiro público da União a entidades privadas sem fins lucrativos, como organizações não governamentais (ONGs), estão suspensos de hoje até a regularidade da parceria ser atestada por parecer técnico "devidamente fundamentado". Só neste ano, mais de R$ 2 bilhões foram repassados a esse tipo de entidade. A maioria das contratações foi feita sem licitação.

A devassa nos convênios foi determinada por decreto da presidente Dilma Rousseff publicado na edição de hoje do Diário Oficial. O decreto tenta conter desvios de verbas nesse tipo de contrato, como os que levaram à demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva, na semana passada. A medida não atinge, porém, convênios que já tiveram o dinheiro liberado e encontram-se com as prestação de contas atrasadas ou não analisadas.

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Desde 2005, as entidades privadas sem fins lucrativos receberam um total de R$ 19, 2 bilhões da União para executar atividades que cabem ao Estado, de acordo com dados registrados pelo Tesouro Nacional e pesquisados pela ONG Contas Abertas. Desse pacote, fazem parte programas de atendimento de saúde à população indígena às polêmicas emendas parlamentares que destinam parcela do dinheiro público a obras de interesse dos políticos, como quadras esportivas ou obras de infraestrutura turística.

A ordem da presidente é que contratos com as entidades sejam revistos no prazo de até 30 dias. O dinheiro só voltará a ser liberado depois de parecer técnico que ateste a regularidade da parceria com as ONGs e demais entidades sem fins lucrativos. Além do parecer técnico, a validação do contrato terá de contar com o aval do ministro de Estado da pasta que contratou a organização não governamental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União traz hoje o decreto presidencial que suspende por 30 dias o repasse de dinheiro público a entidades privadas sem fins lucrativos. A ordem da presidente Dilma Roussef é que esses contratos sejam revistos no prazo de até 30 dias. O dinheiro só voltará a ser liberado depois de um parecer técnico que ateste a regularidade da parceria com entidades sem fins lucrativos.

Só neste ano, mais de R$ 2 bilhões foram repassados a esse tipo de entidade - sem licitação, na grande maioria. O objetivo é conter desvios de verbas nesse tipo de contrato, como os que levaram à demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva, na semana passada. A medida não atinge, porém, convênios que já tiveram o dinheiro liberado e encontram-se com as prestação de contas atrasadas ou não analisadas.

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A presidenta Dilma Rousseff determinou a suspensão de contratos com organizações não governamentais (ONGs) e entidades privadas sem fins lucrativos até que seja avaliada a regularidade da execução do que foi contratado pelo governo até agora. Na semana passada, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deixou o cargo após uma série de denúncias de irregularidades com ONGs contratadas pela pasta.

Segundo o Blog do Planalto, o decreto assinado pela presidenta, que deve ser publicado na edição desta segunda (31) do Diário Oficial da União, prevê ainda prazo de 30 dias para que a avaliação seja concluída por todos os órgãos e entidades da administração pública federal. A revisão vale para os contratos firmados até o dia 16 de setembro deste ano, mas a suspensão de repasses de verbas fica valendo para todas as entidades privadas sem fins lucrativos, bem como a proibição de novos contratos nesse período.

As únicas exceções previstas no decreto referem-se aos programas de proteção a pessoas ameaçadas; contratos firmados há mais de cinco anos com a mesma entidade e cujas prestações de contas tenham sempre sido aprovadas; e a transferências do Ministério da Saúde relacionadas ao pagamento de serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nesses casos, contudo, um parecer técnico assinado pelo ministro da pasta deverá atestar que o contrato se enquadra em situação de exceção.

Após concluída, a avaliação poderá resultar em dois caminhos: contratos cuja execução foi considerada regular poderão novamente receber verbas públicas autorizadas pelo ministro; ou contratos que apresentem problemas em sua execução serão mantidos em suspenso por 60 dias para que as organizações sejam comunicadas. Em tal situação, as entidades poderão sanar os problemas apontados na avaliação ou ressarcir os cofres públicos pelo dinheiro investido e mal utilizado. Essas entidades podem ainda ser consideradas impedidas de celebrar contratos ou parcerias com a União pelo ministro da pasta à qual prestavam serviços ou pelo chefe da Controladoria-Geral da União (CGU).

Organizações sem fins lucrativos que não prestam corretamente contas dos contratos com o governo federal, que não cumprem o objetivo do contrato firmado, que praticam atos ilícitos na execução dos convênios ou que desviam injustificadamente os recursos pagos para outra finalidade poderão ser consideradas inadequadas na avaliação e sofrer as sanções previstas.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que o governo está estudando a possibilidade de assinar um decreto para suspender, por 30 dias, o repasse de recursos mediante convênio com Organizações Não Governamentais (ONGs).

A crise no Ministério do Esporte expôs a existência de irregularidades em convênios com ONGs. No mês passado, a presidente Dilma Rousseff, por causa das denúncias de desvio de verbas no Ministério do Turismo, também com convênios com ONGs, decidiu que esse tipo de contrato teria de ser assinado sempre, diretamente, pelos ministros em suas respectivas pastas, e não mais por secretários-executivos. Desta forma, os ministros ficariam responsáveis por qualquer tipo de irregularidade ou desvio em convênios.

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"O governo não quer romper com ONGs. Ao contrário, achamos que elas têm um trabalho importante", declarou Gilberto. "Mas, se não houver um trabalho efetivo de fiscalização, fica sujeito a problemas", disse o ministro, acentuando que é preciso "refinar" o processo de controle do repasse de verbas dos convênios. Gilberto Carvalho fez questão de informar que o tema ainda está em debate e que não há decisão sobre quando a medida será adotada.

Há discussões jurídicas sobre a legalidade da suspensão dos convênios. Por isso a decisão em relação a suspensão ou não de repasses, e por quanto tempo, ainda está sendo objeto de avaliação no Palácio do Planalto. O que o Planalto gostaria é que, suspendendo por um mês os repasses dos convênios, os ministros pudessem, nesse período, revisar os atos assinados para, depois, ratificá-los. Após essa ratificação dos convênios, os ministros passariam a ser os responsáveis pelos atos assinados, ainda que isso tenha ocorrido em governos anteriores.

Beneficiadas por R$ 3,5 bilhões nos cofres federais apenas no ano passado, as organizações não governamentais (ONGs) contam com um estímulo para terem o nome envolvido em irregularidades: a incapacidade de fiscalização pelo Poder Público. Em 2010, 45,7 mil convênios não tiveram a prestação de contas analisada, num total de R$ 21,1 bilhões empenhados (autorizados) e cuja aplicação não teve qualquer acompanhamento. O valor equivale a 54,9% – mais da metade – dos R$ 38,4 bilhões em convênios fechados desde 1999 entre a União e entidades sem fins lucrativos.

Os números constam do Relatório das Contas de Governo do Exercício de 2010, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em junho com ressalvas. De acordo com o levantamento, 2.780 entidades deixaram de entregar a documentação, mas o principal problema ocorre com as organizações que enviaram os esclarecimentos, mas não tiveram a prestação de contas verificada. Ao todo, 42.963 convênios estavam nessa situação no fim do ano passado, num atraso médio de seis anos e dez meses na análise dos papéis.

Em relação a 2009, o valor das prestações de contas não analisadas, por falta de encaminhamento dos documentos ou pela demora dos órgãos concedentes, subiu 12,1%. Na comparação com 2006, a diferença é ainda maior: 120%. Há cinco anos, o montante dos convênios não fiscalizados somava R$ 9,58 bilhões.

Se a fiscalização da atuação das entidades sem fins lucrativos leva tempo, a punição é mais rara. A estatística mais recente, divulgada pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) das ONGs, que começou em 2007 e só teve o relatório publicado em dezembro do ano passado, apontava que apenas 2,7% dos convênios firmados entre 1999 e 2006 foram considerados inadimplentes e tiveram a liberação de recursos suspensa pelo governo federal. Se forem levados em conta os contratos que chegaram a ser suspensos, mas tiveram a punição revertida, o total chega a 3,3%.

Auditor do TCU que atuou como técnico da CPI das ONGs, Henrique Ziller diz que a descentralização e a falta de pessoal para a análise dos contratos são os principais responsáveis pela ineficiência no monitoramento das ONGs. “De fato, os órgãos de controle não têm condições de realizar qualquer trabalho de acompanhamento na enorme quantidade de convênios com entidades não governamentais”, avalia. No curto prazo, ele defende a fiscalização por amostragem para diminuir a impunidade: “Seria uma quantidade muito pequena, mas que seria fiscalizada e serviria de exemplo”.

Atualmente, a análise das prestações de contas não é centralizada em um ministério, mas cabe apenas ao órgão federal responsável pelo convênio. O mesmo ocorre com a escolha das entidades que recebem recursos públicos. “Essa fragmentação abre caminho para um festival de favorecimento pessoal, por meio de convênios e parcerias que o Poder Público não tem estrutura para fiscalizar”, diz Ziller, que também é presidente do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC).

Diretora executiva da Associação de Organizações Não Governamentais (Abong), Vera Marzagão diz que, pelo menos no nível federal, esforços para melhorar a transparência têm sido feitos. Ela cita o Portal da Transparência (www.portaltransparencia.gov.br) e o Portal dos Convênios (www.convenios.gov.br). Para Vera, o grande problema está na escolha das entidades que atuam em parceria com o Estado. “Mecanismos de controle existem até demais. O que não há é critério para a distribuição dos recursos”, critica.

Criado em 2008, o Portal dos Convênios contém registros de convênios firmados pela União com estados, municípios e entidades sem fins lucrativos. No endereço, o cidadão tem acesso aos documentos da assinatura e ao acompanhamento das ações desenvolvidas. No entanto, a prestação eletrônica de contas está sendo elaborada há quase três anos. A demora foi criticada pelo TCU no relatório das contas federais de 2010. O órgão recomendou que o Ministério do Planejamento, responsável pelo portal, remaneje analistas de informação para acelerar a conclusão da ferramenta.

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