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Um avião bimotor de pequeno porte, que voava de São Paulo para Paraty, no litoral sul do Rio, desapareceu na tarde desse domingo (3). Até as 23 horas, não havia confirmação de acidente, mas o Corpo de Bombeiros da cidade fluminense realizou buscas na mata após relato de moradores sobre a possível queda da aeronave.

Apenas piloto e copiloto estariam a bordo no momento da decolagem, no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A identidade dos tripulantes não foi divulgada.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que a aeronave do modelo King Air, prefixo PPLMM, decolou às 13h34 de São Paulo. A previsão de pouso em Paraty era para as 14h15, mas não houve confirmação de aterrissagem, contato com a torre nem informação de mudança de rota. Ontem, o Cenipa tratava o caso como "aeronave desaparecida".

O Corpo de Bombeiros recebeu duas ligações de moradores, por volta das 16 horas, relatando terem visto um avião sobrevoando a região de mata fechada entre os bairros de Corumbê e Graúna. Eles contaram ter ouvido um estrondo e, em seguida, não teriam ouvido mais o barulho do motor da aeronave. Vestígios de uma fumaça no ar vinda da mata foram fotografados por moradores da região e circularam em redes sociais e serviços de trocas de mensagem pelo celular.

O aeroporto de Paraty informou que uma aeronave sobrevoava a região no momento do barulho relatado pelos moradores. Oito homens do Corpo de Bombeiros começaram, então, as buscas em uma região de mata fechada.

A corporação iniciou as buscas no meio da tarde. A chuva forte que caía no município desde a manhã tornou o trabalho de buscas mais difícil. Às 21h30, os bombeiros interromperam a procura pela aeronave, por causa das condições climáticas, e os trabalhos devem ser retomados na manhã de hoje. A região onde o avião desapareceu é de serra, o que também dificulta as buscas, segundo informações divulgadas pelos bombeiros.

Registro

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) do avião tem validade até dezembro do próximo ano. A aeronave tem capacidade máxima para sete passageiros. O modelo King Air tem dois motores e pesa 4,5 toneladas.

Segundo a Infraero, a aeronave era operada pela empresa de táxi aéreo Aristek, que tem um hangar no Campo de Marte. O bimotor pertence ao Supermercado Shibata Ltda., com sede em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, conforme registro de documentos da Anac.

Ontem à noite, a diretora da rede de supermercados, Marisa Shibata, afirmou não ter detalhes sobre o desaparecimento nem sobre a operação do avião. Os responsáveis pela empresa Aristek não foram localizados para comentar o caso.

Empresas

O Grupo Shibata, que aparece como operador da aeronave, nasceu como um mercadinho em Mogi das Cruzes, em 1976. Atualmente, a rede de supermercados tem unidades em Aparecida, Ferraz de Vasconcelos, São Sebastião, Taubaté, Jacareí, Caraguatatuba, Biritiba Mirim, Itaquaquecetuba e também em Caçapava. Com sede no Campo de Marte, na zona norte, a Aristek é uma empresa de comércio aeronáutico e táxi aéreo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Doze dias após o acidente com um ônibus da Viação Colitur, que em 6 de setembro tombou em Paraty, na Costa Verde fluminense, e causou a morte de 15 pessoas, nesta sexta-feira, 18, o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) promoveu uma fiscalização na rodoviária do município para avaliar as condições dos ônibus da Colitur. Foram vistoriados 18 veículos. Sete foram recolhidos e encaminhados ao depósito, e mais de 20 multas foram expedidas.

"Submetemos os veículos à vistoria a fim de verificar se estão em condições de operar em perfeito estado de funcionamento e em plenas condições de segurança para a população e se estão devidamente munidos dos equipamentos obrigatórios. São de responsabilidade do Município de Paraty o gerenciamento, o planejamento e a fiscalização do transporte coletivo, mas, diante da inércia do Poder Público local, essa operação foi necessária", informou a Promotoria.

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Na vistoria também foram checados os tacógrafos, a idade da frota, os cintos de segurança, as condições mecânicas e o estado dos pneus dos coletivos. A ação contou com o auxílio da Polícia Militar e de agentes do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio).

A fiscalização também avaliou se estão sendo cumpridas as cláusulas de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em maio de 2014 entre o Ministério Público e a Prefeitura de Paraty. A Colitur se negou a assinar o documento.

Desde 2006, o Ministério Público cobra judicialmente providências da prefeitura e da viação para a melhoria do serviço de transporte coletivo em Paraty. A prefeitura não renovou o contrato de concessão da empresa Colitur.

Acidente

O MP-RJ aguarda o resultado da perícia referente ao acidente com o ônibus acidentado no dia 6 para definir se propõe ação de improbidade contra os gestores do serviço.

Duas mulheres morreram em um acidente entre um carro e um ônibus da empresa Colitur, na noite desta sexta-feira (11), na rodovia Rio-Santos, altura de Paraty. As vítimas, Emília Silva, de 40 anos, e Maria Loreno, de 20, estavam no carro.

Segundo a prefeitura de Paraty, o ônibus fazia o trajeto Paraty-Angra dos Reis e estava parado no acostamento para que passageiros descessem quando foi atingido na traseira pelo carro. Três pessoas ficaram feridas.

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O acidente aconteceu cinco dias depois que outro ônibus da Colitur tombou, na estrada que liga o centro de Paraty ao distrito de Trindade, e deixou 15 mortos e 66 feridos. Um inquérito apura as circunstâncias do acidente de domingo.

A Viação Colitur, dona do ônibus que tombou em Paraty, na Costa Verde fluminense, e causou a morte de 15 pessoas no último domingo, comprometeu-se nesta quarta-feira (9) a oferecer nas próximas semanas indenização às famílias das vítimas do acidente. O valor será definido em conjunto com a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, com base em casos semelhantes.

Representantes da Colitur se reuniram hoje com defensores públicos. Ficou acertado que, por enquanto, a Defensoria Pública não ingressará com ações contra a empresa para exigir indenização às vítimas - além dos 15 mortos, houve 62 feridos.

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As propostas de indenização serão enviadas às famílias das vítimas. Quem não concordar com o valor poderá recorrer à Justiça, por meio da Defensoria Pública.

Um dos sócios da Colitur, o empresário Paulo Afonso Arantes, deu entrevista, após a reunião na sede da Defensoria Pública do Rio. "Tenho que pedir desculpas à população. Sou pai, sou filho. Concordo que há falhas na empresa, mas não são dessa dimensão. A câmera dá a entender que (um pneu do ônibus acidentado) está careca, mas não está. A perícia vai confirmar isso. O freio está em perfeito estado. A informação que tenho é que está. Eu nego que estivesse superlotado", disse o empresário. O ônibus transportava 81 passageiros, mas tem autorização para comportar 83 (45 sentados e 38 de pé).

Em Paraty, moradores promoveram hoje um protesto cobrando melhorias do serviço prestado pela Colitur. Destroços do ônibus acidentado e objetos de vítimas, recolhidos no local do acidente, foram levados em passeata até a sede da empresa, onde ficaram depositados.

Já chega a nove o número de corpos reconhecidos entre as 15 vítimas fatais no acidente ocorrido ontem com o ônibus que tombou em Paraty, na Costa Verde do Rio. Durante toda a manhã desta segunda-feira, parentes estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Angra de Reis (município a 90 km de Paraty) em busca de informações sobre vítimas procuradas sem sucesso nos hospitais da região.

Foram identificados até agora Bruno Mariani da Silva, 26 anos, Juliana Rocha Medeiros, 26, Thalita Amâncio, Vanilda Santana Moura, 62, Gabriele Matheus de Macedo, 21, Robson Antunes Braga, 52, Cláudia Maria Arruda, 54, Kathllyn Fernandes Xavier, 18, e Tatiane de Assis Albuquerque, 38. Ao todo, são 15 vítimas fatais e há dificuldade para identificar os corpos porque as pessoas não portavam documentos.

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O marido de Tatiane, Adaílton Braz, viajava a seu lado no ônibus. Ele sofreu ferimentos, está hospitalizado, mas não corre risco de morte. Braz ainda não foi informado sobre a morte da mulher por orientação da equipe médica.

O delegado que atendeu a ocorrência no momento do acidente, Marcio Teixeira de Melo, afirmou que foi encontrado o documento do ônibus que informava que o limite de passageiros era de 45, inferior ao total de vítimas atendidas nos hospitais: 66. Por isso, a polícia diz que é provável que o ônibus estivesse superlotado. Ainda assim, Melo afirmou que não é possível tirar qualquer conclusão sobre o caso. Durante as investigações os equipamentos do veículo foram periciados, inclusive o contador que contabiliza o número de passageiros.

Já o delegado que assumiu as investigações nesta segunda, João Dias, da Delegacia de Paraty, contou que ainda não teve acesso ao laudo para confirmar se o ônibus estava em velocidade acima do permitido, superlotado ou mesmo se as condições de manutenção eram inadequadas. A conclusão do laudo está previsto para sair em 30 dias. Na delegacia, passageiros contaram aos investigadores que minutos antes do acidente o motorista, Marcel Magalhães Silva, de 50 anos, disse que o ônibus estava com problema nos freios. Segundo o inspetor Santos, o motorista teria gritado "faltou freio" pouco antes do veículo tombar.

O irmão da Tatiane, Ericson de Albuquerque, esteve no início da tarde no IML. Ele contou que o marido dela relatou que o desastre foi muito violento e que a maioria dos sobreviventes, como ele, estava na parte de trás. Tatiane viajava durante o feriado com um grupo de amigos. Segundo os familiares, ela gostava muito da região e ia com frequência em Paraty acompanhada do marido e de amigos. A família disse que vai buscar a viação Colitur para que todos os custos com o transporte e sepultamento de Tatiane sejam arcados pela empresa, que já teria se prontificado em auxiliar os parentes.

Iara Cristina da Silva, funcionária de uma pousada em Trindade, estava esperando o filho Bruno Silva quando soube do acidente. Ele mora em São Paulo e deixou dois filhos, um menino de 6 anos e uma menina de 3 meses. "Era a primeira vez que meu filho me visitava em Trindade. Todos os dias eu pego esse mesmo ônibus lotado para ir e voltar do trabalho e rezo para que nada aconteça para mim e para os outros passageiros. Mas todo mundo sabe que as condições dos ônibus são precárias", afirmou ela.

Passageiros do ônibus que tombou ontem em Paraty contaram nesta segunda-feira, 07, aos investigadores do caso que minutos antes do acidente o motorista, Marcel Magalhães Silva, de 50 anos, disse que o ônibus estava com problema nos freios. Segundo o inspetor Santos da Delegacia de Polícia de Paraty, o motorista teria gritado "faltou freio" pouco antes de o veículo tombar. As causas da tragédia estão sendo investigadas pela 167ª Delegacia de Polícia, em Paraty, que já tomou depoimento dos sobreviventes ao longo do dia.

Ontem foi realizada a perícia no local e na manhã desta segunda o exame do ônibus. A polícia diz que ainda é necessário aguardar o laudo pericial para confirmar uma possível falha nos freios. A principal suspeita é de que o ônibus tenha sofrido uma falha mecânica. Além disso, a polícia também investiga suspeita de superlotação.

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Há dificuldade para confirmar o número de vítimas. Apesar de o Corpo de Bombeiros informar que atendeu 64 vítimas, das quais 14 fatais, a Secretaria Municipal de Saúde de Paraty diz que 67 pessoas deram entrada com vida no Hospital Municipal São Pedro de Alcântara, de Paraty, na tarde desse domingo. Ao todo, 15 pessoas morreram no acidente, 14 no local da queda e uma hospital.

As duas primeiras vítimas da tragédia foram identificadas na manhã desta segunda-feira. Foram reconhecidas pelas famílias Juliana Rocha Medeiros dos Santos, 26 anos, e Thalita Amâncio, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro cirúrgico. O corpo dela segue para o Instituto Médico Legal de Angra dos Reis, onde estão os outros corpos das vítimas do acidente. Cinco pessoas seguem em estado grave nos hospitais da região. A identificação do restante dos mortos é outro problema porque a maioria dos passageiros não portava documentos.

Entre os passageiros, a maioria era de turistas que aproveitavam o feriado prolongado. Entre as vítimas, ao menos seis eram paulistas - inclusive Juliana Rocha Medeiros dos Santos. O ônibus fazia o trajeto entre a rodoviária, no centro de Paraty, e a praia de Trindade, a cerca de 30 km de distância. O ônibus partiu do centro por volta das 11 horas. O acidente ocorreu quando o veículo passava por um trecho estreito e sinuoso do Morro do Deus Me Livre, na estradinha que liga Trindade à rodovia Rio-Santos.

O motorista sofreu traumatismo craniano e está internado, mas, segundo a empresa de ônibus, não corre risco de morte. A cobradora Maria Marta também sobreviveu e está estável e segue internada no hospital de Paraty.

Em nota, a Viação Colitur lamentou o desastre e informou que "está apurando as causas do acidente" e "prestando todo o apoio às vítimas e aos familiares". Segundo José de Jesus, coordenador de pátio da empresa, "a estrada é muito perigosa". "O ônibus só roda em primeira marcha", acrescentou.

De acordo com o prefeito de Paraty, Carlos José Gama de Miranda (PT), a estrada foi asfaltada há 12 anos e está em bom estado, embora seja íngreme e bastante sinuosa. A prefeitura cancelou um show musical que ocorreria ontem como parte da festa em homenagem à Nossa Senhora dos Remédios, padroeira de Paraty.

Quinze passageiros morreram e cerca de 50 ficaram feridos em um acidente com um ônibus que tombou em Paraty, município da Costa Verde do Estado do Rio, por volta das 11h30 deste domingo (6). Até o início da noite, pelo menos quatro feridos corriam risco de morte.

O ônibus da Viação Colitur transportava cerca de 70 pessoas - a maioria turistas que aproveitavam o feriado prolongado, segundo a prefeitura - e fazia o trajeto entre a rodoviária, no centro de Paraty, e a praia de Trindade, a cerca de 30 km de distância. Às 11 horas ele iniciou a viagem rumo à praia, que dura cerca de 50 minutos, e tombou quando passava por um trecho estreito e sinuoso do Morro do Deus Me Livre, na estradinha que liga Trindade à rodovia Rio-Santos.

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Nenhum outro veículo se envolveu, mas até a noite de domingo não havia detalhes sobre a causa do acidente. A principal suspeita da Polícia Civil é de que o ônibus tenha sofrido uma falha mecânica, mas só o laudo da perícia poderá apontar o que houve. A 167ª Delegacia de Polícia (DP), em Paraty, instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do acidente.

O motorista do ônibus, Marcel Magalhães Silva, de 50 anos, sobreviveu. Ele sofreu traumatismo craniano e está internado, mas, segundo a empresa de ônibus, não corre risco de morte. A cobradora Maria Marta também sobreviveu. Embora ferida, não corre risco de morte e está internada no hospital de Paraty.

A relação dos mortos não havia sido divulgado até o início da noite deste domingo pelo Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, para onde os corpos foram levados.

A maioria dos feridos foi encaminhada para o Hospital Municipal São Pedro de Alcântara, em Paraty, em dois helicópteros do Corpo de Bombeiros. Na unidade de saúde foi organizada uma força-tarefa para atendimento e triagem. Os pacientes em estado mais grave foram transferidos para três hospitais de cidades vizinhas: a Santa Casa de Ubatuba, no litoral norte paulista, o Hospital Geral da Japuíba e o Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis (cidade da Costa Verde fluminense).

Às 18 horas de domingo, entre 30 e 35 feridos estavam no hospital de Paraty, pelo menos 14 feridos estavam no Hospital da Praia Brava e 5 eram atendidos na Santa Casa de Ubatuba. Não havia informações sobre os feridos atendidos no Hospital Geral da Japuíba. O motorista está internado em Ubatuba, onde também foram hospitalizados um homem de 31 anos e um de 35, ambos com traumatismos craniano e de tórax.

Em nota, a Viação Colitur lamentou o desastre e informou que "está apurando as causas do acidente" e "prestando todo o apoio às vítimas e aos familiares". Segundo José de Jesus, coordenador de pátio da empresa, "a estrada é muito perigosa". "O ônibus só roda em primeira marcha", acrescentou.

De acordo com o prefeito de Paraty, Carlos José Gama de Miranda (PT), a estrada foi asfaltada há 12 anos e está em bom estado, embora seja íngreme e bastante sinuosa. A prefeitura cancelou um show musical que ocorreria ontem como parte da festa em homenagem à Nossa Senhora dos Remédios, padroeira de Paraty.

Trindade

Trindade é uma das praias mais famosas de Paraty, na divisa com São Paulo. O acesso é complicado. Para chegar lá o único caminho é a estrada que passa pelo Morro do Deus me Livre. Com cerca de 7 quilômetros de extensão, a estradinha assusta os visitantes, pois além de íngreme, a pista é muito apertada, com passagens em que não cabem dois veículos ao mesmo tempo. Além disso, há despenhadeiros sem acostamento e grades de proteção. Na chegada à praia, os veículos passam até por um riacho, que torna-se caudaloso quando chove.

A estrada foi parcialmente interditada logo após o acidente. Até as 19 horas, segundo a Guarda Municipal, o trecho funcionava em esquema "pare e siga", em que os dois sentidos eram atendidos alternadamente por uma só pista.

O Corpo de Bombeiros do Rio informou que ao menos 15 pessoas morreram no grave acidente com um ônibus em Paraty, município na Costa Verde do Estado do Rio, na manhã deste domingo (6). O resgate continua ocorrendo e estima-se que outras 30 pessoas ficaram feridas. O desastre aconteceu na estrada que liga a rodovia Rio-Santos à praia de Trindade, cujo único acesso rodoviário é por uma estrada sinuosa e íngreme, conhecida como Morro do Deus me Livre.

Os feridos foram levados para o Hospital São Pedro de Alcântara, em Paraty. Os corpos serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, cidade a 90 km de distância de Paraty. Segundo José de Jesus, coordenador da empresa Colitur, dona do ônibus, o número de mortos pode chegar a 20. "A estrada é muito perigosa. O ônibus só roda em primeira marcha", disse ele.

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O Corpo de Bombeiros informou que o ônibus tombou e que há cerca de 50 vítimas, entre mortos e feridos. Não se sabe ainda as razões do acidente.

Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense na manhã desta terça-feira, 1, prendeu dois suspeitos pela tentativa de homicídio do prefeito de Paraty, Carlos José Gama Miranda, e do servidor público municipal Sérgio José Miranda.

As investigações apontam para um crime com motivação política. Foram presos Jorge Porto Júnior, conhecido como "Romarinho", e Gilcélio Porto, vulgo "Buda", ambos são primos do ex-prefeito José Carlos Porto Neto, o Zezé.

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O prefeito foi atingido, por volta das 19h do dia 19 de maio deste ano, quando deixava a prefeitura na companhia de Sérgio José, na Avenida Princesa Isabel, no bairro Pontal. Os dois foram alvejados na cabeça por um motoqueiro que os aguardava do lado de fora do prédio e fugiu após os disparos. O homem foi identificado, pela perícia técnica realizada pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, como José Carlos Godoy Bustamante, preso temporariamente no dia 21 de julho deste ano.

Após a prisão de Bustamante, as investigações prosseguiram para a identificação dos mandantes do crime. A partir da análise de imagens captadas por câmeras de segurança de diversos estabelecimentos da cidade, da oitiva de testemunhas, bem como das informações prestadas pelo executor do delito, foi constatado o envolvimento dos irmãos "Romarinho" e "Buda" no crime.

O MIMO Festival, um dos maiores eventos de música instrumental do Brasil, chega à sua 12ª edição com realização nas cidades de Olinda, Rio de Janeiro e Paraty. Nessa última, pela terceira vez consecutiva, o evento promove concertos, aulas da Etapa Educativa, o festival MIMO de Cinema e a Chuva de Poesias. A programação da etapa mineira do festival já está fechada e contará com nomes como Salif Keita, da África e o israelense Pinchas Zukerman. 

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Entre os dias 2 e 4 de outubro, Paraty receberá as atrações do MIMO. Na programação musical, destacam-se o músico britânico jacob Collier, revelação do jazz mundial descoberto pelo produtor Quincy Jones; Salif Keita, conhecido como 'A voz da África', vindo diretamente do Mali com um concerto acústico de rock, funk e jazz; o israelense Pinchas Zukerman, vencedor de dois Grammy, apresentando obras-primas de Brahms, Beethoven e Mendelssohn e os representantes nacionais como o Duo Milewski, a Orquestra Sinfônica Cesgranrio e a Banda Strobo, grupo paraense que venceu o Prêmio MIMO Instrumental ganhando a oportunidade de se apresentar no festival. 

Paraty também recebe a programação do Festival MIMO de Cinema com a exibição de filmes com temática musical. Serão nove produções exibidas na Casa de Cultura nos dias 2 e 3 de outubro. Entre elas, estão os documentários Eu sou Carlos Imperial, Sete Corações e My name is now, Elza Soares. Na Etapa Educativa, os workshops serão ministrados pelos músicos Salif Keita, que falará sobre a música da África Ocidental; Jacob Collier, abordando os atuais processos criativos de difusão musical; Bernardo Aguiar, mostrando técnicas modernas para pandeiro e Carlos Malta, que utilizará o pife para estimular a musicalidade. No dia 4 de outubro, a Chuva de Poesia jogará, do alto da Igreja da Matriz, folhas coloridas com poesias do pernambucano Sebastião Uchoa Leite.

A programação completa de Paraty está disponível no site do MIMO. Sobre a programação de Olinda e Rio de Janeiro, ainda não foram divulgados todos os detalhes.  

Política, extremismos e tráfico internacional de drogas foram algumas das questões de destaque no penúltimo dia da Festa Literária Internacional de Paraty, que começou com um impasse: quem substituiria o italiano Roberto Saviano. Pela quantidade de perguntas que a mediadora Paula Miraglia recebeu, o público parece ter gostado da solução da curadoria, que escalou dois jornalistas que vivem no México e acompanham a questão das drogas em toda a América Latina. E o britânico Ioan Grillo e o mexicano Diego Enrique Osorno foram unânimes ao dizer que a guerra ao tráfico, como se tenta fazer há quatro décadas, é um modelo esgotado. Para eles, a solução é atacar economicamente os cartéis, ou seja, legalizando as drogas. Tratar o assunto como uma questão política e de saúde pública, e não de polícia, também ajudaria, disseram.

Mas, antes de o debate chegar a esse ponto, Osorno falou sobre Saviano, que minutos antes havia aparecido em vídeo, que a organização não teve tempo de legendar em sua totalidade. Foi exibido, assim, um pequeno trecho em que ele dizia sentir "muitíssimo" por não estar em Paraty, além de comentar as dificuldades que envolvem seus deslocamentos - ameaçado de morte pela máfia italiana, ele vive sob proteção policial - e a realidade da segurança do Brasil. Quem estiver na última mesa do festival, neste domingo (5), às 16 horas, poderá ver a versão completa.

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"O que Saviano conseguiu é o que estamos tentando fazer: encontrar essas sombras escuras da sociedade, entendê-las e ter a coragem de denunciar esses acontecimentos", disse Osorno. Para ele, Saviano, autor de Gomorra, sobre a camorra, e Zero Zero Zero, sobre o tráfico internacional de cocaína, usa a literatura a favor da denúncia e é um grande escritor.

Os dois convidados não evitaram descrições acerca do horror que acompanham: corpos empilhados, cabeças enfileiradas, cidades massacradas, estudantes assassinados. Osorno comentou que a imprensa local divulgava, todas as manhãs, um "executômetro", chamou a situação de "pornografia do terror" e disse que as pessoas estão se tornando insensíveis a esse tipo de crime. Já Grillo contou que entrevistou alguns traficantes, que não pareciam mentalmente instáveis. "Eles se veem, em sua mente distorcida, como soldados. E isso também acontece aqui, no Comando Vermelho. E, quando começam a se ver como soldados e a decisão de matar vem de ordem superior, a responsabilidade é deles. Eles se tornam máquinas de matar. Mas não podemos chamá-los de indivíduos loucos porque soldados, em guerra, cometem atrocidades."

Grillo, ao falar sobre sua ideia de descriminalização, perguntou quem da plateia concordava com a legalização da maconha. A maioria levantou a mão. Depois, perguntou sobre a cocaína. O movimento foi lento, inseguro, mas muitos concordaram. Em entrevista ao Caderno 2, publicada na sexta, ele disse que outro ponto a ser discutido é o tratamento adequado aos usuários.

Os dois jornalistas conhecem a realidade brasileira, e apesar dos pesares, Grillo voltou afirmar que os traficantes daqui são menos sociopatas que os mexicanos. Ele prepara, para janeiro, livro sobre quatro facções criminosas latinas, e uma delas é o Comando Vermelho. Eles também comentaram sobre a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - Osorno chegou a se encontrar com ele, além de políticos e empresários, há dois anos, em São Paulo. Foi quando FHC causou polêmica ao falar abertamente sobre a descriminalização.

Mais cedo, a América Latina também esteve em pauta na mesa que reuniu a crítica literária argentina Beatriz Sarlo e a jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho. "O que me dói é a corrupção que existe no Brasil", disse Sarlo. "A diferença fundamental entre aqui e o meu país é que aqui prenderam José Dirceu; no meu país, ninguém foi preso, o vice-presidente continua sendo vice-presidente", completou. Crítica dos governos Kirchner e estudiosa das esquerdas latinas, ela se mostrou otimista com relação à Justiça brasileira. "Há resoluções da Justiça que foram acatadas, e essa é a única maneira de enfrentar a corrupção", afirmou.

Entre esses dois debates, os cartunistas Plantu, do Le Monde, Riad Sattouf, ex-Charlie, e o brasileiro Rafa Campos falaram sobre os limites do humor, sobre o ataque à publicação satírica francesa por grupos extremistas, e sobre a associação Cartoonists for Peace. Para Plantu, não é preciso humilhar ninguém para fazer humor com política e religião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Paraty, município do sul fluminense, Carlos José Gama Miranda (PT), conhecido como Casé, de 45 anos, sofreu um atentado a tiro na noite de ontem, quando deixava a sede da prefeitura. Segundo nota divulgada pela administração municipal, ele foi atingido de raspão na cabeça e precisou de atendimento médico, mas passa bem. O autor do tiro conseguiu fugir e era procurado pela polícia ontem à noite.

Segundo a nota da prefeitura, o atentado ocorreu por volta das 19 horas na alameda Princesa Isabel, no bairro Pontal. Além do prefeito, um funcionário público identificado apenas como Sérgio José, que acompanhava o prefeito, também foi atingido de raspão na cabeça por um outro tiro. "Um motociclista estava à espreita na entrada da prefeitura e fugiu após efetuar os disparos", afirma a nota.

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O prefeito e o servidor público foram encaminhados ao Hospital Municipal São Pedro de Alcântara, ao lado da prefeitura, onde foram medicados, e já não correm risco de morte. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar tentaram localizar o autor dos disparos, mas não haviam encontrado até a noite de ontem. O caso será investigado pela 167ª DP, que vai verificar se as imagens de câmeras de vigilância da prefeitura permitem a identificação do bandido.

O prefeito, que ingressou na vida política em 2000, quando foi eleito vereador, é casado e tem três filhos. Na nota, a Prefeitura de Paraty "condena com veemência esse episódio gravíssimo de violência e agradece a solidariedade da população".

O prefeito de Paraty, município do sul fluminense, Carlos José Gama Miranda (PT), conhecido como Casé, de 45 anos, sofreu um atentado a tiro na noite de ontem, quando deixava a sede da prefeitura. Segundo nota divulgada pela administração municipal, ele foi atingido de raspão na cabeça e precisou de atendimento médico, mas passa bem. O autor do tiro conseguiu fugir e era procurado pela polícia ontem à noite.

Segundo a nota da prefeitura, o atentado ocorreu por volta das 19 horas na alameda Princesa Isabel, no bairro Pontal. Além do prefeito, um funcionário público identificado apenas como Sérgio José, que acompanhava o prefeito, também foi atingido de raspão na cabeça por um outro tiro. "Um motociclista estava à espreita na entrada da prefeitura e fugiu após efetuar os disparos", afirma a nota.

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O prefeito, que ingressou na vida política em 2000, quando foi eleito vereador, é casado e tem três filhos. Na nota, a Prefeitura de Paraty "condena com veemência esse episódio gravíssimo de violência e agradece a solidariedade da população".

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) determinou neste domingo (15/02) que 40 policiais militares reforcem o patrulhamento da cidade de Paraty, onde um tiroteio, durante o desfile de um bloco carnavalesco, resultou em um morto e nove feridos. A decisão foi tomada depois que o prefeito Carlos José Gama Miranda, Casé (PT), conversou por telefone com Pezão.

O desfile no centro histórico da cidade terá agora segurança de 120 PMs, efetivo triplicado em relação ao do início do carnaval. No domingo, já fora anunciado que outros 40 policiais do Batalhão de Angra dos Reis, responsável pelo policiamento em Paraty, reforçariam o efetivo inicial de 40 agentes.

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Pezão e Miranda combinaram uma reunião depois do carnaval, no Rio, para discutir a segurança em Paraty. Segundo estimativas da Secretaria estadual de Turismo, 400 mil turistas deveriam passar pelo município, de 39 mil habitantes, entre a sexta-feira de carnaval e o próximo domingo. Miranda contou que Pezão demonstrou preocupação com o incidente na cidade. "O governador imediatamente nos atendeu e falou que ia reforçar ainda mais do que o comandante (do Batalhão de Angra) tinha conseguido", afirmou.

Por precaução, depois do incidente, a prefeitura já havia decidido modificar os horários dos blocos do centro histórico: eles passaram a desfilar de 20h até 0h30, em vez de 21h até 3h. O percurso também foi reduzido e, dos três quilômetros previstos, foi encurtado para apenas um quilômetro. No domingo, após o tiroteio, três dos maiores blocos decidiram não ir para rua, por medo de novos incidentes. Essas agremiações costumam arrastar cinco mil foliões cada, segundo a prefeitura. Já outros quatro blocos de menor porte (que atraem em média mil foliões cada um) desfilaram normalmente.

"(A suspensão do desfile) Foi uma decisão de dirigentes dos blocos. Hoje (segunda-feira) serão seis blocos no centro histórico", afirmou Casé.

Um dos acusados de autoria dos disparos que mataram Emerson de Jesus, de 23 anos, conhecido como Bananinha, foi preso no domingo. Miguel da Conceição Oliveira, de 20 anos, foi levado para a 167ª Delegacia de Polícia (Paraty) e, segundo o titular da unidade, Bruno Gilaberte, confessou o crime. Segundo o delegado, Miguel estava acompanhado no bloco de Denilson Silva da Conceição, o Índio. Os dois eram ligados ao tráfico de drogas e faziam parte de uma gangue rival de Emerson.

A Polícia Civil busca agora Denilson e o comparsa de Emerson, que revidou os tiros de Miguel. O tiroteio deixou mais nove feridos. Segundo a Prefeitura, três feridos seguem internados no Hospital Municipal São Pedro de Alcântara. O estado de saúde deles é estável.

A prefeitura de Paraty (RJ), na região da Costa Verde, descartou a suspensão do carnaval de rua da cidade após um tiroteio no centro histórico deixar um morto e nove feridos na madrugada deste domingo, 15. O tumulto começou durante um bloco na Praça da Matriz. Dois homens supostamente envolvidos com o tráfico de drogas local e já identificados pela polícia foram ao bloco com o intuito de executar Emerson de Jesus, o Bananinha, de 23 anos, integrante de uma gangue rival. Ele chegou a ser hospitalizado e passou por cirurgia, mas morreu no início da tarde deste domingo, de acordo com o titular da 167ª Delegacia de Polícia (DP), Bruno Gilaberte.

Um dos dois suspeitos deu um tiro, revidado por um companheiro de Emerson, que acabou atingido e está internado em estado grave no Hospital Municipal São Pedro de Alcântara, em Paraty. Emerson, que tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma, da época que era ainda menor de idade, estaria desarmado no momento em que foi atacado.

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Equipes da Polícia Civil agora tentam encontrar os dois suspeitos dos crimes. Dos dez baleados, dois eram turistas. Ao todo, apenas três permanecem internados, mas estão fora de perigo. Os demais foram atendidos, liberados e já foram ouvidos pela Polícia Civil, segundo o delegado.

De acordo com Gilaberte, Emerson e os dois homens que tentaram executá-lo pertenciam a grupos rivais que não tem estrutura organizada e cuja atuação é local."Aqui há uma rixa grande dentro de dois bairros, Ilha da Cobras e Mangueiras", afirmou o delegado, descartando que algum deles exercesse um papel de líder de um desses pequenos grupos. A Polícia, que já analisou imagens de câmeras próximas ao local, agora espera pelo depoimento dos três baleados que permanecem internados.

Mudança

O prefeito de Paraty, Carlos José Gama Miranda, O Casé (PT), afirmou que o policiamento do carnaval de rua foi reforçado, em vez de 40, agora serão 80 PMs patrulhando as ruas do centro histórico. De acordo com ele, o fim dos blocos será antecipado em duas horas e meia todos os dias para evitar tumultos e exagero no consumo de álcool.

Até o sábado, os blocos desfilavam de 21h até 3h da madrugada - e agora passarão a começar uma hora mais cedo e terminar às 0h30. "É uma medida para a gente dar uma 'segurada'. Quanto mais tarde fica, maior é a possibilidade de ter pessoas bêbadas", afirma.

Casé trata o caso como um "episódio isolado". "A gente não pode se abalar. Temos que mostrar que somos pessoas de bem e que é um caso isolado", disse o prefeito, descartando a suspensão do carnaval de rua. De acordo com ele, a confusão se seu "a poucos metros do polígono de segurança" que vigiava o local.

O prefeito, secretários e representantes de blocos da cidade se reuniram com o comando do Batalhão de Angra dos Reis, responsável pelo policiamento em Paraty. Segundo ele, a questão do tráfico preocupa o município, de 39 mil habitantes. "Isso vem acontecendo em todo o país e a nossa cidade não é diferente. A gente sofre porque tem um fluxo muito grande de turistas. A questão de briga de tráfico vem acontecendo aqui no litoral", admite.

Uma mulher de 37 anos foi morta com um tiro na cabeça e outra, de 44 anos, ferida no braço com um disparo em tentativa de assalto no começo da noite de domingo (16) na estrada Paraty-Cunha. As vítimas seriam de Lorena (SP), no Vale do Paraíba, e voltavam de um fim de semana na praia. O marido de uma delas, de 40 anos, e a filha do casal, de 11 anos, também estavam no carro, mas não se feriram. Ninguém foi preso.

Segundo a Polícia Militar, dois homens armados saltaram na frente do carro ainda na altura de Paraty, no litoral Sul Fluminense. O local da abordagem seria um trecho em obras da rodovia, que obriga os motoristas a reduzir a velocidade. O homem teria acelerado e a dupla atirou, atingindo as duas mulheres. A de 37 anos, que estava no banco do carona, foi atingida na cabeça. A de 44 anos estava no banco traseiro.

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Mesmo com as duas mulheres baleadas, o motorista teria seguido até Cunha, já em São Paulo, à procura de um hospital. A vítima baleada na cabeça chegou já sem vida à unidade. A outra, atingida no braço, foi internada e não corre risco de morrer.

O carro da família foi levado para a delegacia de Polícia Civil de Cunha (SP) para ser periciado. O caso, entretanto, foi registrado em Paraty, como latrocínio.

A sensação foi de que tudo havia passado muito rápido. Assim que chegou ao final de uma noite quente e generosa, Paquito D’Rivera despediu-se com o seu sorriso grande deixando a Praça da Matriz cheia de reflexões pairando com a brisa que chegava do mar de Paraty. Seu show ao lado do Trio Corrente foi o último da passagem do Festival Mimo pelo litoral fluminense. Durante as três noites em que o palco ao ar livre e o altar da Igreja da Matriz estiveram tomados por artistas de cantos que poucos conhecem por aqui, o mesmo fenômeno percebido em Olinda, berço do Mimo há 11 anos, voltou a acontecer. E alguns conceitos relativos repetidos como verdades absolutas voltaram a ser demolidos a golpes de surpresa.

Seun Kuti foi a atração maior de sábado. Seu pai é Fela Kuti, o indignado nigeriano que inventou o envolvente afrobeat nos anos 1970. A música não é pop, seus compassos são quebrados, não há refrões para fazer a plateia cantar de braços erguidos e poucos, além dos seguidores bem informados da música africana, sabem, de fato, quem ele é. Um fracasso em potencial que não deveria ser colocado em praça pública para fechar uma noite, avaliaria o mercado. Isso até que o mercado visse Seun Kuti sobre um palco.

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Herdeiro do sangue, do discurso anti-opressão e do grupo Egypt80 de Fela, Seun ganha dois ou três metros a mais de altura quando está lá em cima. "Esta é a música africana original", diz, depois de repetir por vezes que o Brasil, como a Nigéria, são países cada vez mais ricos com populações cada vez mais pobres. A estética sonora do afrobeat segue regras próprias e sem contaminações, outro ponto que poderia levantar resistências. O pai de todos os instrumentos ali é o ritmo, o que poderia aproximá-lo de linguagens brasileiras, mas a riqueza de sobreposições com a qual este ritmo é trabalhado mesmo em instrumentos de cordas marca uma postura muito particular. Mesmo o soul norte-americano pode soar uma redução.

A guitarra chega a repetir um riff de quatro ou seis notas por mais de dez minutos, o baixo é colocado em contratempo com linhas que parecem impensáveis em outras mãos e os tons e a caixa da bateria são afinados no limite de seus graves, como se estivessem soando de um vinil gravado nos anos 1970. Seun dança freneticamente e, como o pai, faz intervenções de sax com frases curtas. Mais cedo ou mais tarde, a insistência daquela verdade vai vencer e criar uma atmosfera hipnótica que fará uma praça inteira dançar músicas de uma parte só que levam até 15 minutos. Assim que o show termina, a luz do palco se apaga, um DJ coloca uma trilha ambiente e as pessoas continuam pedindo por mais Seun Kuti.

A máxima de que o jazz e a música instrumental não têm apelos para segurar plateias de festivais gratuitos foi abaixo com um sopro de Paquito D’Rivera.

Cubano que mora nos Estados Unidos desde 1981, quando deixou a mulher e o filho para viver uma liberdade que a política de Fidel Castro não lhe permitia, o saxofonista e clarinetista fez uma apresentação mais brasileira do que cubana.

Estar com o Trio Corrente o deixa à vontade para isso. O pianista Fabio Torres sustenta sensibilidade com uma técnica alucinante. O baixista Paulo Paulelli brinca com os tempos, fazendo caminhos do baião para o jazz com sutileza e malandragem. E a bateria de Edu Ribeiro, elogiada por Paquito em entrevista ao Estado, dá peso e suingue sem o vício do volume nas alturas que tanto aporrinha o cubano. Foi assim que tocaram Amor até o fim (Gilberto Gil), Song for Maura (do disco de Paquito que rendeu aos parceiros um recente Grammy), Recife Blues (do brasileiro Claudio Roditi), Cebola no Frevo (do baterista Edu Ribeiro) e A Night in Tunísia (de Dizzy Gillespie).

O que paira na brisa de Paraty depois da última nota de Paquito, fechando uma temporada de Seun Kuti, Egberto Gismonti, Custódio Castelo (de Portugal), e trio Lau (da Escócia), é a sensação de que aquela viagem mexeu com outros compartimentos da alma que estão além daquele que a faria simplesmente dançar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma perseguição policial com tiros assustou os visitantes da Flip neste domingo (3), um pouco antes do meio-dia. Um homem foi preso e ninguém ficou ferido.

A polícia perseguia um carro com suspeitos de terem participado de assalto na praia do Jabaquara e a ação passou pela frente da Tenda dos Autores, palco principal da festa. Os tiros, no entanto, foram disparados a cerca de 2 km dali.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa de Cultura ficou lotada na manhã desta quinta-feira, 31, com fila para fora do auditório, para o debate com a participação do escritor Ferréz. Assim que ele subiu ao palco e ouviu da organização que não dava para deixar todos entrarem, um desejo dele, por questões de segurança, pediu um minuto e foi cumprimentar as pessoas que ainda aguardavam lá fora a chance de entrar.

"Em 1997, quando comecei, achar duas pessoas para ouvir era difícil. Ainda mais para ouvir literatura na periferia", disse o autor de Capão Pecado, trazendo cerca de 10 pessoas para se sentarem no chão, apesar da primeira negativa. Depois disso, pediu para a plateia fazer um minuto de silêncio pelos três civis israelenses e 1.300 palestinos mortos nas últimas semanas. E então começou a contar sua história de vida - a infância na periferia, o pai leitor de cordel, o primeiro contato com uma história em quadrinhos, os trabalhos que teve antes de lançar seu primeiro livro, a dificuldade de vender os primeiros exemplares, etc.

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"Existe um plano marcado para a gente. Sair dessa rota é muito difícil. Os livros foram, para mim, essa mudança de rota", comentou. Ele também pediu para que o público prestigiasse os autores da comunidade e que não fossem somente ver ou comprar livros dos escritores que vinham de fora.

Ferréz falou ainda sobre o poder da literatura, dos jornais, dos fanzines e por aí vai na formação do cidadão. "Ler vai trabalhar a sua cabeça. Mas não vamos pegar os globais que escrevem livros, essas atrizes que querem ser escritoras. Vale até um mediano como Paulo Coelho. Uma frase pode te acordar. Um texto pode abrir sua cabeça", disse à plateia, composta por pessoas de todas as idades - havia um grupo de adolescentes de escolas da região.

Millôr Fernandes (1923-2012) deixou uma legião de fãs e alguns discípulos, como o humorista Reinaldo Figueiredo, membro do Casseta & Planeta que, quando pequeno, se divertia lendo o autor na revista O Cruzeiro. "Aquilo dava vontade de sair desenhando e escrevendo", relembra. Depois, passou a acompanhar todos os passos do mestre na Pif Paf, no Pasquim, na Veja, etc. "Mais adulto, pensando nisso de novo é que entendi o motivo dessa minha reação de leitor infantojuvenil. É que aquelas páginas davam uma sensação de liberdade total e de que tudo é possível. Duas páginas onde podia acontecer muita coisa: artes gráficas, desenho, poesia, sátira política, fábulas, filosofia, teatro, crônica, paródias de estilos variados. Isso tudo me influenciou", explica.

Reinaldo está lançando A Arte de Zoar, uma coletânea de cartuns, e é um dos convidados da Festa Literária Internacional de Paraty que reúne, a partir desta quarta-feira, 30, até domingo, 02, no litoral fluminense, escritores de 15 nacionalidades e presta homenagem ao profissional de múltiplos talentos que foi Millôr, jornalista, humorista, artista gráfico, caricaturista, cartunista, escritor, dramaturgo, tradutor e colaborador do jornal O Estado de S.Paulo entre 1996 e 2000. Além de trazer o autor para o centro de debates, a homenagem motivou o lançamento e relançamento de mais de uma dezena de livros.

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A conferência de abertura do festival será feita pelo crítico de arte Agnaldo Faria nesta quarta à noite. Na sequência, Reinaldo e Hubert, também do Casseta & Planeta, entrevistam o cartunista Jaguar. Na sexta, 01, Cássio Loredano, Claudius e Sérgio Augusto, colunista do jornal O Estado de S.Paulo, participam da mesa O Guru do Méier. Os encontros serão na Tenda do Autor. No sábado, 02, Reinaldo e Chico Caruso estarão na mesa O Estilo Millôr, na Casa de Cultura, que sediará a exposição Millôr, 90 Anos de Nós Mesmos, com fotos, cartazes e imagens que contam sua vida e trajetória profissional. E durante o evento circularão cinco edições do Daily Millor, jornal com textos e desenhos de nomes como Luis Fernando Verissimo e Antonio Prata.

"Millôr escreveu certa vez que aceitaria tudo, menos uma estátua. Então nós nos esforçamos para não erguer uma estátua de bronze e fazer uma homenagem calorosa, colorida", comenta o curador Paulo Werneck.

Entre os lançamentos, destaque Millôr 100 + 100: Desenhos e Frases, com material selecionado por Sérgio Augusto e Loredano no acervo do homenageado, que está sob a guarda do Instituto Moreira Salles. A obra será lançada na quinta, 31, na Casa IMS, que abrigará ainda uma mostra de desenhos de Millôr.

Pela Nova Fronteira, sairão o inédito Guia Millôr da História do Brasil: de Cabral a Lula e os infantis ABC do Millôr e Poesia Matemática, com novas ilustrações de Ana Terra e Ivan Zigg, respectivamente. Já a Companhia das Letras lança Tempo e Contratempo, primeiro título dele, publicado em 1949 com poemas, contos, crônicas, sátiras e piadas visuais que saíram na Pif Paf, e ainda Esta É a Verdadeira História do Paraíso, Essa Cara Não me É Estranha e Outros Poemas e The Cow Went to the Swamp - A Vaca Foi Pro Brejo - seu antimanual de tradução.

Mas Millôr foi, também, tradutor sério e a L&PM reúne, em Shakespeare Traduzido por Millôr Fernandes, seu trabalho com as peças Hamlet, Rei Lear, A Megera Domada e As Alegres Matronas de Windsor. A editora gaúcha manda para as livrarias a 16ª edição de Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos, que está completando 20 anos e que traz 5.299 frases, e relança os livros de bolso Kaos, O Homem do Princípio ao Fim, Poemas e Hai-Kais. Por falar em haicais, sairá, pela Edições de Janeiro, Haicai do Brasil, organizada por Adriana Calcanhotto - Millôr é um dos 33 autores da obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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