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A morte de Célia Cezaria de Barros, de 60 anos, que passava pela calçada do Edifício São Cristóvão, na Rua da Aurora, quando foi atingida de uma pedra que se desprendeu do prédio, para atingir sua cabeça às 8h49 da última segunda (8), chocou a opinião pública do Recife. Para os comerciantes e moradores da via, contudo, o incidente não se deu por obra do acaso. São muitos os relatos de queda de componentes das edificações da área, em alguns casos causando ferimentos e prejuízos materiais a transeuntes e comerciantes.

O ambulante Gilson José da Silva, que trabalha na calçada de um edifício de três andares na altura do cruzamento com a Rua Imperatriz, relata que quase foi atingido por uma pedra que caiu da fachada. “Já faz uns dois anos. Eu estava aqui na frente com um colega e nos afastamos para conversar. Poucos momentos depois, a pedra caiu, se espatifando em cima da minha mercadoria. Se eu tivesse lá, poderia ter morrido”, lembra. Desde então, Gilson dispensa a sombra da fachada. “Fico mais afastado, mas me arrisco aqui porque a prefeitura não me dá outro local para trabalhar”, completa.

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Gilson já teve mercadoria atingida por pedra que se desprendeu de edifício, na Rua Aurora. (Arthur Souza/LeiaJá Imagens)

Em novembro de 2020, um ar-condicionado despencou da parte de trás do Recife Plaza Hotel- cuja entrada se dá pela Rua da Aurora e os fundos ficam na Rua da União- caindo ao lado de um fiteiro. “Eu escutei o estrondo e saí correndo para olhar. A base do motor do equipamento, totalmente enferrujada, cedeu e caiu. Poderia ter acontecido uma tragédia, chegou a derrubar as mercadorias do rapaz”, conta o gerente comercial Roberto Silva, que presenciou a situação. O dono do fiteiro se recusou a dar entrevista para a reportagem do LeiaJá, mas informou que entrou em acordo com o edifício, para reparação dos danos.

O ambulante Edvaldo Holanda, lamenta que os incidentes ocorram na Aurora, que é um dos cartões-postais do Recife. “Deveriam fazer um reparo nesses prédios, colocar fiscalização para cobrar a revitalização dessas fachadas, até porque é a área histórica da cidade. Ficou todo mundo abalado quando soube da morte da mulher [Célia Cezaria de Barros]. A gente trabalha aqui com medo”, completa.

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A moradora do Edifício São Cristóvão Raimunda do Carmo conta que, antes do acidente, já evitava andar pela calçada onde ficam os edifícios da Rua da Aurora. “Sempre venho pelo lado do rio [Capibaribe], porque já tinha medo de algo assim acontecer. E agora mais ainda, não tem quem não fique apavorado com uma coisa dessas”, conclui.

Defesa Civil

Depois da ocorrência, a Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec) intimou o condomínio a realizar a instalação imediata de uma tela de proteção, para evitar novos acidentes. O órgão apontou ainda a necessidade de manutenção da fachada e da instalação de “bandejas”, equipamentos de segurança que bloqueiam a passagem de componentes estruturais soltos para o chão. Vale lembrar que, no Recife, a lei 13.032, de 14 de junho de 2006, determina que o proprietário do imóvel e o condomínio são responsáveis por realizar, a cada três anos, a vistoria da edificação.

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife informou que, qualquer cidadão, sendo morador de algum imóvel ou transeunte, pode acionar a Defesa Civil do Recife pelo 0800 081 340, com o intuito de verificar possíveis problemas na conservação dos imóveis que gerem riscos. "Os técnicos realizam vistorias nestes locais e elaboram pareceres técnicos, que são encaminhados para a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), responsável por exigir que os proprietários executem as medidas recomendadas para restaurar a segurança das edificações", diz o posicionamento.

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Mais uma vez o processo que envolve as marcas Apple e Gradiente será adiado. Durante a semana, as empresas entraram com um pedido de suspensão do litígio perante o juiz federal da 25° vara do Rio de Janeiro. A data anterior para a realização da sessão seria no próximo dia 29, após adiamento por conta de pendências da Gradiente com o Banco do Brasil, que acabou por embargar as negociações em razão de uma dívida de R$ 947 mil da empresa brasileira.

A ideia é tentar resolver as coisas de forma pacífica, o que faz supor que um acordo atraente foi apresentado a uma das partes. De qualquer forma, o pedido é válido apenas até o dia 31 de mai, de maneira que tudo pode, perfeitamente, voltar à estaca zero. Por ter sido registrada antes do lançamento do smartphone da Maçã, a marca “iPhone” consta como propriedade da Gradiente em território brasileiro.

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