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O governo da província canadense de Québec marcou para o dia 4 de setembro as eleições regionais, abrindo uma campanha eleitoral muito acirrada que poderá levar o Parti Québécois (PQ), de centro-esquerda e separatista, ao poder. O Québec é a única província do Canadá onde a maioria da população fala francês. O atual primeiro-ministro (equivalente a governador) de Québec, Jean Charest, busca um quarto mandato. Charest é do Partido Liberal (Parti Liberal du Québec) e não está bem nas pesquisas de intenção de voto. Sondagem da Leger Marketing mostra que o PQ, liderado por Pauline Marois, está com 33% das intenções de voto, enquanto o Partido Liberal de Charest está com 31%. Caso eleita, Marois prometeu defender a independência do Québec e a separação do resto do Canadá.

"O clima não está positivo para o Partido Liberal", disse Christian Bouquet, vice-presidente executivo da Leger. Nesta quarta-feira, Charest disse que os eleitores escolherão entre o seu partido, que terá foco na criação de empregos e no crescimento econômico, e entre o PQ, o qual ele afirma conduz uma campanha "negativa", desviando o discurso dos temas econômicos e abordando fora de época o questão da independência do Québec.

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Charest também criticou várias vezes o apoio do PQ aos estudantes que conduziram protestos, por vezes violentos, nas ruas de Québec e Montreal, as duas maiores cidades da província francófona. Os estudantes protestam contra as reduções nos subsídios à educação e os aumentos nas mensalidades dos cursos universitários.

Em entrevista à Rádio Canadá, Marois disse que a campanha do PQ está com foco na redução dos impostos para a classe média e na melhora do sistema de saúde. Ele reforçou a defesa da independência do Québec e disse que os liberais perderam totalmente a credibilidade após vários anos de governo. Uma vitória do PQ poderá provocar um certo medo nos traders que detém dólares canadenses, dizem analistas, mas eles esperarão para ver se o partido cumprirá sua promessa de separação.

Em terceiro lugar, as sondagens indicam a coalizão de centro-direita Avenir Québec, com 20% das intenções de voto. Analistas disseram que o Avenir Québec poderá ter peso decisivo no Parlamento provincial, se nenhum dos dois partidos fizer uma maioria na casa de 125 cadeiras. Atualmente, o Partido Liberal tem 64 cadeiras, o PQ tem 47 e o Avenir tem 9.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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