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O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ambos do Partido Liberal (PL), receberam da sigla partidária mais de meio milhão de reais em salários, apenas em 2023. A informação é do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, com base em informações prestadas pela legenda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao todo, foram R$ 589.087,12 em um período de sete a oito meses, ou seja, ainda não é o valor integral dos recebimentos do antigo casal da Presidência. Sozinho, Bolsonaro recebeu, entre abril e outubro (período de sete meses), R$ 200.281,14 do partido. Projetando seu salário para os dois últimos meses do ano, no valor de R$ 30.483,16 por mês, o total chega a R$ 261.247,16.
Já Michelle, que é presidente do PL Mulher, recebeu R$ 236.390,48 de fevereiro a setembro. Somando até dezembro mais três parcelas mensais dos vencimentos dela, também de R$ 30.483,16, os salários de Michelle custaram ao PL R$ 327.839,96 em 2023.
Os valores contabilizam apenas salários, originados, em maior parte, do fundo partidário. Fora a remuneração mensal dos Bolsonaro, o partido banca ainda gastos com assessores, viagens, advogados e deslocamento no geral. Do montante de R$ 141 milhões recebidos pelo partido em 2023, R$ 140,9 milhões vieram de parcelas mensais do fundo partidário, ou seja, dinheiro público.

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Após Jair Renan Bolsonaro se tornar investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, afirmou a aliados que quer se distanciar "o máximo possível" das investigações contra o filho "04" de Jair Bolsonaro (PL). A informação é da colunista Andréia Sadi. 

Aos 25 anos, Renan tem salário mensal de R$ 9,5 mil pela atividade de assessor parlamentar em Santa Catarina. Ele integra o gabinete do senador Jorge Seif, que é do PL e também foi secretário de Pesca no Governo Bolsonaro. No entanto, a direção do partido não vê vantagem em comprar a briga pela defesa da imagem de Jair Renan. O 04 não possui mandato e nem teria potencial eleitoral que justifique o envolvimento da legenda. 

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Entre os filhos de Jair Bolsonaro, ele é o de menor protagonismo político e o mais afastado do interesse no Legislativo, diferente de Flávio, Eduardo e Carlos. É a segunda vez que Renan é investigado; antes suspeito de tráfico de influência, ele não foi defendido nem pelo pai. Tal investigação foi arquivada.

"O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém [aqui] conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui. Tem a vida dele, não sei se está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja", declarou Jair, o pai, à época. 

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A cada cinco propagadores de notícias falsas no país, um pertence a classe política, segundo um levantamento feito pelo UOL, divulgado no início da manhã deta terça-feira (8). O Partido Liberal, sigla na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é filiado, abriga 49% dos parlamentares identificados pela pesquisa.

Através do relatório final da CPI da Covid-19, enviado à Suprema Corte, contemplando o período de janeiro de 2020 a janeiro de 2023, foram contabilizados 314 disseminadores de desinformação, sendo 270 pessoas físicas e 44 pessoas jurídicas e órgãos do governo.

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Nas decisões do relatório, assim como do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), constam sanções que incluem ordem de busca e apreensão, cassação de mandato, retirada de fake news em páginas de redes sociais, bloqueio de contas bancárias e de perfis, multas e desmonetização de canais no YouTube. Dessa forma, foram listadas 480 ações e inquéritos.

A lista além de citar vários parlamentares, empresas privadas, empresários, pessoas que fizeram parte da administração pública, empresas públicas, órgãos do governo, partidos conhecidos e movimentos políticos, também divulga nomes de juízes, influenciadores digitais e jornalistas como Alexandre Garcia, Alessandro Loiola, Rodrigo Constantino e Guilherme Fiúza.

Partido Liberal e Fake News

O Partido Liberal, liderado por Valdemar Costa Neto (PL-SP), é a sigla com mais políticos investigados pelo STF e TSE. Tem 34 dos 70 parlamentares que fazem parte do levantamento, ou seja, 49% do resultado.

Jair Bolsonaro, considerado o maior nome do partido, recebeu multas no valor de R$ 30 mil e R$ 5.000 por espalhar notícias falsas na internet, entre elas a que ligava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a facções criminosas.

Em junho, o ex-mandatário também foi punido pelo TSE por questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, se tornando inelegível por oito anos. As declarações antidemocráticas foram ditas em uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto em 2022, na qual ele questionou a credibilidade do sistema eleitoral sem apresentar provas. Além disso, Bolsonaro é investigado por ataques aos ministros do STF.

Os filhos do ex-presidente também tiveram conteúdos removidos pela Justiça. Carlos e Flávio Bolsonaro compartilharam postagens que afirmavam que Lula bebia álcool antes de realizar atos da campanha pela disputa presidencial, por exemplo, sem provas. Flávio e Eduardo também foram multados em R$ 30 mil por compartilhar conteúdo que associava o líder petista a drogas e ao aborto.

Outra lideranças políticas do PL também figuram na lista, como a senadora pelo Distrito Federal Damares Alves (PL-DF), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ex-secretário da Cultura Mário Frias (PL-SP), o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), entre outros nomes da extrema direita.

Lula foi o mais atacado pelas mentiras na internet

O líder petista foi o principal alvo de desinformação nas redes sociais nos últimos quatro anos. De acordo com o levantamento, Lula foi atacado por 112 pessoas e empresas, assim como também por famosos e veículos de comunicação.

O cantor Latino, por exemplo, compartilhou um vídeo manipulado em que Lula teria dito que pessoas presentes em ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) seriam "vagabundos e traficantes". O cantor também publicou nas redes sociais a informação falsa de que o petista defendia a instalação de banheiros unissex nas instituições de ensino como proposta de sua gestão. As postagens foram derrubadas pelo TSE.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ministros do STF também foram atacados por pessoas que espalham mentiras na internet. Ao todo, 46 pessoas foram penalizadas ou são investigadas por atacar a Corte. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Edson Fachin foram vítimas citadas nominalmente.

Um dos punidos é o ex-presidente nacional do Partido Trabalhista do Brasil (PTB), Roberto Jefferson, preso no ano passado por divulgar notícias falsas sobre as eleições e contra a ministra Cármen Lúcia, além de atirar em agentes federais que cumpriram mandado de busca e apreensão em sua residência.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo de desinformações e aparece em terceiro lugar na lista. A atual ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet (MDB-MS), por exemplo, em publicação removida pela Justiça afirmou que Bolsonaro cometeu crime de pedofilia quando ele disse que "pintou um clima" com meninas venezuelanas. Já Janones teve de remover postagem em que responsabilizou a sigla do ex-mandatário pela suspensão do piso salarial nacional dos enfermeiros.

 O Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contratou o Instituto Voto Legal durante as eleições de 2022, para produzir relatórios sobre a segurança das urnas eletrônicas. A empresa recebeu do partido cinco parcelas de R$ 225 mil, somando R$ 1.125 milhão. As informações foram divulgadas através de uma publicação do jornalista Lauro Jardim. 

Na época, o parecer do Instituto Voto Legal solicitou a anulação dos votos registrados em 279 mil urnas durante o segundo turno da disputa presidencial. No entanto, esse pedido foi prontamente rejeitado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que além de descrevê-lo como falso, aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL por litigância de má-fé. 

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Vale ressaltar que, o julgamento de Bolsonaro em curso no TSE não está relacionado à contratação do Instituto Voto Legal ou aos relatórios produzidos por ele. O processo em questão diz respeito às declarações antidemocráticas feitas pelo ex-mandatário em um discurso no Palácio da Alvorada, na presença de embaixadores de diferentes países. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já definiu seu candidato para disputar as eleições municipais de Belo Horizonte em 2024. Bolsonaro vai apoiar o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) para prefeito. As informações foram confirmadas pela deputado em suas redes sociais nesta terça-feira (2).

Em 2020, Engler disputou a prefeitura do município pelo PRTB, e ficou em segundo lugar, com 9,95% dos votos da capital mineira. Ele foi derrotado por Alexandre Kalil (PSD), que renunciou ao cargo de prefeito para disputar, sem sucesso, o governo do Estado em 2022.

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A expectativa era de que o ex-mandatário apoiasse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para a disputa do próximo ano, porém o próprio deputado bolsonarista já confessou apoio para Engler. Ligados a Bolsonaro, os dois parlamentares foram os mais votados em Minas Gerais na última eleição.

A partir de maio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), receberão, juntos, mais de R$ 130 mil por mês. Esse valor inclui o reajuste de 7% no cargo de Michelle na presidência do PL Mulher, que passará a receber R$ 41.650,91.

Bolsonaro, presidente de honra do Partido Liberal, recebe o mesmo valor que sua esposa e também será beneficiado com o aumento. Juntos, o casal irá receber R$ 83,3 mil por mês apenas do partido.

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O reajuste de salário do casal ocorre após a decisão do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto (PL), de pagar à ex-primeira-dama o mesmo salário de um deputado federal atuante. Já para Bolsonaro, o objetivo é que ele tenha a mesma renda de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além dos valores que recebe do partido, o ex-mandatário conta com outros dois pagamentos por mês, referentes as suas aposentadorias. Bolsonaro recebe R$ 35.223,66 mensais pelos 28 anos em que atuou como deputado federal, e R$ 11.945,49 pelo tempo que trabalhou no Exército.

 

Um quarto da bancada de parlamentares eleitos pelo Partido Liberal, que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais para dar apoio às invasões aos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Pelo menos 29 parlamentares da legenda repetiram desinformação ou teorias conspiratórias sobre o episódio protagonizado por bolsonaristas, como ocorreu com a narrativa dos infiltrados. A pesquisa foi feita pelo jornal O Globo. 

A bancada do PL é a maior do Congresso, com 99 deputados federais e 14 senadores a partir deste ano. Ainda segundo a pesquisa, 41 deputados federais e senadores de nove partidos que estarão na próxima legislatura emitiram posicionamentos falsos ou enganosos sobre as cenas de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). 

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Versões inverídicas  

As principais versões alimentadas por esses parlamentares comparavam a detenção de golpistas a campos de concentração; acusavam o ministro da Justiça, Flávio Dino, de ter ignorado intencionalmente medidas de segurança; ou se referiam à presença de supostos “infiltrados de esquerda”. 

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) alega que as filmagens apontaram pessoas infiltradas. Em Minas, quatro parlamentares usaram informações distorcidas ou enganosas para se referir aos atos. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) apresentou queixa-crime pedindo a prisão de Dino com argumentação similar. 

Em São Paulo, o deputado eleito Danilo Balas compartilhou um vídeo no qual o senador Marcos do Val (Podemos-ES) alega que o governo federal “foi avisado, mas não tomou providências”. No Rio, o deputado estadual eleito Alan Lopes (PL) disse que há uma “armadilha preparada pelos comunistas para culpar inocentes”. 

 

Depois de eleger as maiores bancadas do Congresso Nacional, o PL mudou seu estatuto para reforçar laços com bandeiras bolsonaristas. O objetivo é se apresentar como o principal partido de oposição do País e manter o recall de 58 milhões de votos do ex-presidente, que viajou para os Estados Unidos sem data ainda para retornar.

O partido fundado pelo deputado Álvaro Vale em 1985 tinha em seu programa um viés mais econômico e não era conectado com uma pauta de costumes mais identificada com a direita.

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No estatuto original já constava o fortalecimento da empresa privada, o reconhecimento à propriedade, reforma tributária, mas também a importância dos direitos das minorias, trecho que não consta entre as novas diretrizes centrais.

As modificações foram aprovadas na última convenção nacional da sigla, que aconteceu em dezembro e reuniu representantes dos 27 diretórios estaduais. O documento, porém, só será divulgado após a homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Estadão apurou que o novo programa terá a liberdade de expressão como uma peça central e incluiu temas como defesa da vida, família, equilíbrio entre os Poderes. No campo da economia, reforçou diretrizes como a mínima intervenção do Estado na economia, o direito à propriedade, desestatização e incluiu as concessões da infraestrutura nacional.

Com o lema "Não existe democracia sem liberdade", o documento faz um contra-ataque à narrativa de "golpismo" feita pelos adversários de Bolsonaro e defende o "fortalecimento do estado democrático de direito", só que com uma leitura própria.

Durante a campanha presidencial, os bolsonaristas acusaram o Supremo Tribunal Federal (STF) de censura devido ao inquérito das fake news e a prisão de militantes de extrema direita acusados de planejar atos antidemocráticos.

Em um de seus discursos, Bolsonaro afirmou que as pessoas podem viver sem oxigênio, mas não sem liberdade. "Para o partido Liberal, os direitos de ir e vir, de ser, pensar, agir e falar são invioláveis", diz o novo programa.

Narrativa - Em conversas reservadas, integrantes da sigla presidida pelo ex-deputado Valdemar da Costa Neto admitem que as posições controversas de Bolsonaro e sua oratória incontrolável causaram os desgastes que ajudaram na derrota nas urnas.

A ideia agora é construir uma narrativa mais palatável para os próximos quatro anos. "Passamos por guerras e pandemia, tudo banhado pela constante luta entre a verdade de cada cidadão e suas narrativas", diz o texto de apresentação.

Em outro trecho, o estatuto diz que o povo brasileiro pôde nos últimos quatro anos "reascender em sua essência" sentimentos que estavam adormecidos. "Resgatamos o orgulho da nossa bandeira, o amor pela pátria, a valorização do seio familiar e o fortalecimento da liberdade individual e econômica na sua vertente mais crua, sem tutelas do estado".

As novas diretrizes do PL também fazem acenos aos evangélicos, que formam uma das principais bases do bolsonarismo. "Resguardamos e defendemos os valores conservadores da sociedade brasileira. Reafirmamos nossa crença na Vida e na Liberdade em todas as suas vertentes, direitos naturais e inalienáveis; na Sociedade, unidade orgânica e comunidade de homens; na Política, atividade essencial para a administração da sociedade e manutenção da ordem e da moral", diz o documento.

Em uma das passagens mais contundentes, o PL prega que a liberdade "é tão importante quanto a própria vida": "Não se negocia a LIBERDADE, nem a VIDA!", afirma o texto.

Em outra referência aos deputados que os bolsonaristas dizem terem sido perseguidos, o novo programa do Partido Liberal defende que a "inviolabilidade" da tribuna parlamentar deve ser assegurada, sem que aí se inclua o direito à impunidade, nos casos de crime comum.

As críticas às urnas eletrônicas, um dos bastiões bolsonaristas, também ganharam espaço no novo programa, mas de forma indireta. "O processo eleitoral deve ser transparente e auditável, a fim de impedir qualquer possibilidade de fraude ou manipulação".

No capítulo "Propriedade e Reforma Agrária" o PL faz um ataque indireto ao MST ao dizer que Estado deverá desenvolver políticas públicas efetivas que garantam a segurança e a liberdade para o pequeno, médio ou grande produtor, resguardando sua propriedade e seus bens e combatendo atos antidemocráticos de invasões.

Na parte sobre "Defesa Nacional", o novo programa faz sinais às Forças Armadas, que foram um dos pilares da administração Bolsonaro. "As Forças Armadas devem ter suas tropas aparelhadas e adestradas com capacidade de pronto emprego. O avanço dos projetos estratégicos das Forças Armadas e da Base Industrial de Defesa contribuem para o desenvolvimento de produtos duais e incrementam a capacidade dissuasória face às ameaças à segurança nacional."

Em relação à política externa, destaca a "significativa importância" do ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento termina com um tom religioso. "Deus abençoe o nosso país."

Frustração - O PL mudou seu estatuto para se adaptar ao bolsonarismo e deu o cargo de presidente de honra a Jair Bolsonaro. Como membro da executiva do partido, o ex-presidente terá direito a salário de R$ 39 mil e escritório em Brasília. Parlamentares e integrantes da direção da sigla, porém, se dizem "frustrados" e "apreensivos" com os últimos gestos de Bolsonaro após deixar o cargo.

Há também no partido uma ala mais moderada, ou fisiológica, dependendo do interlocutor, que resiste a "bolsonarização". Esse grupo diz que o PL é maior que o ex-presidente e que caberá ao presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, administrar a convivência entre os dois grupos.

Pelo planejamento estratégico do dirigente, que controla o maior Fundo Partidário do Brasil, Bolsonaro deve rodar o País nos próximos quatro anos em palestras, encontros e eventos partidários, enquanto Michelle Bolsonaro deve assumir o comando do PL Mulher, que será turbinado.

O silêncio de Bolsonaro após a derrota e sua viagem para Orlando sem data de retorno gerou incertezas sobre a disposição do ex-presidente em assumir essa missão. Valdemar da Costa Neto estabeleceu como meta dobrar o número de prefeitos do PL em 2024 - hoje são apenas 352 em todo País. Para isso, ele conta com Bolsonaro como garoto propaganda.

Com Bolsonaro ausente, o general Braga Netto, que foi candidato a vice em 2022, assumiu protagonismo na máquina partidária e já está desde dezembro despachando na sede da legenda em Brasília. A convenção nacional foi comandada por ele e Valdemar da Costa Neto.

O partido de Bolsonaro conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados neste ano, com crescimento dos 76 deputados atuais para 99 na próxima legislatura. Em segundo lugar está a federação PT-PCdoB-PV, com 80 deputados eleitos (PT com 68, PCdoB com 6 e PV com 6).

O PL está diante de um impasse sobre quando vai fazer o primeiro pagamento do salário de R$ 39 mil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido entregou o cargo de presidente de honra ao ex-mandatário.

Com o ex-presidente nos Estados Unidos, aliados do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, dizem que o PL deve recorrer a doações para pagar o salário e assim evitar o uso de recursos públicos. A legenda está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de receber uma multa de quase R$ 23 milhões por tentar anular parte dos votos do segundo turno.

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Em reserva, um interlocutor da legenda disse que Bolsonaro ainda não assumiu o novo "emprego", por isso não há previsão sobre os recursos. Outra fonte ligada ao partido pondera que Bolsonaro pode atuar a distância fazendo lives e participando de eventos virtuais.

Valdemar publicou nesta terça, 3, um vídeo reiterando o apoio e agradecendo ao ex-presidente, que, segundo ele, "tem crédito". Parlamentares e integrantes da sigla se dizem "frustrados" e "apreensivos" com os últimos gestos de Bolsonaro. O partido de Bolsonaro terá 76 deputados federais e 14 senadores.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) já tem lugar para morar a partir do dia 1º de janeiro de 2023, no condomínio "Ville de Montagne”, no bairro do Jardim Botânico, em Brasília. A moradia será bancada pelo Partido Liberal (PL). As informações são da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.  

O condomínio é um local com “áreas de encostas, nascentes, cachoeiras e muito verde que cerca a região”. Para o aluguel, a sigla levou em conta a segurança que o condomínio proporciona, já que é um local mais isolado. 

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Uma reunião de candidatos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do Partido Liberal terminou em briga generalizada na Soledade, cidade no interior da Paraíba, no último sábado (10). O motivo da confusão teria sido uma discussão sobre o fundo partidário, ocorrida entre os candidatos a deputado federal Pastor Jáder (PRTB) e Wellington Roberto (PL). 

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o grupo todo alterado, vestido de verde e amarelo. Alguém chega a insinuar que uma outra pessoa está “querendo puxar uma arma” e alguns dos filiados precisam ser controlados pelos demais. De acordo com o site Metrópoles, o homem que tentou sacar a arma é o candidato a deputado federal Policial Caio (PL). Ele coloca a mão na cintura, mas não é possível ver armas.  

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Ainda segundo o site, a reunião foi convocada para “selar a união” dos candidatos do PL ao governo, Nilvan Ferreira, e ao Senado, Bruno Roberto. No microfone, os organizadores do evento pediram “calma, paciência e sabedoria”. Houve uma tentativa de apaziguamento com a reprodução do Hino Nacional, que acabou ficando em segundo plano quando os homens começaram a brigar e precisaram ser separados.  

O candidato Pastor Jáder se manifestou nas redes sociais. Ele disse que o “evento foi vendido como um evento de direita, mas se comportava como um evento partidário” e afirmou que “aqueles que querem patentear a direita na Paraíba não têm esse direito". O PL ainda não se manifestou sobre o caso. 

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O Partido Liberal (PL) concedeu ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) o número de campanha 2222. O registro antes pertencia ao deputado federal Tiririca (SP), que disputou com a sequência nas urnas desde 2010, por três mandatos. Agora, o comediante, que já foi o congressissta mais votado do país e acumula eleições com marcas superiores a um milhão de votos, deve seguir a candidatura sob o número de campanha 2255.

A decisão havia sido tomada em maio e causou incômodo em Tiririca, segundo a repercussão à época. A oficialiazação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, aconteceu apenas nesta quarta-feira (9). O parlamentar chegou a afirmar que desistiria de sua candidatura à reeleição caso o número fosse cedido a Eduardo. 

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"Aconteceram umas coisas com o partido que me deixaram meio chateado. Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro", disse, em maio. "Se for verdade, vou desistir da eleição. Isso é como transferir boa parte dos meus votos para Eduardo Bolsonaro”. 

Em resposta, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou, à época, que o martelo estava batido e que o número seria transferido para Bolsonaro. "O Tiririca é muito importante para o PL. Mas, se ele desistir de ser candidato, paciência", declarou o líder partidário. 

O novo número de campanha de Eduardo deve acompanhar a sequência também escolhida para a candidatura à reeleição do seu pai, Jair Bolsonaro, com o número 22. Com o “2222”, Tiririca venceu as eleições de 2010, 2014 e 2018. Foram Tiririca recebeu 445.521 votos por São Paulo na última eleição. O congressista foi o deputado mais votado no Brasil em 2010, com 1.348.295 dos votos pelo Estado, e reeleito na eleição seguinte, em 2014, novamente ultrapassando um milhão de votos. 

 

O Partido Liberal (PL) informou, nesta quarta-feira (20), que barrou quase 40 mil inscrições falsas para a convenção de oficialização da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, marcada para domingo (24), no Maracanãzinho, no Rio. De acordo com a legenda, a equipe técnica utilizou inteligência artificial e armazenou os protocolos de internet do que chama de ataques, e pode tomar medidas legais se verificar a ocorrência de crime.

Outras 10 mil inscrições foram consideradas autênticas e, por isso, estão confirmadas para o evento, informou o PL.

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Nessa terça-feira, perfis críticos ao governo articularam nas redes sociais um boicote ao evento. Em um movimento coordenado, reservaram ingressos para o evento disponíveis na internet - mesmo sem interesse em comparecer - e esgotaram as vagas.

A ideia de boicote foi inspirada em movimento semelhante feito nos EUA, no lançamento da candidatura à reeleição de Donald Trump. Após o movimento na internet, o PL escalou técnicos de informática para tentar salvar o evento.

O vice-prefeito de Atibaia (SP), Fabiano Batista de Lima (PL), foi baleado após se envolver em uma briga com um empresário na tarde de domingo (13). O momento em que o comerciante Júnior Humberto de Oliveira, suspeito de efetuar os disparos, atira no gestor, foi capturado por uma câmera de segurança e as imagens agora são investigadas pela Polícia Civil de São Paulo. As informações são do G1. 

De acordo com o flagra em vídeo, o político foi à residência de Oliveira, localizada no bairro Jardim Imperial. Após trocarem socos, o comerciante pegou uma arma e efetuou diversos disparos contra o vice-prefeito, que foi atingido na perna, mas conseguiu fugir. 

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De acordo com a versão da vítima à polícia, um restaurante recém-aberto pelo gestor e sua esposa passou a ser alvo de vídeos do comerciante, envolvendo acusações não comprovadas de que o novo negócio estava envolvido em uma suposta fraude. Após uma das acusações, os dois se envolveram em uma discussão nas redes sociais. Em um aplicativo de troca de mensagens, Fabiano Batista disse que iria à casa de Júnior, que o esperou no portão.  

Após os disparos, o vice-prefeito foi socorrido e o comerciante acionou a Polícia Militar. Na delegacia, o caso foi registrado como tentativa de homicídio e o empresário foi preso em flagrante. A arma de fogo usada no episódio estava regularizada, mas foi apreendida para ser submetida a perícia.  

Nas redes sociais, o vice-prefeito disse que passa bem e admitiu as agressões. Ele permanecia internado no hospital Albert Sabin até a madrugada desta segunda-feira (14), conforme publicação.  

"Todos sabem que temos sofrido ataques contínuos nas redes sociais promovidos por esta pessoa, que não respeita nem a honra dos nossos familiares. Emocionalmente abalado com os ataques gratuitos disparados contra a minha esposa, fui realmente tirar satisfação com ele", escreveu. 

Empresário alegou ‘legítima defesa’ 

Poucos minutos após efetuar os disparos, ainda vestindo a mesma roupa que usava quando foi flagrado em vídeo, o empresário Júnior Humberto de Oliveira realizou uma transmissão ao vivo em uma rede social, alegando ter se defendido do vice-prefeito. O argumento é o mesmo apresentado pela defesa do empresário, que alegou que o caso se trata de legítima defesa, pois ele foi agredido pelas costas e não se negou a colaborar com a Polícia.  

“Ele fez o disparo com a intenção de assustar o vice-prefeito, parar as agressões e em sua proteção e da família. Não houve disparo com a intenção de matar. Inclusive, ele quem acionou a Polícia, entregou a arma e as imagens”, disse o advogado Danilo Gerage ao G1. 

De acordo com o boletim de ocorrência, a corporação alega que o comerciante fez vários disparos, até acabar as munições. Ele ainda alegou que pegou a arma no porta-luvas do carro após os golpes, surpreendido com a agressividade do vice-prefeito, mas a Polícia aponta que o lapso entre os golpes e os disparos não permitiriam a movimentação, levantando a suspeita de que já estivesse armado com a intenção de atirar. 

Em nota, a Prefeitura de Atibaia atestou que o vice-prefeito está bem e que dará mais detalhes quando a investigação for concluída. As circunstâncias da briga não foram comentadas. 

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A chegada do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) deve influenciar um desfalque na legenda em 2022, durante a última janela partidária do ano antes das eleições. A sigla já tem como confirmada a saída do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, que solicitou a deixa ao Tribunal Superior Eleitoral por justa causa e teve pedido aceito pelo ministro Luís Roberto Barroso, que considerou a permanência do parlamentar "insustentável", com "constrangimentos de natureza política para ambas as partes". De acordo com O Globo, devem acontecer, ao menos, 40 partidas.

Uma outra baixa foi o vereador Thammy Miranda, que anunciou sua desfiliação do PL após o presidente Jair Bolsonaro ingressar no partido. Em um vídeo postado nas redes sociais, o primeiro homem trans eleito para a Câmara Municipal paulista disse que já sofreu ataques pessoais do clã presidencial e que uma incompatibilidade generalizada de perspectivas tornou sua permanência inviável. As próximas trocas devem seguir o mesmo padrão de desacordo com a agenda bolsonarista.

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O número poderá ser maior, considerando legendas sem ligação direta com o passado recente ou a atual filiação do presidente. O PL, atualmente com 43 deputados, é a maior bancada do Centrão, e a terceira maior da Câmara. A expectativa é que o partido receba em torno de 20 deputados bolsonaristas do PSL.

Os deputados Junior Mano (PL-CE), Fabio Abreu (PL-PI), Marina Santos (PL-PI), Sergio Toledo (PL-AL), Cristiano Vale (PL-PA), Edio Lopes (PL-RR) e Fernando Rodolfo (PL-PE) são alguns dos parlamentares que avaliam trocar de sigla.

Janela partidária

Em anos eleitorais, ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito. Em 2022, a janela ocorre entre 3 de março e 1º de abril. A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) e se consolidou como uma saída para a troca de legenda, após a decisão TSE segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não ao candidato eleito.

Fora do período da janela partidária, existem algumas situações que permitem a mudança de partido com base na saída por justa causa. São elas: criação de uma sigla; fim ou fusão do partido; desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Portanto, mudanças de legenda que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.

Mais recentemente, em 2018, o TSE decidiu que só pode usufruir da janela partidária a pessoa eleita que esteja no término do mandato vigente.

Depois de se tornar o primeiro presidente da República a governar sem estar filiado a nenhum partido político por dois anos, nesta terça-feira (30), Jair Bolsonaro oficializou a sua filiação ao PL. O cientista político Elton Gomes afirma que a legenda pode ser “vitaminada” com a chegada de Bolsonaro.

Elton aponta que, assim como o ex-presidente Lula (PT), Jair Bolsonaro é um líder carismático que conseguiu estabelecer uma base eleitoral sólida e apoiadores inamovíveis. “Isso representa uma potência eleitoral para a legenda que tem como candidato à Presidência da República um filiado”, diz.

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O estudioso relembra o ‘efeito Bolsonaro’ que fez com que o então nanico PSL passasse de apenas um deputado (Luciano Bivar) para 54 parlamentares em 2018, com Bolsonaro disputando a Presidência pelo partido.

“O PSL era praticamente uma propriedade particular do Luciano Bivar, e foi elevado ao maior partido da Câmara dos Deputados, com 54 parlamentares - que depois diminuiu para 52 deputados. Então, é provável que a ida de Bolsonaro para o PL vitamine muito o partido”, salienta.

Já existe uma movimentação onde parlamentares do próprio PSL, que continuam fiéis ao presidente Jair Bolsonaro, sinalizam que devem deixar o partido para disputar uma reeleição pelo PL. “Porque eles se elegeram no esteio do bolsonarismo e maioria reconhece que não tem força política própria. Tem força associada ao próprio Bolsonaro, o que é muito racional”, complementa Elton Gomes.

Saídas do PL

Imposições de Jair Bolsonaro, acordos políticos estaduais e diferenças ideológicas devem fazer com que ao menos cinco deputados federais deixem o PL e procurem outra legenda para disputar as eleições de 2022. Três desses deputados são do Nordeste e dois são do Norte. 

Junior Mano (CE), Fabio Abreu (PI), Sergio Toledo (AL), Cristiano Vale (PA) e Marcelo Ramos (AM). A maioria desses parlamentares apoiam, em seus estados, governantes que são de esquerda. Bolsonaro já declarou que o PL não deverá apoiar nenhum candidato de esquerda no país.

O cientista político avalia que os políticos que já estão no PL não perdem nada com a ida do presidente. “Pelo contrário, eles ganham o poder de barganha. Se aumentar o tamanho do partido, o PL passa a dispor de uma fatia maior do fundão eleitoral que foi aprovado pelo Congresso. 

Retorno de Bolsonaro ao Centrão

Mesmo já tendo integrado o Centrão na época que atuava como deputado federal pelo PP, por exemplo, Bolsonaro se elegeu em 2018 criticando esse grupo de 14 partidos que atualmente conta com 260 parlamentares. Antes de se tornar presidente, ele costumava chamar o Centrão de “velha política”.

Bolsonaro até tentou no primeiro ano do seu mandato governar sem fazer barganhas políticas, mas não demonstrou força e depois acabou distribuindo cargos e dinheiro para esse grupo. Elton explica que, dentro do nosso modelo de governo, que é o presidencialismo de coalizão, não é viável governar sem o apoio do Centrão ou de pelo menos parte considerável dele. 

“Bolsonaro é um ator político bastante peculiar. Ele é originário desse grupo político, que chegou ao poder sem o apoio dos grandes partidos, por isso tentou governar no início do seu mandato sem se entregar ao esquema de barganhas e trocas, caracterizador do sistema de presidencialismo brasileiro. Todavia, no final do seu primeiro ano de governo, Bolsonaro começou a fazer acenos para algumas bancadas”, fala o estudioso.

O que a oficialização do retorno de Bolsonaro para o Centrão pode representar para o seu eleitorado? O cientista salienta que, no Brasil, as legendas importam muito pouco porque os partidos políticos são pouco programáticos e pouco consistentes na questão ideológica. 

“O Brasil vive muito o personalismo da vida pública, que é potencializado pelo messianismo político, tendência de procurar sempre os salvadores da pátria”, pontua. 

Se dentro do auditório do Centro de Convenções de Brasília estava lotado de políticos para assistir a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, na parte de fora a realidade não era a mesma: poucos apoiadores aguardavam pela presença do novo integrante da legenda.

Na manhã desta terça-feira (30), após a oficialização do presidente no PL, a expectativa era para o discurso de Bolsonaro para os seus apoiadores que aguardavam pela sua chegada em frente a um trio elétrico colocado pelos organizadores do evento. 

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No entanto, o número de bolsonaristas no local pode ter frustrado um pouco. Segundo relatos no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro se decepcionou com o número de apoiadores presentes e discursou por apenas dois minutos.

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Wandercy Antonio Pugliese, 58 anos, mais conhecido como professor Wander, é candidato ao cargo de vereador de Pomerode, em Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL). No entanto, a sua admiração pelo nazismo fez com que o também candidato a vereador em Florianópolis, Camasão (Psol), pedisse que a Justiça Federal negue a candidatura de Wander.

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O professor de história virou assunto nacional em 2014, quando a Polícia Civil flagrou uma suástica, que é o símbolo nazista, no fundo da piscina da propriedade de Wander. O Correio Braziliense aponta que, na época, o órgão chegou a afirmar que o docente não poderia ser enquadrado, porque não teria feito nenhum tipo de apologia publicamente. 

À época, Wander se declarou "admirador da ideologia nazista", mas afirmou que todos os materias que possuia faziam parte de uma coleção pessoal que servia para os estudos. A lei 7.716/89 afirma que é crime federal fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada para fins de divulgação do nazismo. O criminoso pode pegar de dois a cinco anos de prisão, além de multa.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, conquistou um segundo mandato nas eleições legislativas de segunda-feira (21), mas seu Partido Liberal conseguiu apenas a maioria relativa no Parlamento, o que o obrigará a buscar apoio entre os partidos pequenos para sobreviver.

De acordo com as projeções dos canais de televisão poucas horas depois do fechamento das urnas, os liberais devem obter quase 160 das 338 cadeiras em disputa na Câmara dos Comuns, longe da cômoda maioria absoluta registrada na legislatura anterior.

"Esta noite, os canadenses rejeitaram a divisão", afirmou Trudeau a seus simpatizantes reunidos no centro de Montreal.

"Os canadenses rejeitaram os cortes e a austeridade e votaram a favor de um programa progressista e de uma ação forte contra a mudança climática", acrescentou.

As últimas pesquisas mostravam um empate com os liberais, mas os conservadores liderados por Andrew Scheer venciam em 120 distritos, seguidos pelos independentistas do Bloque Quebequense (32) e pelo Novo Partido Democrata (NDP), com 25 cadeiras.

Trudeau conquistou assim o almejado segundo mandato, apesar dos muitos escândalos que marcaram seus quatro anos de governo. Mas ele sai enfraquecido das eleições e precisará do apoio dos partidos menores, provavelmente o NDP de Jagmeet Singh, uma das revelações destas eleições, para permanecer no poder.

Sem aguardar os resultados oficiais, o presidente americano, Donald Trump, saudou no Twitter a vitória "maravilhosa e duramente batalhada" de Trudeau, com quem mantém uma relação complicada.

Já nesta terça-feira, o líder liberal poderá iniciar negociações com os partidos menores para uma aliança. O primeiro teste da futura administração será o Discurso do Trono, no qual o governo submete seu programa legislativo ao voto do Parlamento.

"Sem dúvida a aproximação será mais fácil entre liberais e o NPD do que com o Bloco", afirmou Hugo Cyr, cientista político da Universidade de Quebec em Montreal.

O líder do Bloco Quebequense, Yves-François Blanchet, celebrou o bom resultado em Quebec, única província na qual o partido apresentou candidatos: deve praticamente triplicar o resultado de 2015.

"O Bloco pode colaborar, de acordo com o mérito, com qualquer governo. Se a proposta for boa para Quebec, podem contar conosco", disse.

As autoridades eleitorais não divulgaram o índice de participação. Quase 4,7 milhões de canadenses - dos 27,4 milhões de eleitores registrados - votaram de maneira antecipada, um número superior ao registrado em 2015.

Mais velho que os rivais, Trudeau, 47 anos, não tem mais a vantagem da juventude nem da novidade, fatores que o levaram ao poder em 2015.

O líder liberal termina seu mandato afetado por vários escândalos. Sua popularidade caiu após um caso de interferência política em um processo judicial e pela publicação durante a campanha de fotos dele fazendo blackface.

Ao longo da campanha, Trudeau defendeu sua gestão: economia sólida, legalização da maconha, imposto sobre o carbono, acolhida de milhares de refugiados sírios, acordos de livre comércio assinados com a Europa e Estados Unidos e México.

Por sua vez, Scheer prometeu retomar o equilíbrio orçamentário e reduzir os impostos com um objetivo simples: "devolver o dinheiro aos bolsos dos canadenses".

Mas o jovem conservador, pai de cinco filhos e de formação católica, tampouco escapou da polêmica, por sua hostilidade pessoal em relação ao aborto, a revelação tardia de sua dupla cidadania canadense e americana ou suspeitas de que ordenou uma campanha contra seu rival Maxime Bernier.

O governo da província canadense de Québec marcou para o dia 4 de setembro as eleições regionais, abrindo uma campanha eleitoral muito acirrada que poderá levar o Parti Québécois (PQ), de centro-esquerda e separatista, ao poder. O Québec é a única província do Canadá onde a maioria da população fala francês. O atual primeiro-ministro (equivalente a governador) de Québec, Jean Charest, busca um quarto mandato. Charest é do Partido Liberal (Parti Liberal du Québec) e não está bem nas pesquisas de intenção de voto. Sondagem da Leger Marketing mostra que o PQ, liderado por Pauline Marois, está com 33% das intenções de voto, enquanto o Partido Liberal de Charest está com 31%. Caso eleita, Marois prometeu defender a independência do Québec e a separação do resto do Canadá.

"O clima não está positivo para o Partido Liberal", disse Christian Bouquet, vice-presidente executivo da Leger. Nesta quarta-feira, Charest disse que os eleitores escolherão entre o seu partido, que terá foco na criação de empregos e no crescimento econômico, e entre o PQ, o qual ele afirma conduz uma campanha "negativa", desviando o discurso dos temas econômicos e abordando fora de época o questão da independência do Québec.

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Charest também criticou várias vezes o apoio do PQ aos estudantes que conduziram protestos, por vezes violentos, nas ruas de Québec e Montreal, as duas maiores cidades da província francófona. Os estudantes protestam contra as reduções nos subsídios à educação e os aumentos nas mensalidades dos cursos universitários.

Em entrevista à Rádio Canadá, Marois disse que a campanha do PQ está com foco na redução dos impostos para a classe média e na melhora do sistema de saúde. Ele reforçou a defesa da independência do Québec e disse que os liberais perderam totalmente a credibilidade após vários anos de governo. Uma vitória do PQ poderá provocar um certo medo nos traders que detém dólares canadenses, dizem analistas, mas eles esperarão para ver se o partido cumprirá sua promessa de separação.

Em terceiro lugar, as sondagens indicam a coalizão de centro-direita Avenir Québec, com 20% das intenções de voto. Analistas disseram que o Avenir Québec poderá ter peso decisivo no Parlamento provincial, se nenhum dos dois partidos fizer uma maioria na casa de 125 cadeiras. Atualmente, o Partido Liberal tem 64 cadeiras, o PQ tem 47 e o Avenir tem 9.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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