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Com o nome indicado para representar o Partido Verde (PV) na disputa pelo comando da Prefeitura do Recife nas eleições deste ano, o presidente da legenda no estado, Carlos Augusto Costa, afirmou ao Portal LeiaJá, nesta sexta-feira (22), que não pretende romper a aliança com o PSB no estado. 

O anúncio da pré-candidatura à capital pernambucana leva Augusto Costa a se colocar no páreo contra o prefeito Geraldo Julio (PSB) e quebrar uma série de três eleições seguidas com o PV no palanque do PSB. Uma delas, inclusive, concedeu a ele a primeira suplência do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). 

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“É um momento único para o partido, nunca tivemos candidatos a prefeito do Recife. Tenho tratado com tranquilidade esta disputa contra o PSB, tenho certeza que o prefeito [Geraldo Julio] também veja assim”, frisou. “Toda eleição é um cenário diferente. Estamos aliados com o PSB em diversos municípios, não vejo com nenhuma dificuldade isso”, acrescentou lembrando que desde 2010 o PV está alinhado ao PSB.

Para o pré-candidato, como no Recife normalmente acontecem dois turnos, no primeiro é a vez dos partidos exporem suas propostas e o PV deve aproveitar a oportunidade. “Eleição é um momento em que os partidos precisam colocar suas ideias e de fortalecimento dos partidos. Vamos continuar, na Câmara, apoiando a prefeitura naquilo que for estratégico. No plano estadual é outra história. Não temos ideia de romper esta aliança”, reforçou. 

A indicação do PV disputar o pleito, no entanto, não foi aprovada por todos os membros da executiva da sigla no Recife. O vereador Augusto Carreras se posicionou contrário ao ingresso na corrida pela PCR. Indagado sobre o posicionamento do parlamentar, Carlos Augusto Costa pontuou ter esperança de que Carreras mude de ideia.

“Partido político pressupõe discussões. A posição dele foi derrotada, isso faz parte da democracia. Com o avançar da coisa ele pode mudar de ideia, não tenho duvida que ele vai pensar no partido. Respeitamos a posição dele, é legitima, tem suas justificativas”, observou.

Outras candidaturas – Além do Recife, o PV pretende disputar outras 17 prefeituras pernambucanas, entre elas, a de Vitória e Escada. 

O Partido Verde definiu, nesta quarta-feira (20), que pretende disputar o comando da Prefeitura do Recife (PCR) nas eleições deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião da Executiva da legenda no município, que aconteceu no fim de manhã de hoje. O candidato do partido, também definido no encontro, será o presidente estadual do PV, Carlos Augusto Costa.  

“O PV tira hoje um indicativo de que terá candidatura própria e está posto inicialmente como nosso candidato o nome do presidente Carlos Augusto”, afirmou o presidente da legenda no Recife e vereador, Eurico Freire, em conversa com o Portal LeiaJá. “Ele tem feito um trabalho de sucesso não só na capital, mas também no estado como um todo e foi sugerido pela maioria da direção do PV”, acrescentou. 

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Nas eleições de 2012, o PV disputou a PCR com o atual deputado federal Daniel Coelho, atualmente no PSDB. Augusto Costa é o primeiro suplente do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e vai concorrer à administração da capital pernambucana contra o também socialista, Geraldo Julio, o que deve gerar um desconforto entre as legendas. A reportagem do LeiaJá entrou em contato com o pré-candidato verde, mas ele não atendeu as ligações até o fechamento da matéria.

A direção do Partido Verde (PV) em Pernambuco se reúne, nesta quarta-feira (20), às 11h, para definir se postulará ou não o comando da Prefeitura do Recife nas eleições municipais deste ano. Apesar de compor a base aliada da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), a legenda tem dado sinais de que pretende entrar na corrida pela administração da capital pernambucana. 

“O PV é um partido que tem uma aceitação grande por parte do eleitorado, temos constatado isso a cada caminhada que fazemos”, disse o presidente da legenda no Recife e vereador, Eurico Freire, referindo-se aos eventos intitulados pela sigla como ‘Recife Bom Para Viver’. Nas caminhadas, os verdes têm ouvido os recifenses quanto às deficiências da gestão socialista. 

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Indagado se uma candidatura traria desconfortos entre o PV e o PSB no âmbito estadual e municipal, Freire alegou ser uma “disputa legitima”. “A possibilidade de lançarmos candidato é grande. A nossa disputa é mais do que legitima. O que em princípio, visto de fora pode parecer uma afronta, para nós é uma aspiração normal. Estamos numa colocação muito confortável, não ocupamos nenhuma pasta nas gestões”, justificou.

Sobre o possível nome do partido para a majoritária, Eurico preferiu não adiantar. “Prefiro evitar um desconforto prévio, amanhã, talvez, adiantemos os nomes”, observou. A reunião acontecerá na sede da legenda, na Rua Paissandu, no bairro da Ilha do Leite. 

Recentemente o senador Alvaro Dias anunciou a saída do PSDB por discordar dos rumos que o partido tomou, sobretudo no Paraná por dar carta branca para o governador Beto Richa, adversário de Dias, decidir pelo partido no estado. Alvaro foi governador, deputado estadual, deputado federal e exerce o quarto mandato como senador da República, nas eleições de 2010, por muito pouco não foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra, acabou tendo que abrir espaço para o desconhecido Índio da Costa, deputado federal pelo DEM.

Um dos mais aguerridos opositores do PT, Alvaro Dias foi reeleito para o Senado em 2014 com 77% dos votos válidos e agora se filiou ao PV, onde será a estrela do programa partidário da sigla que irá ao ar no dia 12 de janeiro, já sendo enaltecido como pré-candidato à presidência da República em 2018. Alvaro Dias é um político bastante respeitado não só pelos pares como também pela sociedade brasileira, que vislumbra nele um político decente, trabalhador, honesto e sem máculas como a maioria dos políticos.

Sua candidatura presidencial, até pela questão do escasso tempo de televisão do PV, não entra como favorita, mas serve para qualificar o debate, já que ele é um dos melhores senadores do país, com excelente retórica e bastante antenado com as ruas e as redes sociais. Um dos pontos que contribuíram para a ida de Alvaro Dias para o PV foi o fato do partido não estar atrelado a escândalos de corrupção, o que contribui para o discurso ético que o presidenciável deverá adotar em 2018.

Após aparecer como novo filiado do PV e pré-candidato a presidente, Alvaro Dias terá a missão de fortalecer a sigla e viabilizar candidaturas representativas já nas eleições municipais do ano que vem, porque as duas candidaturas presidenciais de Marina Silva seviram pra mostrar que não basta apenas ter discurso, é preciso ter uma logística capaz de difundir o projeto nos estados, e nada melhor que candidatos representativos e competitivos para dar sustentação ao candidato Alvaro Dias.

Águas Belas - Em pesquisa realizada pela Naipes Consultoria sobre a disputa pela prefeitura no ano que vem, o pré-candidato Aureliano Pinto (PDT) aparece liderando a corrida pelo executivo municipal com 39% das intenções de voto, seguido pelo tucano Numeriano Martins com 24% e o socialista Agean Tenório, que tem 12%. Ainda de acordo com o levantamento a gestão do prefeito Genivaldo Menezes (PT) é reprovada por quase 60% dos entrevistados.

Vistoria - O prefeito Geraldo Julio realiza hoje uma vistoria nas obras da Via Mangue. A obra, que era uma das promessas das gestões do PT, tem tudo para sair do papel ainda no primeiro semestre do ano que vem. A Via Mangue atrasou, dentre outros fatores, por conta da escassez de recursos federais, já que o governo da presidente Dilma Rousseff tem fechado as torneiras para o Recife há muito tempo.

Fora Cunha - O Ibope fez um levantamento entre os dias 5 e 9 de dezembro com 2002 eleitores sobre a situação do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Nada menos que 86% dos entrevistados querem que Cunha saia do cargo de presidente da Câmara bem como a cassação do seu mandato de deputado federal.

Fora Dilma - No mesmo levantamento feito pelo Ibope, desta vez sobre a situação de Dilma Rousseff, 67% dos entrevistados querem o impedimento da presidente, enquanto 28% são contrários ao impeachment. Além disso, 90% dos que defendem a saída de Dilma querem também a saída de Cunha do cargo.

RÁPIDAS

Interlocutor - O secretário executivo de Articulação Parlamentar André Campos foi considerado pelos deputados estaduais o melhor interlocutor do Palácio do Campo das Princesas em 2015. De acordo com um parlamentar, não há um pleito que não tenha um encaminhamento por parte de André Campos, que já foi deputado estadual por três mandatos.

Partidos - Após serem criados nada menos que 33 partidos políticos, o TSE decidiu colocar um fim na farra das legendas que são criadas exclusivamente para ganhar dinheiro, seja através do fundo partidário, seja através das negociatas das campanhas eleitorais. Agora serão cruzados os dados dos eleitores que assinam manifesto de criação dos partidos, caso eles sejam filiados a outras siglas a assinatura será invalidada. 

Inocente quer saber - Dilma conseguiu mesmo sepultar o impeachment de uma vez por todas?

A pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2016, os políticos pernambucanos já começam a desenhar o cenário pré-eleitoral. Quer seja em cidades polos ou nos municípios menores, as articulações visando o futuro pleito faz parte das conversas e reuniões partidárias. Este período, inclusive, marca os últimos dias para os que desejam se filiar ou mudar de sigla para concorrer a um cargo eletivo. 

Na Região Metropolitana do Recife, a Frente Popular de Pernambuco hoje composta por 22 partidos predomina a disputa. O que dificultará ainda mais a vida do governador Paulo Câmara (PSB) que em algumas cidades deverá se posicionar contra algum dos seus aliados. Na capital, por exemplo, além do prefeito Geraldo Julio (PSB) que tentará a reeleição, as possíveis pré-candidaturas giram em torno de nomes como o da deputada Priscila Krause (DEM) e dos deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Daniel Coelho (PSDB), todos partidos da base no estado. 

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No campo da oposição, uma pré-postulação já confirmada é a do deputado estadual Edilson Silva (PSOL). Em conversa recente com o Portal LeiaJá, ele pontuou sua participação na disputa. Além dele, os rumores apontam para uma candidatura do PTB, que deve indicar o deputado estadual Silvio Costa Filho. 

Outra cidade em que a disputa deve ser acirrada e os pré-candidatos já estão se articulando é Olinda. Lá o PSB já confirmou a disputa pelo Executivo do advogado Antônio Campos e o PCdoB, que tem atualmente a caneta na mão com o prefeito Renildo Calheiros, ainda estuda se a deputada Luciana Santos pleiteia um retorno ao cargo. No município, ainda tem pré-candidaturas do PMDB, com Izabel Urquizia e o deputado Ricardo Costa; do PV, com Gustavo Rosas; e do PT, com a deputada Teresa Leitão. 

Segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, a disputa pelo comando de Jaboatão está diretamente rivalizada entre o PSB, PSDB e PP. O atual prefeito, Elias Gomes (PSDB), ainda não escolheu quem indicaria para substituí-lo, mas enquanto isso nomes de pré-candidatos vão surgindo. Para o PP, Jaboatão é o foco principal da legenda em 2016. Eles vão disputar o Executivo da cidade com o deputado Cleiton Collins. Já o PSB tem dois nomes no páreo, o primeiro é do vice-prefeito, Heraldo Selva, e o segundo é do deputado federal João Fernando Coutinho. Os dois não escondem o desejo de postular ao cargo. 

Saindo da RMR, entre as cidades da Mata Norte uma das mais cobiçadas é Goiana. Dona de um polo automotivo e outro farmacoquímico, o município deve ter o atual prefeito Fred Gadelha (PTB) na disputa pela reeleição, no entanto, para a corrida a expectativa é de que onze políticos postulem em oposição ao petebista. O grupo é liderado pelo deputado estadual Aluisio Lessa (PSB), também cotado para assumir o Executivo.  

No Agreste, cidades como Caruaru e Gravatá já estão com os nomes sendo lançados. Em Caruaru, além das pré-candidaturas, os ânimos também estão acirrados dentro dos partidos que compõem a base. O partido do atual prefeito, José Queiroz (PDT), não deve lançar candidato e o desafio do gestor tem sido definir quem apoiará. Nos bastidores, conta-se que a pretensão dele seria a candidatura do senador Douglas Cintra (PTB), descartando subir no palanque do PSB. 

A legenda socialista, por sua vez, enfrenta um imbróglio municipal. O vice-prefeito da cidade, Jorge Gomes (PSB), não quer abrir mão da disputa enquanto isso a deputada estadual Raquel Lyra e seu pai, o ex-governador João Lyra, buscam o comando da legenda na cidade para ter autonomia em lançar o nome da deputada para gerir a prefeitura. Caso não entre em acordo com o PSB, a parlamentar deve migrar de sigla e se filiar ao PSDB para concorrer ao pleito. Outro nome visto como pré-candidato local é o deputado Tony Gel (PMDB).

Já em Gravatá, o prefeito Bruno Martiniano (ex-PTB) tem planos de buscar a reeleição, no entanto, o cenário local não converge favoravelmente para ele. Aproveitando a possível queda do gestor, o PSB tem dois nomes sendo vistos como pré-candidatos na cidade o do deputado estadual Waldemar Borges e do ex-prefeito Ozano Brito. Outro nome já colocado na corrida municipal é o do tucano e ex-prefeito da cidade Joaquim Neto. 

Na região sertaneja, uma das principais cidades é Petrolina. Para a disputa do Executivo há uma rivalidade impressa entre PSB, PMDB e PT. Atualmente a gestão está sob o comando do prefeito Julio Lossio (PMDB) que vai indicar seu sucessor. Lossio, ao contrário do esperado, tende a apoiar o deputado estadual Lucas Ramos que é do PSB. Entretanto, no que depender da família Coelho – deputado estadual Miguel Coelho, deputado federal Fernando Filho e senador Fernando Bezerra Coelho – a aliança não vingará. Dos três, um deve ser escolhido para encarar o pleito. Fernando Filho é o mais cotado, já que na última eleição disputou contra Lossio. O PT já lançou a pré-candidatura do deputado estadual Odacy Amorim. 

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A credibilidade dos partidos políticos tem decaído nos últimos anos após a constatação do envolvimento de algumas agremiações em esquemas de corrupção, como o Mensalão e a Lava Jato. Dados de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, apontam que 44,5% dos recifenses não admiram nenhum partido atualmente e 54,7% já admiraram em períodos anteriores. 

Apesar do alto índice na falta de prestígio dos partidos, entre os que residem na capital pernambucana e admiram alguma sigla hoje, o PT é o mais lembrado, com 17,6%. Logo após vem o PSDB (11,3%) e o PMDB (6,3%). Mesmo sendo o partido que governa o Recife e tem a gerencia do Governo do Estado, o PSB ficou apenas no quarto lugar, sendo admirado por 4,9% dos recifenses. Além dos quatro partidos, considerados como principais do país pela conjuntura, o PV (3,6%), o PDT (1,6%) e o PP (1%) também foram citados. 

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Dos recifenses que pontuaram ao IPMN já ter admirado alguma sigla em períodos anteriores (54,7%), o dado que mais chamou a atenção também foi o do PT. Em períodos anteriores, a legenda petista era admirada por 64,3% dos entrevistados. O índice é 46,7% maior que o prestígio atual do partido. A derrocada, para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, é justificada pelas denúncias de corrupção. A legenda é um dos principais focos tanto na Lava Jato quanto no Mensalão. 

“A pesquisa mostra claramente o desgaste da classe política. Se a classe política muda a atitude e tenta conquistar a admiração dos eleitores, certamente, não sofrerá com credibilidade e admiração”, frisou.“No caso específico do PT, nós podemos atribuir as denúncias de corrupção”, acrescentou o estudioso.

No passado, o PMDB é apontado como o segundo mais admirado (10%), seguido pelo PSDB (8,3%), PSB (3,2%), PFL (2,9%), Arena (2,1%), PV (1,8%) e o PDT (1,2%). 

Falta de crescimento do PSDB

Considerado como o maior partido de oposição do país, no quesito Governo Federal, o PSDB, apesar da derrocada histórica do PT, não conquistou um crescimento significativo na admiração dos recifenses. Atualmente a legenda é a segunda mais citada, por 11,3%, e em períodos anteriores o partido tucano foi o terceiro mais admirado, com 8,3%.  

“O PSDB faz oposição por oposição e isso não conquista eleitores. Eles precisam de um discurso. O PSDB não tem conquistado eleitores, por isso, mesmo diante desta crise o PT se mantém como o principal partido do país”, avaliou Adriano Oliveira.

Lula é o mais admirado entre os políticos

A queda na admiração dos recifenses aos partidos também é reproduzida quando o quesito são os políticos. Ao IPMN, 40,9% dos que residem na capital pernambucana afirmaram não admirar nenhum político atualmente e 65,6% pontuaram que no passado já admirou alguém que exerceu (ou exerce) um cargo eletivo.  

O mais lembrado nos dias de hoje é o ex-presidente Lula (PT). Ele é admirado por 21,2% dos recifenses. O índice, sob a ótica do cientista político Adriano Oliveira, é justificado pela gestão exercida pelo petista de 2003 a 2010 quando governou o país e não por ele ser pernambucano. “Se a pesquisa for feita em outra cidade do Nordeste, certamente teremos um resultado semelhante”, disse. “Isso é em virtude de seu governo e desde a origem dele, e em virtude da boa gestão que ele fez quando presidente”, avaliou.

Ainda são admirados pelos recifenses o deputado federal Jarbas Vasconcelos (6,3%); o prefeito do Recife, Geraldo Julio (3,2%); a presidente Dilma Rousseff (2,1%); o deputado federal Daniel Coelho (2,1%); o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (1,9%); o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1,9%); o ex-governador Eduardo Campos (1,5%); a ex-senadora Marina Silva (1,3%); o deputado estadual Cleiton Collins (1,1%); e o superintendente da Sudene, João Paulo (1%).  

Entre os entrevistados pelo IPMN que disseram ter admirado algum político em períodos anteriores (65,6%), Lula também é o mais mencionado. Ele já foi admirado por 36,2%. Após ele, vem Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, com 21,4%; e Jarbas com 7,4%. Além deles, o ex-governador Miguel Arraes (4,4%), FHC (4,2%), Paulo Câmara (3,7%), João Paulo (2,7%), Tancredo Neves (2,5%), Dilma (2,2%), Geraldo (1,2%) e o ex-governador Joaquim Francisco (1,2%) também foram citados. 

O levantamento do IPMN foi realizado entres os dias 20 e 21 de julho. Foram ouvidas 622 pessoas e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é estimada de quatro pontos percentuais para mais ou menos.

Pernambuco vai sediar, na próxima sexta-feira (3), o encontro “Diálogo Brasil” que pretende discutir a atual conjuntura nacional, ouvindo a população sobre os principais pontos em análise no Congresso Nacional. Esta é a quarta edição do seminário que vem sendo promovido pelos Partidos Socialista Brasileiro (PSB), Popular Socialista (PPS) e Verde (PV). O debate será realizado a partir das 9h30, no Hotel Golden Tulip, na Zona Sul do Recife. 

O encontro, que englobará a região Nordeste, vai ser pautado em torno do tema “Desenvolvimento Regional e o Pacto Federativo”. A economista Tânia Bacelar deve provocar os convidados para refletirem sobre o processo de regionalização do Brasil e perspectivas de desenvolvimento no país. Participam ainda o economista e professor da Universidade Federal do Ceará, Jair Amaral; o advogado e ex-deputado federal, Maurício Rands; e o economista e diretor da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto Costa. 

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O governador Paulo Câmara e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, ambos do PSB, vão apresentar o modelo de gestão adotado implantado no comando do Estado e da capital pernambucana. Outros governadores da região, prefeitos, parlamentares e lideranças políticas são aguardados no encontro. A mediação do seminário será feita pelo presidente da Fundação João Mangabeira e ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O evento será transmitido ao vivo pela Fundação João Mangabeira.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) possui um histórico no Partido Verde, onde se elegeu vereador do Recife em 2004 e se reelegeu em 2008. Nas eleições de 2010, surfando na onda verde de Marina Silva conseguiu um mandato de deputado estadual.

Logo assim que assumiu o mandato na Casa Joaquim Nabuco, Daniel se movimentou para ser o líder da oposição ao governo Eduardo Campos. Porém, com a adesão de Sergio Xavier ao governo do PSB, ocupar o cargo sendo filiado ao PV acabou não sendo possível. 

A situação desconfortável acabou tirando Daniel Coelho do PV. Ele optou pelo PSDB e o resto da história todo mundo já sabe. Disputou a prefeitura do Recife ficando em segundo lugar com 245.120 votos em 2012 e nas eleições do ano passado foi o sexto deputado federal mais votado de Pernambuco. Na capital pernambucana Daniel foi o terceiro, perdendo pra Felipe Carreras e Jarbas Vasconcelos. 

Recentemente o PV decidiu entregar os cargos que ocupava na gestão de Geraldo Julio, e a relação azedou na esfera municipal. Hoje o PV estuda a possibilidade de lançar uma candidatura própria, mas é voz corrente no partido uma defesa da tese de apoiar a candidatura de Daniel Coelho pelo PSDB indicando o candidato a vice-prefeito.

O cenário para 2016 ainda está incipiente mas um eventual apoio do PV ao projeto de Daniel Coelho fortalece ainda mais a sua candidatura pois se tornaria um grande fato novo da eleição pelo Palácio do Capibaribe, onde Daniel já é o principal adversário do prefeito Geraldo Julio e naturalmente ficaria mais competitivo.

Rodovias - O deputado Rodrigo Novaes (PSD) subiu à tribuna da Alepe para solicitar ao secretário de Transportes Sebastião Oliveira que fosse realizado um recapeamento na estrada que dá acesso à cidade de Floresta no Sertão de Itaparica, reduto de Rodrigo. Além disso ele pediu atenção especial para a PE 460 que liga Belém do São Francisco a Barra do Tarrachil, na Bahia.

Arcoverde - A prefeitura de Arcoverde, comandada por Madalena Britto, em parceria com o Detran e a Secretaria das Cidades, comandada por André de Paula, aplicará a partir de hoje termoplástico em trinta faixas de pedestres espalhadas pelo município. O material tem uma durabilidade de cerca de três anos. 

Unesco - Será hoje na Faculdade dos Guararapes a abertura do I Workshop Internacional sobre o Desenvolvimento das Cidades da Aprendizagem no Brasil. O evento contará com a presença do prefeito Elias Gomes e do governador Paulo Câmara e começará a partir das 9 horas da manhã.  

Haroldo Duarte - O dentista Haroldo Duarte é uma das grandes apostas do deputado federal Daniel Coelho para as eleições municipais do ano que vem para vereador do Recife. Além de ter o trabalho reconhecido na sociedade, Haroldo faz trabalhos comunitários no intuito de devolver literalmente o sorriso aos mais carentes. 

RÁPIDAS

Desespero - Extremamente personalista, o prefeito de Petrolina Julio Lóssio não conseguiu preparar um sucessor natural para o seu projeto. Com isso tem alimentado diariamente a possibilidade de Lucas Ramos (PSB) ser o seu candidato no ano que vem. O problema é que Lucas pra ser candidato precisa sair do PSB e aparentemente não é o que ele quer.

Declina - O senador Douglas Cintra tem confirmado a aliados a indisposição de disputar a prefeitura de Caruaru no ano que vem. Douglas está muito satisfeito com o mandato no Senado e não está muito animado em trocar um dos melhores cargos públicos do Brasil pra ser prefeito de Caruaru. 

Inocente quer saber - Qual será o próximo partido a desembarcar da gestão de Geraldo Julio? 

Com o objetivo de discutir a crise no país e apontar possíveis caminhos democráticos para enfrentá-la, as fundações João Mangabeira (PSB), Astrogildo Pereira (PPS) e Herbert Daniel (PV) promoverão no Auditório da Federação das Associações de Municípios em Porto Alegre (RS), a terceira edição do seminário: “Diálogo Brasil: Reflexões sobre a crise e os caminhos democráticos”. O encontro marcado para o próximo dia 1º de junho terá transmissão online através do site do PSB.

Para o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, os debates tendem a discutir as problemáticas do Brasil. “O país passa por um momento de dificuldade e os partidos não podem ficar inertes. Devemos caminhar em sintonia com a população, respeitando a democracia e a soberania do nosso país”, destacou.

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Casagrande também detalhou os principais assuntos tratados na reunião. “No Seminário, discutimos propostas como redução de custos de campanha, ampliação da participação da sociedade na política – e é aí que entra o papel das Fundações; o combate à corrupção, a estruturação de um programa para o Brasil que envolva educação, solidariedade, sustentabilidade”, descreveu.

Regiões - O ciclo de debates dos partidos PSB, PV e PPS conta com cinco edições, com o intuito de atingir todas as regiões do país. Até agora, o evento foi realizado em São Paulo e no Distrito Federal. Para participar do encontro é necessário confirmar presença através do email: dialogobrasil2015@gmail.com.

O vereador do Recife, Eurico Freire, assume, nesta sexta-feira (22), o comando do Partido Verde na capital pernambucana. O parlamentar assume a legenda já com o desafio de organizar o grupo para a disputa eleitoral em 2016. Segundo ele, a intenção principal é ampliar a bancada verde na Câmara de Vereadores. Apesar de compor a base do governo, Freire também não descartou a possibilidade do PV disputar a Prefeitura do Recife. 

“Pretendemos pleitear mais cargos na Câmara, estamos em constante discussão para reforçar a nossa bancada”, observou. “Hoje o PV encontra-se na base do governo Geraldo Julio, mas ainda não discutiu a majoritária para 2016. Podemos ter um candidato para a Prefeitura do Recife, não é uma discussão fechada ainda, mas estamos analisando. É um pleito dos integrantes do partido, muitos pedem a candidatura”, acrescentou. Caso a postulação se concretize, o PV será mais uma legenda da base governista a apresentar dissidência. 

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Para endossar as candidaturas de 2016, Eurico Freire também adiantou que a partir de junho o partido vai iniciar uma série de seminários. “Com o objetivo de estar divulgando os trabalhos e colhendo ideias, vamos iniciar uma série de seminários a partir da segunda quinzena de junho”, disse o novo presidente.

A pouco menos de um ano e sete meses para as eleições de 2016, o Partido Verde (PV) de Pernambuco anunciou que terá candidato próprio na disputa pela Prefeitura de Olinda. Defendendo um projeto de terceira via, a legenda vai disputar o pleito com o médico e militante do GreenPeace, Gustavo Rosas. Em entrevista ao Portal LeiaJá, nesta segunda-feira (16), o pré-candidato verde afirmou que pretende iniciar as articulações para embasar sua postulação ainda esta semana. 

“É um projeto de terceira via, que talvez os olindenses queiram. A partir deste fim de semana já vamos começar a discutir o nosso projeto com o povo. Há um anseio do povo de Olinda de ter um candidato alternativo”, argumentou Rosas. 

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Segundo o pré-candidato, a cidade necessita de um prefeito que seja “filho de Olinda”. “O problema de Olinda é que estão querendo importar o candidato de fora. Só por causa de um sobrenome bonito? É um erro político”, disparou sem citar nomes, mas fazendo menção à possibilidade do advogado Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador Eduardo Campos, disputar o Executivo municipal. “Já temos o clã dos Urquizas e o PCdoB, agora querem trazer alguém do Recife para comandar Olinda”, criticou. 

Avaliando a atual gestão, Gustavo Rosas observou que existe um “uma revolta e o sentimento de mudança muito forte” na cidade. “Sabemos de tudo o que foi recebido por Olinda, em termos de orçamento, mas poucas ações tiveram resultados. Mais de 17 mil casas sem saneamento em Olinda, dificuldade em atrair indústrias, a decaída do turismo. As pessoas não vão mais para Olinda, passam só uma tarde e vão embora para Porto de Galinhas”, disse. 

Agenda de seminários

Com a pretensão de eleger ao menos 40 vereadores em Pernambuco no pleito eleitoral de 2016, o PV vai realizar uma série de seminários pelo estado. Os primeiros vão acontecer nas cidades de Belo Jardim, dia 11 de abril, e Escada, no dia 25 do mesmo mês. 

Atualmente o PV conta com 27 vereadores em todo o estado, sendo dois deles no Recife: Augusto Carreras e Eurico Freire. Além da intenção de ampliar o número dos verdes no legislativo, a legenda também pretende conquistar o comando de no mínimo cinco prefeituras. 

O calendário, de acordo com o presidente estadual da legenda, Carlos Augusto Costa, faz parte de um planejamento estratégico do PV.  “Hoje temos 13 mil filiados e estamos num momento de reestruturação da entidade. Já tivemos mais de 100 adesões desde que começamos as inserções da propaganda televisiva”, ressalta Costa, ao se referir sobre os comerciais que estão no ar desde 16 de fevereiro.

O empresário e ex-deputado federal pelo PSDB e PV Vittorio Medioli, de 63 anos, foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão por crime contra o sistema financeiro. O ex-parlamentar foi um dos alvos da Operação Farol da Colina, realizada pela Polícia Federal para desbaratar um esquema por meio do qual foram enviados ilegalmente mais de US$ 3 bilhões para o exterior com uso da Beacon Hill Service Corporation.

A sentença contra Medioli foi expedida pela Justiça Federal em Minas Gerais no último dia 28 e divulgada nessa segunda-feira, 2, pelo Ministério Público Federal (MPF), que informou ter recorrido da decisão. A Procuradoria da República solicita ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) o aumento da pena para "patamares próximos ao máximo". O acusado foi condenado a três anos e um mês de prisão pelo crime de evasão de divisas e a dois anos e quatro meses de prisão por "manutenção clandestina de depósitos" no exterior. A lei prevê penas de até seis anos de prisão para cada um dos crimes.

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Segundo o MPF, as operações pelas quais Medioli foi acusado foram realizadas em 2002 e totalizaram US$ 595 mil, equivalentes a cerca de R$ 3,8 milhões em valores corrigidos. De acordo com as investigações, o então deputado federal teria entregue a quantia a um doleiro brasileiro, que a enviou para uma conta do empresário na Suíça por meio da subconta Monte Vista, mantida pela Beacon Hill na agência do Banestado em Nova York. Na denúncia, o Ministério Público acusou Medioli de efetuar "operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas" e também de manter "depósito de quantias no exterior sem informá-lo às autoridades competentes".

Revelia

Proprietário da Sempre Editoria, que publica os jornais O Tempo e Super Notícia, e do grupo Sada, entre outras empresas, Medioli alegou em sua defesa que não sabia sobre o envio de recursos para o exterior, assim como sobre o depósito em banco suíço. Mas fez retificação de declaração de renda para informar sobre a conta."Não se revela crível que recursos dessa monta tenham sido enviados e mantidos em conta no exterior de titularidade do acusado, a sua revelia", afirmou a juíza Rogéria Maria Castro Debelli, da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte.

Para a magistrada, o empresário "não só detinha pleno conhecimento de sua existência (conta), mas também dos mecanismos de abastecimento dela". "As consequências do crime são graves, tendo em vista que os fatos ora julgados integram-se a um esquema de evasão, sonegação e lavagem de capitais, operacionalizados por intermédio da empresa Beacon Hill Corporation, para o qual o acusado emprestou colaboração, disponibilizando para evasão do País e custódia no exterior, recursos financeiros vultosos", afirmou a juíza.

Medioli não foi encontrado para falar sobre o caso. No escritório de seus advogados, a informação foi de que um dos defensores, Décio Flávio Gonçalves Torres Freire, está viajando e outro, João Felipe Pinto Gonçalves Torres, não estava. Até o fechamento desta edição eles não retornaram os recados. Outro advogado que consta no processo, Fábio Antônio Tavares dos Santos, baseado em São Paulo, não foi localizado. A defesa já apresentou recurso à Justiça.

A Beacon Hill era uma espécie de conta-ônibus, que abrigava diversas subcontas usadas para enviar recursos ilegalmente para o exterior, descoberta pelo então promotor de Manhattan Robert Morgenthau. As investigações no Brasil ficaram a cargo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado, que deu origem à operação Farol da Colina.

O PV, do secretário de Coordenação das Subprefeituras Ricardo Teixeira, decidiu não fechar apoio prévio à reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT). Com a decisão, Teixeira deve sair do partido e se filiar ao PR do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues.

Um dos homens-fortes de Haddad, o ex-tucano Teixeira vai permanecer no governo. Chamado pelo próprio Teixeira para uma conversa com Haddad na semana passada, o deputado federal José Luiz Penna (PV) declinou. Ele decidiu não fechar apoio com nenhum mandatário de Executivo antes das eleições de 2016.

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A sigla estuda ter candidatura própria, como fez nas eleições ao governo estadual do ano passado, quando lançou o médico e vereador Gilberto Natalini. O próprio Natalini deve ser o candidato a prefeito do partido.

Teixeira deve se tornar agora o homem do ministro Rodrigues dentro do governo municipal petista. Mas ele deve postergar sua desfiliação do PV até outubro, para não perder sua cadeira na Câmara Municipal - um ano antes das eleições ele precisa se filiar a outro partido para disputar as eleições de 2016.

O PV já comunicou o secretário que vai pedir sua vaga no Legislativo de volta, caso ele confirme a desfiliação.

A entrada do PR na gestão municipal fortalece Haddad na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. Rodrigues é aliado da ex-senadora Marta Suplicy (PT), que ensaia sua entrada no pleito de 2016. Agora o ministro já fechou apoio à reeleição de Haddad, assim como o PMDB do secretário da Educação, Gabriel Chalita.

'Desconvite'

Na composição para as eleições de 2016, Haddad também avaliou não ser possível manter relação de estreita confiança com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), atual ministro das Cidades. Por isso, o vereador Marco Aurélio Cunha foi "desconvidado" a participar do governo, mesmo após ter dito que aceitaria o convite feito pelo então secretário de Relações Governamentais, Paulo Frateschi.

Haddad ficou irritado com a demora para Cunha responder seu segundo convite feito ao vereador para assumir a SPTuris (São Paulo Turismo) - o primeiro havia sido feito em 2013, no primeiro ano de governo. O convite ocorreu no dia 22 de dezembro e o vereador ligado ao São Paulo demorou mais de duas semanas para responder.

Além da demora, Haddad avaliou que não havia entendimento dentro da bancada do partido na Câmara. O vereador Goulart (PSD) também queria o cargo, enquanto Police Neto (PSD) defendia a independência da sigla em relação ao governo do PT. Police Neto foi opositor de projetos considerados importantes para os petistas, como o aumento do IPTU.

Kassab também já adiantou que a ida de Cunha ao governo era uma decisão pessoal do vereador e não significaria apoio à reeleição do petista. O ministro também quer ter liberdade para lançar uma eventual candidatura própria em São Paulo no ano que vem. Um dos nomes do PSD cotados para a disputa é o do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

O bloco formado por PSB, PPS, Solidariedade e PV se prepara para atuar como uma federação de partidos. Apesar dessa figura jurídica não existir no Brasil, ela existirá politicamente a partir de um estatuto de "boa vontade" firmado pelas legendas, conforme relatou Márcio França em entrevista ao Broadcast Político. O vice-governador de São Paulo e presidente estadual do PSB foi um dos principais articuladores da federação, cujo intuito é ter uma posição única de apoio e candidaturas únicas em todos os municípios nas eleições de 2016. "Vamos ter um estatuto próprio, de federação, e vamos ter uma decisão única no Brasil", disse França. "Vamos experimentar essa convivência".

França disse que não houve um convite formal da federação à senadora Marta Suplicy (PT), mas disse que senadores do PSB estão em contato com ela desde o ano passado e que ela seria um quadro muito bom para disputar a prefeitura da capital paulista pelo grupo. O vice-governador falou também sobre a situação nacional do PSB após a morte de Eduardo Campos, no ano passado. Para ele, apesar de haver forças dentro da legenda trabalhando para o retorno à base governista, o PSB não deve voltar a compor o governo Dilma Rousseff (PT). "Seria um desprestígio à memória de Eduardo", afirmou. Veja os principais trechos da entrevista:

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Como um dos principais articuladores do bloco formado por PSB, PPS, Solidariedade e PV, como responde às críticas de que não há identidade entre essas legendas

O objetivo do bloco é juntar coisas que não são idênticas, mas que têm semelhanças. Somos partidos médios, de independência ou oposição ao governo, temos uma origem mais à esquerda que à direita. São três pontos já importantes. O que importa é que peixe grande come peixe pequeno. Peixe grande não como peixe grande. Na medida em que temos 67, 68 deputados, nós ficamos do tamanho do PSDB, do PT e do PMDB.

Não será difícil administrar os interesses dentro desse bloco, principalmente com vistas às eleições municipais de 2016?

Uma construção como essa tem que ser feita de forma antecipada, que é o que estamos fazendo. Fizemos na frente de todo mundo, já no ano passado inauguramos a federação. Aliás, o bloco, mas no formato de federação. Vamos ter um estatuto próprio, de federação, e vamos ter uma decisão única no Brasil.

Em todas as prefeituras haverá um candidato único ou posição única da federação?

Em todas, nas cinco mil e quinhentas. É o preâmbulo. Claro que, se em determinado lugar houver duas figuras nossas de igual tamanho e que valha a pena ter duas candidaturas em vez de uma, a federação pode abrir uma exceção, mas a regra será posição única em todo o Brasil. Fizemos uma conta preliminar e, em 80% dos municípios, há um cenário consolidado.

Esse estatuto já foi escrito, já foi aprovado pelos quatro presidentes?

O esboço geral já, mas ainda não redigimos artigo por artigo. No mundo jurídico, a federação não existe, mas isso não importa. É como uma fusão política, mas desprendida administrativamente. Porque teríamos problemas, por exemplo, com o fundo partidário. Cada partido continua com suas fundações, com seus presidentes, com seu dinheiro, mas temos um estatuto de 'boa vontade'.

Como será a estrutura dessa federação?

Haverá uma executiva nacional da federação, composta por três membros de cada partido. Esses 12 membros vão ter poder de decidir, de enquadrar para baixo nas esferas estaduais e municipais. Em Curitiba, por exemplo, tem um nome forte do PPS, do Rubens Bueno, que é líder, tem um nome forte nosso, do ex-prefeito Luciano Ducci, e do Solidariedade, que é o (Felipe) Francischini, e nem sei se tem do PV. Mas já de cara tem uma cidade assim. Por isso, tem que ter uma regra. Em cada caso, é feito um acordo municipal, se não houver consenso, qualquer uma das partes pode recorrer para a esfera estadual, tudo com 48 horas para a decisão. Se não houver consenso, em 48 horas recorre-se para a estrutura nacional. Vamos experimentar essa convivência.

Em São Paulo o cenário já está traçado?

Estamos pensando. Teria uma só pessoa 'natural' que seria a Luiza (Erundina), mas me parece que ela não quer. Pelo que ouço e leio, eventualmente a Marta (Suplicy) poderia ser uma chance de candidatura.

Por qual legenda?

Ela pode escolher para onde ela quer ir. Em qualquer um dos partidos ela teria apoio dos quatro, estaria com patamar de tempo de televisão suficiente. Mas não tem sentido a gente ficar fazendo pressão, até porque ela está saindo de outro partido (PT).

Houve um contato formal da federação ou do PSB com a Marta?

Não, mas os nossos senadores, o próprio Rodrigo Rollemberg (governador do Distrito Federal), conversaram com ela no ano passado. Ela disse que o PSB era uma opção simpática para ela. Também não vejo muito mais para onde ela possa ir. Uma pessoa de esquerda como ela não vai para um partido de direita. Mais à esquerda teria um PCdoB, por exemplo, mas é da base do governo e ela ficaria amarrada na engrenagem do governo. Então, acho que a federação seria uma boa saída para ela.

O senhor pretende conversar com a Marta?

Sim, se ela quiser, converso com ela, tenho muito prazer. Ela é uma senadora da República, além de tudo. Sinto que esse dia está chegando. Acho que ela vai cumprir alguns rituais, mas depois de tudo que falou, não vejo mais como ela continuar no PT. Claro que sair do PT não é fácil, mas a marca da Marta sempre foi um certo arrojo. Se ela fizer essa migração, será um nome relevante na disputa com (Fernando) Haddad (PT), (Celso) Russomanno (PRB). É um bom nome para disputar a prefeitura, sem dúvida.

Existe um núcleo do PSB pressionando para que o partido deixe a posição de "independência" e volte à base do governo, principalmente no Senado. O PSB pode voltar a integrar o governo Dilma?

Esse núcleo do partido terá muita dificuldade em fazer um retorno porque isso, no fundo, daria a sensação que a morte do Eduardo (Campos) foi em vão. Ele morreu na luta contra essa posição do governo. Voltar, por causa de meia dúzia de cargos, seria um desprestígio à memória do Eduardo.

O senhor vê força política para mudar isso?

Relevante, não vejo. Eu diria que essa posição (de voltar ao governo) é 20% do partido.

O PSB não corre o risco de, na oposição, virar uma linha auxiliar do PSDB?

Corre, como corria de ser linha auxiliar do PT. Não vamos passar de um partido médio a grande de supetão, em uma eleição nem em duas. Estávamos planejando fazer isso em três, há doze anos. E fizemos. Eduardo seria presidente da República, na minha visão. Ou se credenciaria para ser o futuro presidente, em 2018. Agora vamos ter que refazer. Temos governadores, temos vice-governo em São Paulo, temos algumas posições que são 'nacionais'. Uma outra hora surgirá de novo outra possibilidade para estar posicionado de novo.

O senhor se aproximou muito de Geraldo Alckmin, é hoje vice do governador. Acha que ele é o potencial candidato do PSDB para 2018?

É precipitado falar qualquer coisa agora, mas qualquer governador de São Paulo é sempre um nome credenciado para disputar a Presidência. As obras físicas do governador são obras muito impactantes, o metrô, o Rodoanel, rodovia dos Tamoios. A vitória do Aécio (Neves) em São Paulo, acachapante, e a derrota em Minas dá uma sensação de que o Geraldo, se quiser disputar, vai ter muitas condições. E penso também que, depois dessa turbulência com denúncias todo dia envolvendo a Petrobras, as pessoas podem procurar por algo mais estável. E isso tem o jeito do governador, de um governo que você sabe que é reto. Mas, como Aécio veio de uma campanha muito forte, com votação alta, essa é uma tarefa que o PSDB vai ter que matar.

A questão da água pode prejudicar o segundo mandato de Alckmin?

Claro que isso pode impactar, mas o paulista tem noção que a estiagem não é culpa do governador. O que tecnicamente é possível fazer está sendo feito. E acho que, com especialistas mais aprimorados ainda, eles estão encontrando soluções.

O senhor se vê como um sucessor de Alckmin no governo estadual?

Me vejo como um aprendiz dele ainda. É muito cedo para falar disso. Meu principal objetivo é fazer do atual governo Alckmin o melhor governo dele. O resto, as consequências, o tempo vai dizer.

Com a campanha dos deputados federais à presidência da Câmara Federal já iniciam as especulações, articulações e contradições no cenário político. No início da tarde desta terça-feira (20), em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, o candidato Julio Delgado (PSB-MG) contradisse um dos seus oponentes, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que afirmou, durante visita ao governador do Estado Paulo Câmara, no dia 15 de janeiro, que receberia o apoio do PSB no segundo turno.

Segundo o socialista, a sigla não visa apoiar o candidato do PT, no segundo turno, caso o mesmo venha a concorrer o posto com Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Não existe nenhum acordo firmado. Estamos com os partidos que nos apoia o PPS, PV e PSDB, e com eles temos o acordo de construir com essa diferenciação para chegarmos ao segundo turno e para vencermos as eleições”, negou.

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Ainda em entrevista, Delgado afirmou de maneira otimista que está contabilizando os votos para chegar ao segundo turno e vencer. “Eu não trabalho com a hipótese de não estar no segundo turno, porque estou sentindo uma adesão de deputados de todos os partidos e correntes. Além disso, estamos contabilizando os votos para concorrer para o segundo turno”, concluiu.

A votação para a escolha do novo presidente da Câmara Federal será realizada no dia 1º de fevereiro. Ao todo, a cassa possui 513 deputados federais. Destes, o PSB conta com 34 parlamentares, além do apoio do PSDB (54), PPS (10) e PV (8), somando 106 possíveis votos favoráveis ao candidato socialista. 

O PSB, o PPS, o Solidariedade e o PV lançaram um novo bloco parlamentar, chamado Esquerda Democrática, que irá atuar a partir de fevereiro de 2015. Na Câmara dos Deputados, o novo bloco será o segundo maior da Casa, já que terá 67 parlamentares. Apenas a bancada petista, que terá 69 deputados a partir do próximo ano, será maior.

De acordo com os líderes, o bloco deve estender-se às assembleias legislativas e câmaras de vereadores. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a união dos partidos também vai valer para as eleições municipais de 2016. "Esse bloco quer atuar nas eleições de forma unida, ou seja, orientando cada estado e cada município que atue em conjunto para que o bloco tenha um candidato para, com essas novas ideias e novos projetos, enfrentar o debate eleitoral", frisou.

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No entanto, o consenso não vai chegar aos apoios para as eleições na Câmara. O PSB anunciou a candidatura do deputado Júlio Delgado (MG), que contará com os votos do PV e PPS. Já o SD já anunciou que irá apoiar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Com informações da Agência Câmara.

Momentos antes da primeira votação do projeto do Executivo estadual, que obriga a instalação de Telhados Verdes em edifícios com mais de quatro pavimentos e imóveis não habitacionais com área a  partir de  400m², a vereadora Michele Collins (PP) apresentou uma emenda ao projeto.  O substitutivo apresentado pela parlamentar solicita que as igrejas e templos religiosos sejam excluídos da obrigatoriedade.

A vereadora alegou que por se tratar de organizações sem fins lucrativos, nem todas as igrejas, disponibilizaria o investimento necessário para a instalação dos respectivos telhados ecológicos. “A emenda vem solicitar a tolerância em relação aos templos religiosos, pois nem todos terão condições  de cumprir com a determinação. Também é preciso levar em consideração o projeto arquitetônico das igrejas, q dificulta a instalações dos telhados, pois muitas delas pelo formato de torre”,pontuou Collins.

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Para ingressar com a emenda, a vereadora precisaria recolher 13 assinaturas, mas Michele Collins conseguiu angariar 17 aliados, dentre os 39 parlamentares da casa José Mariano. De acordo com a vereadora não há impedimento para a matéria ser aprovada. 

Na outra ponta, o vereador Eurico Freire (PV), que iniciou a matéria na Câmara dos Vereadores, mas retirou a proposta quando a prefeitura do Recife decidiu ingressar com a projeto,  lamentou o adiamento da votação. Apesar de reconhecer a validade da solicitação, o parlamentar defende que a vereadora teve tempo suficiente para apresentar a emenda anteriormente. “Fizemos audiência pública e tivemos um período razoável para aprovação das emendas”. 

O parlamentar ainda ressaltou que o substitutivo faz com que dois eixos deixem de ser beneficiados, pois além dos frequentadores das organizações religiosas, os moradores do entorno dos respectivos imóveis não serão favorecidos com a diminuição de cerca de 4 graus na temperatura. “Uma das finalidades da igreja é o cuidar e o projeto também tem essa missão, porque pensa na preservação do meio ambiente e, consequente, no bem estar da população. Espero que o substitutivo venha a ser rejeitado pelas comissões”, concluiu Freire.

Com a solicitação de emenda, o PL 67/2013 não tem prazo para ser apreciado, pois só voltará ao plenário para a votação após o parecer das comissões de Legislação e Justiça, Finanças e Orçamento e de Meio Ambiente.

O projeto de lei Telhado Verde, idealizado pelo vereador Eurico Freire (PV), vai ser votado na Câmara Municipal do Recife na próxima terça-feira (18). Se aprovado, os edifícios com mais de quatro pavimentos passarão a ser obrigados a ter uma camada de vegetação aplicada sobre a cobertura. Além disso, os não-habitacionais com mais de 400 m² de área de coberta também devem implantar o sistema. A ideia é não apenas melhorar o aspecto paisagístico da cidade, como também diminuir os efeitos das ilhas de calor.

A decisão de colocar o dispositivo em pauta foi tomada na última quinta-feira (13), quando a Comissão de Meio Ambiente da Casa realizou uma reunião para discutir a matéria. Durante o encontro ficou acordado que as Comissões de Legislação e Justiça e de Finanças irão elaborar um parecer conjunto para apresentar ao plenário. 

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“O Recife vai seguir o exemplo de lugares como Stuttgart, na Alemanha. A cidade é referência mundial em sustentabilidade. Alcança, atualmente, 60% de cobertura vegetal, sendo 300 mil metros quadrados de telhados verdes. São Paulo, Curitiba e Buenos Aires também já são exemplos de cidades cujos edifícios possuem uma cobertura verde”, comentou Eurico Freire.

O PLE 67/2013 também dispõe sobre a construção de reservatórios de acúmulo ou de retardo do escoamento das chuvas para a rede de drenagem. Assim, as águas poderão ser reaproveitadas e os problemas com alagamentos vão ser minimizados.

O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, vai se reunir com a diretoria nacional do partido na quarta-feira, em Brasília, para decidir qual candidato terá o apoio da legenda no segundo turno das eleições presidenciais. Ao fim do encontro, o partido fará um pronunciamento oficial em favor de Dilma Rousseff (PT) ou de Aécio Neves (PSDB).

No último domingo, Eduardo Jorge declarou que o partido não repetirá o "erro" de 2010, quando ficou neutro na segunda etapa das eleições, após a derrota de Marina Silva no primeiro turno. O candidato ficou em 6º lugar na corrida presidencial com 0,61% dos votos válidos, atrás do Pastor Everaldo (PSC) e de Luciana Genro (PSOL).

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O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, afirmou que Aécio Neves (PSDB) "realmente conseguiu se recuperar" e que deu "a mão à palmatória", já que havia apostado em um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

Jorge disse estar animado e reiterou que o PV apoiará um candidato no segundo turno, reconhecendo a mudança de cenário apontada pelas pesquisas, com o avanço de Aécio. "Primeiro eu já dei a mão à palmatória no ultimo debate e ele já bateu na minha mão, porque realmente ele conseguiu se recuperar", disse, bem-humorado, ao ser lembrado que apostou em um segundo turno entre Dilma e Marina. "Se a gente não for para o segundo turno, vamos discutir com A e B e ver quem está mais próximo da gente. Isso é um compromisso, não faremos como em 2010", ressaltou, sobre a neutralidade do partido naquele ano.

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O candidato afirmou, ainda, que é "emocionante" o apoio da juventude à sua campanha. Ele voltou a falar da importância de uma reforma política, com voto facultativo. Segundo ele, sua campanha foi a única que não recebeu doações de empresas e, por isso, foi muito "austera". "Montamos site, Facebook, e em dois meses já tínhamos 130, 140 mil seguidores", disse.

Eduardo Jorge chegou de bicicleta ao seu local de votação no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, acompanhado do filho e do neto, que cantou o jingle da campanha para os jornalistas. Ao votar, Jorge teve a companhia do candidato do partido ao governo do Estado, Gilberto Natalini. Depois da votação, Jorge tirou selfies com um repórter do humorístico Pânico e disse que a próxima agenda do dia é levar o neto para o museu.

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