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Rio de Janeiro – O balanço divulgado na tarde de hoje (14) pela Secretaria de Estado de Segurança diz que foram apreendidas 38 armas de diversos calibres desde o começo da operação, na madrugada de ontem (13) na Rocinha. Foram encontrados 15 fuzis, 20 pistolas, uma submetralhadora e duas espingardas. Também foram apreendidas 16 mil munições de diversos calibres, 12 granadas e 61 bombas artesanais.

O total de drogas apreendidas chega a 315 quilos (kg), sendo 135 kg de cocaína, 120 kg de maconha e 60 kg de pasta base de cocaína. Também foram encontrados 38 comprimidos de ecstasy e 135 pedras de crack.

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Seis pessoas foram presas, incluindo um homem de 31 anos que estava foragido da penitenciária em Niterói, onde cumpria pena em regime semi-aberto por tráfico. Ele foi convencido pela própria mãe a se entregar, no início da tarde, aos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
 

A chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, estava na manhã de hoje fazendo uma vistoria na favela da Rocinha, ocupada ontem pelas forças de pacificação. A delegada diz que tem cerca de 500 policiais civis trabalhando na comunidade, dando prosseguimento à operação "pente fino", que está sendo feita em locais da comunidade atrás de drogas e armamentos.

Segundo Marta Rocha, após a conclusão deste processo inicial, os policiais civis vão se dedicar a concluir os inquéritos abertos que necessitavam de diligências na Rocinha.

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O coronel Erir disse ter cerca de mil homens na Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Segundo ele, na quarta-feira, haverá uma reunião com as forças de segurança para definir que a Rocinha será ocupada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Vidigal, pelo Batalhão de Choque, até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Apreensões

A Secretaria de Segurança fez um balanço parcial das apreensões desde o início da operação até as 11 horas de hoje. Foram presas cinco pessoas e apreendidas as seguintes armas e munições: cerca de 16 mil munições de diversos calibres, 20 pistolas, 15 fuzis, 1 submetralhadora, 2 espingardas, 20 rojões, 3 granadas, 7 lunetas, 171 carregadores diversos, 3 machados, 1 facão, 1 pistola desmontada e 61 bombas artesanais.

Também foram apreendidas drogas: 120 quilos de maconha (papelotes, tabletes), 60 quilos de pasta base de cocaína, 135 quilos de cocaína, 135 pedras de crack e 38 comprimidos de ecstasy.

Foram apreendidos ainda 75 motos, 2 automóveis (um Toyota Hilux e um Astra 2.0), 50 cartões de crédito, 27 máquinas caça-níqueis, 3 centrais clandestinas de TV a cabo e 21 mil mídias (CDs e DVDs) piratas.

Os serviços de coleta de lixo nas comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, nas zonas oeste e sul do Rio de Janeiro, foram retomados hoje de manhã. A prefeitura havia interrompido a limpeza dessas favelas no sábado, devido à ocupação da região pelas polícias Militar, Civil e Federal, além das Forças Armadas.

De acordo com a prefeitura, 157 homens - entre garis comunitários e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) - limpam os locais com o apoio de caminhões basculantes, compactadores, retroescavadeiras e minitratores. Os serviços de conservação de logradouros e de manutenção da iluminação pública têm previsão para começarem na quarta-feira.

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As forças policiais continuam as revistas, buscas por drogas e armas nas três comunidades e tentam cumprir mandados de prisão. De acordo com o relatório do governo do Estado sobre o primeiro dia de ocupação, a polícia prendeu quatro pessoas e apreendeu 20 pistolas, 15 fuzis, uma metralhadora, 20 rojões e três granadas, além mais de 15 mil munições de vários calibres e sete lunetas. Também foram recolhidos 112 quilos de maconha, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha, 14 tabletes de cocaína, 75 motos e uma Toyota Hilux. As informações são da Agência Brasil.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse hoje que o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na quinta-feira, pode ajudar a elucidar casos de corrupção envolvendo policiais civis e militares.

Em entrevista à TV Globo, Beltrame disse que o depoimento do traficante Nem pode ser uma "oportunidade importantíssima" para elucidar esses casos de corrupção e não descarta o oferecimento de alguma medida judicial para que Nem contribua com a Justiça e a polícia. Para o secretário, a Operação de Choque foi "um trabalho de inteligência e não de guerra".

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Sem confrontos ou feridos, as forças de segurança retomaram o controle ontem das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu. A operação, que contou com apoio de blindados da Marinha e de agentes federais, durou apenas duas horas e completou a pacificação de todas as favelas da zona sul carioca. Também fechou o cinturão das regiões do centro e da grande Tijuca, essencial para a segurança da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

A expectativa da cúpula da segurança do Rio é ainda mais ambiciosa: mesmo diante do desafio de sustentar o plano de expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em meio às dificuldades para recrutar novos policiais, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que a multiplicação das UPPs segue "um passo sólido" e a meta de instalar 40 delas até a Copa está garantida - o cronograma, porém, ainda não foi definido.

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Segundo Beltrame, a repetição da parceria entre as forças de segurança estaduais e federais já consolidou "uma filosofia, uma maneira de trabalhar", que pode ser repetida em outras missões. "Nós estamos caminhando com passos que talvez não tenham a velocidade que todos nós gostaríamos, mas são passos sólidos", afirmou o secretário.

Em formação

Oficiais do comando da PM ouvidos pelo Estado estimaram que a UPP da Rocinha, a 19.ª do Rio, terá entre mil e 1,5 mil agentes, divididos entre postos na Rocinha, no Vidigal e na Chácara do Céu. O efetivo tem sido motivo de muita negociação na cúpula da PM, dada a dificuldade de acelerar o cronograma de formação dos policiais. O governador Sérgio Cabral revelou que o planejamento da operação na Rocinha só começou depois que a presidente Dilma Rousseff concordou em prorrogar até junho do ano que vem a presença do Exército no Complexo do Alemão, na zona norte.

Quase um ano depois da invasão, o governo do Rio ainda não conseguiu formar policiais para substituir a ocupação militar no Alemão. Cabral pediu mais tempo a Dilma para usar o efetivo em formação na Rocinha ainda neste ano. Beltrame admitiu que o lento recrutamento de novos policiais e as dificuldades orçamentárias para elevar os salários da corporação aumentam os obstáculos para a expansão sustentável das UPPs. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de esconder drogas das forças policiais que subiram a Rocinha, traficantes enterraram cocaína e maconha e utilizaram até balões de aniversário como embalagem para despistar os cães farejadores. Nas apreensões de hoje, homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontraram além de drogas, armas, entre elas uma usada pelo traficante Nem, munições e até equipamentos de uma central de TV a cabo clandestina.

Em pouco mais de uma hora, quatro carregamentos com apreensões feitas na Rocinha chegaram durante a tarde ao 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, zona sul do Rio. Decodificadores, fios e outros aparelhos foram encontrados na central ainda em funcionamento na Rua 1, porém já abandonada pelos traficantes. A equipe que fez a apreensão estima que cerca de 100 residências recebiam o sinal de TV ilegalmente.

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Os policiais também apreenderam 51 pacotes de maconha, 145 trouxinhas da droga e 60 pacotes de pasta base de cocaína, cada um com cerca de um quilo, além de uma balança de precisão. Foram encontrados ainda dez carregadores, cartões, celulares, R$ 415,00 em espécie, uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil. Os itens vieram de diversos pontos das localidades de Cachoupa, Roupa Suja e Laboriaux, todas na Rocinha.

Na área conhecida como Dioneia, na parte alta da Rocinha, o Bope encontrou dois fuzis e uma metralhadora. Uma das armas tinha a inscrição "Mestre", um dos apelidos do traficante Nem. Em outro carregamento, estavam cerca de 135 quilos de cocaína encontrados pelo Batalhão de Ações com Cães no Laboriaux. Alguns dos tabletes estavam embalados dentro de bexigas, mas, mesmo assim, foram encontrados pelos cães.

As polícias Civil e Militar prenderam quatro suspeitos e apreenderam 15 fuzis neste domingo, 13, o primeiro dia da Operação Choque de Paz, nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro.

Também foram apreendidas 20 pistolas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, três granadas, mais 15 mil munição para armas de calibres diversos, 61 bombas artesanais e dois rádios transmissores. Os policiais encontraram 112 quilos de maconha, além de 60 quilos de pasta base de cocaína. Setenta e cinco motos e um automóvel Toyota Hilux foram recuperados. Duas centrais clandestinas de TV a cabo foram fechadas. O balanço sobre divulgado nesta tarde é sobre as apreensões realizadas entre a manhã e às 18 horas.

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Os agentes iniciaram a retomada das comunidades de Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu às 4 horas. Dezoito blindados dos Fuzileiros Navais, seis blindados "Caveirão", além de helicópteros blindados e um helicóptero observador que transmite imagens em tempo real através de uma câmera térmica - foram deslocados para permitir um acesso mais seguro das tropas às comunidades. Por volta das 6hs da manhã as forças de pacificação reassumiram o controle de todo o complexo da Rocinha, sem que um único tiro fosse disparado.

A Operação Choque de Paz foi precedida por outras ações antes da ocupação deflagradas ao longo de duas semanas. Nesse período, as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal 37 pessoas foram presas - entre eles 1 policial militar e 3 policiais civis - e 7 menores apreendidos. Entre os detidos, estão os líderes de facções Antônio Francisco Bomfim Lopes, o "Nem"; Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho"; Varquia Garcia dos Santos, o "Carré"; e Sandro Luis de Paula Amorim, o "Peixe". Oito suspeitos morreram em trocas de tiros com os agentes.

Grande quantidade de drogas foi capturada pela Polícia Militar nessas operações, totalizando 3.086 sacolés de cocaína, 1.519 pedras de crack, 355 papelotes de cocaína e 537 trouxinhas de maconha. Dois automóveis e oito motos também foram apreendidos, além de 46 armas, 10 granadas e 32 artefatos caseiros.

Oito horas e quarenta minutos depois da chegada do primeiro blindado da força de ocupação à favela da Rocinha, uma bandeira do Brasil e outra do Estado do Rio foram hasteadas na localidade conhecida como "curva do S", um dos pontos mais movimentados do morro, como símbolo da retomada do território.

Moradores acompanharam o hasteamento, tirando fotos e filmando. Alguns aplaudiam. Nas janelas das casas, assistiam de longe. O ponto onde estão as bandeiras fica em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do governo do Estado.

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Neste momento, cerca de 300 moradores estão no local observando a movimentação policial. A todo instante, descem veículos da polícia com material apreendido. Motos são a maioria. Mais cedo, policiais desceram com sacos cheios de maconha que haviam sido enterrados por traficantes em fuga. Uma pequena parte do comércio está aberta.

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que as forças estaduais de segurança vão permanecer na comunidade da Rocinha, após a ocupação durante a Operação Choque de Paz, neste domingo (13). Segundo ele, os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar ocuparão o local até a instalação definitiva da Unidade de Polícia Pacificadora, a 19ª do estado do Rio, em data ainda não definida.

De acordo com Cabral, a ação de hoje só foi possível graças à integração das três esferas de governo, que permitiu que as tropas do Exército continuassem ocupando o Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Cabral lembrou que a presidenta Dilma Rousseff aceitou seu pedido de prorrogação da ocupação dos militares naquelas comunidades até junho de 2012 e acrescentou que logo após o controle da Rocinha ter sido anunciado hoje, ligou para agradecer a chefe de Estado.

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“O território foi retomado graças à unidade e à união das forças públicas que trabalharam nessa operação, para resgatar comunidades que estavam abandonadas pelo poder público e dominadas pelo poder paralelo há décadas. Dentro do nosso planejamento de formação dos policiais, não teríamos como avançar no nosso calendário se não houvesse a prorrogação, se as Forças Armadas não dessem mais uma contribuição ao Rio de Janeiro”, disse, durante entrevista coletiva na manhã deste domingo, no 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul do Rio. No local, foi montado um centro de comando da Operação Choque de Paz.

Cabral ressaltou que, com base em dados coletados durante as intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o número de moradores da Rocinha dobrou entre os anos de 2000 e 2010, chegando a 100 mil pessoas. Ele informou que o governo vai lançar, em breve, o Censo da Rocinha e acrescentou que na comunidade vizinha, do Vidigal, também com base nesses dados, há 20 mil moradores.

“Esse Censo mostra que há uma distorção nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que são 70 mil, mas 100 mil. São pessoas que precisavam criar seus filhos em paz. São os garçons, as cabeleireiras, as empregadas domésticas da zona sul, e pessoas com nível superior que querem ter acesso a uma vida digna e isso não ocorre sem paz”.

Até agora, a polícia apreendeu armas, entre elas fuzis, uma granada e diversas motos roubadas na Rocinha. O balanço final da operação só será divulgado no fim da tarde de hoje.

Rio de Janeiro - Um balanço parcial da Operação Choque de Paz, divulgado há pouco pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, mostra que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar apreendeu, até o fim da manhã de hoje (13), 13 armas e uma granada num tonel escondido na mata, na favela da Rocinha, zona sul.

Já a Polícia Civil apreendeu 31 motos roubadas, 21 mil CDs e DVDs piratas, 4,5 mil peças de roupas, 100 pares de tênis e 1,3 mil brinquedos que eram vendidos de forma irregular. Os policiais civis também encontraram rojões de artilharia antiaérea e radiotransmissores.

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No Vidigal, os agentes apreenderam 14 máquinas caça-níqueis. Os equipamentos foram encontrados na calçada da Rua Olinto de Magalhães, no Morro do Vidigal, coberto por uma lona.

A Secretaria de Segurança também informou que a ouvidoria da polícia está fazendo um plantão especial neste domingo para receber reclamações e sugestões da população sobre a operação. O número do serviço é (21) 3399-1199. O atendimento vai até as 17h.

O balanço final da Operação Choque de Paz será divulgado no fim da tarde.

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro descobriram 13 armas longas enterradas na favela da Rocinha, ocupada hoje pelas forças de segurança. São onze fuzis AR-15, Parafal e M-16, além de uma metralhadora e uma escopeta calibre 12. Os policiais também acharam carregadores, munição e uma granada.

O material estava em tonéis, enterrados na localidade conhecida como Laboriaux, e foi encontrado após varredura feita pelas forças de segurança. Um dos fuzis causou risos ao ser exibido no 23º BPM, no Leblon, porque tinha, decalcado, o coelhinho símbolo da revista Playboy - um sinal, segundo policiais, de que pertenceria ao traficante Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho, preso na tarde da última quarta-feira quando tentava fugir da Rocinha, sob escolta de policiais corruptos. Os agentes do Bope disseram que voltariam ao local, por acreditarem que há mais armamento escondido lá.

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O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) do Rio de Janeiro informou que a comunidade da Rocinha foi tomada às 6h20 deste domingo. Segundo o comando da Operação 'Choque de Paz', nenhum tiro foi disparado até o momento.

Participam da ação três mil homens, apoiados por quatro helicópteros da Polícia Militar, três da Polícia Civil, 18 veículos blindados da Marinha e mais sete da Polícia Militar (caveirões), além de mil policiais militares nas favelas, 1.300 nas ruas do Rio, 194 fuzileiros navais, 186 policiais civis, 160 policiais federais e 46 policiais rodoviários.

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Os agentes começaram a avançar por ruas e vielas das favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul da cidade, as duas últimas grandes comunidades da zona sul carioca que ainda estavam sob domínio do crime organizado, às 4h10 de hoje.

O comandante da Polícia Militar, Coronel Erir Ribeiro, e o comandante do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Alberto Pinheiro Neto, passaram a noite na sede do Batalhão da PM no Leblon, onde está montado o centro de operações, que também é responsável pela divulgação de informações para a imprensa.

Segundo as autoridades, até agora não houve prisões, mas os policiais informaram que os traficantes espalharam óleo combustível nas ruas da Rocinha, em uma tentativa de atrapalhar o avanço dos blindados.

A passeata que o governo do Rio promoveu em defesa da manutenção das receitas dos royalties do petróleo, ontem, atrapalhou os trâmites para a transferência de Nem para um presídio federal fora do Rio.

Embora tenha sido requisitada pelo governador Sérgio Cabral e garantida pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a transferência do traficante não pôde ser determinada pela Vara de Execuções Penais (VEP) - segundo o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame. Como a maior parte dos órgãos públicos fluminenses, o Tribunal de Justiça do Rio decretou ponto facultativo durante a manifestação e a requisição feita pela administração estadual não chegou à VEP.

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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que o líder do tráfico da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso no fim da noite de ontem, e todos os demais criminosos que forem detidos durante a ocupação na comunidade - prevista para os próximos dias - serão transferidos para presídios federais fora do Rio. Em entrevista à rádio CBN, Cabral declarou que o trabalho de pacificação prosseguirá pelos próximos dias e fez um apelo para que os traficantes que ainda estão na favela se entreguem sem resistir.

"Esperamos que os marginais não reajam. Esperamos que eles se entreguem, para que a população da Rocinha e do Vidigal possa retomar o mais rapidamente possível a sua rotina", disse.

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O governador confirmou que a Marinha já autorizou a participação de fuzileiros navais e de veículos blindados na operação de ocupação da Rocinha e do Vidigal - as duas últimas grandes comunidades na zona sul da capital fluminense ainda controladas por traficantes.

Cabral também louvou o trabalho conjunto das policiais Civil e Militar com a Polícia Federal, ressaltando a integração dos serviços de inteligência e garantindo que não há disputas de vaidade ou de méritos entre as corporações. Ele ainda fez um agradecimento à presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, mantém a relação de cooperação iniciada durante a gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador ainda anunciou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estará no Rio amanhã para assinar convênios que beneficiem jovens moradores de comunidades pacificadas.

Sobre o clima de tensão na Rocinha e no Vidigal, Cabral repetiu a recomendação da polícia para que os moradores tentem levar a vida com tranquilidade nos próximos dias, e pediu que fiquem em casa na ameaça de confronto. "Recebemos nesses últimos dias inúmeros boatos. Isso faz parte do processo de pacificação. Ajam com tranquilidade. Confiem na polícia e fiquem em casa se houver qualquer ameaça de confronto. Faço mais uma vez um apelo para que os marginais se entreguem sem confronto. Isso será positivo para todos nós", disse.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou hoje que os criminosos da Rocinha, na zona sul do Rio, demonstraram fragilidade antes da operação realizada durante a madrugada, que acabou com a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem.

A operação foi iniciada para prender comparsas de Nem e outros traficantes da comunidade que tentassem fugir antes da ocupação para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local.

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Em entrevista ao telejornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo, Beltrame disse que "o mais importante (nesta operação) é a quebra do paradigma do império do território. Prender traficantes, apreender armas e drogas é fundamental, mas a estratégia que está sendo utilizada é exatamente a inversão do paradigma de território, é a quebra do muro imposto por armas. Na medida em que simplesmente se anunciou que isso ia acontecer, essas pessoas (os criminosos) mostraram fragilidade".

O secretário afirmou ainda que cada ocupação em favelas do Rio segue uma estratégia diferente. "Não há uma receita concreta de pacificação. A gente se prepara para entrar, sem confronto, mas não sabemos o que os criminosos têm na cabeça. Na Rocinha, a operação começou há cerca dez dias e ainda não terminou", disse.

A previsão é de que a ocupação da Rocinha ocorra no próximo domingo, mas, de acordo com Beltrame, detalhes sobre a instalação da UPP na favela serão mantidos sob sigilo.

A comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, continuava cercada por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar na manhã de hoje, após a prisão de pessoas. Entre os presos está Antonio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem", de 35 anos, chefe do tráfico da favela.

Os policiais dão continuidade à operação iniciada ontem para prender comparsas de Nem e outros traficantes da comunidade que tentarem fugir antes da ocupação para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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Todos as 13 pessoas presas entre ontem e hoje, entre eles Nem, permanecem na carceragem da Superintendência da Polícia Federal do Rio e podem ser transferidos para um presídio ainda hoje. Informações ainda não confirmadas dão conta de que o traficante Nem seria levado para o Complexo Penitenciário de Bangu.

Os blindados da Marinha e do Exército foram fundamentais para a bem-sucedida operação que no dia 28 de novembro de 2010, um domingo, tomou o Complexo do Alemão expulsando os traficantes do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio. Em uma hora e 30 minutos, com 28 blindados abrindo caminho, os policiais chegaram ao topo do morro. Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira deram apoio nos primeiros 40 minutos de operação.

Esses veículos especiais serviram principalmente para transportar com segurança os policiais. Eles conseguiram romper as barricadas deixadas no meio do rua pelos traficantes para dificultar o acesso das forças de segurança. Às 7h59, 2700 homens começaram a entrar no complexo em 15 pontos diferentes.

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Não houve tiroteio intenso. Os chefes do tráfico fugiram na véspera antes da chegada da polícia. Três pessoas morreram: um traficante e duas pessoas não identificadas. Apenas um morador se feriu, sem gravidade.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou hoje a permissão para a participação da Marinha na operação que deve ocorrer no fim de semana na favela da Rocinha, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio, com o objetivo de iniciar a implementação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na comunidade.

Segundo a Marinha, serão usados os carros blindados Lagarta Anfíbio, que serão operados por fuzileiros navais. O governador Sérgio Cabral havia pedido a autorização há cerca de dez dias.

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Hoje houve operações policiais preparatórias na Rocinha. A informação de que policiais poderiam dar fuga ao chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, levou agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil à favela.

De acordo com o informe, ele fugiria na viatura de uma delegacia especializada da Polícia Civil, que realizaria uma operação na região hoje. Agentes da Corregedoria estiveram nos acessos à favela, mas a suposta operação da polícia não aconteceu e ninguém foi preso.

Este foi o segundo relato de uma suposta participação policial na facilitação da fuga dos traficantes às vésperas da ocupação da Rocinha. Na terça-feira, o Serviço de Inteligência da Polícia Civil recebeu informações de que PMs ajudaram os traficantes a retirar armas e drogas da favela. A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que não comentará o assunto.

Cerca de 50 policiais militares do Batalhão de Choque permanecem no entorno da Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio Dee Janeiro, na manhã desta quarta-feira, antes da ocupação da área para a implantação de uma nova Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), ainda sem data definida.

A operação têm o objetivo de coibir irregularidades e a saída maciça dos traficantes. Os policiais fazem rondas pelo bairro, revistando veículos e vans. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio, o procedimento é considerado padrão antes do início de uma instalação de UPP em comunidades.

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A Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, vive a expectativa de uma ocupação policial nos próximos dias para implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, o chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, decretou desde quinta passada um toque de recolher do comércio e moradores, além de limitar a circulação de motociclistas.

Investigações da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea apontam que, apesar de falar aos moradores que vai resistir contra a ocupação policial, o traficante Nem já anda com três seguranças e grande quantia de dinheiro vivo para uma provável fuga. "Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já tempos informes sobre planos para escapar", disse o delegado titular da 15ª DP, Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.

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O comportamento de Nem mudou nos últimos dias, segundo as informações da polícia. Desde que assumiu o comando do tráfico em 2005, o traficante promoveu diversas festas e shows na favela, além de exibir as fotos dele e da mulher Danúbia de Souza Rangel em redes sociais na Internet. Hoje, não fica mais que 10 minutos nos eventos, proíbe fotografias e o uso de celular perto dele.

Mas, na noite de domingo, segundo relatos, depois de consumir uísque com ecstasy, chegou a subir no palco durante um show para avisar aos moradores que resistiria à UPP. Depois disso, foi levado por comparsas para a Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha. Acompanhado por 40 homens, ficou apenas alguns minutos sob cuidados médicos e saiu com o soro ainda na veia.

Desde domingo, o Disque Denúncia recebeu pelo menos 16 telefonemas informando sobre a ida do traficante à UPA e seu possível paradeiro. Para os investigadores, a delação anônima é um termômetro da insatisfação dos moradores da Rocinha com o líder com tráfico. Procurados, os advogados de Nem não retornaram as ligações

Uma das razões da queda de popularidade de Nem é a presença de traficantes expulsos pelas UPPs, em especial do morro do São Carlos, na zona norte, que foram abrigados por Nem. Estes bandidos não teriam o compromisso de Nem com a comunidade. Ele chegou a ser cobrado pelos moradores e fez uma reunião com lideranças comunitárias para afirmar que a situação era transitória.

Os líderes comunitários negam o toque de recolher, mas reconhecem que a situação é tensa por causa da eminente ocupação da polícia. Segundo eles, os moradores estão mais preocupados com as invasões de residências e saques que os policiais promovem quando fazem incursões na comunidade. "Um toque de recolher aqui é impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.

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