Tópicos | prédios

Moradores dos Jardins, área nobre da zona sul de São Paulo, pretendem contar com o apoio de vereadores para garantir que a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), prevista para começar este ano na Câmara Municipal, mantenha a região como uma Zona Estritamente Residencial (ZER). Eles temem que a revisão da lei permita a entrada de prédios comerciais no bairro, o que pode aumentar o trânsito e reduzir a quantidade de áreas verdes.

"Somos radicalmente contra qualquer expansão da verticalização ou dos espaços comerciais nos nossos bairros", disse o empresário Julio Serson, presidente da Associação Ame Jardins, durante reunião do grupo realizada na manhã desta quarta-feira, no Museu Brasileiro de Escultura. "Vamos ficar atentos para que o Plano Diretor não mutile nem um centímetro sequer do nosso bairro", afirmou o também empresário João Doria Jr., vice-presidente da entidade.

##RECOMENDA##

O PDE foi aprovado em 2002 e estabelece as diretrizes para o crescimento da cidade. A partir do texto é definido o zoneamento, regra que estipula que regiões podem receber apenas casas, como os Jardins, ou casas e comércio, como a Avenida Paulista, por exemplo. A Prefeitura pretende rever essas duas leis a partir deste mês, com audiências públicas em todas as subprefeituras e discussões na Câmara Municipal.

Presente ao encontro, o vereador Nabil Bonduki (PT), que foi o relator do PDE em 2002, lembrou que parte do bairro, como o Jardim América, já é tombada e que, portanto, não pode sofrer modificações. Já o também vereador José Police Neto (PSD) afirmou que mesmo bairros como os Jardins precisam de "centralidades lineares", onde haja comércio e serviços. Como exemplo, ele citou a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, conhecida pelo comércio de móveis e decoração.

A demolição do primeiro bloco, com 40 unidades habitacionais, do conjunto residencial Zilda Arns II, construído com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e destinado a famílias desabrigadas e vítimas dos deslizamentos de 2010 em Niterói, deve ser concluída ainda nesta segunda-feira (25), informou a Caixa Econômica Federal. Também com 40 apartamentos, outro prédio deve ser derrubado até a sexta-feira (29).

Na semana passada, o programa RJTV, da Rede Globo, exibiu imagens de paredes dos dois blocos condenados com enormes rachaduras e paredes desalinhadas, o que obrigou a demolição, antes mesmo da entrega das unidades aos beneficiados. O serviço é realizado pela construtora responsável pela obra, Imperial Serviços Ltda, com o uso de retroescavadeiras.

##RECOMENDA##

Um laudo técnico será concluído em até 15 dias para identificar os fatores que levaram às falhas estruturais. Com o laudo, será definido quem arcará com a reconstrução dos prédios, se a construtora ou a seguradora.

Parte das famílias que ocuparão os conjuntos Zilda Arns I e II está abrigada desde os deslizamentos de 2010 no 3º Batalhão de Infantaria em São Gonçalo (RJ). O valor total contratado para o empreendimento Zilda Arns II é de quase R$ 21,9 milhões. Do montante, foram liberados perto de R$ 19 milhões e o índice de conclusão da obra é de 88,68%.

Edifícios que estão sendo construídos com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida para desabrigados da chuva de abril de 2010 em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, já apresentam rachaduras e ameaçam desabar. Entre os futuros beneficiados, estão ex-moradores do Morro do Bumba, onde 47 pessoas morreram após um deslizamento que devastou diversas casas. Desde então, os desabrigados vivem amontoados e em condições precárias em três blocos do 3º Batalhão de Infantaria do Exército, há anos desativado, no município vizinho de São Gonçalo. O início da entrega dos apartamentos, previsto para abril, está adiado por tempo indeterminado.

Os condomínios Zilda Arns 1 e 2 estão sendo construídos pela Imperial Serviços Ltda., no bairro do Fonseca, ao custo de R$ 26,6 milhões. Placas com logotipo do governo federal e da Prefeitura de Niterói afixadas no local informam que 458 famílias serão beneficiadas. As rachaduras surgiram em dois prédios do Zilda Arns 2, conforme noticiou na quarta-feira (20) o RJTV, da TV Globo. Em volta de um deles, o terreno cedeu e surgiu uma cratera. Cada prédio tem cinco andares (incluindo o térreo), com 40 apartamentos cada.

##RECOMENDA##

Uma equipe da Defesa Civil Municipal, com engenheiros, arquitetos e geólogos, esteve nesta quinta-feira no terreno e vistoriou os prédios rachados. "Vamos fazer um relatório relatando o que vimos, apontar as possíveis causas do problema e fazer recomendações para saná-lo. O documento vai dizer se os prédios precisarão ser demolidos ou se é possível a realização de obras de reforço estrutural", explicou Bianca Neves, diretora operacional da Defesa Civil.

Waldemar Neto, engenheiro da Imperial Serviços responsável pela obra, acompanhou a vistoria. Ele não quis falar com a reportagem nesta quinta. À TV Globo, ele disse que as fortes chuvas recentes provocaram acumulação de água no terreno. Isto teria carregado o solo e causou as trincas nos prédios.

Outro lado

Em nota, a Caixa Econômica Federal, gestora do Minha Casa, Minha Vida, informou que o novo prazo para entrega dos apartamentos ainda não está definido. Segundo o banco, como a obra não está concluída, caberá à construtora bancar a reforma ou reconstrução dos prédios trincados. "A retomada da obra será precedida de avaliação técnica na Caixa. Todas as liberações financeiras sempre ocorrem após vistoria da Caixa. Os profissionais da Caixa apontaram o problema tão logo houve a ocorrência", diz a nota. Já a Prefeitura de Niterói informou que é responsável apenas pelo cadastramento das famílias que receberão os imóveis.

Dois prédios de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida em Niterói, no Rio de Janeiro, que ainda não foram entregues, estão com graves problemas estruturais e terão de ser demolidos e posteriormente reconstruídos. A confirmação foi feita nesta quinta-feira, pela Caixa Econômica Federal.

Na quarta-feira (20), o programa RJTV, da Rede Globo, exibiu cenas de paredes dos dois blocos condenados com enormes rachaduras e paredes desalinhadas.

##RECOMENDA##

O conjunto habitacional Zilda Arns II, com nove blocos e 371 unidades habitacionais, é destinado a pessoas desabrigadas e que vivem em áreas de risco na cidade, segundo a prefeitura de Niterói. Entre elas, estão sobreviventes dos deslizamentos de terra do Morro do Bumba em 2010. Essas famílias estão abrigadas no 3º Batalhão de Infantaria em São Gonçalo (RJ) há mais de dois anos, aguardando a conclusão das obras.

Os dois blocos condenados têm 40 unidades habitacionais cada. O valor total contratado para o empreendimento Zilda Arns II é de quase R$ 21,9 milhões. Do montante, foram liberados perto de R$ 19 milhões e o índice de conclusão da obra é de 88,68%.

A Caixa, responsável por repassar os recursos para o empreendimento, diz ainda não ter prazo para a reconstrução dos dois blocos. Por meio de sua assessoria de imprensa, o banco afirmou que aguarda conclusão de laudos técnicos para informar a situação de segurança dos outros sete blocos do conjunto Zilda Arns II. Para o conjunto Zilda Arns I, de 83 apartamentos, o prazo de entrega foi mantido para abril deste ano.

[@#galeria#@]

Inglaterra, por volta do século 19. Foi nesse período que aconteceu a Revolução Industrial, em que trabalhadores perderam espaços nas grandes fábricas para maquinários. Um único equipamento supria inúmeras atividades que antes um considerável número de empregados desempenhava, o que gerava economia nos recursos financeiros dos patrões. A mecanização versos o trabalho humano é uma discussão decorrente na sociedade e o segmento da construção civil é um exemplo de área que possui em seu cenário profissional artifícios tecnológicos. Porém, as obras só saem das plantas por causa dos trabalhadores que colocam a “mão na massa”.

Apesar da necessidade de interação entre homens e máquinas, há profissionais experientes do setor imobiliário que já afirmam que a mecanização vem ganhando força. Para o gerente de habitação de uma consultoria técnica e ensaios materiais, Angelo Just, em alguns canteiros de obras é perceptível a demora em procedimentos realizados por pedreiros. “A aplicação de argamassas, por exemplo, ainda é feita da mesma forma há mais de cinquenta anos. Mas já temos observado a mecanização na projeção de argamassas no exterior e em algumas capitais do País, já que é uma grande perda de tempo pedreiros subindo e descendo de um prédio carregando material para revestir as paredes”, explica Just, conforme informações da assessoria de comunicação da empresa onde o gerente atua.

Segundo informações da assessoria, por causa de mecanização, as argamassas, por exemplo, passam a ser transportadas para os andares superiores das obras por meio de bombas. “Isso permite a execução de obras em prazos mais curtos e com menor quantidade de operários, o que é fundamental nesse momento da construção civil, em que há escassez de pessoal e necessidade de construções com prazos cada vez mais curtos”, comenta o gerente, também conforme a assessoria. (Foto: Gestão da Comunicação Integrada).

Por causa dos recursos tecnológicos que a cada dia ganham mais espaço nas construções, muitos trabalhadores projetam casos de desemprego. Entretanto, para um dos representantes dessa categoria, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil de Pernambuco (conhecido como Marreta), José Augusto Sousa, não entende que há risco de ocorrência de perda de empregos por causa da predominância das máquinas.


“A construção civil está em vento e poupa em Pernambuco. Existem muitos serviços e trabalho. Não sou contra e nem a favor da mecanização, apenas entendo que o mundo tem que se desenvolver e os trabalhadores devem estar preparados”, diz o diretor. “Não acredito que vão acontecer muitas demissões por causa do avanço na mecanização”, completa.

Apesar da afirmação do diretor, ele acaba admitindo que algumas funções da construção civil serão prejudicadas. Uma delas é a de carpinteiro, o profissional responsável pela lida com madeiras. “Os carpinteiros montam as formas para a construção de colunas. Mas, já existem máquinas que deixam as formas prontas e isso já está sendo utilizado por muitas construtoras”.

##RECOMENDA##

Ele ainda conta que “algumas obras têm paredes feitas com concretos que não necessitam de rebocos, justamente por causa do aparato de algumas máquinas, o que pode também causar a demissão de alguns pededreiros”.

De acordo com José Augusto, atualmente, Pernambuco tem em torno de 100 mil trabalhadores da construção civil. Segundo o diretor, a projeção feita pelo Sindicato é de que somente nos próximos cincos anos será possível vivenciar casos de desemprego por causa do processo de mecanização. “Mas essa situação não vai abranger um grande número de trabalhadores”, opina.

Quem coloca a mão na massa

Com um forte aperto de mão e demonstrando muita energia para trabalhar, Moisés Juvenau de Oliveira há mais de 30 anos trabalha no segmento da construção civil. De acordo com o trabalhador, ele já passou por diversas funções e vem acompanhando a inserção das máquinas entre a mão de obra humana.

Para Oliveira, as máquinas trazem benefícios e melhorias no espaço de trabalho, e, cabe aos próprios trabalhadores se prepararem para os avanços tecnológicos.

Veja abaixo um vídeo com o depoimento do hoje encarregado de obras.      


[@#video#@] 

O desabamento de dois prédios no centro de Palermo, capital da Sicília, deixou pelo menos quatro pessoas mortas nesta terça-feira, informou o Corpo de Bombeiros. Segundo os bombeiros, os prédios devem ter desabado por problemas estruturais. Pelo menos sete pessoas ficaram feridas e o prefeito de Palermo, Leoluca Orlando, foi ao hospital visitar as vítimas e depois se dirigiu ao bairro onde ficavam os dois prédios. Uma das moradoras de um dos prédios que desabou, Giuseppina Ferrara, disse que os moradores do terceiro e último andar de um dos prédios construíram um quarto andar irregular, o que pode ter abalado a estrutura e provocado o desabamento das construções, que eram vizinhas. Segundo a agência Ansa, o Ministério Público da Sicília abriu uma investigação criminal sobre o desastre.

As informações são da Agência Ansa.

##RECOMENDA##

A região da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, será a primeira da cidade a ter um limite no número de vagas de garagem por prédio. A determinação é justamente o contrário do que acontece na capital hoje, uma vez que a legislação diz que todos os imóveis têm de ter um mínimo de vagas, e não um máximo. A proposta visa a incentivar o uso de transporte público e diminuir o de automóveis em uma região considerada bem servida por linhas de metrô e trens metropolitanos.

A nova diretriz consta do novo projeto de lei da Operação Urbana Água Branca, que já foi entregue pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano à área jurídica da Prefeitura. A expectativa é de que, nas próximas semanas, seja enviado à Câmara Municipal ainda antes do fim da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Criada em 1995, na administração Paulo Maluf (1993-1996), o objetivo da operação urbana era transformar os grandes terrenos ociosos da Barra Funda e da Água Branca em locais atrativos para empreendimentos residenciais e comerciais.

##RECOMENDA##

Novo projeto

A operação, porém, teve de ser revisada porque novas leis federais exigiram que ela passasse pela análise dos órgãos ambientais. Na sua nova versão, o projeto traz várias diretrizes inéditas na cidade. Além do limite de vagas de estacionamento, a nova operação também deverá incentivar a criação de calçadas largas para privilegiar o tráfego de pedestres e de lojas no térreo dos prédios para aumentar a oferta de serviços perto das residências.

"Também vamos incentivar a construção de prédios para as classes que usam mais o transporte público, de renda média e baixa", afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem. Ele disse que a revisão está alinhada com os objetivos previstos no plano de longo prazo da cidade de São Paulo, que a Prefeitura apresenta hoje, intitulado "SP2040" (leia mais abaixo). "Ela sai com a visão de atrair moradores, serviços, trabalho, transporte e área verde para a mesma vizinhança, que são as linhas básicas do nosso planejamento de longo prazo para a cidade."

Otimismo

Para especialistas ouvidos pela reportagem, o estabelecimento de um limite de vagas de garagem nos prédios é um avanço. "O número de garagens deve ser limitado, e não só em uma ou outra região que é bem servida pelo transporte público. Isso deve ser feito na cidade inteira", explicou o urbanista Renato Cymbalista.

Segundo ele, é errado esperar que primeiro chegue a rede de metrô, trem e corredores de ônibus para depois tomar medidas para desestimular o uso de automóveis. "Temos de planejar a cidade para o futuro, e não de acordo com suas necessidades atuais", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A subprefeitura da Lapa liberou na sexta-feira (5) o funcionamento de duas torres de prédios interditados por cinco dias por risco de desabamento, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Os edifícios do Condomínio Lex Offices, com 16 andares e 360 salas comerciais, sofreram tremores causados por uma obra do outro lado da rua.

Em nota, a regional da Lapa informou que a liberação ocorreu após serem apresentados laudos que atestam a estabilidade do edifício. A liberação é condicionada à apresentação de medições topográficas e de vibração a cada 20 dias, diz o comunicado, por um período de 60 dias. Além disso, o local continuará sendo monitoramento pela Defesa Civil.

##RECOMENDA##

Uma das hipóteses da Defesa Civil para os tremores é a escavação e retirada de terra durante as obras do conjunto Marquês Bussinnes Center, que começaram há cerca de dois meses.

A construtora Brookfield, responsável pelo empreendimento, foi multada em R$ 10 mil pela Prefeitura de São Paulo por ter continuado, mesmo sob embargo, a obra no prédio comercial. A construção permanecerá paralisada até que a análise da documentação encaminhada pela construtora seja concluída, informou a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

Dois condomínios de luxo entregues recentemente pela construtora Gafisa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, têm o solo e a água contaminados por metais pesados, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os moradores do Nova Petrópolis Prime Life e do Mansão Imperial, cujos apartamentos são avaliados em R$ 1 milhão, em média, não sabiam de nada até fevereiro - os prédios ficaram prontos, respectivamente, em julho e dezembro do ano passado, e tiveram quase todas as unidades vendidas.

O terreno, entre as Avenidas Pery Ronchetti e Wallace Simonsen, delimitado pelas Ruas Princesa Maria Amélia e Princesa Francisca, no bairro de Nova Petrópolis, é de uma antiga área industrial da Companhia Brasileira de Plástico Monsanto. Lá foram construídas cinco torres de mais de 20 andares cada, divididas em dois condomínios com cerca de 500 apartamentos.

##RECOMENDA##

Dois laudos técnicos já foram feitos e um terceiro está em fase de elaboração. Não há ainda um estudo conclusivo sobre os detalhes da contaminação, mas a Cetesb diz que, em princípio, não há risco à saúde dos moradores ou de explosão.

Foi constatado, porém, que a água do lençol freático embaixo da área onde foram construídos os condomínios é considerada imprópria para uso, mas ela jamais foi usada pelos moradores, pois não há poço artesiano em nenhum dos prédios.

Desvalorização

O imbróglio começou em fevereiro, quando os proprietários receberam uma notificação da Cetesb e da Gafisa de que o aviso sobre a contaminação passaria a constar na matrícula do imóvel.

"O problema é a desvalorização. A partir do momento em que consta que ele é contaminado, ficamos com medo do prejuízo", diz o gerente de sistemas Roberto Portela, de 44 anos, morador e síndico do Mansão Imperial. Ninguém no Condomínio Nova Petrópolis Prime Life quis falar sobre o caso.

A Cetesb disse que ficou sabendo da construção dos condomínios em setembro de 2008 e exigiu esclarecimentos da Gafisa. A construtora afirmava que todo o solo contaminado por metais havia sido removido durante as escavações, mas a Cetesb considerou as explicações "insuficientes" e pediu novo estudo da área.

Em maio de 2010 e em fevereiro de 2011, a construtora apresentou então à companhia dois relatórios apontando a contaminação do solo e da água subterrânea por metais.

A Gafisa diz que recebeu "carta branca" da Cetesb em fevereiro deste ano, quando a companhia informou que as medidas adotadas pela construtora eram suficientes "para garantir o uso residencial" e não haveria qualquer risco à saúde dos moradores. Também afirma que só então passou a informar os clientes sobre os questionamentos do órgão e o andamento do processo.

"Muitos moradores entraram com processo judicial contra a Gafisa e nosso advogado entrou com uma representação no Ministério Público", disse o advogado Rodrigo Kawamura, morador do Mansão Imperial.

O Ministério Público Estadual tem indícios de que uma quadrilha agia dentro da Prefeitura de São Paulo para ajudar empreendimentos a omitir vagas de garagens e, dessa forma, ficarem livres de pagar qualquer contrapartida em melhorias para o trânsito. Só em seis casos analisados desde outubro pela Promotoria de Habitação e Urbanismo e aprovados pela Secretaria de Habitação (Sehab), envolvendo casos entre 2007 e 2011, os cofres do Município deixaram de receber R$ 42 milhões.

A lei municipal dos polos geradores de tráfego determina que qualquer edifício com 500 vagas ou mais de estacionamento pague 5% do seu valor em obras que reduzam o impacto causado no tráfego do seu entorno. Mas, segundo a Promotoria de Habitação e Urbanismo, o setor comandado pelo ex-diretor Hussain Aref Saab - investigado por corrupção e enriquecimento ilícito, após ter acumulado mais de 125 imóveis em sete anos na Sehab - aprovava empreendimentos acusados de usar "truques" para camuflar as vagas que ultrapassavam esse limite.

##RECOMENDA##

Uma das táticas usadas pelas construtoras é fatiar um conjunto de torres - que, no total, apresentam mais de 500 vagas de estacionamentos - como se fossem dois empreendimentos, cada um com menos vagas que o limite a partir do qual são exigidas as contrapartidas. Segundo o promotor Maurício Ribeiro Lopes, esse é o caso do Club Life Morumbi, condomínio no bairro nobre da zona sul que é alvo de ação civil pública.

Com um total de 1.218 vagas, o Club Life Morumbi vai ter oito torres de 25 andares. Cada edifício teve um licenciamento diferente dentro do setor de Aref, cada um com menos de 500 vagas, o que livrou o empreendimento de fazer melhorias viárias no entorno, como forma de amenizar os impactos causados no trânsito pelas novas vagas de estacionamento. "Em vários condomínios, a estratégia se repete: o licenciamento era fatiado, torre por torre, para livrar o construtor de pagar as melhorias para o trânsito", disse o promotor.

Outra ação se refere aos Condomínios Menara e Andalus, também no Morumbi. Os conjuntos são da mesma construtora, a Cyrella, e estão sendo erguidos um ao lado do outro. Mas o Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), órgão da Sehab que era chefiado por Aref, aprovou-os separadamente. "Eram dois condomínios em um único terreno, com cinco torres de um lado e seis do outro. É um condomínio com 11 torres que não pagou qualquer contrapartida para o trânsito", acrescentou o promotor.

O MP também investiga dois empreendimentos no Butantã, na zona oeste. Ambos têm seis torres cada, mas o licenciamento foi "fatiado", "bloco a bloco", pelo setor de Aref. Os outros dois casos alvos de ação civil pública são na Mooca, zona leste da capital. Nesses quatro casos somados, foram construídas mais de 3 mil vagas de estacionamento sem que a Prefeitura recebesse qualquer pagamento.

Empresas

As construtoras acusadas pelo MP - Camargo Corrêa, Multiplan Engenharia e Cyrella - negam qualquer irregularidade e afirmam que os imóveis são independentes. Elas dizem que os empreendimentos foram aprovados obedecendo a todos os trâmites legais dentro do governo municipal. A Prefeitura informou que os casos aprovados pelo setor comandado por Aref são alvo de sindicância interna.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Assaltantes fizeram arrastão em um prédio residencial da Praia Grande, litoral sul de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira. Eles algemaram um comerciante de 58 anos, dono de um dos apartamentos, e arrombaram outros oito imóveis. Os criminosos permaneceram cerca de duas horas no Edifício Hugo Navarro Flat Service, que tem 19 andares, cada 1 com 4 apartamentos.

De acordo com a polícia, dois ladrões pularam o muro do prédio, na Avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Vila Mirim, por volta da 0h30. Os bandidos renderam o porteiro de 25 anos e depois abriram a garagem para a entrada de cinco comparsas. Segundo o capitão Marcelo das Graças de Souza, da Polícia Militar, o porteiro não conseguiu ver o carro usado pela quadrilha. Assaltantes viram uma Toyota Hilux estacionada na garagem e ordenaram que o porteiro os levasse até o apartamento do dono do veículo. A vítima, que tem uma loja de material de construção em Osasco, na Grande São Paulo, foi dominada no 18.º andar, ao abrir a porta para atender o porteiro.

##RECOMENDA##

O bando roubou do apartamento do comerciante R$ 4,5 mil em dinheiro, dois celulares e um aquecedor, entre outros objetos. Segundo funcionários, 73 apartamentos só são ocupados pelos donos na alta temporada ou nos fins de semana. Por isso, os bandidos começaram a arrombar alguns imóveis com um pé-de-cabra.

Eles conseguiram entrar em oito apartamentos, segundo o chefe dos investigadores do 2.º DP da Praia Grande, Adriano de Mattos. "As vítimas compareceram à delegacia ao longo do dia e informaram que foram levados televisores dos apartamentos arrombados", disse Mattos.

Depois de roubar o apartamento do comerciante, dois ladrões desceram até a guarita do prédio com o porteiro. O objetivo dos bandidos era que, caso passasse alguma viatura da polícia, ninguém desconfiasse da ausência do funcionário na portaria. Os criminosos ficaram agachados na guarita, exigindo que o porteiro agisse normalmente.

Antes de fugir, os bandidos destruíram as câmeras de segurança do prédio e roubaram o equipamento onde as imagens gravadas ficam armazenadas. Os criminosos usaram um par de algemas para prender o comerciante na escadaria do térreo. O porteiro foi orientado pelos criminosos a subir até o último andar e aguardar por cerca de meia hora. A Polícia Militar foi avisada do roubo às 2h40.

Segundo o capitão da PM, a polícia está verificando as câmeras da prefeitura da Praia Grande para tentar identificar o carro usado pelos criminosos na fuga. "Esperamos que alguma câmera mostre algum veículo deixando o local antes do horário em que fomos acionados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seja em prédios, empresas ou escolas, existem profissionais que geralmente são figuras queridas pelas pessoas que convivem com eles. Um exemplo desses são os porteiros, que não só desempenham a função de controlar a entrada e saída das pessoas nos locais, mas também, constroem laços de amizade e respeito com todos que estão ao seu redor. Neste sábado (9), é comemorado o Dia do Porteiro, um profissional que às vezes passa despercebido por alguns, mas, que são bem importantes no convívio de muitas pessoas.

Na Escola Madre de Deus, localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, o porteiro Jurandir Praxides atua há mais de 20 anos na função, e com todo esse tempo de trabalho, ele já conquistou o respeito e o carinho de professores, alunos, pais e funcionários. “Entrei na escola trabalhando com serviços gerais, e depois fui trabalhar como porteiro. Tenho mais responsabilidade porque eu tenho que cuidar da porta, da entrada e saída das pessoas. A minha preocupação é grande também com a travessia das crianças, quando têm que sair de uma unidade da escola para outra”, conta Jurandir.

##RECOMENDA##

Jurandir afirma que sempre teve o respeito dos alunos. “Eles me respeitam porque eu também dou respeito. Procuro conversar com eles, porque dialogar, é sempre bom. Só que tem alguns que acabam fazendo algumas coisas erradas, aí eu converso também e tudo se resolve”, comenta o porteiro.

A relação do profissional com os pais dos alunos também é muito boa, e alguns pedem que Jurandir preste atenção no que os garotos aprontam. “Quando fazem algo errado, eu falo para os pais, mesmo assim, os alunos nunca reclamaram”, diz o porteiro sorrindo. O bom humor também é característica de Jurandir. “Respeito, responsabilidade e principalmente o bom humor são características importantes de um porteiro. Quando você está de cara feita não passa uma boa imagem para ninguém”.

Dono do portão e um grande amigo - A supervisora da escola, Sara Furtado, descreve Jurandir com várias qualidades. “Não é só um porteiro, ele é um grande amigo. Nós dizemos que ele é o 'dono do portão'. Jurandir é muito respeitado e adorado por todos os alunos, além de desenvolver o seu trabalho e ser extremamente carinhoso”, relata.

A professora Carol Castro é outra que elogia o trabalho e a pessoa do porteiro. “Ele é muito responsável e sempre trata a gente muito bem. Ajuda na segurança e controla muito bem a entrada da escola”, comenta a professora.

[@#video#@]

O Terminal Rodoviário da Pavuna, na zona norte do Rio de Janeiro, localizado próximo à estação final da Linha 2 do metrô da cidade, e mais dois prédios, um centro comercial e um edifício-garagem, foram implodidos na manhã de hoje. Os três apresentavam risco de desabamento, de acordo com informações da Agência Brasil.

Ainda segundo a agência, a implosão do terminal durou apenas dez segundos. Às 8 horas, a detonação foi acionada pelos prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de São João de Meriti, Sandro Mato, a partir de um viaduto localizado na Avenida Sargento de Milícias, próximo ao limite entre os dois municípios. Cerca de 2.400 moradores de 900 residências nas proximidades tiveram de deixar suas casas durante o procedimento e ruas no entorno do local da implosão foram bloqueadas.

##RECOMENDA##

Os três prédios ocupavam uma área de cerca de 8 mil metros quadrados. Na implosão do terminal, foram utilizados 250 quilos de explosivos. Cerca de 15 mil metros cúbicos de entulho serão reciclados para uso em aterros pela Secretaria Municipal de Obras.

O terminal, construído na década de 1970, servia a várias linhas de ônibus que fazem integração entre o metrô e municípios da Baixada Fluminense. Ainda não foi decidido o que será feito com o terreno no futuro, segundo o prefeito Eduardo Paes.

O contador Everton Assunção Ferreira, que trabalhava com o pai em um escritório de contabilidade, no 7º andar de um dos prédios que ruiu no centro do Rio, contou que 30 minutos após ter saído do edifício ouviu no rádio do carro a notícia do desabamento. O pai dele havia ficado no escritório.

"Voltei imediatamente ao prédio, mas por causa do bloqueio das ruas pela polícia, não tive mais notícias dele. É bom ressaltar que o prédio estava em péssimas condições de manutenção", afirmou Ferreira.

##RECOMENDA##

O bancário Orlando Silvino, de 52 anos, estava em companhia de um amigo na lanchonete de produtos naturais no térreo de um dos edifícios. "O meu amigo foi ao prédio entregar um documento quando ouvi um estrondo num dos andares onde havia uma obra. Começaram então a cair pedras e a subir muita poeira. Não tive mais notícias dele", disse.

Débora Marconi, hospedada em frente ao Edifício Liberdade, um dos que desmoronou, disse que pedaços do prédio caíram antes de a estrutura vir abaixo por completo. Segundo ela, pelo menos três andares do edifício "estavam em obras há muito tempo."

Ricardo Santos, de 50 anos, que trabalha em uma empresa de engenharia vizinha ao Edifício Liberdade, havia acabado de sair da lanchonete do térreo quando houve o desabamento. "Estava bem perto do prédio quando comecei a ouvir barulhos. Parecia que estavam caindo pedras dos últimos andares. O edifício estava tombando na minha direção", afirmou.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou hoje que os dois prédios afetados pela explosão que provocou três mortes, nesta manhã, no centro da cidade, estão interditados até uma análise final dos técnicos da Defesa Civil. A interdição vale para o edifício onde teve origem a explosão, na Praça Tiradentes, e o hotel Formule 1, localizado ao lado.

O prefeito informou também que alguns dos feridos levados para o hospital Souza Aguiar estão em estado grave. O prefeito confirmou a informação de funcionários do restaurante Filé Carioca, onde teve origem a explosão, de que tudo indica que a causa foi um vazamento de gás.

##RECOMENDA##

O estouro fez com que três vítimas fossem arremessadas para a Praça Tiradentes. Além das três pessoas mortas, outras 13 pessoas foram hospitalizadas. A explosão destruiu totalmente o andar térreo do prédio. Os destroços foram lançados a uma distância de cerca de 100 metros. Mais cedo, os bombeiros ainda procuravam por vítimas nos andares mais altos dos prédios atingidos. Até o nono andar de um dos edifícios, há sinais de destruição, com muitos vidros quebrados.

Neste momento, policiais militares do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) e do Batalhão de Choque estão no Conjunto Residencial Jardim da Praia, em Jardim Fragoso, em Olinda, para a retirada de cerca de 100 famílias que moravam no local, condenado pela Defesa Civil desde 2002.

Com o alerta de risco de desabamento, três edifícios do conjunto haviam sido ocupados por integrantes do Movimento da Luta pelo Teto (MLT) em abril deste ano. Mesmo sem resistirem à desocupação, as famílias prometem realizar um protesto na Prefeitura de Olinda.   

Formado por 11 prédios, o condomínio abrigava os edifícios Erica e Serrambi, que desabaram em 1999. O acidente no Érica resultou na morte de quatro pessoas e no Serrambi foram sete vítimas fatais.

Com informações da repórter Thabata Alves

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando