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O Rio de Janeiro registrou novos episódios de violência neste início de fim de semana. Um tiroteio na Rocinha terminou com uma pessoa morta e outra suspeita ferida. Outros dois homens foram baleados em tentativas de assalto.

Um policial militar foi atingido por um tiro durante um assalto em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, na noite de sexta-feira (2). Segundo informações da Polícia Militar, o policial foi abordado quando lanchava em um trailer na Av. Prefeito Milton Rodrigues da Rocha, em Manilha. Os criminosos desembarcaram de um automóvel de cor prata e anunciaram o roubo. O policial reagiu e foi baleado. Ele foi socorrido por pessoas que passavam pelo local e levado ao Hospital Estadual Prefeito João Batista Caffaro, mas transferido em seguida para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo.

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Os bandidos abandonaram o carro usado no roubo e fugiram. A ocorrência foi registrada na 71ª Delegacia de Polícia, de Itaboraí.

Na madrugada deste sábado (3), um homem foi baleado na cabeça em uma tentativa de assalto na Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio. De acordo com agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), uma patrulha fazia ronda na avenida quando ouviu o barulho de disparos de arma de fogo na altura de Bangu, zona oeste da cidade. Ao chegarem ao local de onde partiram os tiros, os policiais encontraram a vítima ferida dentro do carro, com os faróis acesos. Ele foi levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste. A ocorrência foi registrada na 34ª Delegacia de Polícia, em Bangu.

Na zona sul da cidade, houve novo tiroteio na Favela da Rocinha, no início da noite de sexta (2). Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) entraram em confronto com criminosos armados. Dois homens ficaram feridos e foram socorridos ao Hospital Miguel Couto, na Gávea. Um deles não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro ferido está sob custódia policial.

Foram apreendidos uma mochila com drogas e fogos. Um terceiro suspeito conseguiu fugir e um menor foi apreendido.

Uma imagem de um homem carregando um cachorro que havia sido atingido por uma bala perdida na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, comoveu as redes sociais. Agora, um grupo lançou uma campanha de financiamento coletivo para pagar os custos do tratamento do animal.

O cachorro se chama Taz e está com estilhaços alojados nos músculos da pelve. O dono, identificado como Rua, não tem condições de pagar as contas do tratamento.

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O objetivo inicial era arrecadar R$ 2290, que seria utilizado para atendimento, raio-x, ultrassonografia, internação, medicação e deslocamento. A meta já foi alcançada. 

Com o resto do dinheiro, o grupo Vítimas de Conflitos pretende utilizar em medicação, curativo, ração, exames e tratamento da doença do carrapato. Segundo o movimento, a cirurgia só será feita caso haja infecção ou complicações. 

O confronto registrado na Rocinha no fim de janeiro resultou em um policial morto e outro ferido, além de um morador baleado.

Uma jovem de 19 anos foi encontrada morta dentro de sua casa na favela da Rocinha nessa sexta-feira, 26. Ana Luiza Carvalho da Silva teria sido assassinada por vingança, por ter tido um relacionamento com um traficante. A polícia não informou detalhes sobre a morte até o momento.

Segundo relatos, ela foi casada com Adriano Cardoso da Silva, o 'Modelo', do grupo de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o 'Nem'. Este, preso em 2011, era o comandante do tráfico de drogas no morro até então. Em seu lugar, ficou Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que foi capturado em dezembro.

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Três meses antes, Nem mandara comparsas invadirem a Rocinha para tirar Rogério da liderança da venda de drogas na favela. Deflagrou-se uma guerra violenta no morro, aparentemente controlada pela polícia e pelas Forças Armadas. Neste mês, passada a prisão de Rogério, os ânimos voltaram a se acirrar entre os bandidos na comunidade. Os tiroteios passaram a ser frequentes na semana passada e, com medo das balas perdidas, moradores ficaram presos em casa, sem poder sair para trabalhar - muitos, sem energia elétrica.

Bala perdida

A costureira Hilda Pereira, de 70 anos, foi baleada na Rocinha na tarde deste sábado, 27. A Polícia Militar confirmou que fazia operação na favela, mas ressalvou que não houve confronto com traficantes - informação desmentida por moradores.

Hilda estava saindo de casa no começo da tarde, na localidade do 199, no alto no morro, para entregar encomendas de roupas a clientes da Rocinha, quando foi alvejada. Ela ficou ferida na cabeça e num dos braços, e foi operada no Hospital Miguel Couto, no Leblon. A costureira é muito querida na vizinhança, que se mobilizou para socorrê-la. O projétil na cabeça a atingiu de raspão e ela não corre risco de vida iminente.

O soldado da Polícia Militar (PM) Tiago Chaves, baleado na tarde dessa quinta-feira (25) durante confronto armado na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, morreu durante a noite. Ele estava internado no Hospital Municipal Miguel Couto e foi o décimo policial militar assassinado neste ano.

Os confrontos entre criminosos e policiais militares ontem também deixaram cinco feridos, sendo um policial militar e um morador da comunidade. Três pessoas que, segundo a PM, enfrentaram policiais, ficaram feridas.

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O tiroteio começou quando policiais do Comando de Operações Especiais da PM iniciaram uma operação na Rocinha, logo no início da manhã dessa quinta-feira.

No fim da tarde, algumas pessoas tentaram fechar a Avenida Niemaeyer em frente à entrada do Vidigal, em protesto contra a operação. Os policiais conseguiram evitar o fechamento da via, mas, logo depois, um ônibus foi incendiado próximo ao Hotel Sheraton.

A Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é palco de intensos tiroteios desde a manhã desta quinta-feira, 25, em função de uma operação da Polícia Militar, à qual criminosos reagiram. Até as 17 horas, havia quatro feridos - um PM do Batalhão de Choque e três suspeitos -, sem detalhes quanto ao estado de saúde deles.

A 11ª Delegacia de Polícia, que atende a Rocinha e fica na Rua Bertha Lutz, ao pé do morro e paralela à Auto Estrada Lagoa-Barra, foi cercada pela polícia por volta das 16h30, depois de um boato de que criminosos tentariam atacar o imóvel. O trânsito na rua da delegacia foi interrompido, e cones plásticos foram espalhados ao redor do imóvel. PMs do Batalhão de Choque reforçam o policiamento no local.

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Em nota, a PM negou que criminosos tenham atacado a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.

"As perfurações na base (da UPP) foram decorrentes de confronto armado que ocorreu entre criminosos e equipe do Bope (o grupo de elite da PM) nas proximidades", afirmou a instituição.

Nas redes sociais, moradores relatam o pânico com os tiroteios de hoje. Alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que fica na Gávea, também na zona sul, em uma área próxima à Rocinha, também se assustaram com o barulho dos tiros, ouvidos a partir do câmpus.

"Parece filme de guerra", narrou um aluno no Facebook.

A prefeitura do Rio recomendou a quem esteja de carro que evite circular pela Auto Estrada Lagoa-Barra e pela Estrada da Gávea, preferindo a Avenida Niemeyer.

Redes sociais

Segundo depoimentos no Twitter, os tiroteios aconteceram na Rua do Valão. Quem mora na região deve evitar o Túnel Zuzu Angel, a Estrada Lagoa-Barra e a Estrada da Gávea. Também há informações sobre o início do tiroteio.

Relembre

Em 22 de setembro, militares do Exército chegaram por volta das 16 horas na favela da Rocinha, a mais conhecida comunidade do Rio de Janeiro, localizada em São Conrado, na zona sul do Rio. Fortemente armados, eles ficaram concentrados na principal entrada da favela, à espera de orientações.

Ônibus incendiado

Um ônibus foi incendiado na tarde desta quinta-feira na Avenida Niemeyer, à margem da Favela do Vidigal, na zona sul do Rio. Até as 18 horas, não havia registro de feridos, e os responsáveis pelo incêndio não haviam sido identificados nem presos. Segundo a prefeitura do Rio, há manifestação de moradores do Vidigal na via, que foi interditada nos dois sentidos.

O ataque ao ônibus (da linha Troncal 4, que liga a rodoviária, no centro, ao bairro de São Conrado, na zona sul) ocorre enquanto a Polícia Militar promove uma operação na Rocinha.

Um intenso tiroteio deixou moradores assustados na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (25). Um vídeo publicado nas redes sociais alertou para a ocorrência.

Segundo depoimentos no twitter, os tiros ocorreram na Rua do Valão. Quem mora na região deve evitar o túnel Zuzu Angel. Não há informações de feridos e nem de operação policial na região.

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Uma intensa troca de tiros assustou moradores da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, a partir do final da manhã desta terça-feira, 16. Segundo a Polícia Militar, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que faziam patrulhamento pela comunidade foram confrontadas por criminosos e reagiram. Até a noite desta terça havia registro de apenas um homem ferido - um suposto criminoso com quem a PM informou ter apreendido um fuzil.

O primeiro tiroteio ocorreu na Rua 2, por volta das 11h15, e depois os confrontos se estenderam pela tarde, em regiões conhecidas como Beco 99 e Terreirão. O homem ferido foi encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul), sobreviveu e permanecia detido até o fim da tarde.

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Vídeos divulgados por moradores pelas redes sociais mostram cenas do confronto. Um deles flagra o momento em que uma granada é lançada na Rua 2.

A delegada Valéria Aragão, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) do Rio de Janeiro, decidiu nesta segunda-feira, 30, indiciar pelo crime de perigo para a vida de outrem, previsto no artigo 132 do Código Penal, os donos da empresa de turismo, a guia e o motorista que acompanhavam a turista espanhola Maria Esperanza Jimenez, de 67 anos, morta após ser baleada na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, na segunda-feira, 23.

A decisão foi anunciada depois que a delegada tomou novo depoimento da guia Rosângela Cunha, nesta segunda-feira, para esclarecer uma contradição registrada entre o primeiro depoimento dela e a versão contada por um guia que mora na Rocinha, chamado Leonardo Soares Leopoldino.

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Rosângela havia dito que decidira levar os turistas para a Rocinha após consultar Leopoldino e ouvir dele que a situação de violência na favela estava sob controle e não havia objeções ao passeio turístico. O guia afirmou à polícia ter alertado Rosângela sobre os riscos e recomendado que fossem para o Vidigal, uma favela vizinha.

No segundo depoimento, a guia de turismo reafirmou que não ouviu o alerta de Leopoldino, mas disse que a ligação estava ruim e admitiu que ele pode ter feito comentários que passaram despercebidos a ela.

O crime pelo qual Rosângela e os demais responsáveis pelo passeio devem responder (expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente) prevê pena de prisão por três meses a um ano.

Os responsáveis pelo passeio também serão indiciados pelo artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor (fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços), por terem omitido uma informação relevante aos clientes, já que sabiam que o passeio naquele dia oferecia riscos. Esse crime também pode ser punido com prisão de três meses a um ano.

Até as 20h50 desta segunda-feira,a reportagem não havia conseguido colher a manifestação dos envolvidos sobre o indiciamento anunciado.

Um mototaxista foi baleado hoje (28) na comunidade da Rocinha, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, segundo informações de moradores divulgadas nas redes sociais. Por volta das 14h, moradores e  mototaxistas protestaram nas ruas da comunidade e na Auto-Estrada Lagoa-Barra, que liga a Barra da Tijuca à zona sul.

De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, os manifestantes fecharam a Auto-Estrada Lagoa-Barra por cerca de 20 minutos, das 14h30 às 14h50.

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Policiais e manifestantes entraram em confronto durante o protesto. Bombas de gás lacrimogêneo foram usados para a liberação da avenida.

Os moradores divulgaram, nas redes sociais, que o motociclista foi baleado por policiais porque não ouviu a ordem deles para parar numa blitz, já que ele estava com um fone de ouvido. A Polícia Militar, no entanto, não confirmou a versão dos moradores da comunidade.

A PM disse apenas que um homem deu entrada no Hospital Miguel Couto com um ferimento a bala, mas que ainda não há informações sobre as circunstâncias em que ele foi baleado.

Além dele, outros dois motociclistas ficaram feridos. Segundo a PM, esses dois estavam em uma moto e se acidentaram contra um muro quando fugiam de policiais, depois de desobedecerem a uma ordem de parada numa blitz do Batalhão de Choque. Eles também estão no Miguel Couto, internados sob custódia da PM.

Criminosos atiraram hoje (25) em policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, zona sul do Rio, pegando-os de surpresa enquanto patrulhavam a Rua 4 e a localidade do Valão. Apesar da emboscada, ninguém ficou ferido. O tiroteio assustou moradores e crianças que deixavam a escola e seguiam para casa.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, mesmo com o confronto, as aulas não foram interrompidas nas escolas públicas. A maioria delas funcionam em horário integral e as crianças passam o dia no colégio, só retornando para casa ao final do dia.

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Ainda na Rocinha, militares do Batalhão de Ações com Cães apreenderam três tabletes de 1,5kg de maconha cada e 2.500 trouxinhas de maconha. Um homem foi preso na ação e encaminhado à delegacia da Rocinha, onde está sendo autuado.

Ontem (25) à noite uma menina de 12 anos foi baleada durante tentativa de assalto na mesma comunidade. Ela está internada no Hospital Miguel Couto, com um quadro de saúde estável, segundo boletim médico.

O tenente da Polícia Militar do Rio de Janeiro Davi dos Santos Ribeiro, autor do disparo que matou a turista espanhola Maria Esperanza Jimenez Ruiz, de 67 anos, na segunda-feira (23) na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, teve a liberdade provisória concedida hoje (24), em audiência de custódia, pelo juiz Juarez Costa de Andrade, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Ribeiro foi preso em flagrante pela Divisão de Homicídios, que também pediu a conversão da prisão para preventiva.

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Na decisão, o juiz afirma que “neste contexto, se de um lado, o trágico acontecimento repercutiu nesta Capital e no Mundo, fato é que o custodiado estava trabalhando, possui imaculada ficha funcional, não havendo indícios de que solto possa reiterar o comportamento criminoso ocorrido à luz do dia”.

O magistrado destacou também que o tenente não tem “condições psicológicas de retornar às operações nas ruas” e que “deve ser afastado do exercício de policiamento ostensivo, exercendo apenas atividades administrativas”. O juiz proibiu o militar de manter contato com as testemunhas, inclusive os colegas que participavam da operação.

Investigação

Em coletiva de imprensa hoje, o titular da Divisão de Homicídios, delegado Fábio Cardoso, disse que a unidade fez a perícia no local da ocorrência, o Largo do Boiadeiro, e também no veículo, que foi usado para levar a vítima ao Hospital Miguel Couto.

“Foi um tiro de fuzil dado contra o veículo, acertou o pescoço da vítima na parte de trás, passou tangenciando o pescoço, então foi um tiro de alta energia que causou uma lesão muito grande. O tiro, além de atingir e matar a turista, atingiu a parte traseira do encosto do banco do motorista. Então, por muito pouco, o motorista também não foi morto com um tiro na cabeça”, disse o delegado.

Segundo o delegado, os três policiais envolvidos na operação foram ouvidos durante a madrugada e o trabalho de investigação está avançado. “Os policiais alegaram que teriam feito uma abordagem e que o carro não acatou a ordem de parada e por isso efetuaram disparos. Outro policial efetuou disparos para o alto e o tenente Davi efetuou um tiro contra o veículo, que atingiu o vidro traseiro do carro e outro tiro atingiu o para-choque traseiro do veículo”.

Cardoso disse que os ocupantes do carro disseram não ter visto a blitz e não receberam nenhuma ordem de parada. Ele classificou como “criminosa” a ação dos agentes de segurança. “Os policiais alegaram que estavam numa operação de cerco na Rocinha quando fizeram a abordagem desse carro, que tinha um insulfilme mais escuro. Eles não acataram a ordem de parada e por isso atiraram. Devo ressaltar que, o fato de um carro não acatar a ordem de parada, não justifica os policiais atirarem contra esse veículo sem sequer o veículo ter tido uma atitude suspeita, uma movimentação de que os ocupantes fossem atirar”.

O corpo de Maria Esperanza já foi necropsiado e a Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat), junto com o consulado espanhol, estão providenciando o traslado para a Espanha.

Agência de turismo

A agência de turismo responsável pelo passeio, Grupo Rio Carioca Tour, divulgou nota oficial em que lamenta a morte de Maria Esperanza. “A empresa é uma agência de turismo legalizada e conta com guias credenciados. O grupo de Maria Esperanza era acompanhado por uma guia credenciada acostumada a fazer tours pela Rocinha, um roteiro muito procurado por turistas do mundo todo”.

A agência informa que não recebeu qualquer notificação da polícia sobre confrontos ou problemas na comunidade na segunda-feira e que, em depoimento, o motorista disse que o roteiro programado foi alterado por causa da chuva.

“A turista espanhola terminava um tour na favela da Rocinha quando foi baleada num trecho da comunidade onde há uma ONG e escola de samba. Em depoimento à polícia, o motorista do carro onde estava a turista contou que havia deixado Maria Esperanza com o grupo e a guia, na Estrada da Gávea, de onde partiram para um passeio a pé pela favela. O combinado seria buscar o grupo na Auto-estrada Lagoa-Barra, mas, em função da chuva forte, a guia solicitou que o motorista buscasse o grupo dentro da Rocinha”.

A nota informa também que o motorista, um italiano residente no Brasil, foi parado cerca de 50 metros antes do Largo dos Boiadeiros por um grupo de policiais e teve o carro revistado. “Já no Largo, buscou o grupo de turistas e seguiu em direção à saída da favela. Neste curto trajeto, ouviu três tiros, sendo um mais forte e, achando que se tratava de um tiroteio, acelerou para sair da Rocinha. Na chegada à Auto-estrada, foi parado por um outro grupo de PMs, que mandou os passageiros descerem do carro. Foi neste momento que perceberam que Maria Esperanza havia sido baleada”.

O Grupo Rio Carioca Tour “reitera que todo trabalho da agência é conduzido com responsabilidade, visando o bem-estar de seus passageiros”, que “seus colaboradores estão à disposição da polícia para prestar quaisquer esclarecimentos” e que “a empresa também está à disposição para apoiar a família da passageira no que for necessário”.

Durante a inauguração do centro de pesquisa e inovação da L oreal, na Ilha de Bom Jesus, o governador Luiz Fernando Pezão lamentou a morte de Maria Esperanza e destacou que os policiais fluminenses “devem seguir os procedimentos estabelecidos no manual de abordagem, que determina que, em casos como o que ocorreu naquela comunidade, não devem efetuar disparos, e sim perseguir o veículo”.

“É muito triste, lamentável. Esse episódio nos entristeceu a todos. Nenhum policial é orientado, treinado para isso. Vamos continuar a investir, aprimorar, treinar policiais para que isso não aconteça mais. O Rio não é a cidade mais violenta do país, mas, infelizmente, tem um apelo maior porque é a que mais recebe turistas”, disse o governador.

Pezão também reafirmou que a Polícia Militar vai continuar na Rocinha por tempo indeterminado e que a integração com as forças federais de segurança vem apresentando resultados.

Diversos meios de comunicação europeus repercutiram a notícia da morte da turista espanhola baleada por policiais militares na favela da Rocinha nessa segunda-feira (23). Os principais jornais, principalmente os espanhóis, deram destaque ao ocorrido.

María Esperanza Jiménes Ruiz, de 67 anos, era uma conhecida empresária do ramo imobiliário na pequena cidade de Porto de Santa Maria, na Andaluzia, região ao Sul da Espanha. Hoje (24), a prefeitura da cidade decretou luto oficial por sua morte. Além de bandeiras a meio-mastro, a prefeitura informou que os funcionários da Câmara Municipal fizeram um minuto de silêncio em homenagem à memória da turista morta no Brasil.

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O jornal espanhol El País deu destaque à comoção causada pela notícia na pequena cidade, que tem apenas 90 mil habitantes. O periódico citou a discordância entre as versões dos policiais militares envolvidos no caso e das pessoas que estavam no carro com Maria Esperanza. Tanto o irmão da vítima e sua cunhada quanto o motorista afirmaram não ver nenhuma barreira policial. A versão da polícia é de que o carro em que estavam havia desrespeitado o bloqueio. O El País ressaltou ainda a gravidade das tensões causadas pelo conflito armado entre narcotraficantes na favela carioca.

Já o diário El Mundo, em sua página na internet, noticiou a prisão de dois agentes e afirmou que a Polícia Militar, em comunicado, reprovou a atuação deles. De acordo com o manual de abordagem da PM, os agentes não deveriam ter disparado e, sim, perseguido e bloqueado a passagem do veículo.

O jornal francês Le Figaro também noticiou a morte da espanhola na favela da Rocinha. “A polícia do Rio de Janeiro anunciou hoje que mataram acidentalmente uma turista espanhola visitando uma favela onde dois agentes ficaram feridos em confrontos com traficantes algumas horas antes”, diz o texto de ontem (23).

Em Portugal, o Diário de Notícias também repercutiu o caso, ressaltando que, diante da incapacidade da polícia local para controlar a situação, o governo federal enviou em agosto deste ano 8.500 militares para impedir conflitos entre os traficantes que disputam o controle das favelas. O Diário afirmou ainda que a Rocinha é uma das favelas que mais sofrem com o aumento da violência no Rio de Janeiro.

A empresa de turismo que ofereceu o passeio na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, à turista espanhola María Esperanza Jiménez Ruiz, de 67 anos, pode ser responsabilizada pela morte dela, que aconteceu nesta segunda-feira, 23.

"Por enquanto, os depoimentos foram tomados com o objetivo de esclarecer o homicídio em si, quem atirou, em quais condições. Mas vamos analisar se a empresa de turismo também pode ser responsabilizada", afirmou a delegada Valéria Aragão, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat).

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Segundo a polícia, a agência que ofereceu o passeio é espanhola e contratou uma locadora de carros, com motorista italiano, e uma guia turística brasileira para orientar o passeio. Nenhuma das empresas envolvidas teve o nome divulgado.

Segundo a delegada, os turistas tinham consciência de que visitariam uma favela, mas interpretaram que, estando "pacificada", a comunidade não oferecia riscos.

"Eles viram policiais militares circulando e conversando, e isso acabou tendo efeito contrário: acharam que era um sinal de tranquilidade e se sentiram mais seguros", afirmou a delegada.

Segundo ela, quando ouviram os tiros - disparados pelos PMs - a reação foi tentar sair do local. "Eles ouviram tiros, e a postura imediata foi acelerar."

Valéria destacou a necessidade de os agentes de turismo explicarem aos turistas as reais condições das favelas do Rio.

"Quem mora na favela não tem como fugir dos eventuais riscos representados pela violência, tem que circular por ela. Mas o turista precisa ter noção da situação, antes de escolher entre visitar ou não uma comunidade", afirmou.

Passeio

Já o delegado Fabio Cardoso, da Delegacia de Homicídios, disse que a turista espanhola foi baleada após o passeio na Rocinha. O carro em que ela estava descia o morro e passava pelo Largo do Boiadeiro quando foi alvejado nos vidros traseiros e no para-choque por policiais militares.

Segundo Cardoso, nenhuma das pessoas que ocupavam o carro viu qualquer barreira policial nem identificou ordem para que o veículo parasse - segundo a PM, os policiais atiraram no automóvel porque este furou um bloqueio no local.

"O fato é que as pessoas que estavam nesse carro, o motorista, a guia, os dois espanhóis (irmão e cunhada de María Esperanza) não viram, não puderam perceber ou avistar nenhum tipo de blitz, operação policial, barreira ou ordem de parada", disse Cardoso.

Ele não confirmou se os policiais envolvidos no episódio já estão detidos e disse apenas que suas armas foram apreendidas.

A turista morreu antes de chegar ao Hospital Municipal Miguel Couto. Ela foi alvejada na região do pescoço, provavelmente por uma bala de fuzil. Segundo Cardoso, imagens de câmeras de vigilância serão analisadas.

Foram ouvidos na Deat a guia e o motorista. Os policiais também serão interrogados. O cônsul espanhol no Rio, Manuel Salazar, acompanhou os depoimentos na delegacia e está prestando assistência aos familiares de María Esperanza. Ainda não há informações sobre o traslado do corpo.

O motorista Carlo Zanineta é italiano, mas vive no Rio, segundo a Deat. Ele presta serviço para a empresa de aluguel de veículos que foi contratada por uma agência estrangeira. A guia, Rosângela Reñonez, é brasileira e trabalha como freelancer.

A polícia do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira (23) ter matado acidentalmente uma turista espanhola que visitava a Favela da Rocinha, onde dois agentes foram feridos durante um confronto com traficantes horas antes.

Por volta das 10h30, um veículo "rompeu o bloqueio policial no Largo do Boiadeiro. Houve reação da guarnição (...) Durante a abordagem verificou-se que se tratava de um veículo para transporte de turistas", informou a polícia em um comunicado, acrescentando que "uma mulher espanhola ferida foi socorrida ao Hospital Miguel Couto, mas não resistiu".

Moradores das favelas da Rocinha, na zona sul carioca, e do Alemão, na zona norte, voltaram a conviver com a troca de tiros entre bandidos e policiais neste domingo (22), no Rio. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, na Rocinha, policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com um bandido enquanto faziam o patrulhamento na localidade conhecida como 99. "Neste momento, os agentes realizam buscas no local. Não há informações de feridos", traz o comunicado.

A Rocinha tem recebido atenção especial da Polícia Militar desde que a disputa pela liderança do tráfico entre Antônio Francisco Lopes, o Nem, e seu antigo aliado, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, trouxe pânico aos moradores, no mês passado. Incursões diárias têm sido feitas na procura por bandidos escondidos na região de mata.

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No Complexo do Alemão, um dos locais da cidade com mais ocorrências de violência, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) faziam o patrulhamento quando receberam "denúncia de confronto entre bandidos", de acordo com assessoria da UPP. Após a perseguição de traficantes, foram apreendidos drogas e uma arma Airsoft.

Exército

Há um mês, tropas das Forças Armadas fizeram um cerco à favela da Rocinha após o aumento de confrontos entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas na comunidade. O cerco foi encerrado seis dias depois, sob a justificativa de que a violência havia diminuído e a presença do Exército não era mais necessária.

As tropas federais voltaram ao morro menos de duas semanas depois. A ajuda do exército foi solicitada após a volta de registros de intensos tiroteios no local. Na ocasião, o Comando Militar Leste (CML) disse que a operação seria pontual.

Há 12 dias, Danúbia de Souza Rangel, a Xerifa da Rocinha, foi presa. Condenada a 28 anos de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas, ela estava foragida desde março de 2016. Danúbia é mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que ordenou a invasão da favela da Rocinha em setembro.

Em 24 dias de operação na Rocinha, na zona sul do Rio, e em outras favelas, essas da zona norte, em decorrência da guerra no morro, as forças de segurança prenderam 53 pessoas. Também apreenderam 11 menores, recuperaram 98 armamentos, sendo 29 fuzis, 3.879 munições e 158 carregadores de armas, e localizaram duas toneladas de drogas. Dezesseis pessoas morreram em confrontos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (11), pelas polícias do Rio e as Forças Armadas, numa entrevista conjunta.

Foram pedidos hoje à Justiça mais 34 prisões, além de 54 mandados expedidos anteriormente (16 dos quais, cumpridos). Os crimes atribuídos são: tentativa de homicídio qualificado, dano, roubo, associação ao tráfico e resistência qualificada. Nesta quarta-feira, policiais do Batalhão de Choque prenderam mais um traficante na Rocinha, Mateus Lima, de 19 anos.

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As forças de segurança não informaram especificamente o resultado da operação do Exército, Marinha e Aeronáutica junto com a polícia na terça-feira e nesta quarta. São cerca de mil agentes na favela, entre militares e policiais. Eles não devem permanecer na quinta-feira. As autoridades também não deram informações sobre as buscas a Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que lidera o tráfico na Rocinha, para que o trabalho não seja prejudicado.

"Não é fácil (prendê-lo). Ao longo de sua história a Polícia Civil já se deparou inúmeras vezes com situações como esta, e sempre deu a resposta à sociedade", disse o subsecretário de Comando e Controle do Estado, Rodrigo Alves. Ele contou que há muitas informações desencontradas sobre seu paradeiro. "Ele se tornou onipresente, está em todos os lugares. Cabe a nós filtrar (os informes)".

O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Daniel Neves, disse que "toda a extensão da comunidade" é patrulhada, e que não houve "perda de território" com a guerra de facções que deu origem, no dia 18 de setembro, às ações da segurança. "Já patrulhávamos toda a extensão da comunidade; agora, com a ajuda das tropas federais, conseguimos fazer isso em diferentes áreas simultaneamente". O custo total das operações das Forças Armadas não foi divulgado.

As Forças Armadas voltam a cercar os acessos à favela da Rocinha, na zona sul do Rio, na manhã desta quarta-feira (11). Pelo segundo dia consecutivo, os militares apoiam as polícias Civil e Militar em operação de busca a criminosos envolvidos na invasão da comunidade no mês passado, conforme a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg/RJ). O efetivo é ainda maior do que no dia anterior, de cerca de 600 integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica e mais 550 policiais.

Nesta terça, mais de mil militares participaram de operação na comunidade durante o dia. Em paralelo, uma ação na região da Ilha do Governador prendeu uma das pessoas mais procuradas por suposta participação nos últimos conflitos no Rio: a mulher do traficante Antônio Bonfim Lopes, Danúbia Rangel, conhecida como a Xerifa da Rocinha.

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Hoje, as buscas na Rocinha são concentradas na região da mata que contorna a favela, para onde os procurados teriam fugido. Os agentes também buscam por armas e drogas armazenadas dentro da comunidade. A operação começou por volta das 5 horas da manhã e deve se estender durante o dia. Até o momento, as forças de segurança não informaram se houve novas prisões ou confrontos com traficantes na região.

Danúbia Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi presa na tarde desta terça-feira, 10, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. Xerifa da Rocinha, como é conhecida, foi encontrada por policiais das delegacias de Nova Iguaçu e da Pavuna, e está sendo levada para a Cidade da Polícia, complexo que concentra delegacias do Rio.

Condenada por tráfico, Danúbia tem 33 anos e era foragida da polícia. Por ordem de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, atual "chefe" do tráfico na Rocinha, ela teve de sair da favela. Rogério assumiu o comando da venda de drogas na favela depois que Nem foi preso, em novembro de 2011.

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O bando de Nem e de Rogério disputam o controle do tráfico desde o dia 18 de setembro. Mesmo preso em Rondônia, Nem determinou que comparsas invadissem a favela para retomar o controle. O grupo de Rogério reagiu e foi iniciada uma rotina de tiroteios, toques de recolher e operações policiais e das Forças Armadas que perduram até agora.

As Forças Armadas retornaram hoje (10) à comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, para auxiliar a polícia em buscas no entorno da favela. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, os militares estão dando “apoio técnico” à Polícia Militar (PM) em ações de varredura na mata que faz limite com a comunidade.

Na madrugada de hoje, uma mulher foi presa e duas adolescentes, apreendidas dentro de um ônibus. Elas estavam com drogas e anotações sobre atividades criminosas, na Estrada da Gávea.

No fim de setembro, as Forças Armadas já tinham ocupado setores da Rocinha por uma semana, também para auxiliar a polícia fluminense.

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As Forças Armadas foram chamadas em setembro para ocupar a Rocinha, depois que grupos criminosos rivais entraram em confronto armado pelo controle dos pontos de venda de drogas ilícitas da comunidade.

Ontem (9), novos confrontos entre policiais e criminosos foram registrados na favela. Segundo a PM, dois corpos foram localizados na Rua 1, na manhã de ontem. Mais de 500 policiais militares ocupam atualmente a Rocinha.

Dois homens foram encontrados mortos na manhã desta segunda-feira, 9, na parte alta da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.

Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha foram chamados por moradores e acionaram a Delegacia de Homicídios, que fez perícia no local. Os corpos estavam perto da Rua 1.

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Até o início da tarde desta segunda-feira, os nomes dos mortos não tinham sido divulgados, e também não havia detalhes sobre as circunstâncias da morte dos dois nem sobre a forma como morreram. Os corpos tinham muitos ferimentos, principalmente na cabeça.

Após tiroteios e um suposto toque de recolher ordenado por traficantes pela manhã, à tarde não houve registro de tumultos na Rocinha, que está conflagrada desde 17 de setembro, quando traficantes de grupos rivais iniciaram um confronto pelo domínio do comércio de drogas na comunidade.

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