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O porteiro que associou o presidente Jair Bolsonaro a Élcio Vieira de Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco, mora em área dominada por milícia na zona oeste do Rio. A revista Veja localizou Alberto Jorge Ferreira Mateus em uma casa simples na Gardênia Azul, bairro da região administrativa de Jacarepaguá. "Eu não estou podendo falar nada. Não posso falar nada", disse Alberto quando abordado pela reportagem.

Foi ele quem anotou que Élcio ia para a casa de número 58, a de "Seu Jair", quando esteve no condomínio no dia do crime. Parentes e amigos relataram à revista que o porteiro está "acuado" e não arriscam dizer por que ele supostamente mentiu, como afirmou o Ministério Público após perícia feita às pressas um dia após o Jornal Nacional revelar o depoimento de Alberto.

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Ainda segundo a Veja, a Gardênia Azul já estava no radar dos policiais que investigam o assassinato da vereadora porque Ronnie Lessa, o preso acusado de efetuar os disparos contra Marielle, seria um dos responsáveis pelo controle daquela região.

A reportagem também localizou o outro porteiro que trabalhava no Vivendas da Barra naquele dia. Trata-se de Tiago Izaias, o dono da voz que está nos áudios usados pelo Ministério Público e por Carlos Bolsonaro para atestar que foi Ronnie Lessa quem autorizou a entrada de Élcio. Izaias confirmou que partiu dele a ligação para Lessa, mas disse que não lembra quem trabalhava com ele no dia 14 de março de 2018.

"Não lembro nem se estava dentro ou fora. A coisa toda aconteceu há tempos, e são muitas casas e visitantes o dia inteiro", afirmou. "Todos aqui no condomínio ficaram surpresos por ele ter ligado o presidente a um crime gravíssimo. Pode ser que estejam usando o Alberto para denegrir a imagem de Bolsonaro", disse ainda Izaias, que é bolsonarista assumido e tem foto com o presidente nas redes sociais.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News ouve, nesta terça-feira (5), o jornalista Allan dos Santos, criador do blog Terça Livre. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a divulgação de notícias falsas durante as eleições de 2018. A oitiva de Allan fez com que o nome dele virasse o assunto mais comentado no Twitter durante a manhã de hoje. 

A hashtag #SomosTodosAllan foi criada em apoio ao blogueiro. Até às 11h, segundo dados do microblog, o termo havia sido citado cerca de 32,8 mil vezes em defesa dele. 

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“Eu tenho certeza absoluta que a pior coisa pro establishment foi ter deixado o @allantercalivre ser convidado para a CPI das Fake News. Vai ser um show e um massacre à esquerda e aos traidores. #SomosTodosAllan”, argumentou um dos internautas que usou a hashtag.

“Minha solidariedade ao Allan dos Santos, que está sendo perseguido pelo  mero fato de apoiar @jairbolsonaro. Esquerdopatas podem usar até o crime para atacar Moro e procuradores que o STF os protege, como no caso Crimecept. Já para quem critica o sistema”, declara outro.

Allan dos Santos deve ser ouvido pela CPMI a partir das 13h. O nome dele foi citado pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) na semana passada como “o maior incentivador das fake news”. Allan dos Santos é apontado como um dos membros da chamada "milícia virtual" que age em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na divulgação de notícias falsas ou não de membros da oposição e até de aliados atacados pelo governo. 

Policias da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco) prenderam, na manhã desta sexta-feira (27), o miliciano Marcus Vinícius Gomes Dias, o Panelada. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa de milícia que atua nas comunidades Beira Rio, Novo Rio e Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio e tem conexões com o crime organizado de Rio das Pedras.

De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, titular da especializada, a quadrilha chefiada por Marcus Vinícius atuava cobrando taxas mensais de até R$100 para comerciantes e semanal de R$15 para moradores e de R$30 para os mototaxistas. Além disso, o bando explorava serviço de TV a cabo clandestina.

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Ainda segundo o delegado, os criminosos faziam também cobranças para os moradores que desejassem realizar obras em suas casas. Para colocar uma nova laje, o morador tinha que pagar cerca de R$ 1 mil a quadrilha.

A investigação apontou que o bando agia com violência e costumava torturar e espancar integrantes de quadrilhas rivais e suspeitos de praticar crimes.  Após a morte de Anderson Crisóstomo Sanches dos Santos, presidente da associação de moradores da comunidade Novo Rio, Marcus Vinicius conseguiu tomar o controle da comunidade e se uniu a milícia da comunidade Beira-Rio.

Marcus Vinícius foi preso em um imóvel de luxo localizado em um condomínio da Barra da Tijuca. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão de sentença condenatória pelos crimes de roubo qualificado, extorsão com emprego de arma de fogo, formação de quadrilha, porte de arma e crime de tortura.

Da Polícia Civil do RJ

Nessa terça-feira (24), o deputado federal Alexandre Frota (PSDB), declarou no plenário da Câmara dos Deputados que está preparando um "vasto material" para ser apresentado caso seja convocado para a CPI das Fake News. O tucano denunciava a atuação de "milícias digitais" em prol do presidente Jair Bolsonaro.

"Se for convocado para a CPI das Fake News, já estou preparando um vasto material para que a gente possa sair dessa CPI extremamente vitorioso", afirmou. Recentemente, o deputado foi expulso do PSL por críticas ao presidente.

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Frota ainda garantiu que tal milícia digital está “instalada no Palácio [do Planalto], abaixo da sala do presidente Jair Bolsonaro”. E explicou que o grupo bolsonarista produz linchamentos aos políticos através de comentários nas redes sociais.

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A Polícia Civil deu detalhes, na manhã desta segunda-feira (26), de uma operação contra os chamados guardas do apito, que realizavam serviço de vigilância e segurança em Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco. Segundo a polícia, o serviço seria apenas pretexto para o cometimento de crimes como roubo e homicídio. Os alvos fariam parte do mesmo grupo responsável pelo homicídio do empresário Mário Cavalcanti Gouveia Filho no Parque Aquático de Águas Finas, em Paudalho.

Para o delegado Altemar Mamedes, responsável pela Operação Apito Final 2, os suspeitos estão envolvidos com o crime de milícia armada. "Eles ganhavam a simpatia da população porque prestavam aparente serviço de segurança, mas praticavam roubo, homicídio, ameaçavam testemunhas e favoreciam tráfico de drogas na região", resume. A investigação identificou que os traficantes recebiam aval dos guardas para atuarem na região.

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Nesta fase da operação, somando o cumprimento de mandados e as prisões em flagrante, 11 pessoas foram presas e sete armas apreendidas. Os presos são: Luciano Josuel de Santana, João Antônio dos Santos, Cláudio Vicente da Silva, José Virgínio de Santana, José Luis de Lima, Flávio Gonçalves Guerra Júnior, Lucenildo Luiz de Araújo, Lourinaldo Gomes de Lima Filho, Alex da Silva Ferreira, Danilo Yure Flor da Silva e José Gentil de Matos.

A delegada Euricélia Nogueira, que investigou o braço da organização com atuação em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), destaca a periculosidade dos investigados. "Eles eliminavam qualquer pessoa que pudesse implicá-los em crimes", explica.

Na Operação Punisher, comandada por Nogueira, 15 pessoas foram presas por envolvimento em cerca de 30 homicídios. O líder do grupo, Luciano Josuel, teria matado o próprio irmão.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no início da manhã desta quinta-feira, 18, o ex-secretário de Defesa Civil do município de Queimados, na Baixada Fluminense, Davi Brasil Caetano. Ele é acusado de chefiar uma milícia que atua na região. Além dele, 24 suspeitos tiveram mandado de prisão expedidos pela Justiça.

De acordo com o Ministério Público (MP-RJ), a organização criminosa que seria liderada por Davi Brasil, que atualmente é vereador na cidade pelo PTdoB, atuava em pelo menos três condomínios do programa Minha Casa Minha Vida.

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A milícia é conhecida como "Caçadores de Ganso" e realiza cobrança ilegal de taxas de serviços e de suposta segurança - além de praticar homicídios, entre outras acusações. Outros integrantes do grupo miliciano também são investigados por tráfico de drogas.

Investigações comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) também mostraram que o grupo manteve uma página em uma rede social, administrada por alguns dos denunciados, onde anunciava, previamente, quem seriam as suas vítimas.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Davi Brasil Caetano. O espaço está aberto para manifestação.

O jornal Folha de S. Paulo informou nesta quarta-feira (17) que um homem apontado como gerente da milícia do Rio de Janeiro manteve contatos com o filho do prefeito da cidade, Marcelo Crivella (PRB) e realizou tentativas de contatos com o próprio Crivella.

As informações foram obtidas através de escutas telefônicas da Operação Muzema, que foi deflagrada nesta terça-feira (16). De acordo com o jornal, nos diálogos não há evidências de que os contatos de fato ocorreram e se tiveram alguma consequência.

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“Cheguei até o filho do Crivella. Só não cheguei até a ele. E o filho dele falou que não tem como segurar não, que é o Ministério Público. O cara me levou até o filho dele”, disse Manoel de Brito Batista, o Cabelo, a Abraão Fontenele Amorim, acusado de ser um dos sócios dos empreendimentos ilegais.

A reportagem da Folha de S. Paulo ainda pontua que os diálogos são de dezembro do ano passado, período em que a prefeitura interditou imóveis na região e tentava viabilizar demolições. 

As escutas mostram que os acusados relatam tentativas de evitar a derrubada dos empreendimentos imobiliários, uma das fontes de receita da milícia da região, segundo o Ministério Público.

Policiais da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro fazem nesta sexta-feira (31) uma operação para prender suspeitos de integrar uma das principais milícias do estado. Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso, que seria comandado por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, atua nas comunidades de Curicica, Terreirão, Boiúna, Santa Maria, Lote 1000, Jordão e Teixeiras, na zona oeste.

A operação é resultado de investigações que começaram com a apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março do ano passado. Na época, Curicica, que está preso desde 2017, era um dos suspeitos do duplo homicídio e foi apontado como responsável por vários crimes na zona oeste.

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Entre os alvos da ação de hoje estão quatro policiais militares e um bombeiro. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em batalhões da Polícia Militar e dos bombeiros e em celas de presídios onde estão alguns dos acusados.

O grupo, segundo a Polícia Civil, atua na exploração ilegal de serviços como transporte, lazer, alimentação e segurança, na cobrança de taxas de proteção aos comerciantes da localidade e de pedágios aos trabalhadores de transporte alternativo (vans e mototáxis), além do controle de associações de moradores das regiões.  

A quadrilha é acusada de cometer crimes com “extrema violência”, incluindo execução de testemunhas e tentativas de homicídio de autoridades responsáveis pelas investigações.

Membro do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisa a proposta anticrime apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) afirmou que o pacote é penal e não combate o crime no país. Na análise do parlamentar carioca, o texto com as mudanças sugeridas pelo auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL) “falta falar de crime” e não apresenta argumentos plausíveis ou estudos para basear as mudanças sugeridas.

“Não dá para ter a imagem de um super-homem quem, na verdade, é absolutamente incompetente... O projeto fala do excludente de licitude. O que é o excludente de licitude? Ninguém lê, mas desde quando alguém concorda que um policial pode, na rua, avaliar que uma pessoa que agiu sobre a outra, agiu  em legítima defesa porque estava sob medo ou emoção, pode não levar para a delegacia? O policial pode virar juiz. Olha que loucura ele está propondo”, alfinetou Freixo.

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De acordo com o deputado psolista, o excludente ainda pode agravar os casos de feminicídio no país. “Ele está propondo que um juiz possa anular um julgamento se tiver forte emoção, medo ou forte surpresa. Por exemplo, todos os crimes de feminicídio o condenado vai poder alegar, e o direito retroage, que estava sobre forte emoção. Todos os condenados vão entrar na justiça para anular sua sentença de condenação. Isso é bom né? [ironia e risos] Pois é, precisamos debater o projeto do Moro em uma escala programática e com mais responsabilidade do que se apresenta o ministro”, argumentou.

Outro ponto questionado por Freixo foi o fato de Sérgio Moro apresentar como solução para a violência a possibilidade de aumentar a população carcerária. “Mas ele esquece que a gente tem a terceira maior população carcerária do planeta, são 750 mil presos; a maior taxa de crescimento carcerário dos últimos dez anos. Se a teoria do Moro estivesse certa, a violência deveria estar caindo e não crescendo”, observou.

“Se o pacote do Moro for aprovado a população carcerária do Recife vai dobrar em três anos. O Estado está preparado para gastar mais com o sistema penitenciário do que com a educação? Se o pacote do Moro passar vocês vão ter que prender muito mais”, acrescentou.

Milícias

Um dos itens mais criticados por Marcelo Freixo foi a ausência de combate às milícias que, na ótica do deputado, é a organização criminosa mais organizada que o Brasil tem, “porque tem relação de poder que cresce”.

“O único momento que o pacote do Moro fala de milícia [no projeto] é para dizer que milícia é uma das facções criminosas. Ou seja, o único momento que ele fala, fala errado”, disse. “Milícia não é uma facção criminosa. Todas as facções do tráfico seja do Rio ou do Recife nasceram no cárcere, do caos carcerário, da ausência de política pública penitenciária. Milícia nasce da relação território, poder e polícia. Milícia não é estado paralelo é estado leiloado”, emendou explicando.

Na ótica do deputado federal, “Moro não entende nada de milícias, mas tem gente próxima a ele que entende e ele pode perguntar”. Marcelo Freixo disse ter apresentado um documento para Moro com 58 propostas  focadas nas milícias, mas não obteve retorno até o momento.

A Polícia Civil realiza, na manhã desta sexta-feira (17), a Operação Punisher, para prender pessoas envolvidas com os crimes de homicídio, latrocínio, constituição de milícia privada, tráfico de armas, tráfico de drogas, roubo qualificado e organização criminosa em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os alvos são do mesmo grupo dos acusados de matar o empresário Mário Cavalcanti Gouveia Júnior, de 78 anos, no dia 23 de abril em Paudalho, Zona da Mata de Pernambuco.

Os suspeitos são guardas do apito na região. Eles realizariam segurança privada na área, constituindo uma milícia. De acordo com o delegado Ivaldo Pereira, da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), a organização criminosa, com conhecimento adquirido dentro de presídios, convocava indivíduos perigosos de Olinda, no Grande Recife, e da comunidade do Detran, na Zona Oeste da capital, para compor o grupo sediado no bairro camaragibense de Chã de Cruz.

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"No local lá ninguém traficava, apenas os componentes da facção. Ninguém roubava, apenas eles. Eles matavam por aluguel. Era um trabalho de pistolagem", resume Ivaldo Pereira. Pelo menos 30 homicídios são atribuídos ao grupo. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

O líder da organização foi identificado como Luciano Josuel. Ele seria responsável pela articulação dos crimes, cobrança de dinheiro e pela execução dos homicídios. "Ele gostava de matar, inclusive matou o próprio irmão, daí você já tira", comenta o delegado.

Ao longo da investigação, 30 armas foram apreendidas. Eles possuíam um armeiro próprio, para confecção e conserto de armas e munição.

Sobre o assassinato do empresário, dono de um parque aquático na Estrada de Aldeia, a polícia concluiu que os criminosos tinham o objetivo de subtrair a renda da vítima. Seis já haviam sido presos. Luciano Josuel teria dado a ordem para o assassinato, após Mário Cavalcanti atingir um dos criminosos. De acordo com o delegado, eles tinham conhecimento da coleção de armas do empresário, tendo subtraído seis, uma já recuperada.

Policiais civis fazem nesta quinta-feira (2) uma operação contra a milícia que atua na Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. A meta é buscar documentos e computadores para auxiliar no inquérito sobre o desabamento de dois prédios na comunidade, no dia 12 de abril, o que deixou 24 mortos.

Entre os endereços que estão sendo alvo da operação de hoje está a Associação de Moradores da Muzema.

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A ação é coordenada pela Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), responsável pelo inquérito dos desabamentos, em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), responsável pelas investigações contra milícias no Rio.

Os prédios que desabaram eram ilegais, ou seja, não tinham autorização da prefeitura para ser construídos.

As obras chegaram a ser embargadas em novembro do ano passado, mas isso não impediu que seus apartamentos fossem ocupados. A polícia busca os responsáveis pelas construções.

Vários outros prédios ilegais, construídos na região, serão demolidos. Segundo a prefeitura, 16 deles serão demolidos para a construção de um parque.

 A Polícia Federal está analisando, pelo menos, oito inquéritos da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro por determinação da Procuradoria Geral da República (PGR), que suspeita de milicianos infiltrados na DH. Dentre essas investigações, estão os casos relacionados às execuções da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de Anderson Gomes, seu motorista. O assassinato dos dois completa um ano nesta quinta-feira (14)

Além disso, é destaque o assassinato de dois herdeiros de clãs da máfia do jogo do bicho, Hayton Escafura e Myro Garcia, ambos mortos em 2017. A informação é do site UOL.

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A Polícia Federal apura a suspeita que a milícia conhecida como “Escritório do Crime” conte com infiltrados dentro da Delegacia de Homicídios, conforme depoimentos de depois delatores ouvidos pela PGR.

Um dos delatores, o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, afirmou que integrantes do “Escritório” pagavam uma mesada a alguns policiais da Delegacia para que investigações sobre as execuções praticadas pelo grupo paramilitar não chegassem aos responsáveis pelos crimes.

Além de Orlando, um segundo delator disse que há infiltrados entre os agentes que atuam na delegacia especializada. No último dia 21 de fevereiro, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de pessoas citadas pelos delatores.

Dentre eles, o ex-deputado estadual e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão. Ele é suspeito de obstruir a investigação do caso Marielle e chegou a ser preso no âmbito da Operação Quinto do Ouro, em março de 2017, que apura esquema de propina no TCE do Rio de Janeiro.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que era amigo pessoal e ex-chefe da vereadora assassinada Marielle Franco, disse em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados que seu partido irá propor nos próximos dias uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação de milícias – grupos armados que defendem interesses particulares e visam lucro e poder – em todo o País.

Na avaliação de Freixo, a prisão, nesta terça-feira (12), de dois suspeitos de terem cometido o assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, que dirigia o carro em que ela estava, não encerra o caso.

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Ele sustenta que mais importante do que saber quem matou Marielle é descobrir se há mandantes do crime e se eles têm ligação com milícias que atuam no Rio de Janeiro. “Se nós não descobrimos a razão, a motivação da morte da Marielle, a gente não tem democracia nesse País. Não é porque Marielle era de esquerda, não é porque Marielle era do PSol. É porque há um grupo político no Rio de Janeiro, no século 21, capaz de matar como forma de fazer política. Isso é inaceitável”, disse Freixo.

Crime e política

Freixo lembrou que Marielle Franco começou na política em 2006, quando integrou a equipe de campanha que o elegeu deputado estadual no Rio de Janeiro, passando a assessorá-lo por 10 anos. “Em 2008, quando eu fiz a [Comissão Parlamentar de Inquérito] CPI das Milícias, Marielle trabalhava comigo. E a CPI conclui dizendo que crime, polícia e política não se separam no Rio de Janeiro”, disse Freixo, cobrando a investigação da participação de milícias no assassinato da vereadora.

Segundo ele, a CPI acabou levando à prisão de muitos investigados, mas as milícias não deixaram de existir porque continuam ajudando a eleger políticos. “Não é aceitável que as pessoas, até hoje, façam política negociando com o crime. Isso deve ser cobrado independente de ter ou não vínculo com a [morte da] Marielle”, concluiu Freixo.

Citando o caso do Rio de Janeiro, Freixo afirma que o crime dá lucro político. “A gente tem que pagar com a vida da Marielle o preço da insegurança e do conluio político de tantos anos na segurança pública de vários governos”, disse.

O deputado, que há 10 anos é acompanhado por seguranças por ter sofrido ameaças de morte, disse ainda que só se sentirá mais seguro com a elucidação dos mandantes do crime de Marielle. “Nós não vamos ficar seguros se a gente aumentar em dois, três, quatro o número de seguranças. Vai nos deixar mais seguros saber que grupo político está por trás da morte de Marielle. Quem foi capaz de fazer isso”, finalizou.

Os suspeitos de matar a vereadora carioca Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018, que foram presos nesta terça-feira (12) são o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos. As investigações apontam que Ronnie fez os disparos contra a vereadora e Élcio dirigiu o carro usado para levar o executor.

*Da Agência Câmara

A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de 43 pessoas suspeitas de integrarem uma milícia que atua na zona oeste do Rio e nos municípios de Itaguaí, Nova Iguaçu e Seropédica. Entre os citados está Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko ou Didi, que seria o líder do grupo criminoso.

A prisão deles foi ordenada após a juíza Regina Célia Moraes De Freitas, da 1ª Vara Criminal da Regional de Santa Cruz, acatar denúncia do Ministério Público (MP-RJ).

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Na decisão, a juíza considera que os 43 envolvidos "constituíram e passaram a integrar pessoalmente, de forma estável e permanente, com emprego de arma de fogo, organização criminosa, associando-se em estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter vantagem indevida, utilizando modus operandi de grupo criminoso conhecido por 'milícia', tendo como área de atuação os bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Cosmos, Paciência e Sepetiba, com ramificações às regiões de Itaguaí, Nova Iguaçu e Seropédica".

Ecko é procurado desde o ano passado, sendo que o Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 10 mil para quem der informações que levem a sua captura.

Além da prisão dos acusados, a juíza autorizou a busca e apreensão de documentos, armas, munições, veículos, computadores, mídias, celulares, aparelhos decodificadores, cheques de terceiros que não sejam familiares, anotações de cobrança e demais bens e objetos comprobatórios da prática criminosa.

Nesta segunda-feira (28), a deputada federal Marília Arraes (PT) deu a entender que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é “envolvido” com as milícias. “Temos um presidente envolvido com o estado paralelo do Rio de Janeiro, o que torna todos nós reféns dessa insegurança”, disse em entrevista à Rádio Jornal. 

A declaração foi dada no momento em que a petista comentava a decisão do deputado Jean Wyllys (Psol) de não assumir mais um mandato na Câmara dos Deputados. “Você vai exigir que um parlamentar, porque foi eleito, corra risco e tenha sua vida tolhida? E o Estado não faz nada”, alfinetou.

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As críticas da vereadora do Recife a Bolsonaro tem sido inúmeras. Durante a campanha eleitoral do ano passado, a neta do ex-governador Miguel Arraes disse que não entendia como uma mulher votava no militar. “Não entendo como uma mulher vota em Bolsonaro. Como você vai votar em alguém que diz que você tem que ser submissa ao homem, tem que ganhas menos mesmo exercendo as mesmas funções?”, indagou.

Ela também chegou a alertar sobre os “retrocessos” no governo. Segundo ela, era preciso fazer uma avaliação sobre os riscos em relação às conquistas alcançadas durantes os governos do PT. “Os retrocessos registrados na administração de Temer tendem a piorar com a posse de Jair Bolsonaro”, ressaltou na ocasião. 

Quando foi homenageado com a maior condecoração concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes, por iniciativa do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (à época filiado ao PP, hoje senador eleito pelo PSL), o então policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega estava preso por suspeita de homicídio. Hoje acusado pelo Ministério Público de liderar uma milícia na zona oeste do Rio, Nóbrega está foragido desde a última terça-feira, 22. A prisão foi revelada pelo site do jornal Folha de S.Paulo e confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo pelo Tribunal de Justiça do Rio.

O PM já havia sido homenageado por Bolsonaro em outubro de 2003, quando o então deputado estadual apresentou moção de louvor ao PM, pela "dedicação, brilhantismo e galhardia" do profissional. Três meses depois, em janeiro de 2004, Nóbrega foi preso preventivamente acusado pelo homicídio do guardador de carros Leandro dos Santos Silva, de 24 anos. Além de Nóbrega, outros dez policiais foram detidos. A vítima morava em Parada de Lucas (zona norte) e havia denunciado os policiais por extorsão e ameaça.

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Os policiais foram acusados ainda de alterar a cena do crime, para tentar forjar um auto de resistência, que se caracteriza quando a vítima reage a uma abordagem policial e há confronto. Segundo testemunhas, o guardador não reagiu.

O processo tramitava e Nóbrega estava preso quando, em junho de 2005, Flávio Bolsonaro apresentou projeto de resolução para conceder a Medalha Tiradentes ao policial. Ao justificar sua iniciativa, o deputado escreveu que "em 26 de junho de 2001 (Nóbrega) logrou êxito em prender 12 marginais no Morro da Coroa, além de apreender quatro fuzis, uma submetralhadora (...) e 90 trouxinhas de maconha". Em agosto a proposta foi aprovada pelo plenário da Alerj.

Dois meses depois, em outubro, Nóbrega foi condenado a 19 anos de prisão pelo Tribunal do Júri. Houve recurso à segunda instância e, em 2006, desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio anularam a condenação e determinaram um novo julgamento. O policial deixou a prisão em outubro de 2006. Em janeiro de 2007, em novo julgamento, Nóbrega foi absolvido.

O policial foi preso mais duas vezes até ser exonerado da PM, em janeiro de 2014, acusado de atuar como segurança de um contraventor.

Medalha

O regimento interno da Alerj prevê que a Medalha Tiradentes "poderá ser concedida a personalidades nacionais ou estrangeiras que, de qualquer forma, tenham serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro, ao Brasil ou à humanidade". A outra exigência é de que o projeto seja aprovado pelos deputados, em votação no plenário.

Resposta

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 24, que, quando recebeu a condecoração, o policial "sofria uma injustiça, reconhecida com sua absolvição". O parlamentar afirmou que, "desde o meu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, sempre tive por prioridade a defesa das instituições policiais e de seus integrantes. Nesse sentido, por diversas ocasiões homenageei servidores em face de ações que mereceram reconhecimento. Foi assim com o então tenente Adriano, que na ocasião específica sofria uma injustiça, reconhecida com sua absolvição na esfera judicial. Isso se deu há mais de uma década, sendo impossível fazer previsões sobre acusações somente agora reveladas", concluiu Bolsonaro.

Uma operação intitulada Os Intocáveis prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes nesta terça-feira (22). Entre os presos está um major da Polícia Militar (PM). As informações são do jornal O Globo.

A ação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. A Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva contra a organização criminosa.

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O foco da operação é atingir a milícia que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras, com ações violentas e assassinatos. Entretanto, há indícios de que dois dos alvos comandem o Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda. Os principais clientes do grupo de matadores profissionais são contraventores e políticos.

O major preso é Ronald Paulo Alves Pereira, de 43 anos. Ele seria integrante da cúpula do Escritório do Crime, sendo denunciado por comandar negócios ilegais como grilagem de terra e agiotagem. Ronald vai a júri em abril deste ano por ser acusado de matar cinco jovens na antiga boate Via Show em dezembro de 2003. O oficial mora no condomínio fechado Essence, próximo ao Parque Olímpico, cujos apartamentos mais caros custam mais de R$ 1 milhão, segundo moradores.

Ainda foi preso Manuel de Brito Batista, vulgo Cabelo. Ele seria o contador e gerente armado da quadrilha. O homem estava dormindo em sua casa no condomínio de luxo Floresta Country Club, na Estrada do Bouganville. Ele repassou informações contraditórias, como, por exemplo, não possuir carro. Os policiais encontraram chaves de dois veículos no local. Um HB20 foi revistado, mas nada foi encontrado em seu interior. O Corolla não foi localizado. Um cofre foi achado, mas a chave ainda é procurada.

Investigação

O caso está sendo investigado há seis meses pelo Gaeco e pela 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal. O MP denuncia que a milícia de Rio das Pedras é responsável por extorsão de moradores e comerciantes com cobranças de taxas ilegais referentes a "serviços" prestados. O grupo também oculta bens adquiridos através das atividades ilícitas e falsifica documentos públicos.

A quadrilha foi denunciada ainda por agiotagem e utilização de ligações clandestinas de água e energia, além de cobrança por serviços de TV a cabo, gás, taxas de proteção de comerciantes e moradores e transporte alternativo. Nenhuma dessas ações seria realizada sem o comando ou autorização dos criminosos.

Marielle e o motorista foram assassinados no dia 14 de março de 2018. O carro em que estavam foi alvejado por um homem no banco de trás de outro carro. Uma assessora de Marielle, que estava no banco de trás, saiu ilesa.

   A pergunta “Cadê o Queiroz?” dominou as redes sociais após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que o ex-assessor e ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta, de acordo com relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), divulgado no início de dezembro do ano passado. Queiroz ficou sumido por um tempo e até hoje é questionado onde ele estava nesse período até se internar, em São Paulo, para o tratamento de um câncer. 

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o ex-assessor de Flávio teria se "escondido" por cerca de duas semanas na favela de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as informações, essa é a segunda maior favela da cidade e é dominada, da primeira à última rua, pela milícia mais antiga do Rio de Janeiro. 

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O caso Queiroz veio à tona a partir da investigação iniciada com a Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que analisa a ação de deputados estaduais da Alerj em contratos. Por sua vez, o ex-assessor se defendeu afirmando que “fazia dinheiro”.

“Eu faço dinheiro. Eu faço, assim, eu compro, revendo, compro, revendo. Compro carro, revendo carro. Eu sempre fui assim. Sempre. Eu gosto muito de comprar carro em seguradora”, chegou a dizer em entrevista ao SBT.

Noventa e sete acusados de integrar uma das principais milícias do Rio de Janeiro são alvos de uma grande operação realizada nesta quinta-feira (20) pelas Forças Armadas e pela Polícia Civil em 23 bairros da capital fluminense. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que também participa da ação, o grupo controla várias comunidades da zona oeste da cidade do Rio e da Baixada Fluminense.

A milícia é, segundo o MPRJ, comandada por Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko. O grupo, que controla comunidades como as do Aço, Rodo e Antares de Três Pontes, na zona oeste, continua expandindo seus territórios pelo estado.

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Entre os alvos estão suspeitos de trabalhar como auxiliares diretos de Ecko e integrantes do braço armado do grupo, que é responsável por extorquir comerciantes e moradores e por ameaçar vítimas e desafetos.

Segundo o MPRJ, o grupo cobra uma chamada “taxa de segurança” que moradores, ambulantes e comerciantes são obrigados a pagar sob risco de agressões e assassinatos. Além dos 97 mandados de prisão preventiva, também estão sendo cumpridos 296 de busca e apreensão.

Cerca de 200 policiais civis e 1.700 militares das Forças Armadas participam da ação.

Menos de uma semana depois de ter denunciado um suposto plano para derrubá-lo e assassiná-lo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez novas declarações agressivas contra os Estados Unidos e os vizinhos Brasil e Colômbia. Alegando a defesa do território venezuelano, Maduro disse que a milícia do país agora tem 1,6 milhão de integrantes e vai "armá-los até os dentes".

Maduro ainda afirmou que, no caso de uma invasão do inimigo "imperialista", as tropas agressoras "não sairiam vivas" do território venezuelano. "Vamos defender nossa pátria dos imperialistas, oligarcas e traidores - estejam em Bogotá ou em Brasília", insistiu Maduro, na noite de segunda-feira (17), ao falar para voluntários integrantes de milícias em Caracas.

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O número é três vezes maior do que os "400 mil" membros que o regime havia informado em abril. Um dos mais polêmicos projetos de Chávez na área de segurança foi a criação de milícias encarregadas de proteger o governo. Elas contam com homens e mulheres, civis, que portam armas de uso exclusivo das Forças Armadas.

Uma parcela minoritária dessas milícias está organizada de forma semelhante às brasileiras, alimentadas por "contribuições" de moradores, regulação de serviços e captura de armas obtidas em confrontos com o narcotráfico. Pesam contra esses grupos denúncias de extorsão - a oposição as considera grupos paramilitares. Algumas, conhecidas como "colectivos", têm treinamento militar avançado, recebem apoio do governo e fazem campanha pelo chavismo.

Maduro não deixou claro como teria conseguido quadruplicar o número de integrantes das milícias em oito meses, mas analistas acreditam que se trata de um número inflado. "Maduro está usando o contingente de pessoas dispostas a pegar em armas para defender o chavismo e os tratando como soldados treinados, o que não é o caso", disse Benigno Alarcón, analista de segurança e especialista em Defesa e conflitos na Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas. "Ao menos 60% dessas pessoas não têm treinamento militar."

Segundo o jornal venezuelano "El Nacional", Maduro pediu aos militares venezuelanos para desenvolver planos preventivos ante "qualquer movimento estranho de grupos paramilitares ou infiltrados" e esforços para "defender cada centímetro do território dos inimigos do país".

Com a posse do presidente eleito brasileiro, Jair Bolsonaro, se aproximando, a tensão entre Brasil e Venezuela aumenta. Na semana passada, Maduro disse que o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, passou instruções a Bolsonaro sobre um plano para derrubá-lo quando os dois se encontraram no Rio de Janeiro, em 29 de novembro. "O povo deve aprender, como fez o povo do Vietnã, a defender sua terra com uma faca, com uma pedra, com um porrete, com um bastão, com o próprio corpo, com o que for necessário", afirmou Maduro.

No último fim de semana, foram publicados na internet vídeos de treinamento de civis sem uniformes e de milicianos. Eles são vistos fazendo exercícios físicos e de tiro, incluindo idosos em idade avançada. Nas redes sociais, muitos ridicularizaram e compararam a imagem com a dos soldados dos EUA, a força militar mais poderosa do mundo.

Os milicianos ganham do governo apenas as roupas: um chapéu, botas pretas e um uniforme militar verde com muitos bolsos. Todos os sábados, recebem instrução militar, prática e teórica por cinco ou seis horas. Cada batalhão pode ser composto por até 300 voluntários. Os que trabalham há mais tempo na milícia recebem seguro-saúde e um salário mínimo do governo chavista. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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